O PREÇO DO PERDÃO
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· 141 viewsO sermão trata da questão do perdão que recebemos de Deus, e da importância do perdão que devemos dar ao nosso próximo.
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O Preço do Perdão - Mt 18. 21-35
O Preço do Perdão - Mt 18. 21-35
Introdução
Introdução
O texto começa com uma pergunta enigmática de Pedro: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe?” no entanto, ele mesmo oferece uma resposta ao problema levantado, com uma outra pergunta: “até sete vezes?” Pedro, havia frequentado por bastante tempo as sinagogas de Betsaída e Cafarnaum, e havia um ensino nos tempos de Jesus, transmitido pelo judaísmo rabínico através da Mishiná (Lei Oral), que uma pessoa deveria perdoar o próximo por até três vezes consecutivas, porém, uma quarta vez era inegociável! A sugestão de Pedro (sete vezes) parece conter uma leve autopiedade, uma generosidade excessiva ao próximo, de algo que ela não devia receber.
Porém, a resposta de Jesus vai além! O Senhor fita os olhos em Pedro e retruca: Não te digo até sete vezes, mais setenta vezes sete. O que o Senhor Jesus está ensinando nesta afirmação, que não se trata de uma questão matemática (que você deve perdoar alguém quatrocentos e noventa vezes por dia), mas se trata de uma questão emblemática, ou seja: devemos perdoar ilimitadamente. Parece difícil né, pois bem vejamos o contexto da passagem.
No século I d.C., a Judéia era submissa à Roma. Roma havia conquistado parte do Oriente Médio, e todo Israel lhe era sujeito. Havia altas cargas tributárias, a liberdade plena das pessoas era cerceada. Os judeus não podiam exercer plenamente seu código civil e penal (estabelecido pela Torá). Certas questões cívicas eram submetidas ao Procurador romano constituído nas províncias, como por exemplo, na Judeia, Pôncio Pilatos era o governador romano constituído por César, e por suas mãos passavam todas as questões jurídicas e administrativas. E isso era uma tremenda humilhação para o judeu.
Além disso, haviam judeus que se submetiam aos serviços públicos romanos, tais como “cobrar impostos”, e eram denominados pejorativamente de publicanos, que aos olhos da população judaica, esses compatriotas eram considerados traidores, e eles eram excluídos da sociedade (expulso da casa, não podiam frequentar as sinagogas e nem o Templo em Jerusalém). O ódio a tais pessoas era dobrado, pior que o ódio dirigido aos romanos. Assim, é nesse contexto social que a pergunta de Pedro surge: O quanto devemos perdoar? Atualmente, o cenário em que vivemos é diferente do cenário contextual de Pedro? Creio que não. Acho que é bem pior.
Como falar de perdão para uma sociedade cada vez mais materialista e consumista? Como falar de perdão para uma sociedade que se preocupa cada vez mais consigo mesma, e excluí de sua vida o amor pelo seu próximo? Como falar de perdão para crentes que permitiram que o secularismo invadisse suas vidas, tirando o lugar de destaque que pertencia única e exclusivamente a Deus, à Bíblia e à oração, lugar esse que foi substituído pelo dinheiro, prazer e ganância?
É muito difícil falar sobre perdão atualmente. Aliás, falar de perdão às vezes causa ofensa e desconforto a uma plateia acostumada a ter seu ego massageado por esse mundo caótico. A igreja evangélica brasileira há muito tempo esqueceu-se da necessidade de praticar constantemente o perdão entre as pessoas. Pedir perdão a Deus por nossos pecados tem se tornado algo automático, sem compromisso e arrependimento. Pedir perdão ao próximo por uma ofensa que nós cometemos, ou, perdoar o ofensor é algo quase que raro hoje em dia. Mexe com nosso orgulho, com nosso status social, ou seja, se eu me humilhar para alguém, o que irão pensar de mim? Essa é a crise existencial que as pessoas vivenciam hoje em dia.
1. o Reino dos Céus é comparado a um rei que perdoa uma dívida impagável (v. 23-25).
