CLASSE DE BATISMO

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Criação

No princípio aprouve a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para a manifestação da glória do seu eterno poder, sabedoria e bondade,2 criar ou fazer o mundo e todas as coisas nele, sejam visíveis ou invisíveis, no espaço de seis dias4 e tudo muito bom.

2. Após Deus haver feito todas as outras criaturas, ele criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, e os tornou aptos à vida para Deus, para o que eles foram criados, tendo sido feitos segundo a imagem de Deus, em conhecimento, retidão e verdadeira santidade;2 tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e poder para cumpri-la; e ainda assim, estavam sob a possibilidade de transgressão, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era sujeita à mudança.

3. Além dessa lei escrita em seus corações, eles receberam a ordem de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal; de forma que enquanto obedeceram a este preceito eles foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas.

Uma Exposição Moderna da Confissão de Fé Batista de 1689 Capítulo 6: Sobre a Queda do Homem, o Pecado e o Castigo Dele

1. Deus criou o homem justo e perfeito, e lhe deu uma lei justa, que seria para a vida se ele a tivesse guardado, ou para morte, se a desobedecesse. Porém o homem não manteve por muito tempo a sua honra. Satanás valeu-se da astúcia da serpente para seduzir Eva, em seguida, esta seduziu a Adão, que, sem qualquer compulsão, deliberadamente transgrediram a lei de sua criação, e a ordem dada a eles, de não comer o fruto proibido.2 Deus se agradou de permitir esse pecado deles, de acordo com seu conselho sábio e santo, havendo determinado ordenálo para a sua própria glória.

2. Nossos primeiros pais, por esse pecado, decaíram de sua retidão original e da comunhão com Deus, e nós neles, e por isso a morte veio sobre todos: todos nos tornamos mortos em pecado e totalmente corrompidos em todas as faculdades e partes da alma e do corpo.2

3. Sendo eles os ancestrais e, pelo desígnio de Deus, os representantes de toda humanidade, a culpa do pecado foi imputada à toda a sua descendência, e a corrupção natural passou a todos os seus descendentes que deles procedem por geração ordinária. Eles são agora concebidos em pecado, e por natureza filhos da ira, escravos do pecado, sujeitos à morte e a todas as outras misérias espirituais, temporais e eternas, a menos que o Senhor Jesus os liberte.

4. Dessa corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, incapacitados e adversos a todo o bem, e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais.2

5. A corrupção da natureza persiste durante esta vida naqueles que são regenerados; e, embora ela seja perdoada e mortificada através de Cristo, não obstante, tanto ela mesma como seus primeiros impulsos são verdadeira e propriamente pecado

Deus dotou a vontade do homem com tal liberdade natural e poder de ação em escolha, que ela não é nem forçada nem determinada para o bem ou o mal por qualquer necessidade da natureza.

2. O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus; mas ainda assim, era instável, de forma que ele podia cair desse estado.2

3. O homem, por meio de sua queda em um estado de pecado, perdeu completamente todo o poder da vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação; então, como um homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto em pecado, ele não é capaz, por sua própria força, de converter-se ou preparar-se para isso.

4. Quando Deus converte um pecador e o transporta para o estado de graça, ele o liberta de sua escravidão natural ao pecado7 e, por sua graça somente, o habilita a livremente querer e fazer aquilo que é espiritualmente bom; ainda assim, em razão de suas corrupções remanescentes, ele não o faz perfeitamente, nem apenas deseja o que é bom, mas também o que é mau.2

5. A vontade do homem é feita imutável e perfeitamente livre somente para o bem apenas no estado de glória.

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