(Rm 1:18-32) A Ira de Deus e o pecado

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18-23 >>
(18) A ira de Deus. Sproul: “o apóstolo introduz a ira de Deus a essa altura porque ninguém pode apreciar completamente as boas-novas como boas a não ser contra o pano de fundo de nossa culpa diante de Deus. As boas-novas são um anúncio feito a pessoas que estão, universalmente, debaixo da acusação de Deus e expostas à sua ira. […] É perfeitamente apropriado que um Deus santo e justo seja levado à ira contra o mal. Um juiz sem nenhuma aversão ao mal não seria um bom juiz.”
Murray: “A ira de Deus não deve ser concebida em termos de explosões de ódio, com as quais a ira, em nós, está frequentemente associada. […] A ira consiste na santa reação do ser de Deus contra aquilo que é contrário à sua santidade.”
Calvino: “significa a vingança de Deus, pois quando ele pune, segundo nosso modo de pensar, ele aparenta estar irado. O termo, pois, revela não a atitude emocional de Deus, e, sim, as sensações do pecador que é punido”
Se revela (Deus lhes manifestou [19]; claramente se reconhecem [20]; indesculpáveis). Sproul: “A verdade que Deus dá de si mesmo é manifesta. É clara – tão óbvia que todos entendem.”
HDL: “O problema humano não é ausência do conhecimento de Deus, mas a negação de Deus. Ele tem conhecimento suficiente, mas sufoca esse conhecimento. O homem quer tirar Deus do seu caminho, eliminar Deus do seu pensamento, banir Deus da sua vida. O homem tem conhecimento suficiente de Deus para torná-lo indesculpável.
Do céu. Sproul: “(Por sinal, o termo latino para agnosis é ignoramus.)
Os agnósticos pensam que não são tão militantes quanto os ateus, mas não percebem que seu agnosticismo os expõe a um risco da ira de Deus ainda maior do que se fossem ateus militantes. Não apenas se recusam a reconhecer o Deus que se revela plenamente, mas culpam a Deus por sua situação, afirmando que ele não lhes dá evidências suficientes.”
O Pr Sproul, depois de uma palestra sobre a existência de Deus num evento de ateus, disse: ““Estou lhes dando argumentos para a existência de Deus, mas sinto que estou chovendo no molhado, pois tenho que lhes dizer que não preciso provar a vocês que Deus existe porque creio que vocês já sabem disso. O problema de vocês não é não saber que Deus existe; seu problema é que vocês desprezam o Deus que sabem que existe. O problema de vocês não é intelectual, é moral – vocês odeiam a Deus”.
Sproul: “É muito comum me perguntarem: “O que acontece com o pobre e inocente nativo da África, que nunca ouviu falar de Jesus?”. Esse pobre e inocente nativo da África vai direto para o céu quando morre. Ele não tem necessidade de um Salvador. Jesus não veio ao mundo para salvar pessoas inocentes. Não há nenhum inocente nativo na África, nem na Austrália, na América do Sul, na Europa, na Ásia ou em qualquer outro lugar. As pessoas pensam que aqueles que nunca ouviram falar de Jesus são, certamente, inocentes, mas Jesus veio a um mundo que já se achava sob a acusação de Deus porque o havia rejeitado. Devemos repudiar a ideia de que existam pessoas inocentes em algum lugar.”
HDL: “quando os povos pagãos, seja nos grandes centros urbanos, seja nas selvas mais remotas, dão glória aos seus ídolos, não fazem isso de forma inocente. Trata-se de uma rebelião deliberada.”
Impiedade e injustiça. Murray: “A ‘impiedade’ fala daquela perversão de natureza religiosa, ao passo que a ‘perversão’ se refere àquilo que tem caráter moral; a primeira pode ser ilustrada pela idolatria; a última, pela imoralidade. Essa ordem de apresentação é significativa. Na descrição da degeneração, feita pelo apóstolo, a impiedade é precursora da imoralidade.”
Sproul: “Paulo usa uma estrutura gramatical que encontramos esporadicamente ao longo da Bíblia chamada hendíade a qual significa, literalmente, “dois por um”, duas coisas distintas, tomadas em conjunto para indicar apenas uma coisa. Creio que é apropriado compreender que Paulo está dizendo que Deus está irado – furioso – com um pecado em particular. Quando examinamos esse pecado, ele é visto como sendo ambas as coisas, ímpio ou irreverente e iníquo ou imoral.”
