A ALEGRIA DE QUEM RECEBE O PERDÃO

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Salmo 32.1-11.

Você já cometeu algo muito grave contra alguém que te ama?
Creio que sim, todos já cometemos um erro contra o alguém a quem amamos. E quando fazemos isso, ficamos cheios de magoa, com uma dor no coração e a magoa a cada segundo que passa que nós não nos reconciliamos com essa pessoa, somos mais e mais magoados e a magoa vai tomando conta e vai nos amargurando e nos entristecendo e vai nos matando, e a dor aumenta a cada dia que passa sem nos reconciliarmos, porém, depois que nós falamos com essa pessoa e pedimos perdão e ela nos perdoa, nós sabemos que cai de nossas costas um fardo que nós estávamos carregando. E isso nos traz grande alegria e nós que antes estávamos tristes, ficamos felizes e comemoramos com alegria a nossa reconciliação.
Que alegria é ser perdoado! Trata-se de uma emoção que não tem como descrever. É um alívio de sentir um peso imenso ser tirado dos ombros, é uma alegria receber o cancelamento de uma dívida, de viver com a consciência tranquila.
E é quando recebemos o perdão, que a culpa vai embora e já não tem morada para culpa, e ela desaparece, o conflito chega ao fim e pode-se desfrutar de paz.
O Salmista Davi que escreveu esse Salmo, e esse homem de Deus sabe bem o que é isso, pois, pra ele significou o perdão de uma transgressão grave, o encobrimento de seu pecado, a não imputação de sua iniquidade e a purificação de seu espírito de todo dolo.
Esse Salmo vai trata sobre isso, sobre a alegria de quem recebe o perdão.
O tema central deste salmo é a graça de Deus em perdoar o pecado.
Paulo fala dessa graça: “bem-aventurado o homem a quem Deus credita justiça à parte das obras” (Rm 4.6).
Davi escreveu esse Salmo provavelmente após ter pecado com Bate-Seba.
V.1-2 - Alegria do Perdão dos Pecados
Bem-aventurado, mais do que feliz é aquele que recebe o perdão de Deus.
Aqui se usam três termos para pecado. O primeiro é: “Transgressão” ou “Iniquidade” que constitui uma referência a atos de rebelião contra Deus; enquanto que o segundo termo é: “pecado” constitui o termo mais amplo para pecado no Antigo Testamento. Denota em geral errar o alvo, e daí ser uma ofensa contra Deus. O terceiro termo, também traduzido por “pecado” na NIV, contém a idéia de distorção ou desvio do caminho certo.
Calvino comentando esse versículo afirmou: Os homens, pois, só serão bem-aventurados depois que forem gratuitamente reconciliados com Deus e reputados por ele como justos. Por conseguinte, a bem-aventurança que Davi celebra destrói definitivamente a justiça proveniente das obras.
Somos salvos pela graça e isso deve nos alegrar.
E o que é maravilhoso aqui é que o salmista pode cantar, é que todos os três tipos de pecado podem ser perdoados por Deus – Ele pode remover o pecado para o extremo oriente ou o extremo ocidente (Sl 103.12). Davi está relatando sua experiência pessoal com a graça de Deus. Para nós hoje, o Novo Testamento deixa claro que o perdão provém da mesma graça soberana de Deus exibida na morte e ressurreição de Jesus. “Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação” (Rm 4.25).
Davi aqui está ensinando a mim e a você pecadores, que existe uma alegria maior do que o pecado, e essa alegria é o perdão dos pecados. E Davi deixa explicito aqui que esse perdão é de graça, sem obras, mas, unicamente por meio do favor imerecido de Deus.
V.3-5 - O fardo do pecado
Depois de cometer adultério com Bate-Seba e tramar a morte de Urias, Davi se recusou terminantemente a confessar seu pecado. Tentou varrê-lo para debaixo do tapete, tentou cobrir os seus pecados como Adão e Eva tentaram cobrir sua nudez com folhas de figueira. Talvez Davi estivesse procurado se convencer de que “o tempo cura todos os males”. Em sua recusa obstinada em se arrepender, porém, estava lutando contra Deus e fazendo mal a si mesmo. A angústia não aliviada do espírito acabou com sua saúde física.
O salmista percebeu que a mão de Deus pesava sobre ele dia e noite. Nada mais dava certo. Os dias de tranquilidade haviam ficado no passado, e as perspectivas eram tão desagradáveis quanto a aridez do deserto que estava vivendo. Sua vida era uma vida agora de cargas pesadas em seus ombros e esse homem se encontrava sem vigor e sem luz.
