A quem você serve? - Mateus 6.19-24
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19 — Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;
20 mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam.
21 Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração.
22 — Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz;
23 se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que existe em você são trevas, que grandes trevas serão!
24 — Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou irá odiar um e amar o outro, ou irá se dedicar a um e desprezar o outro. Vocês não podem servir a Deus e às riquezas.
O evangelista Mateus faz o registro do Cristo ensinando sobre as práticas espirituais, como esmola, oração e jejum, todos levando para longe dos holofotes.
Jesus neste ponto faz três alertas ao cristão, cuidado com o dinheiro, com os olhos e a quem você serve. Quando servimos ao adversário, a primazia está voltada para os prazeres e satisfações pessoais, quando servimos a Jesus Cristo os prazeres estão voltados em agradar ao Senhor.
Jesus Cristo inicia sua declarações de forma extraordinárias, destaca a respeito da riqueza.
A palavra riqueza aparece 51 vezes em 48 versículos, nas formas riquezas, abundância, peso, honra, glória, dificuldade, habilidade, poder, força, exército, labuta, produto do labor, propriedade, fortaleza, tesouro, agitação, tumulto, rugido, multidão, propriedade, suficiência, posse e bens. Quando é feita uma busca da palavra riqueza no substantivo de abundância de bens materiais e recursos, encontramos por 102 vezes. Se a procura for relacionada ao substantivo tesouro encontraremos por 73 vezes. Mas a riqueza no substantivo aramaico mamõnas, em português Mamon aparece por quatro vezes.
Para o jovem régulo, Jesus disse: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me”, conforme registrado em Mateus 19.21. Em Lucas 12.33, “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome”. Quando enviou os discípulos em missão, aconselhou-os: “Nada leveis para o caminho, nem bordão nem alforje, nem pão nem dinheiro, nem deveis ter duas túnicas”, confirme Lucas 9.3.
O dinheiro tinha pouco lugar na vida do discípulo de Cristo. O evangelista Mateus 6.33 encontramos,“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Evidentemente, Ele mesmo não tinha dinheiro para pagar o tributo, embora ordenasse “Dai a César o que é de César”.
A bíblia nos mostra que os dons materiais também provêm de Deus e deveriam ser usados para a glória de Deus. O servo injusto foi lembrado da necessidade de fidelidade na administração de bens, até mesmo, de iníquos, conforme registrado em Lucas 16.9, e Jesus ainda advertiu os discípulos sobre o engano das riquezas e a impossibilidade de “servir a Deus e a mamom”, aqui em Mateus 6.24.
Os presentes recebidos do Senhor, a saber os bens materiais, vêm como resultado do uso de talentos dados por Deus e deveriam sempre ser usados somente para a glória de Deus.
Neste sentido, quando a busca de riquezas se torna um fim em si mesmo, é grande o perigo de que a presença de Deus seja obscurecida, imagine, o sol tem grande brilho e pode ser escondido quando se posiciona uma moeda próximo demais ao olho.
O correto uso do dinheiro é notado, freqüentemente, por Paulo, em sua carta à igreja de Corinto, ele citou o exemplo dos irmãos da Macedônia dizendo: “porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade … na medida de suas posses e mesmo acima delas”, 2 Coríntios 8.2–5.
Escrevendo a Timóteo, Paulo insiste: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus” e vai adiante, indicando o caminho certo para empregar o dinheiro: “que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir … a fim de se apoderarem da verdadeira vida”, 1 Timóteo 6.17–19. Dessa maneira, acrescenta ele, “acumularão para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro” 1 Timóteo 6.19.
A mordomia dos dons de Deus está implícita em todos os termos do dom. Quer o dom seja de posses quer de capacidades, a regra básica é a de que “a manifestação do espírito é dada a cada um, visando a um fim proveitoso”. Somos chamados a ser “bons despenseiros (mordomos) da multiforme graça de Deus”. Isso vem, imediatamente, após o apóstolo insistir que fossem “mutuamente hospitaleiros sem murmuração”.
