(Êx 19:1-6) A Aliança de Deus com um peculiar

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A chegada de Moisés ao Sinai foi cumprimento da promessa de Deus: Êxodo 3.12 “Deus lhe respondeu: Eu serei contigo; e este será o sinal de que eu te enviei: depois de haveres tirado o povo do Egito, servireis a Deus neste monte.”
Na pinínsula do Sinai há várias montanhas, mas hoje se aceita que a montanha mais provável seja Jebel Musa, a Montanha de Moisés; um amontanha com cerca de 2.700 metros de altura.
Motanhas são no AT comumente pontos de encontro de Deus. Elas testificam a transcendência de Deus, sua majestade suprema. Salmo 36.6a “A tua justiça é como as montanhas de Deus”.
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Ryken: “Deus começou lembrando o seu povo o que tinha feito por eles” (4). Esse resumo da salvação menciona três fases distintas na peregrinação de Isral: a retirada, a elevação e a aproximação. Primeiro, o que Deus fizeram no Egito… Segundo, Deus elevou seu povo em asas de águia… Por último, Deus trouxe seu povo para si”.
Primeiro, Deus humilhou os deuses do Eggito provando que ele era o verdadeiro Deus, e derrotou os inimigos de Israel. Mas não apenas isso...
Ele elevou seu povo em suas asas. Deuteronômio 32.9–11 “Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança. Achou-o numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos. Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas”.
Hamilton: “A Escritura apresenta uma imagem de um Deus que está sempre carregando o seu povo. Ou Deus/deuses carrega o seu povo ou o povo carrega o seu Deus/deuses. Mais tarde, o profeta Isaías dirá, em 46.1: “As imagens [dos deuses babilônicos] que são carregadas [nāśā] são um fardo, um fardo [massā] para os cansados”. Em contraste com os deuses que devem ser carregados, especialmente quando estão em grande perigo em razão da invasão dos persas (Is 46), Yahweh é aquele que carregou (nāśā) Israel (Is 46.3) e que carregará (nāśā) Israel (46.4).”
Por fim, ele elevou seu povo para si. Ryken diz: “O propósito do êxodo não era apenas tirar Israel do Egito; era aproximar Israel de Deus. Isso sempre acontece na salvação. A salvação nunca é um fim em si mesma. Há sempre algo maior, a saber, o próprio Deus e a nossa comunhão com ele”.
É só depois disso tudo, que Deus dá ordens à Israel. E essas ordens acrescentam à esse propósito, de que seu povo mantenha comunhão com seu Deus. Diz Greenberg: “Por que a Torá não começa com o Decálogo? Uma parábola explica isso: um homem chegou a um novo país e disse: “Tornem-me seu rei”. O povo respondeu: “O que você fez por nós para o fazermos nosso rei”? Então ele construiu muralhas, edificou um sistema de água e travou batalhas por eles. Depois ele lhes disse: “Tornem-me seu rei”. Eles lhe responderam: “Sim, tornaremos”. Portanto, Deus libertou Israel do Egito, dividiu o mar, deu-lhes o maná dos céus, providenciou água, trouxe as codornizes até eles, lutou contra Amaleque por eles e, depois, disse-lhes: “Tornem-me o seu rei”, ao que eles responderam: “Sim, tornaremos”.
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Ryken: “O que Deus tem feito para nós na história é o fundamento para aquilo que ele espera de nós hoje. Sua poderosa obra de salvação sempre exige uma resposta. Assim, após lembrar seu povo como foi salvo, Deus procedeu e estabeleceu os termos de seu relacionamento no futuro (v. 5a).
Ryken: Essa é a primeira vez que a Bíblia usa exatamente essa expressão (1guardar a minha aliança’). “Êxodo é a história do Deus que se lembra da sua aliança”.Todo o resto do AT - na verdade, todo o resto da história humana - pode ser explicado em termos do relacionamento da aliança descrito nesses versículos.
Hamilton: “Então o que está acontecendo no Sinai? Uma aliança é um meio pelo qual duas partes estabelecem um relacionamento entre si, ou, mais comumente, uma aliança eleva um relacionamento já existente entre duas partes a um nível mais íntimo e dinâmico. Podemos citar a aliança de casamento como um exemplo. Duas pessoas que já estão comprometidas uma com a outra e têm um relacionamento sério elevam seu relacionamento a outro nível, diante dos homens e de Deus, fazendo uma aliança entre si.”
Hamilton: “A linguagem sugere o propósito primário de Deus em se relacionar com o povo de Israel para o desfrute mútuo da presença um do outro. Antes de Israel ser escolhido para o serviço, ele é escolhido para a comunhão.”