Suprimem a verdade (Trocaram a verdade [25]). Sproul: “Impiedade e iniquidade são termos vastos e genéricos que cobrem uma multidão de pecados, mas Paulo, nesse caso, não está falando sobre uma multidão de pecados. O apóstolo tem em vista um pecado em particular. É um pecado universal e cometido por todos os seres humanos. É o pecado que mais claramente expressa nossa natureza adâmica, nossa corrupção e degradação na carne… O pecado único que provoca a ira de Deus contra toda a raça humana é a supressão da verdade.”
Sproul: “A raiz da palavra grega traduzida por “suprimir” é katakein, que também pode ser traduzida por “impedir”, “sufocar”, “aprisionar”, “colocar em detenção”, “obscurecer” ou “reprimir”. Podemos pensar numa gigantesca mola ou rosca que exigiria toda a força do seu corpo para empurrá-la ou comprimi-la. Enquanto empurramos, ela continua resistindo à nossa força e tentando saltar de volta e voltar à sua posição original.[…] Nós a empurramos, por assim dizer, para o nosso subconsciente, para tirá-la de nossa mente; entretanto, a despeito de todo o esforço que fazemos para suprimi-la, simplesmente não conseguimos erradicá-la. Não podemos nos livrar dela, pois está sempre, e em todos os lugares, reaparecendo novamente. O pecado específico, nesse caso, é a supressão da verdade.”
Murray: “há um testemunho em prol da verdade que emana do íntimo, mas que os homens suprimem por sua injustiça”
Geoffrey Wilson: “Quando os homens rejeitam a verdade, abraçam a mentira em seu lugar. A ausência da verdade sempre assegura a presença do erro”
Não o glorificaram… graças. A ingratidão, descontentamento, murmuração, é idolatria, é se afastar de Deus. Quando não estamos satisfieitos com Deus e com sua Providências, estamos a ponto de criar outro deus para nós.
Nulos (coração insensato; obscurecido; tolos). Sproul: “Para o judeu o julgamento de “tolo” não é um julgamento intelectual; é um julgamento moral. Essa é a razão por que Jesus advertiu contra chamar as pessoas de tolas (Mt 5.22). Não diga: “Diz o insensato [ou tolo] no seu coração: Não há Deus” (Sl 14.1). O tolo não está apenas sendo ignorante, ele está sendo também iníquo, porque está negando aquilo que sabe ser verdade”
Trocaram a glória. Murray: “A mente do homem nunca é um vácuo religioso; se houver a ausência do que é verdadeiro, sempre haverá a presença do que é falso “
Sproul: “O pecado mais fundamental em nossa natureza corrupta e caída é o pecado da idolatria, o pecado de nos recusarmos a honrar a Deus como ele é. Desejamos destituí-lo de seus atributos e transformá-lo num Deus feito à nossa imagem, um Deus com quem possamos conviver, com quem possamos nos sentir confortáveis”.
Sproul: “É irônico que aqueles que se recusam a reconhecer o que sabem ser verdadeiro alegam tal atitude em nome da sabedoria. Eles a denominam “ciência”, quando, na realidade, é tolice – tolice que trai um coração obscurecido. Geralmente, não se tornam ateus. Tornam-se idólatras. Tornam-se religiosos.”
Meyer: “Pois o paganismo não é a religião primitiva, da qual o homem, gradualmente, elevou-se para o conhecimento do verdadeiro Deus, mas, pelo contrário, é o resultado de ter caído da conhecida revelação original do verdadeiro Deus, em suas obras”.
24-25 >>
Deus os entregou (pelos desejos do coração deles). Hendriksen: “Embora o derramamento de sua ira, em toda a sua plenitude, seja um problema do futuro (“escatológico”), o impenitente experimenta uma degustação ainda aqui e agora. Deus finalmente os abandona, permitindo-lhes perecer em sua própria impiedade”.