A Parábola que o Senhor Jesus ensina em Mt 18.21-35, fala de um súdito que era devedor de um rei. A dívida dessa pessoa era muito alta – dez mil talentos de ouro! Curiosamente, cumpre ressaltar que a dívida indicada por Jesus era uma coisa irreal para os judeus daquela época. De acordo com o Dr. David H. Stern:
Na época romana, um talento equivalia a 6.000 denários, sendo um denário quase o salário de um dia para um trabalhador comum. Se o salário de um dia na época atual está em 50 dólares, 10.000 talentos seriam 3 bilhões de dólares!. No Tanakh, um talento pesa 75,6 libras (34,2915 kg). Grifo nosso.
A dívida desse súdito era impagável. A somatória da dívida toda é uma hipérbole no pensamento: dez mil talentos de ouro! Essa era uma soma inconcebível e impossível de se atingir, ou até mesmo de se pagar. Considerando que um talento equivalia a 34 kg em ouro puro, dez mil talentos equivaleriam a 340 toneladas de ouro puro (340.000 Kg de ouro). Para você ter uma ideia do tamanho dessa dívida estrondosa, de acordo com a revista eletrônica Trading Economics, a reserva de ouro da Arábia Saudita atualmente soma o montante de 323 toneladas de ouro puro. Esse súdito devia muito mais que isso!
A par dessas considerações, é importante ressaltar que um denário era o pagamento de um dia inteiro de trabalho, e de acordo com A. T. Robertson, um talento (34 Kg) era o pagamento correspondente a seis mil denários, ou seja, seis mil dias úteis de trabalho, que equivale a quase trinta anos trabalhados arduamente, uma vida inteira.
Um homem ganhando um denário por dia demoraria quase que cento e cinquenta mil anos para pagar a dívida. Assim, a dívida desse homem era impagável.
Totalmente impossível! Porém, Jesus afirma em seu discurso que o rei daquela terra perdoou a dívida de seu súdito. Um perdão não compreensível para os nossos padrões atuais.
Dez mil talentos era quase a soma total da carga tributária de toda a nação de Israel que seriam pagos à Roma durante 13 anos.
De acordo com Hernandes Dias Lopes, os impostos imperiais da Judeia, Idumeia e Samaria elevam-se somente a 06 talentos anuais, enquanto que a Galileia e Pereia pagavam 200 talentos.
2. O servo sem ter com o que pagar sua dívida, se humilha diante do rei pedindo misericórdia. (v. 26-27)
A promessa feita pelo devedor ao rei dizendo que iria saldar a dívida é humanamente impossível de ser realizada. Assim também nós possuímos uma dívida impagável, pois não podemos saldar a nossa dívida para com Deus. Nosso destino era a morte e o inferno. Não há bondade em nosso coração, todos nós nos desviamos de Deus (Sl 14.3), todos pecaram e foram destituídos da glória de Deus (Rm 3.23). Nossa dívida com Deus é impagável.
De acordo com Ef. 2.1, estávamos mortos em nossos delitos e pecados e Ele nos deu vida. Éramos inimigos de Deus, fomos separados de sua presença, nosso pecado ofendeu sua majestade e santidade. O ser criado do barro, da lama, desafiou a santidade do Deus Eterno e Soberano, e o ofendeu transgredindo seu mandamento. A morte era nosso destino, mas Deus, em sua infinita graça e misericórdia não aniquilou o ser humano no Éden, em vez da morte sumária, Deus concedeu mais um dia de vida. Cobriu nossa nudez, e nos conduziu gradativamente à sua redenção perfeitamente programada.
Hernandes Dias Lopes afirma que nenhum homem pode cumprir a Lei de Deus. A Lei é santa, mas nós somos pecadores. A Lei é espiritual, mas nós somos carnais. A Lei é perfeita, mas nós somos imperfeitos, cheios de contradições e ambiguidades.
O perdão não é algo que merecemos de Deus, mas é uma dádiva, um presente que não merecemos, mas do qual precisamos.