Ryken: “A ordem do Êxodo é importante. Primeiro, Deus libertou seu povo da escravidão, depois lhe deu a sua lei. Imagine o que teria aocntecido se a ordem tivesse sido invertida. Suponhamos que Deus tivesse dito a Moisés: ‘Diga ao povo: Se vocês me obedecerem plenamente e guardarem a minha aliança, eu os tirarei do Egito sobre asas de águia’. Nesse caso, nunca teria ocorrido Êxodo. O povo de Deus continuaria em escravidão por causa de sua incapacidade de observar a aliança com Deus. Mas Deus é um Deus de graça. Assim, ele primeiro salvou seu povo, depois ele o chamou para obedecer a sua lei.”
Ryken: “Apesar de a salvação de Israel estar segura, o povo precisa observar a aliança a fim de desfrutar da plenitude de Deus.”
John Mackay: “Os israelitas não receberam a lei para salvar a si mesmos, mas para que pudessem continuar a desfrutar a savação que já haviam recebido.”
Ryken: “A aliança é um relacionamento de amor; mas como algugém pode experimentar intimidade com Deus, e, ao mesmo tempo, violar a sua lei? Ou, para citar a própria natureza do caso, não podemos ter comunhão com Deus enquanto nos rebelamos contra ele”.
Um observação importante é que Êxodo 19 faz parte da Antiga Aliança. Assim, encontramos aqui uma condição que só foi cumprida quando Cristo veio ao mundo. Sim, até mesmo no AT a salvaão ocorria pela graça por meio da fé. […] “Enquanto lutavam e falhavam no cumprimento da lei de Deus, eles perceberam ainda mais sua necessidade de graça e esperaram um Salvador que fosse capaz de guardar a aliança de Deus. Estavam esperando por Jesus Cristo, que é Hebreus 9.15 “… o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.” Nós guardamos a aliança em Cristo.
Propriedade peculiar. Ryken: “Deus já havia dito quem ele era. Ele era o Deus da sua salvaão, que os salvara para si mesmo. Agora, ele lhes disse quem eles eram. É assim que a aliança sempre funciona. É um relacionamento mútuo no qual Deus diz: ‘Eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo’.”
“A palavra hebraica (segulla) indica propriedade real. Na verdade, é a propriedade mais valorizada no tesouro de um rei. É a mesma palavra que Davi usou para descrever sua reserva particular de ouro e prata (1Crônicas 29.3 “E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo quanto preparei para o santuário”).
“O que torna essas pessoas tao preciosas? Eram extraordinariamnete talentosas? Possuiam poder e prestígio? Ogden Nash disse: ‘Como foi estranho Deus escolher os judeus’.”
Deuteronômio 7.6–8 “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.”
Ryken: “O que tornava o povo de Deus tão precioso não era o seu próprio valor intrínseco; era o valor que lhes havia sido conferido pelo amor de Deus. Isral era precioso não por causa daquilo que ele era, mas por causa daquilo que Deus era.”
“Quaisquer que sejam as nossas lutas, somos o tesouro de Deus, pois fomos atraídos para perto de Deus por meio da fé em Jesus Cristo. O apóstolo Pedro tomou as palavras de Moisés e as aplicou diretamente à igreja de Jesus Cristo:
1Pedro 2.9–12 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia. Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.”
“Cada cristão é precioso para Deus, amado com um amor singular e eterno. Nós merecemos isto? Não; mas Deus nos valoriza e nos vê como equivalentes ao sangue infitamente precioso de seu próprio Filho.
Reino de sacerdotes. Ryken: “Cada indivíduo no reino era chamado para servir e adorar a Deus. Mais tarde, Deus designaria os levitas para servirem como os sacerdotes oficiais de Israel… Mas não eram os únicos israelitas chamados para o serviço de Deus. Deus queria um ‘reino de sacerdotes’, uma nação inteira de pessoas separadas para lhes dar glória. Então Israel seria uma ‘nação santa’ - um povo separado para Deus e dedicado a servi-lo em todos os aspectos da vida. Esse foi um chamado que Deus deu ao seu povo repetidas vezes, para que fosse santo como ele.”
“[…] Deus escolheu Israel com a intenção última de salvar o mundo. [Um possível tradução eria]: ‘Serei minha propriedade preciosa entre todos os povo, pois toda a terra é minha’ (5b). Isso deixa claro que o plano de Deus para Israel era parte de seu plano para o mundo. Israel foi escolhido não só dentre as nações, mas também para as nações - Gênesis 12.3 “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”
Ryken: “Temos uma missão para o mundo - não governá-lo, mas servi-lo. A maneira como servimos é levando vidas santas. O que nos distingue do resto do mundo é a nossa santidade pessoal. Ou pelo menos deveria, pois a maneira como vivemos é parte do plano de Deus para salvar o mundo”.
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