Murray: “(1) conforme já notamos, essa designação ou entrega não originou a condição moral — foram entregues àquilo que é concebido como uma condição já existente. (2) Sem dúvida, há uma lei natural de consequências operante no pecado; isto se intensifica e se agrava quando nenhuma restrição lhe é imposta. Esse ciclo ou sequência faz parte da retribuição contra o pecado. (3) A entrega, da parte de Deus, não pode ser reduzida à noção de não interferência nas consequências naturais do pecado. Embora a simples ação permissiva de Deus seja, por si mesma, uma retribuição judicial — abandonar os homens a si mesmos resulta em uma situação trágica —, os termos usados aqui e nos versículos 26 e 28 não podem ser entendidos dessa forma. Existe aquele castigo positivo de entregar os homens àquilo que é totalmente estranho e subversivo ao revelado beneplácito de Deus. O desprazer divino é expresso no fato de que Deus abandona tais pessoas a um mais intenso e agravado cultivo das concupiscências de seus próprios corações, resultando em colherem para si mesmas uma maior dose de vingança retributiva.”
Bendito eternamente. Sproul: “Freud perguntou por que as pessoas são tão incuravelmente religiosas. Ele afirmou que Deus foi inventado para lidar com as coisas da natureza que consideramos assustadoras. […] Freud se equivocou. Se as pessoas inventam uma religião para protegê-las do medo da natureza, por que inventariam um deus que é ainda mais amedrontador que a própria natureza? Por que inventariam um deus santo? Criaturas caídas, quando fazem ídolos, não fazem ídolos santos. Preferimos o ímpio, o profano, o secular – um deus que podemos controlar.”
Marcos 4.38–41 “E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”
Salmo 96.4–5 “Porque grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses. Porque todos os deuses dos povos não passam de ídolos; o Senhor, porém, fez os céus.”
26-32 >>
Paixões vergonhosas. Murray: “Deve-se observar que a penalidade infligida pertence à esfera moral distinta da esfera religiosa — a degeneração religiosa é penalizada mediante a entrega à imoralidade; o pecado cometido no terreno religioso é castigado pelo pecado na esfera moral”.
HDL: “O que começa na mente vai para o coração. O raciocínio errado leva o coração às trevas. Quando o homem perde o conhecimento de Deus, perde também a referência de santidade. Não sabe mais de onde vem, nem para onde vai. Torna-se totalmente louco, não compreendendo a si mesmo ou mesmo o universo em que vive”.
Murray: “o abandono é o castigo por causa da apostasia religiosa. Entretanto, no versículo 26, a natureza do abandono é descrita com maior intensidade — “os entregou Deus a paixões infames”; literalmente, “a paixões de desonra”, o que enfatiza o caráter vergonhoso dessas paixões. E agora não se oculta mais o que eram essas paixões infames”
Até as mulheres (Contrário à natureza). Murray: “Mencionou as mulheres em primeiro lugar, sem dúvida, porque tinha o propósito de acentuar quão grosseiro é esse mal. Nossa versão da Bíblia chama a atenção para uma partícula, presente no texto grego, que destaca melhor o sentido: “Porque até as mulheres”.
HDL: “está enfatizando o grau superlativo da degradação. As mulheres sempre foram guardiãs da moralidade. Quando até as mulheres se corrompem, a cultura já chegou ao fundo do poço.”
John Stott: “A história do mundo confirma que a tendência da idolatria é acabar em imoralidade. Uma falsa imagem de Deus leva a um falso conceito do sexo.”
HDL: “o homossexualismo é o mais baixo nível de degradação moral e a maior expressão do juízo de Deus (1.24–28)”
Recebendo em si. Murray: “a entrega à imoralidade é a conseqüência judicial da apostasia. Aqui, entretanto, introduz-se um novo elemento — a entrega é “a merecida punição do seu erro”.
HDL: “Enganam-se aqueles que pensam que o Deus do juízo está dormindo, inativo ou indiferente ao que acontece no mundo. O estado de degradação em que a sociedade se encontra já é uma retribuição divina, uma manifestação temporal do seu juízo.”
Hendriksen: “Embora o derramamento de sua ira, em toda sua plenitude, seja um problema do futuro, o impenitente experimenta uma prelibação ainda aqui e agora. Deus finalmente os abandona, permitindo-lhes perecer em sua própria impiedade”.
HDL: “No dia do juízo, a sentença eterna de Deus será apenas esta: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo…” (Ap 22.11). A penalidade eterna do homem será experimentar eternamente os resultados de seu abominável pecado.”
HDL: “o juízo mais severo de Deus é dar ao homem o que ele quer (1.24,26,28). Não há castigo maior para o homem do que Deus o entregar a si mesmo. Deus pergunta: “É isso que você quer? Seja feita a sua vontade”. Esse é o maior juízo de Deus, entregar o homem a si mesmo, à sua própria vontade. Os homens que tanto amam o esgoto do pecado são enviados para lá; o que querem, eles terão.”