A mordomia cristã reconhece que toda dádiva vem de Deus e é confiada a nós para que a usemos para Deus. Não temos o direito de determinar por nós mesmos, somos despenseiros. Nosso primeiro dever é o da fidelidade em relação àquilo que nos foi confiado. Isso implica que, como Deus nos abençoou ricamente, devemos compartilhar esses dons conforme Deus indica. Nada deveria ser preservado, egoisticamente, para lucro próprio.
O cristão deve olhar para o Senhor e ter sua ênfase e primazia em Jesus Cristo.
O próprio Jesus Cristo alerta-nos, não tem como servir a dois senhores, quero deixar uma coisa muito claro, o cristão precisa e deve buscar a prosperidade financeira, usando dos dons dados por Deus, alcançando de forma honesta e usando isso para o reino, para a glória de Deus. O problema não é possuir a riqueza, mas é a riqueza possuir você.
1. O mundo - vs. 19 e 23
1. O mundo - vs. 19 e 23
19 — Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam;
23 se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que existe em você são trevas, que grandes trevas serão!
O mundo tem apresentado uma forma de olhar para a riqueza, na ótica, somente para si. Alguns tentaram implementar suas teorias como se fosse vertente da bíblia.
Quando avalia o verdadeiro lugar da riqueza na vida do cristão, deveríamos voltar para as palavras, para a pergunta que encontramos em Malaquias 6.8: “Que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?”
Um salário justo é equivalente à “balança justa” de Provérbios. Nenhum cristão verdadeiro poderia possuir grande riqueza e usá-la apenas para gratificação egoísta. Esta lhe terá sido dada para compartilhá-la com outros, lembrando das palavras do seu Senhor: “Dai e dar-se-vos-á” e “com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” conforme o evangelista Mateus 7.2.
Jesus está alertando para o que nosso mundo vive, não reconheceu o potencial de riqueza como sendo algo sagrado confiado por Deus. As posses guardadas são inúteis. O único ouro bom é o ouro que vai. Isso levanta a questão:
Quanto de meu dinheiro Cristo requer?
A resposta é tudo.
O que possuímos pertence a ele por direito. Somos apenas mordomos de sua propriedade e deveríamos usá-la para a glória de Deus e para o bem de muitos. Há pessoas às quais Cristo concede que ganhem dinheiro para ele. Outros são chamados, para servi-lo na pobreza. Mas o chamado de Deus é sempre claro. Ele jamais nos deixa na dúvida quanto ao que quer que façamos.
A riqueza deveria ser empregada pelo cristão para cuidar dos santos que, pela força das circunstâncias, doenças ou acidentes, não podem ajudar a si mesmos. Sempre haverá necessidade de se dar dinheiro para a pregação do reino de Deus. Que Deus tenha as primícias daquilo a que chamamos nosso! Que ele seja o primeiro benfeitor de nossos ganhos! Quando assim fizermos, descobriremos que Deus não deve a homem algum. Se lembre o que fazemos em secreto, o Senhor nos recompensará em secreto.
Os cristãos precisariam aprender a arte de usar as riquezas em benefício dos desprovidos. Todo privilégio gera responsabilidade. “Aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”. Lucas 12.48.
Spurgeon nos lembra que as Escrituras jamais nos ordenam pagar nossas dívidas; mandam que não as tenhamos. Conforme Deus nos tem dado, assim devemos dar de forma generosa, farta e liberalmente. Fazendo isso, teremos aprendido o segredo da vida abundante. Viver é doar.
O mundo ensina que quanto mais você tiver, para si, mais tem que guardar para si, comprar cada vez mais o que não precisamos, consumindo cada vez mais, gastando cada vez mais.
Não estou dizendo que tudo o que você recebe deve ser dado para igreja, mas que deve ser administrado de tal forma, que a família esteja protegida e possa generosamente contribuir, sem que falte para o cuidado da família.
