A PRATICA DA FÉ - A fé é confirmada pelas obras - Tg 2.14-26.

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INTRODUÇÃO

Nos v.1-13 do capitulo 2 começamos a estudar sobre as caracteristícas de uma fé Genuina no Senhor Jesus (ver v.1).
Vimos que a fé viva e eficaz é evidenciada pelo amor sem acepção de pessoas.
O preconcento social é incompativel com a verdadeira Fé (v.1-4).
O preconceito social é algo incoerente com o caráter de Deus (v.5)
O preconceito social traz males e prejudica a igreja (v.6-7)
O preconceito social é uma desobediencia ao segundo mandamento mais importante que é amar ao proximo e resulta em condenação divina (v.8-13).
Antes de entrarmos na continuação do capitulo é importante notarmos que o ensino seguinte sobre a fé e obras é um desdobramento desse primeiro ensino sobre a fé. O ensino seria algo do tipo:
Aquele que ama o seu irmâo nâo somente se despoja de todo o preconceito social, ele precisa ir além, sendo o intrumento de Deus para ajudar esse irmão nas suas dificuldades.
Portanto, o contexto aqui de “boas obras” tem esse aspecto de obras de caridade.

G.I. — A FÉ VIVA E EFICAZ É EVIDENCIADA NO AMOR SEM ACEPÇÃO DE PESSOAS E CONFIRMADA PELA PRÁTICA DE BOAS OBRAS.

I — A FÉ SEM OBRAS É INÚTIL PORQUE NÃO PRODUZ OS RESULTADOS ESPERADOS (V.14-17).

V.14 — Tiago inicia com duas perguntas para pensarmos sobre a natureza de uma fé genuína e que inevitavelmente nos levam a algumas constatações:

1. A fé sem obras é inutil porque não pode dar ao homem salvação.

Mas Paulo parece dizer o contrario em Rm 4.5.
Romanos 4.5 ARA
Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça.
Paulo está dizendo uma coisa e Tiago outra? Quem está certo? Os dois, pois na verdade nâo são ideias opostas, mas cada um está olhando para lados diferentes da mesma moeda. Para entendermos melhor a perspectiva de cada um é necessario entendermos o contexto e o publico alvo de cada um.
Paulo se dirige ao Judeu que procura obter salvação obedecendo a Lei, para ele Paulo diz: “Não são as obras da Lei, mas a fé em Cristo, que produz salvação”. Tiago, por outro lado, se dirige a pessoas que se dizem cristãs, afirmando ter fé, mas que não a colocam em prática.
Tiago é específico quando diz: “se um homem afirma que tem fé”. Ele deixa subentendido que a fé dessa determinada pessoa não é uma confiança autêntica em Jesus Cristo. Na realidade, a afirmação feita por essa pessoa é vazia. Se ela só assente com as palavras de uma declaração doutrinária, sua fé é intelectual, estéril e sem valor.

2. A resposta vem por meio de um exemplo prático — v.15-16

Para Tiago, fé e amor andam juntos. Ele usa uma ilustração clara para retratar não um estranho, mas um “irmão ou irmã” que passa por necessidades, aquele que diz ter fé responde apenas com palavras vazias e recusa-se ajudá-lo, de que valerá essa pessoa dizer que tem fé?
Essa expressao que Tiago usa é uma forma típica de uma despedida hebraica enfeitada, é como uma forma de desejar bençãos para a pessoa. Mas essa benção de nada aproveita a pessoa necessitada. Da mesma forma a fé dessa pessoa para nada lhe aproveita!
A fé em Deus por meio de Jesus Cristo é uma certeza que flui de nosso coração, emana até nossa mente e é traduzida em obras. A fé vibrante, de palavras e obras, dita e realizada por amor a Deus e ao nosso próximo, é que nos salva.

3. A primeira conclusão de Tiago — V.17

A fé que é dita, mas nâo é acompanhada de obras esperadas ela se torna inerte, inoperante ou inexistente. O raciocínio é o seguinte: Se essa “fé” nâo produz uma mudança evidente nas coisas exteriores, como pode ter feito alguma mudança genuína no interior?
Ao contar a parábola do semeador, Jesus fez distinção entre a fé temporária e a verdadeira fé. A fé temporária é como a semente que caiu em solo pedregoso; ela não tem raízes e dura pouco tempo (Mt 13.21). Tal fé termina numa morte inevitável.
A verdadeira fé, ao contrário, é como o grão que cai em solo fértil e produz colheita abundante. A verdadeira fé está firmemente arraigada no coração do crente.

II — A FÉ SEM OBRAS NÃO PODE SER VERIFICADA COMO GENUINA (V.18-19).

A segunda argumentação de Tiago começa com um dialogo hipotetico de duas pessoas que tentam defendem suas posições: Uma pessoa que diz ter fé, mas nâo tem obras para provar e outro que alega ter as obras e através delas pode provar que também tem a fé.
O cerce do dialogo é: Qual desses dois tem mais credibilidade para atestar a veracidade da sua fé?
Essa declaração assemelha-se ao ensinamento de Jesus de que conhecemos uma árvore por seus frutos: “Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo” (Mt 7.19). Aqueles que falam, mas não agem, ouvirão Jesus dizer: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais iniqüidade” (v. 23). A fé sem obras está morta!
O argumento é ampliado com uma pergunta que nos conduz novamente a pensarmos na “fé” que é apenas intelectual, isto é, que está baseada apenas no saber e não no conhecer (no sentido de ser vivida). Até os demonios tem essa fé de saber, mas que não conduz a uma mudança genuína de vida.
A fé verdadeira vem do conhecimento (guinosko - saber experimental) e nâo apenas do saber intelectual — Jo 17.3 e 2Tm 3.7
João 17.3 ARA
E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
2Timóteo 3.7 ARA
que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade.
Assim como o motor produz movimento porque uma corrente elétrica passa por ele, assim também o cristão produz boas obras porque é movido pela verdadeira fé.

