Desperta ó Tú que Dormes - Sinais do Fim!
Jesus retira-se do templo e sai com os discípulos até o monte das Oliveiras. De agora em diante não entrará mais nele. Tudo transcorre como realização de uma visão do profeta Ezequiel. Ele vê como a glória do Senhor abandona a cidade de Jerusalém e o templo, mais precisamente em direção do monte das Oliveiras [Ez 8:4–6]. Essa visão de Ezequiel cumpre-se agora na história. O Senhor se afasta do templo, de Jerusalém, subindo o monte das Oliveiras de maneira exteriormente despercebida. Não obstante, é a glória do Senhor que se retira do templo, deixando-o atrás de si vazio e sem importância.
Após ter chegado ao monte das Oliveiras, o Senhor lançou mais um último olhar sobre a pobre Jerusalém. Era como se não pudesse seguir adiante, como se lhe fosse impossível prosseguir além do topo do monte. Sentou-se na encosta daquele lado, de frente para o templo. Talvez o sol esteja se pondo, talvez já tenha desaparecido. Assim estava ele, sentado ali ao entardecer, o olhar preso à cidade amada, ao templo tantas vezes saudado e bendito, ao local sagrado que lhe fora o mais caro do mundo, mas que agora via encaminhar-se para o juízo. Esses sentimentos o moviam naquele momento. Dessa maneira ele se tornou o grande vidente dos juízos futuros de Deus. Mas essa previsão ele queria deixar, nos traços essenciais, como legado à sua comunidade.
Diante da cidade sagrada e do templo, sobre os quais caía a noite, ele queria transmitir aos seus discípulos as linhas principais dos juízos vindouros. É nesse instante que ele pronuncia a grande palavra: Aqui não ficará pedra sobre pedra; tudo será destruído.
Consternados e amedrontados os discípulos o perguntam: Quando isso acontecerá, e qual será o sinal desses acontecimentos?
A resposta do Senhor dá clareza à indagação dos discípulos. Inicialmente ele descreve os acontecimentos gerais que precedem a destruição de Jerusalém (a saber, a perseguição da comunidade). A seguir ele relata a própria destruição de Jerusalém e, finalmente, fala do fim do mundo.
No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século
Agonia além da medida. “ “orque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mateus 24:21).
Alguns dizem que Jesus pode ter exagerado para ajudar seus discípulos a entenderem o quão terrível seria a guerra.
Por outro lado, o historiador judeu Josefo – uma testemunha da guerra e da queda de Jerusalém – descreveu algumas cenas apavorantes.
Bebês e cabeças voando
Pedras eram atiradas tão longe que carregavam o topo das paredes e cantos das torres… A cabeça de um homem foi levada por uma pedra, seu esqueleto voou quase por uma milha [literalmente 3 furlongs: 600 jardas, 603 metros]… Uma pedra atingiu uma mulher grávida na barriga com tanta força que a criança saiu dela e foi levada por 100 jardas [metade de um furlong: 110 jardas ou 101 metros.]
GUERRAS DOS JUDEUS, 3.7.23
Canibalismo
Seu nome era Maria… Ela fez uma coisa antinatural. Ela ajudou seu filho que estava sendo alimentado em seu seio e disse: “Oh, criança desafortunada, quem sou eu salvando você nessa guerra, desta fome, desta rebelião? Se a fome não nos matar, os romanos, ou os rebeldes irão. O melhor que nós podemos esperar é a escravidão. Então venha, e seja a minha comida.” Ela matou seu filho. Depois, ela o tostou, comeu metade dele e deixou a outra metade para mais tarde.
Os rebeldes sentiram o cheiro da carne e ameaçaram cortar a garganta de Maria se ela não mostrasse a comida para eles. Ela disse que serviria a eles uma excelente porção, e trouxe o que sobrou de seu filho. “Este é meu único filho. Eu própria o cozinhei. Venham e comam. Eu já comi.” (…)
Os homens foram embora, tremendo – mais assustados do que eles já estiveram… Quando ouviram falar sobre isso, o povo considerou seus irmãos judeus que já haviam morrido como afortunados, pois eles não viveram o bastante para ver tanta miséria.
GUERRA DOS JUDEUS, 6.3.4
Tripas de ouro
Um sírio [provavelmente um soldado romano, pois alguns soldados eram recrutas árabes] foi encontrado cortando os intestinos de um judeu, procurando por entre os excrementos, peças de ouro. Muitos judeus engoliram seu ouro e fugiram da cidade… Quando outros árabes ouviram sobre isso, eles abriram qualquer refugiado judeu que chegasse ao acampamento para pedir ajuda… Em uma noite, eles dissecaram quase 2000 refugiados.
GUERRAS DOS JUDEUS, 5.13.4
O caráter do homem da iniquidade e a sua derrota
7 Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; 8 então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda. 9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, 10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. 11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, 12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.
33 Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.
O grande julgamento
31 Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 32 e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; 33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; 34 então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.