2. A Deus - vs. 20 e 22
2. A Deus - vs. 20 e 22
20 mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem, e onde ladrões não escavam, nem roubam.
22 — Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz;
Cristo Jesus ensina que os tesouros da terra se acabam, o dinheiro perde o valor, quando não administrado de forma correta, alguém pode roubar, mas existe algo que jamais será perdido, o tesouro no reino dos céus. Aquele que ama ao Senhor o tem como seu salvador, o prazer está em buscar, amar, ser mordomo.
Tudo o que recebemos pertence ao Senhor, como mordomos, despenseiros, devemos usar o que o Senhor nos concedeu, administrando para o bem do reino de Deus. Uma igreja deve ser missionária, preparando recursos para enviar e ajudar no crescimento do evangelho. Os recursos também serão administrado para ajudar membros que passam por lutas, na saúde, na vida profissional e em outras áreas.
O Senhor nos ensina que o homem pode roubar o recursos que possuímos, ou talvez se tornar escasso como aconteceu em alguns países, mas que a salvação, essa jamais ninguém roubará. Quem está nas mãos do Senhor, tem um coração sensível para contribuir.
Jesus, no texto tem um apreço, dá duas ordens e um esclarecimento, iniciamos com uma ordem negativa, se lembre que Jesus não está condenando a riqueza, até mesmo, porque quando isto vem como fruto do trabalho e da bênção de Deus, ela nunca trará desgosto, mas alegria.
A segunda ordem de Jesus é positiva, ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam. Ajuntar tesouros no céu não é criar uma linha de crédito celestial. Isso não é acumular méritos pessoais diante de Deus nem manter um patrimônio robusto no céu em virtude das boas obras praticadas nesta vida. Quando usamos nossos tesouros, para promover a causa do evangelho e socorrer os necessitados, isso é investir para a eternidade. Nesse sentido, ganhamos o que damos e perdemos o que retemos. O nosso tesouro arrasta nosso coração. Nosso coração estará na terra ou no céu, depende de onde o colocamos, se na terra ou no céu.
Jesus continua agora enfatizando os olhos, nossos olhos são o farol do nosso corpo. Podem nos enlevar ou nos derrubar, podem nos conduzir à prática do bem ou à prática do mal, podem nos levar pelas veredas da justiça ou puxar-nos para os caminhos escorregadios da iniquidade. Meus queridos os olhos bons alegram-se com a beleza da criação divina, mas olhos, quando estão ligados nas trevas, não se deletaram com o que é para a glória de Deus.
Que nossos olhos estejam em Cristo, para louvor de sua glória. Que nossas posses glorifiquem ao Senhor, e de forma generosa, contribuamos para o crescimento do reino do Deus.
Conclusão
Conclusão
Jesus ensina que as riquezas quando torna nosso senhor, é chamada as riquezas de Mamom, e não de moedas. Neste sentido nos tornamos escravos do dinheiro. As riquezas têm poder de subjugar as pessoas e torná-las escravas. A palavra Mamom é uma transliteração de um termo hebraico que significa “o que se armazena”, ou de outro termo hebraico que significa “no que se confia”. Portanto, essa palavra refere-se à personificação da riqueza. Neste sentido, o dinheiro é um senhor que exige dedicação exclusiva. Jesus não chamou o diabo, o mundo nem mesmo César de “senhor”, mas chamou as riquezas, Mamom, de “senhor”. Por amor ao dinheiro, pessoas se casam e se divorciam, matam e morrem, corrompem e são corrompidas. O dinheiro é um senhor que exige devoção exclusiva de seus súditos, submersos na escuridão.
Jesus ensina que nem Deus nem as riquezas aceitam devoção parcial, o Senhor não dividi sua glória com ninguém. O coração dividido entre dois senhores, o levará a conduzir sua vida mais para um que para outro. Neste sentido que Jesus ensina, não é possível servir a Deus e às riquezas Quem serve a Deus, não pode viver mais debaixo do jugo de Mamom. Quem é escravo de Mamom, não pode ser servo de Deus.
A quem você serve?