FACILITADORES DE UMA NOVA VISÃO
Mordomia Cristã 2023 • Sermon • Submitted • Presented
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FACILITADORES DE UMA NOVA VISÃO
Sendo pontes para a verdadeira Fonte: Jesus.
TEXTO BÍBLICO: Lucas 18:35-4
INTRODUÇÃO
Muitas pessoas estão sofrendo e morrendo sem ter uma esperança verdadeira. Estão confusas e desesperadas com o que estão testemunhando ao seu redor e em sua vida. Como seus olhos poderão ser abertos para a realidade do amor e da salvação de Deus? E nós, como filhos e filhas redimidos, como poderemos restaurar a visão de um mundo que tem os olhos vendados? Por meio da história de Bartimeu, o cego de Jericó, podemos refletir sobre nossa real participação na missão final de Deus. Lemos em Lucas 18:35: “Aconteceu que, quando Jesus se aproximava de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmolas”. Esse é o último milagre de Jesus relatado no Evangelho de Lucas.
Sempre que lemos essa passagem, enfocamos a fé e a perseverança de Bartimeu, o cego, e como Jesus restaurou sua visão. Quando Jesus está por perto, os cegos podem ver novamente! Nesta reflexão, porém, vamos nos concentrar no papel desempenhado pela multidão e pelos seguidores e discípulos de Jesus. Nos seguidores de Jesus, podemos identificar quatro modos de operação: o Modo Passar de Largo, o Modo Silêncio, o Modo Facilitador e o Modo Unidos em Louvor. Em que modo estou agora?
I – O MODO PASSAR DE LARGO
Lucas 18:36, 37 nos diz: “E, ouvindo o barulho da multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Anunciaram-lhe que Jesus, o Nazareno, estava passando”. Jesus não estava sozinho nessa viagem de ida e volta a Jericó. Os discípulos estavam com Ele, e o texto nos diz que havia muitos outros em Sua comitiva. Esse círculo interno desfrutava de Seus ensinamentos, recebia Suas bênçãos e participava da fama do rabino de Nazaré, que agora estava no auge de Sua popularidade. O cego podia apenas ouvir “o barulho de uma multidão que passava”. Ele provavelmente podia ouvir o ruído de pés, o som da multidão falando e, de vez em quando, alguns aleluias e améns.
Algo incomum estava acontecendo; mas nenhuma mensagem clara pôde ser ouvida por aqueles que não pertenciam ao grupo de seguidores de Jesus. Estando ali presente, Bartimeu podia ouvir muito bem a passagem da procissão, mas dificilmente poderia adivinhar o verdadeiro propósito de tudo aquilo. Ele, então, tomou a iniciativa de perguntar. Não são muitos os que têm a mesma audácia.
A Igreja Adventista está presente em mais de 200 países e na maioria das principais cidades e regiões do mundo. No entanto, é preciso que nos perguntemos: estamos passando uma mensagem clara sobre o propósito de nossa existência? As pessoas estão entendendo claramente nossa missão?
A resposta dada pelos seguidores de Jesus – “Jesus de Nazaré está passando” – revela uma mentalidade interessante. Embora fossem precisos e claros ao falarem sobre o Jesus histórico, eles deixaram de revelar qual era Seu propósito e missão. Perderam a oportunidade de convidar Bartimeu para fazer parte da multidão. Qual seria a razão para isso? Eles viram em Bartimeu apenas um mendigo cego. O que ele provavelmente precisava era de uma moeda, um ou dois Reais, um pedaço de pão ou outro gesto qualquer de caridade. Eles foram incapazes de perceber o desejo de Bartimeu por algo mais profundo.
No entanto, a resposta de Bartimeu indica sua verdadeira necessidade: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim!” Para ele, Jesus era o Filho de Davi. O título Filho de Davi era uma saudação messiânica. Josefo, o historiador judeu, nos conta que, no judaísmo, acreditava-se que o Filho de Davi tinha grande poder para curar. Bartimeu não estava à procura de informações sobre Jesus. O que ele mais desejava era uma intervenção de Jesus em sua vida.