Mesmo diante de uma dívida impossível de ser paga, aquele rei perdoou aquele servo displicente, descuidado e prevaricador. Sua sentença e de sua família era a servidão eterna como escravos, pois seriam vendidos e estariam separados para sempre. Mas, no entanto, o rei foi benevolente e o perdoou, rasgando a cédula, o escrito de dívida, e o despediu totalmente perdoado. Assim também fomos nós, não merecíamos o perdão de Deus, mas mesmo assim ele enviou seu Filho para pagar toda a dívida por nós.
Se paciente comigo e tudo te pagarei (verso 26). Essa é uma promessa impossível de ser cumprida. Nós jamais pagaremos nossa dívida para com Deus.
Assim como o etíope não pode mudar a cor de sua pele e nem o leopardo apagar suas manchas (Jr 13.23), assim também nós não podemos apagar nossos próprios pecados. Deus nos amou enquanto éramos pecadores. Com amor eterno ele nos amou e com benignidade nos atraiu (Jr 31.3). Jesus perdoou os carrascos que lhe pregaram na cruz, Jesus perdoou a multidão enlouquecida que gritava a pleno pulmões para que ele fosse crucificado. O Filho de Deus foi zombado, escarnecido, cuspido e açoitado, e ele carregou uma cruz publicamente como se fosse um criminoso, e o suspenderam no leito vertical da morte. Mesmo diante da crueldade humana, Jesus não apenas perdoou aquelas pessoas, mas atenuou a culpa delas, dizendo que não sabiam o que estavam fazendo.
O perdão de Deus é imerecido. Ele perdoou um mentiroso como Abraão, Ele perdoou um enganador como Jacó, Ele perdoou um assassino como Moisés, Ele perdoou um adúltero como Davi, Ele perdoou um feiticeiro assassino como Manassés, Ele perdoou um covarde como Pedro, Ele perdoou uma prostituta como Raabe e Maria Madalena, Ele perdoou um fanático religioso como Paulo e Ele perdoa pecadores miseráveis como eu e você. O perdão de Deus é humanamente inconcebível e incompreensível.
3. os perigos da ingratidão: o perdão alcançado não é compartilhado com quem precisa (v. 28-30)
A Bíblia afirma que aquele servo saiu da presença do seu senhor totalmente livre do débito. Era uma nova vida. O sol já brilhava com mais intensidade e calor. O cheiro do campo estava mais agradável. As flores estavam mais vívidas e coloridas, Tudo estava mais bonito até ocorrer um determinado encontro. Esse homem encontrou um empregado dele que lhe devia a quantia de cem denários, ou seja, essa quantia representava quase três meses de trabalho contínuo.
A desproporção entre as duas dívidas apontadas na parábola é imensa. A título de exemplo, se 01 denário equivale atualmente a proporção de US$ 50,00, ou R$ 247,38, e se 100 denários equivalem a US$ 5.000,00 ou R$ 24.737,50, fica lógico que a dívida do conservo é infinitamente menor do que a dívida que foi perdoada pelo rei.
Aquele que foi perdoado de uma dívida colossal não consegue perdoar uma dívida irrisória. Aqui Jesus deixa bem claro que um coração que não é capaz de perdoar, não pode ser perdoado.
3.1. a falta de perdão é um sinal de ingratidão para com Deus!
Jamais entenderemos a natureza do perdão, se não compreendermos a grandeza e a seriedade do perdão que Deus nos concedeu. Deixamos de perdoar as pessoas porque negligenciamos o perdão de Deus para com as nossas vidas. Guardamos rancor e ódio pelo próximo porque esquecemos ou sonegamos o perdão que recebemos de Deus, e isso é um problema sério. Quantas pessoas estão presas pelas amarras do rancor na penitenciária do ódio? Muitas, inclusive crente piedosos que há muito tempo se esqueceram da prática do perdão.
Quando sonegamos perdão às pessoas estamos demonstrando uma profunda ingratidão para com o Senhor. Hernandes Dias Lopes afirma que quando negamos perdão às pessoas, estamos fazendo pouco caso do perdão que recebemos de Deus.