Mas, Deus gerou em Davi um verdadeiro arrependimento e ai, ele confessa o seu pecado.
V.5: Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.
Davi cansou de tentar justificar ou mesmo de tentar cobrir os seus pecados com folhas de figueira.
Davi finalmente chamou o pecado pelo nome: “meu pecado […] minha iniquidade […] minhas transgressões”. Assim que confessou, recebeu a garantia de que o Senhor havia perdoado a iniquidade do seu pecado.
Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça.
O salmista havia confessado publicamente seu pecado, e conhecia a realidade da misericórdia perdoadora de Deus. A confissão e o perdão são simultâneos (1Jo 1.9).
Davi agora recebe a paz, o alívio de ser perdoado.
V.6-11 - Bençãos de ser perdoado
Davi agora deseja que outros sejam perdoados como ele foi. E nos orienta a buscar o perdão de Deus.
Todo homem pode encontrar em Deus o seu favor.
Isaías 55.6: Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Davi reconhece aqui que Deus é o seu esconderijo, e que Ele está em comunhão com Deus e sendo assim, o Senhor irá livra-lo em tempos de aflição, e mesmo quando transbordarem as águas, elas não o atingirão.
Deus é o nosso cuidador, e o mesmo que perdoa os nossos pecados, é o mesmo que nos livra na hora da tribulação.
Agora, Deus fala com Davi e as­segura-lhe que guiará seus passos. "Refrigera-me a alma. Guia-me pe­las veredas da justiça por amor do seu nome" (SI 23:3). O Senhor quer guiar-nos com seus olhos, não com um bordão pesado. O filho obe­diente olha para os olhos dos pais a fim de ver qual é a vontade deles. O cristão deve estar sempre sob as vistas do Pai e viver para agradá-lo. No versículo 9, Davi fala sobre dois extremos: o cavalo que vai em fren­te com ímpeto, e a mula que, teimo­sa, fica para trás. Os cristãos devem evitar esses dois tipos de compor­tamento. Devemos caminhar com o Senhor, dando um passo de cada vez, em obediência amorosa. Temos de controlar as mulas e os cavalos com freios e cabresto, "caso contrá­rio não obedecem" (NVI). Infeliz­mente, Deus tem de usar "freios e cabrestos" em alguns cristãos a fim de controlá-los. Entretanto, a forma normal de Deus nos guiar é com os olhos sobre nós.
Não sejais como o cavalo, sempre impaciente para avançar, ou a mula, que se recusa obstinadamente a ir aonde deve. Os dois animais precisam de freio para torná-los submissos e obedientes. O cristão deve ser sensível ao direcionamento do Senhor a fim de não precisar de disciplina mais severa para seguir pelo caminho correto.
Animais embotados não têm compreensão, mas o povo do Senhor pode compreender qual é a vontade dele.
Efésios 5.15-17: Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus.Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.
Depois que nós, cristãos, peca­mos e somos restaurados, Satanás tenta minar nossa paz e nossa con­fiança.
Começamos a nos preocupar com o passado e com as conseqüências de nossa insensatez de ter pecado.
Sim, a de­sobediência produz frutos amargos (e como Davi provou deles!), porém os versículos 10-11 asseguram que Deus protege e socorre os que pertencem a ele.
O ímpio passa por muitos sofri­mentos, e o sofrimento também en­tra na vida de santos, de crentes desobedientes, mas o cristão purificado vivência a bondade e a misericórdia do Senhor.
Não surpreende o fato de que Davi termine o salmo com um grito de exultação. O passado está perdoado, o presente é de alegria, e o futuro está garantido nas mãos do Senhor.
V.11: Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.
Para Davi, a situação do justo é muito melhor do que a do homem perverso. Não há comparação. Muito sofrimento aguarda o ímpio. O humilde, porém, é cercado pela misericórdia do Senhor. Nada mais apropriado, portanto, do que os retos de coração se alegrarem no SENHOR e exultarem
APLICAÇÕES:
BUSQUE O PERDÃO DE DEUS
SE VOCÊ JÁ RECEBEU O PERDÃO DE DEUS, SE ALEGRE COM ISSO!
NÃO SEJA COMO O CAVALO OU A MULA
QUE DEUS NOS AJUDE A ANDAR COMO JESUS ANDOU, EM SANTIDADE, POIS, SOMOS SERVOS DE DEUS E PRECISAMOS SER COMO JESUS É, SANTOS E INCULPÁVEIS.
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