Aqueles que estão no Modo Passar de Largo se equivocam quanto à real necessidade das pessoas ao seu redor. Seria lamentável se estivéssemos nos limitando apenas a falar para as pessoas sobre quem são os adventistas e no que eles acreditam e suprindo algumas de suas necessidades básicas quando o que elas realmente buscam é um Salvador e uma nova visão.
II – O MODO SILÊNCIO
Em reação aos gritos de Bartimeu pedindo ajuda, alguns dos seguidores de Jesus adotaram outro modo. Lemos no versículo 39: “E os que iam na frente o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: –Filho de Davi, tenha compaixão de mim!” Esse é o Modo Silêncio. Note que os que estavam na frente repreenderam Bartimeu. Eles ativaram o Modo Silêncio porque não entendiam direito qual era sua responsabilidade nem o papel de Jesus.
Tal como os batedores fazem antes da passagem de certas autoridades, os que vinham na frente da multidão acreditavam que sua responsabilidade era abrir o caminho, removendo qualquer obstrução para que a passagem de Jesus ocorresse sem incidentes. Bartimeu foi visto como um obstáculo; por isso, ele tinha que ser silenciado e afastado dali. Essa atitude contrasta com o verdadeiro papel dado aos precursores de Jesus.
João Batista foi um precursor de Jesus. Seu papel é descrito em Lucas 1:16, 17: “Ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado”. O papel de João era atuar como uma ponte entre as pessoas e Jesus sem afugentá-las, mas preparando-as para encontrar o Mestre.
Para eles, Bartimeu, um mendigo cego, era apenas um incômodo para o majestoso Messias que estava a caminho de Jerusalém. O que eles não perceberam era que ser cego e pobre qualificava Bartimeu para receber uma atenção especial de Jesus. Eles perderam o significado do discurso inaugural de Jesus na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Ele Me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4:18). Jesus veio para os cegos, os pobres, os destituídos e os pecadores.
Infelizmente, o Modo Silêncio é muito popular entre os cristãos, ainda hoje. Ele entra em ação sempre que nossas palavras, ações e atitudes mantêm as pessoas distantes de Jesus e de Sua igreja. Cada vez que interferimos, mental ou concretamente, na salvação de alguém, estamos operando no Modo Silêncio. Deus nos livre disso!
III – O MODO FACILITADOR
A Bíblia diz que Jesus, consciente das reações de Seus seguidores, “parou e mandou que trouxessem o cego” (Lc. 18:40). Jesus ordenou uma mudança de modo. Em vez dos modos Passar de Largo ou Silêncio, Seus seguidores deviam adotar o Modo Facilitador. Não era uma sugestão, mas uma ordem. Naquela ordem havia um convite para compartilhar as bênçãos com outras pessoas.
Os que assumem o Modo Facilitador não são a fonte de bênção. O papel deles é ser um canal para a verdadeira Fonte – Jesus. No entanto, para que o papel dos seguidores de Jesus tivesse algum significado, eles tiveram que se aproximar de Bartimeu, falar do convite de Jesus, segurá-lo pelo braço, guiar seus passos, afastar a multidão do seu caminho e levá-lo até Jesus. Era um processo complexo! No Espírito de Profecia, ouvimos uma instrução semelhante para a igreja de Cristo nos últimos dias: Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo (Testemunhos para a Igreja, v. 7, p. 138).
A COVID-19 se colocou em nosso caminho, e agora todos estão falando do “novo normal”. No entanto, nossa maior e mais importante responsabilidade – a de levar as pessoas a Jesus e à Sua Igreja – não mudou. Ela é ainda mais relevante agora do que antes. Estaremos confundindo distanciamento social com um abandono da linha de frente da missão?