3.2. a falta de perdão desperta a IRA de Deus!
Quando recusamos ofertar o perdão ao nosso próximo, demonstramos profunda ingratidão pelo que Deus fez por nós, e em contrapartida despertamos a Ira do Senhor sobre as nossas vidas. Uma pessoa que não perdoa é imperdoável e está debaixo da ira de Deus. O perdão não é uma questão de justiça, nem o adimplemento de uma dívida, mas sim o seu total cancelamento. Desta feita, sempre que fechamos o coração para perdoar alguém, provocamos indiretamente a ira de Deus sobre nossas vidas. Talvez, seja esse o motivo de muito sofrimento de crentes piedosos: a falta de perdão!
3.3. a falta de perdão adoece as pessoas, gera profunda tristeza e aprisiona tanto o ofendido como o ofensor!
Onde o coração se fecha para o perdão não há espaço para a alegria e comunhão, seja com Deus ou seja com os irmãos. A vida devocional murcha, e não temos mais vontade de buscarmos a Deus em oração e na Sua Palavra. A tristeza toma conta de todo nosso ser. O ódio e rancor domina nossos pensamentos. Somos um barril de pólvora prestes a explodir com qualquer coisa. O amanhecer não tem mais sentido; o som dos pássaros incomoda nossos ouvidos; não há mais sabor nos alimentos; um doce de leite amarga nossa garganta; arrumamos confusão no trabalho por qualquer situação irrelevante; no lar a vida conjugal e familiar é insossa; a falta de perdão destrói todo e qualquer relacionamento humano; é como uma doença destrutiva que vai tomando toda a vida da pessoa até matá-la. O ódio apodrece nossas emoções, e com isso gera um reflexo em nosso corpo. Ficamos doentes, pois nossa mente está encharcada de rancor. As doenças psicossomáticas são oriundas de uma mente inquieta e rancorosa.
Uma pessoa cheia de mágoas e rancores contamina o ambiente em que vive. As Escrituras em Hb 12.15, afirmam que a raiz de amargura perturba e contamina as pessoas. Uma pessoa que não perdoa contamina os outros à sua volta. Uma pessoa rancorosa é pior do que uma doença infecciosa, pois o rancor se alastra mais rápido do que o vírus do Ebola, a mágoa contamina mais rápido do que a radiação propagada na cidade de Pripryat, Chernobyl, Ucrânia.
Hernandes Dias Lopes assevera que reter perdão é viver numa masmorra. É ser atormentado pelo azorrague da culpa. É alimentar-se de absinto. É envenenar o coração. Quem não perdoa, não tem paz. Quem não perdoa, não pode orar nem ofertar. Quem não perdoa, não pode ser perdoado.
A falta de perdão é uma prisão, uma penitenciária sem o alcance dos direitos humanos. Ali sofremos todos os tipos de tortura da nossa alma. Quando deixamos de perdoar nos aprisionamos e também levamos juntos a pessoa que nos ofendeu. Tornamo-nos escravos dessa pessoa que nós odiamos. Uma pessoa rancorosa vive atormentada pelos sentimentos de desafeto e mágoas. Sua mente não descansa e não tem paz. Somos lançados em uma terrível prisão emocional, escura e fria, numa terrível cadeia espiritual, onde somos atormentados pelos verdugos, que ora são as nossas próprias emoções, ora são os próprios demônios nos acusando a todo momento.
O diabo e seus demônios são carrascos que vivem torturando seus prisioneiros. Existem muitas pessoas que vivem no cabresto do diabo, sendo atormentadas por demônios, porque carregam no peito um coração cheio de ódio e rancor, vazio de perdão (2Co 2.10-11).
Segundo o Dr. Warren Wiersbe: “a pior prisão do mundo é a prisão de um coração rancoroso e amargurado”.
A falta de perdão destrói a nossa relação com Deus e consequentemente impede que nossas orações sejam ouvidas.
