Marcos 9:14-28

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Marcos 9:14-28

A cura de um jovem possesso:

Introdução
OBSERVAÇÕES DO TEXTO
Eles descem do monte (v.9) e ao aproximarem-se dos discípulos que ficaram, viram numerosa multidão ao redor deles. Escribas estavam ali, discutindo com esses discípulos. A multidão, ao vê-lo correu para saudá-lo.
Jesus aparentemente não deu atenção a multidão — desta vez — pois interpelou os escribas sobre o que eles discutiam com os discípulos. Isso certamente incomodou o Senhor Jesus. Temos neste versículo como o Senhor cuidava dos discípulos, mesmo eles sendo fracos, Cristo vai ao socorro deles. Se testemunhamos como os escribas tratavam Jesus, imagine o que não faziam com os discípulos?!
Talvez eles estivessem mexendo — no sentindo de zombar — com o fato dos discípulos não terem êxito em expulsar o demônio e libertarem o rapaz. Fato é que, quando Jesus se aproxima deles que tinham uma conversa “acalorada”, os interpelou sobre o que discutiam e os escribas ficaram em silêncio.
A situação muda quando, do meio da multidão alguém responde, apontando o possível — creio que de fato o era — motivo da discussão, mas não somente isto, ele faz um relato da vida de dor que ele tinha; principalmente o filho que passava por isso. Por fim a discussão teria se dado pois os discípulos não conseguiram êxito em libertar o garoto deste tormento.
Perceba o que este pai descreve o que seu filho passa: “possesso de um espírito mudo” — ele não fala, era mudo — “lança-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando” — epilepsia — “e lança-o… para o matar” — seu caso não é de uma enfermidade ordinária, sua condição física deplorável era produzida por este espírito imundo.
Bom, Jesus escutado tudo isto e responde no verso 19: “Ó geração incrédula...” — aqui ele usava uma expressão genérica, para referir-se a todos os que o rodeavam ali: “com o pai, que não tinha fé suficiente no poder curativo de Cristo; com os escribas, que, em vez de mostrarem piedade, estavam, com toda a probabilidade, debochando da incapacidade dos discípulos; com a multidão em geral, pois não mostram preocupação com os outros” — comentário bíblico.
Depois disto, o pai no verso 22b clama ao Senhor e não esconde que existe uma falha na sua fé: “… se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. Jesus, responde no verso 23, em outras palavras: “A questão não é se eu sou capaz, mas se você crê”. Segundo Hendriksen:
“Embora não seja verdade que Jesus nunca curou alguém a não ser que a pessoa tivesse demonstrado verdadeira fé, é verdade que ele colocou uma grande ênfase na fé”.
Prontamente então o pai responde: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé”. Aqui estava um pai aflito, que sofria durante muito tempo, abre seu coração ao Senhor. Em outras palavras ele roga: “Senhor, ajuda meu filho e a mim”.
Jesus então cura o menino. A multidão que havia se aproximado no verso 15, parece ter se afastado por um instante até que aqui, no verso 25 corre em direção a este acontecimento. Jesus vê isto e logo repreende o espírito imundo, libertando o menino. As pessoas o veem como que morto, talvez pela forma que ele ficou. Mas no verso 27 então Jesus o tomou pela mão, erguendo-o e o mesmo ficou de pé, curado. Todos ali testemunharam.
Nos últimos versos 28-29 Jesus conversa com os discípulos, pois eles tem uma dúvida: “Por que não pudemos nós expulsá-lo?” A resposta é para todos, os 12 que estavam ali: oração e jejum. O que aconteceu ali no momento, dos discípulos não conseguirem orar na companhia do Senhor, parecia ser um problema de todos ali.
TRANSIÇÃO: .
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O nosso texto é cheio de detalhes e certamente nos levaria a fazer várias considerações sobre diversos assuntos teológicos, mas eu quero destacar para os irmãos um problema que surge, aplicado aos nossos dias:
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PROBLEMA (O PECADO): A INCREDULIDADE:
Dos Escribas;
Ficaram discutindo — provável zombaria pelos discípulos não obterem exito; pouco se importavam com a situação;
Da multidão;
Pouco importou-se com o que estava acontecendo, queriam se aproximar de Jesus para — provavelmente — obter algo; e tinha curiosidade por curiosidade (v.25a);
Dos Nove Discípulos que estavam ali;
O que tinham vivido até ali? Será que o relato do sofrimento tinha mexido com eles?
Do Pai que não acreditava — ver o contraste entre o pai aqui e o leproso em Mc 1:40:
Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.
em contraste com Mc 9:22
e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
Perceba como Jesus está rodeado de incredulidade.
TRANSIÇÃO: Veja como o Senhor resolve este problema:
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RESOLUÇÃO (A GRAÇA): A MISERICÓRDIA DE JESUS:
Ele mostra a sua piedade para com este jovem; o Senhor mostra a sua compaixão ativa. Intervindo ali na necessidade desta família — filho e pai.
Jesus escuta este pai, que é sincero quanto a sua falta de fé.
TRANSIÇÃO: O problema existe, e o Senhor é misericordioso para conosco, o que o texto aponta que devemos fazer? Que missão o texto aponta que devemos abraçar?:
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MISSÃO (NOSSA RESPOSTA): ORAR SEM CESSAR:
Como o Mestre responde a pergunta: “porque falhamos desta vez”?
Eles já haviam passado por experiências de possessão antes, por isso a pergunta deles ao Mestre. Onde falhamos. Jesus responde aos discípulos dando informações implícitas, quanto ao “reino das trevas”, ou “mundo dos demônios”. Na resposta de Jesus podemos fazer a inferência de que existe diferença aí: alguns são mais poderosos e mais malignos que outros.
A questão seria essa então? O assunto central deste versículo (v.29), seria criar uma doutrina sobre um assunto que não é profundamente abordado na Escritura? Acredito que não.
Creio que o Senhor responde aos discípulos e a nós sobre oração mesmo. Algo que o evangelista começa a mencionar desde o verso 2 do cap. Mas aqui parece que os discípulos haviam deixado sua fé desvanecer, e “tirado folga” da vida de oração.
Meus irmãos, lembrem em que “reino” viviam outrora. Ef 2.1-2:
Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
Jesus não nos estimula a somente orarmos, mas a perseverarmos nessa atividade, alguns textos nos são exemplo:
Mateus 7.7 (ARA)
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Lucas 18.1–2 (ARA)
Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum.
Lucas 21.36 (ARA)
Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem.
Do mesmo modo o faz Paulo:
Colossenses 1.9 (ARA)
Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;
2Tessalonicenses 1.11 (ARA)
Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé,
Como afirmou R. C. Sproul:
A oração é para o cristão o que a respiração é para a vida, mas nenhum outro dever cristão é tão negligenciado.
Paulo afirma em 1Ts 5:17: “Orai sem cessar”, e isto significa, segundo Sproul, que devemos viver em um contínuo estado de comunhão com nosso Pai.
TRANSIÇÃO: — :
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CONCLUSÃO:
Como está sua vida de oração? De comunhão com o Senhor?
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