IV – O MODO UNIDOS EM LOUVOR
Como resultado do envolvimento no Modo Facilitador, os seguidores de Jesus passam para o “Modo Unidos em Louvor”. Lemos no versículo 43: “Imediatamente ele passou a ver de novo e seguia Jesus, glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus”. O ex-cego e as demais pessoas se uniram em adoração.
Deus estabeleceu Sua igreja dos últimos dias como uma comunidade chamada para louvá-Lo (Ap 1:6). Uma igreja que não louva não está funcionando em harmonia com o desígnio de Deus. O Modo Unidos em Louvor é acionado por aquilo que vemos Jesus fazer em nossa vida e na vida de outras pessoas. A adoração e o louvor autênticos são resultado do testemunho do poder e do amor de Deus. Quanto mais vemos, mais louvamos. Uma igreja missionária está em melhores condições para funcionar no Modo Unidos em Louvor.
A crise atual enfraqueceu a união física da igreja. As igrejas fechadas por causa da pandemia levaram muitos a se contentar com expressões privadas de espiritualidade, separados de outros crentes. Ouvimos um bom sermão em um canal do YouTube, desfrutamos de um momento de louvor e de cânticos em outro canal e lemos um blog de outro site para inspiração diária. Estamos constantemente navegando pela web em busca de novidades. Não há nada de errado em desfrutar da riqueza da igreja de Deus por meio dessas múltiplas produções e ministérios, mas é perigoso quando isso é feito às custas de nosso apego a uma comunidade da igreja. Estas palavras inspiradas de Paulo permanecem válidas hoje: “Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de boas obras. Não deixemos de nos congregar, como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima” (Hb 10:24-25). Deus criou Seus filhos para fazer parte da comunidade da igreja local, ser por ela abençoados e uma bênção para ela, seja pessoalmente ou on-line. A COVID-19 não é o fim da igreja de Deus. Lembremo-nos destas palavras de Jesus: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18).
CONCLUSÃO
Como facilitadores da graça de Deus, estamos prestes a participar do louvor final: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo. Por isso, todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos” (Ap 15:3, 4). Que nossa escolha seja não permanecer nos modos passar de largo ou do silêncio.
APELO
Um professor de teologia pediu a seus alunos que preparassem um trabalho profundo sobre a parábola do bom samaritano e a explicação aconteceria em um local foram da faculdade, onde uma banca examinadora estaria aguardando-os para a avaliar suas impressões.
Todos os alunos deram o seu melhor ao fazer a exegese e da perícope proposta. Para os alunos chegarem ao local onde ocorreria o exame, tinha que andar algumas quadras e o professor pediu a um amigo dele que se disfarçasse de mendigo e ferido e que ficasse no caminho pedindo ajuda aos alunos que passariam por aquele local. A medida que os alunos iam passando o homem clamava desesperadamente por ajuda, alguns faziam conta que não era com ele, outros negavam ajuda diretamente sem dar nem uma explicação, outros eram até rude com o pobre homem, alguns argumentou que ajudariam, mas estava atrasado para um exame, outros falaram que não poderia ajudar, pois isso iria sujar suas roupas, mas o certo é que todos deram alguma desculpa para não ajudar o pobre homem, apenas um deles parou para ajuda-lo e colocar em pratica aquilo que aprendeu na parábola.
Quando chegou a hora do exame todos estavam na expectativa de apresentar seus trabalhos, não entendiam o porquê da demora em dar início ao exame, mas o professor estava aguardando o que ficou para ajudar o mendigo chegasse. Quando ele entrou atrasado na sala o professor fez questão de dizer: Até que enfim você chegou. Todos olharam para aquele aluno fazendo muitos julgamentos do porquê do seu atraso e já definindo que ele perderia ponto pelo atraso e não passaria no exame.
Então o professor dirigiu a palavra a todos presente dizendo que o mendigo no caminho era o único examinador e a aprovação no trabalho consistia em praticar o que eles haviam aprendido na parábola do bom samaritano, assim sendo apenas o aluno que chegou por último e que havia ajudado o mendigo era o aprovado, todos os demais teriam que refazer o semestre de estudo.
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