HDL: “A humanidade é como um caminhão que desce ladeira abaixo. Deus está com o pé no freio, e o homem, com o pé no acelerador. Deus quer evitar a tragédia, e o homem acelera rumo ao abismo, até o momento que Deus tira o pé do breque e esse caminhão avança desgovernado para uma terrível tragédia. Francis Schaeffer ilustra essa realidade de outra forma. O homem pretende fugir de Deus, o seu dono. Por isso, Deus simplesmente tira a coleira. As pessoas escolheram abrir mão da verdade, e Deus abre mão das pessoas.”
Desprezado o conhecimento. Murray: “A ideia é que eles não julgam que Deus seja qualificado a ocupar lugar em seu conhecimento. A impiedade do estado mental deles é evidente — não nutrem o conhecimento de Deus porque não O consideram digno de suas cogitações, de sua atenção. A justa retribuição é que “o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável”, uma mente rejeitada por ser considerada indigna (cf. 1 Co 9.27; 2 Co 13.5,6; 2 Tm 3.8; Tt 1.16; Hb 6.8). Uma mente reprovada, encontra-se, portanto, abandonada ou rejeitada por Deus, tornando-se incapaz de qualquer atividade digna de aprovação ou estima.”
Francis Shaeffer: “quando o homem se rebela e se afasta da sua referência primeira em Deus, do relacionamento apropriado com Deus, tudo se torna mentira. O ser humano não sabe quem é. Toda verdade é negada. Ele passa questionar não apenas a existência de Deus. Questiona igualmente a própria existência. Quando as pessoas jogam fora o Deus da verdade, a verdade desaparece como um todo. E tudo o que resta são conjuntos de opiniões, deuses e prazeres pessoais”.
HDL: “Quando o homem desprezou o conhecimento de Deus e perverteu o culto divino, perdeu a própria identidade. O homossexualismo é uma negação total do mundo real. Refuta qualquer possibilidade de continuidade e ameaça a identidade da pessoa como fruto do relacionamento de um pai e uma mãe”
Injustiça, perversidade etc.
HDL: “1. injustiça – A palavra grega adikia significa roubar tanto aos homens como a Deus de seus direitos; 2. malícia – A palavra grega poneria se refere a uma maldade sedutora, maligna. Trata-se da pessoa que não apenas é má, mas procura arrastar os outros para a sua maldade; 3. avareza – A palavra grega pleonexia é o desejo desenfreado que não conhece limites nem leis, o desejo insaciável de ter o que não lhe pertence por direito. É amor insaciável às possessões e aos prazeres ilícitos. 4. maldade – A palavra grega kakia descreve o homem desprovido de todo o bem. Trata-se da pessoa que tem inclinação para o pior. É o vício essencial que inclui todos os outros e do qual todos os outros procedem; 5. inveja – A palavra grega fthonos descreve o terrível sentimento de sentir-se desconfortável com o sucesso dos outros, não só desejando o que lhes pertence, mas também alegrando-se com suas tragédias; 6. homicídio – A palavra grega fonos se refere a desejo, intenção ou atitude de ferir o outro para tirar-lhe a vida. O assassino é também aquele que odeia a seu irmão (1Jo 3.15). O homem pode ver a ação, mas Deus conhece a intenção; 7. contenda – A palavra grega eris diz respeito ao sentimento e à atitude daquela pessoa que é dominada pela inveja e por isso se torna facciosa e briguenta; 8. dolo – A palavra grega dolos retrata a pessoa que não age de maneira reta, usando sempre métodos tortuosos e clandestinos para tirar alguma vantagem. A palavra vem do verbo doloun usado para referir-se à falsificação de metais preciosos e a adulteração de vinhos; 9. malignidade – A palavra grega kakoetheia descreve a pessoa que sempre supõe o pior acerca dos outros. É a pessoa que sempre vê as coisas pelo lado mais sombrio;10. Difamadores – A palavra grega psithyristes representa a pessoa que murmura suas histórias maliciosas de ouvido a ouvido; 11. Caluniadores – A palavra grega katalalos refere-se à pessoa que proclama publicamente suas infâmias; 12. Aborrecidos de Deus – A palavra grega theostygeis retrata o homem que odeia a Deus, porque sabe que Deus é estorvo em seu caminho de licenciosidade. De bom grado eliminaria Deus se pudesse, pois para