Mais uma vez, acertadamente, Hernandes Dias Lopes afirma: “O ódio recalcado eleva a pressão arterial, perturba o trabalho digestivo, ulcera o estômago, conduz a um esgotamento nervoso, tira o apetite, rouba o sono, provoca infarto. Quem vive fervendo por dentro, morre aos poucos. Quem não espreme o pus infeccioso das mágoas, adoece emocional, espiritual e fisicamente.
Aqueles que conhecem a misericórdia de Deus precisam viver de acordo com o princípio da misericórdia, mas se insistirem na justiça, receberão justiça em vez de misericórdia. Um coração que não perdoa está sujeito ao tormento.
4. Assim acontecerá comigo e contigo se não perdoarmos de todo nosso coração.
Jesus encerra a parábola dizendo: “Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas”. Neste sentido, quantas pessoas estão sofrendo pela falta de perdão. A falta de perdão é como se uma pessoa bebesse o veneno e esperasse que a outra pessoa morresse em seu lugar. Não tem lógica! A FALTA DE PERDÃO nos prejudica. A falta de perdão adoece; a falta de perdão torna-nos moribundos, derrotados, tristes, depressivos e ATORMENTADOS.
Várias são as doenças espalhadas pelo mundo. A pior delas é a falta de perdão. Deus que é Misericordioso e Eterno nos perdoou. Merecíamos o completo despejar de sua IRA, porém, Ele optou por nos PERDOAR, por meio do sacrifício substitutivo do Senhor Jesus Cristo no Calvário. Deveríamos ter sido destruídos por causa de nosso pecado. A nossa dívida ao Eterno Deus de Israel era IMPAGÁVEL, porém, Jesus Cristo a cravou no meio da cruz (Cl 2.14). O ato de perdoar uma dívida na linguagem jurídica é REMISSÃO. Quando um credor perdoa o devedor nos meios forenses, diz que a dívida foi remida, perdoada. Por isso que o sangue de Jesus Cristo é a remissão dos nossos pecados (Cl 1.14), porque o sangue de Jesus foi a moeda usada para pagar nossa dívida.
Não espere que o sofrimento se agrave em sua vida. Não deixe que espíritos atormentadores sejam enviados a você por causa de um coração endurecido e pela falta de perdão. Pegue um papel e uma caneta e anote todas as situações que fizeram você sofrer na vida. Leia em voz alta e fale os nomes das pessoas que te ofenderam, maltrataram, humilharam e escarneceram; que roubaram seus sonhos, que destruíram seu casamento, sua família, sua vida. Agora, em um ato de oração e de fé, PERDOE A TODOS, com o perdão do fundo do coração. Faça isso por fé, O Eterno sabe e conhece seu coração. Sua vida mudará após essa atitude.
Conclusão:
A lição que Jesus ensina nessa parábola é que recebemos de Deus um perdão infinitamente maior do que aquele que devemos conceder a quem nos ofender. Um coração que não perdoa não pode ser perdoado por Deus.
O perdão não é uma ação que você realiza de vez em quando, pois o ato de perdoar envolve atividade e passividade, ou seja, o perdão pode tanto partir de nós para o ofensor, quanto partir do ofendido para nós outros. Pedir perdão a outro ser humano, por causa de nossas falhas não é agradável, ofende nossa carne. Perdoar as pessoas que nos ofenderam é mais complicado ainda, pois os grilhões que o amarram e atormentam o ofendido ficam em nossas mãos, e as vezes é prazeroso ver o outro sofrer como vingança da ofensa praticada.
O Perdão envolve renúncia, decisão e compaixão. O mundo sofre por falta de perdão. O mundo está adoecendo cada vez mais por falta de perdão. Muitos crentes sinceros estão DOENTES por causa da falta de perdão.
Que hoje possamos entender a grandeza do perdão que recebemos de Deus, e toda a sua importância para nossa salvação, para que também possamos libertar das cadeias espirituais aqueles que nos ofenderam, nos maltrataram e nos humilharam.
O ato de perdoar é a carteira de identidade da pessoa que nasceu de novo. Perdoar é um verbo sempre conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo, ou seja, é uma ação diária.
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