III — O TESTEMUNHO DAS ESCRITURAS CONFIRMAM QUE A FÉ VERDADEIRA É ACOMPANHADA DAS OBRAS (V.20-26).

V.20 — O último argumento de Tiago também inicia com uma pergunta dura para aqueles que ainda tentarem insistir no seu pensamento errado!
Na última parte de sua discussão sobre fé e obras, Tiago se volta para as Escrituras a fim de mostrar que, historicamente, fé e obras são dois lados de uma mesma moeda.
Ele ilustra o ensino com dois exemplos do A.T.:

1. Abraâo (v.21-24):

V.21 — Na condição de judeu, escrevendo para cristãos judeus, Tiago tem liberdade de dizer “nosso antepassado, Abraão”.
Abraão foi considerado justo aos olhos de Deus, porque confiou nele a ponto de preparar-se para sacrificar Isaque, o filho da promessa (Gn 22.2,9). O incidente em que Abraão passou pelo teste da fé, quando Deus lhe pediu que sacrificasse seu filho, é um dos pontos altos da vida do patriarca.
V.22 — A fé de Abrâao foi confirmada por sua obediencia. A fé e as obras trabalham de mâos dadas na vida do justo.
V.23 — Tanto Tiago quanto Paulo indicam que o resultado da fé de Abraão foi a justificação, ou seja, Abraão gozou de um relacionamento reto com Deus, pois recebeu a aprovação de Deus durante sua vida.
V.24 — Mais uma conclusão sumária de Tiago, as obras sâo essenciais, pois confirmam a genuína fé.

2. Raabe (v.25-26):

O segundo nome escolhido por Tiago é o de Raabe. É revelador o contraste entre Abraão, o pai dos crentes, e Raabe, a prostituta de Jericó na Antigüidade.
OS CONTRASTES ENTRE ABRAÃO E RAABE:
1. Abraão é um hebreu, chamado por Deus para tornar-se pai dos crentes. Raabe é uma gentia, moradora de Jericó, cidade destinada a ser destruída pelo exército israelita.
2. Como homem, Abraão é o líder representante do povo que tem uma aliança com Deus (Gn 15; 17). Raabe é uma mulher, conhecida nas Escrituras como “a meretriz”.
3. Depois que Abraão foi chamado por Deus em Ur, terra dos caldeus, ele provou sua obediência a Deus durante pelo menos três décadas. O auge dessa obediência foi sua disposição em sacrificar seu filho Isaque. Raabe sabia dos planos de Deus só por meio de boatos, ainda assim ela demonstrou sua fé ao identificar-se com o povo de Deus.
V.25 — Tiago faz uma pergunta retórica que recebe uma resposta afirmativa: “Não foi também justificada por obras a meretriz Raabe?” Certamente que sim. Na mais inferior das classes sociais encontra-se Raabe, mencionada explicitamente como “a meretriz” (Js 2.1; 6.17,22,25).
Essa mulher coloca sua fé no Deus de Israel e confessa abertamente para os dois espias, mas foram as suas obras confimaram sua fé. A justificação dela foi atestada logo em seguida: Ela foi salva da morte certa pela destrição da cidade. Hebreus tambem confirma essa justificação, citando Raabe entre os herois da fé e mencienando também suas obras (Hb 11.31)
Hebreus 11.31 ARA
Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias.
V.26 — Tiago conclui sua argumentação usando uma ilustração simples: Um corpo sem espirito não é um ser vivo, assim também é a fé sem as obras é morta, portanto ineficaz para a justificação do homem.
A fé viva se expressa nas obras que são realizadas em obediência à Palavra de Deus. Tiago ilustra esse fato com eloqüência ao dar exemplos da vida de Abraão e de Raabe. Para ele, fé e obras formam uma unidade inseparável que pode ser comparada ao corpo e à alma do ser humano. Esses dois foram feitos para andar juntos e constituir um ser vivo.

CONCLUSÃO

A luz desses ensinos precisamos avaliar a nossa fé, ela é viva e eficaz ou está moribunda?
Em minha vida estou apresentando as obras esperadas para um discipulo de Jesus?
Precisamos lembrar que aqui em Tiago o contexto indica que ele estava falando principalmente de obras de caridade, de ajuda aos mais necessitados. Nesse sentido as minhas obras expressam o meu amor pelos irmâos e consequentemente o meu amor pelo Senhor?
Porque em 1Jo 4.20 diz “que aquele que nâo ama a seu irmâo, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem nâo vê”
Por isso as nossas obras sâo importantes sim! Precisamos sair dessa inercia espirital e fazer mais pelos nos irmâo: Amar mais, ajudar de todas as maneiras com nossos bens, com nosso ombro, ouvidos e nossas orações!
O capitulo 2 é um desenvolvimento do que ele havia mensiondo no final do capitulo 1 (Tg 1.27).
Tiago 1.27 ARA
A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.
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