ele o mundo sem Deus lhe abriria o caminho para o pecado; 13. Insolentes – A palavra grega hybristes retrata a pessoa altiva, soberba, sadicamente cruel, que encontra prazer em prejudicar o próximo; 14. Soberbos – A palavra grega hyperefanos descreve a pessoa que está cheia de si mesma como um balão de vento. Este é o ponto culminante de todos os pecados. Trata-se de quem despreza a todos, exceto a si mesmo, e tem prazer em rebaixar e humilhar os outros; 15. Presunçosos – A palavra grega alazon descreve a pessoa que pensa de si mesma além do que convém e exalta a si mesma acima da medida. Diz respeito a quem pretende ter o que não tem, saber o que não sabe e jacta-se de grandes negócios que só existem em sua imaginação; 16. Inventores de males – As palavras gregas efeuretes kakon retratam aquelas pessoas que buscam novas formas de pecar, novos recônditos nos vícios, porque estão enfastiadas e sempre à procura de novas emoções em alguma forma diferente de transgressão; 17. Desobedientes aos pais – a palavras gregas goneusin apeitheis se referem àquela atitude dos filhos de sacudir o jugo da obediência aos pais. Trata-se de filhos rebeldes e irreverentes; 18. Insensatos – A palavra grega asynetos descreve o homem que é incapaz de aprender as lições da experiência. Trata-se da pessoa culpada de grande sandice, que se recusa a usar a mente e o cérebro que Deus lhe deu; 19. Pérfidos – A palavra grega asynthetos descreve a pessoa que não é confiável. É aquele desonesto em quem não se pode confiar; 20. Sem afeição natural – A palavra grega astorgos significa sem amor à família. Trata do desamor dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. É a falta de afeto entre irmãos de sangue. A prática abusiva de abortos e os crimes familiares apontam para a gravidade desse pecado em nossos dias; 21. Sem misericórdia – A palavra grega aneleemon retrata a pessoa implacável, sem piedade, que fere e mata o outro sem compaixão.”
Embora conheçam. Murray: “(1) Os homens mais degradados, por haverem sido judicialmente abandonados por Deus, não estão destituídos do conhecimento e dos justos juízos de Deus. Nos termos de Romanos 2.14–15, a consciência se faz ouvir. (2) Este conhecimento, por si mesmo, não impede que tais pessoas se entreguem aos pecados que, conforme sabem, merecem o julgamento divino e resultam na morte. (3) O conhecimento do justo juízo de Deus não cria qualquer ódio contra o pecado nem fomenta qualquer disposição para os homens se arrependerem do pecado.”
Aprovam. Hendriksen: “tal indivíduo já atingiu o clímax da perversidade.”
Calvino: “O homem em quem o pudor sentido ainda pode ser curado; mas quando o senso de pudor se lhe ausenta, e o que lhe é familiar é a prática do pecado, tal vício, e não a virtude, lhe apraz e goza de sua aprovação, não resta qualquer esperança de emenda. Eis a interpretação que apresento. Paulo, aparentemente, pretendia condenar aqui algo mais grave e ímpio do que a mera perpetração do vício. Não sei o que seria se não víssemos aqui o cúmulo da perversidade, ou, seja: quando os homens miseráveis, destituídos de todo pudor, promovem o patrocínio do vício em detrimento da justiça divina.”
Murray: “A condição mais digna de condenação não é a prática da iniquidade, por mais que esta evidencie o quanto temos desprezado a Deus e o quanto temos sido abandonados ao pecado; a pior condição é aquela em que, juntamente com a prática, há também o apoio e o encorajamento de outros na prática do mal. Dizendo-o sem rodeios, inclinamo-nos não somente a condenar a nós mesmos, mas também nos congratulamos com os outros por fazerem coisas que sabemos resultam em condenação. Odiamos os outros tanto quanto a nós mesmos e, portanto, aprovamos neles o que sabemos que merece apenas condenação. A iniquidade se torna mais intensa quando não encontra qualquer inibição ou desaprovação da parte de nossos semelhantes e quando há uma aprovação, coletiva e sem discordância, a respeito do mal.”
APLICAÇÃO
Há uma esperança para esse mundo mau: Arrependimento!
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