Gênesis 1 e 2
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1. ANTES DO GÊNESIS: O PANO DE REDENÇÃO
O que estava acontecendo antes de Deus criar o Universo com sua palavra? Essa pode parecer uma pergunta hipotética e pouco razoável do tipo: "Quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete?", mas não e! Afinal, Deus não age de modo arbitrário, e o fato de ter criado algo indica que devia ter em mente um proposito magnifico. Qual era, então, a situação antes de Genesis 1:1 e o que ela nos ensina sobre Deus e sobre nós mesmos?
Deus existia em glória sublime. Deus é eterno. Ele não tem começo nem fim. Assim, e totalmente autossuficiente, não precisa de nada além dele mesmo para existir e agir. De acordo com A. W. Tozer: "Deus tem uma relação voluntaria com tudo o que criou, mas não tem uma relação necessária com coisa alguma além dele próprio". Deus não precisa de nada, nem do Universo material e nem da raça humana, e, no entanto, criou os dois.
"No princípio, criou Deus"; Moisés escreveu: "Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu es Deus" (SI 90:2).
Além disso, se Deus e limitado e "está se expandindo", que poder o está tornando maior? Esse poder teria de ser maior do que "Deus" e, portanto, ser Deus! Isso não faria, então, com que tivéssemos dois deuses em vez de um? Porém, o Deus da Bíblia e eterno e não tem começo. Ele e infinito e não possui qualquer limitação de tempo ou espaço. Ele e perfeito e não tem como "melhorar"; por ser imutável, não tem como sofrer qualquer alteração.
O Deus que Abraão adorava e o Deus eterno (Gn 21:33), e Moises disse aos israelitas: "O Deus eterno e a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos" (Dt 33:27). Habacuque disse que Deus era "desde a eternidade" (Hc 1:12; ver também 3:6), e Paulo chamou-o de "Deus eterno" (Rm 16:26; ver também 1 Tm 1:17).
1. Dias da criação.
Pedir para dividir em grupos e lerem de 1 a 2:3. Qual palavra mais se repete? Deus Elohim aparece 35 vezes.
Marcas do texto.
Verso 1. Temos uma ação. Criou.
No 2 é uma descrição da terra sem forma e vazia. Tohu vavohu. Essa expressão aparece apenas 3 vezes na Bíblia. Is 34. Jr 4:5 ler e explicar o contexto. É um contexto de destruição. Que vem do Norte. Até o verso 28.
Jeremias apresenta um juízo que levará a terra a ficar sem forma e vazia. “tohu” vem do ugarítico que quer dizer deserto. Então a melhor tradução para Tuhu vavoho é desértica e sem vida.
Existe uma ordem na narrativa. Deus cria vida e pede para gerar mais vida. Vida gera vida. Essa é a ordem inicial de Gênesis 1.
Qual a implicação disso para nós. Deus espera que geremos vida.
O primeiro presente que Deus dá para o homem é comida. 1:29.
Sujeitar - Cavashi aparece em quatro contexto na Bíblia hebraica. Josué conquistou Canaã ele ia sujeitando a terra.
As repetições são importantes no bloco da criação. Mostram uma cadência que é quebrada no 2:1-3. Isso é para chamar a atenção. Dar exemplo da vaca. (branco) o nosso cérebro se acomoda. Isso que o autor está mostrando, que os 6 dias são iguais, mas o sétimo é diferente.
Nos seis primeiros dias Deus age em favor da criação, mas no sétimo dia a ação tem a ver com Ele. Descansar, santificar e abençoar. O verbo para descansar em Gênesis 2 é Chavat que vem o sábado. Mas o verbo no Êxodo 20 é Noa que vem o nome de Noé, porque ele traria descanso ao povo.
1 Crônicas 28:2, casa de repouso de Deus. Salmo 132:7,8, 13,14. Templo tem a ver com repouso descanso. O sábado é um templo no tempo.
O nome de Deus no Primeiro e no segundo capítulo (LES 2022 Gênesis)
Deus” está na primeira frase do relato da criação em Genesis 1. Na tradução, lemos: “No princípio, Deus” (Gn 1:1). Na primeira linha, a palavra “Deus” está no meio do verso, e no canto litúrgico tradicional e pronunciada com maior entonação para enfatizar Sua importância. Sendo assim, o texto da criação começa dando ênfase a Deus, seu Autor.
O livro de Genesis inicia com duas apresentações diferentes de Deus. O primeiro relato da criação (Gn 1:1-2:4) O apresenta como infinitamente distante do ser humano, o Deus transcendente, Elohim, cujo nome traduz a supremacia divina. O nome Elohim denota preeminência e forca, e o uso da forma plural expressa a ideia de majestade e transcendência.
O segundo relato da criação (Gn 2:4-25) apresenta Deus como próximo e pessoal, o Deus imanente YHWH, cujo nome para muitos indica proximidade e relacionamento. Portanto, o texto da criação como um todo e um apelo implícito para adorarmos a Deus, estarmos cientes de Sua grandeza e de Seu poder infinitos em primeiro lugar e, ao mesmo tempo, reconhecermos nossa dependência Dele, pois Ele nos criou, “e não nos” (SI 100:3, ARC). Por isso, com frequência, muitos salmos associam a adoração com a criação (SI 95:1-6; 139:13,14 [compare com Ap 14:7]).
Esse conceito duplo de um Deus que e majestoso, poderoso e que ao mesmo tempo e próximo, amoroso e Se relaciona conosco, contém um ponto importante sobre como devemos nos aproximar do Criador na adoração. Temor e reverencia devem acompanhar a alegria e a certeza da familiaridade com Deus, bem como do perdão e do amor divinos (ver SI 2:11). A sequência das duas apresentações sobre Deus contém uma mensagem: a experiencia da proximidade divina e da intimidade de Sua presença segue a experiencia de Seu distanciamento. Somente quando percebemos que Ele e grande, somos capazes de apreciar Sua graça e desfrutar, com reverencia, de Sua presença maravilhosa e amorosa em nossa vida.
Deus avalia a sua criação (LES 2022 Gênesis)
Em cada etapa do relato da criação, Deus avaliou Seu trabalho como tov, “bom”. Em geral, por meio desse adjetivo entende-se que a obra divina da criação foi bem-sucedida e que a observação de que “era bom” indica que deu certo. A luz iluminava (Gn 1:4), as plantas davam frutos (Gn 1:12) e assim por diante.
Contudo, essa palavra indica mais do que eficiência. A palavra hebraica tov também e usada na Bíblia para expressar uma apreciação estética de algo belo (Gn 24:16). Também e usada em contraste com o mal (Gn 2:9), que está associado a morte (Gn 2:17).
A frase “era muito bom” significa que a criação funcionava bem, era linda e perfeita. O mundo “ainda não” era como o nosso mundo, afetado pelo pecado e pela morte, como vemos na introdução ao segundo relato da criação (Gn 2:5).
Essa descrição da criação contradiz radicalmente as teorias da evolução, que declaram de forma dogmática que o mundo se formou progressivamente por acontecimentos acidentais, partindo de uma condição inferior para uma superior.
Contudo, Deus olhou para a sua criação e percebeu que algo não era bom. Que o homem ficasse só. É a primeira vez que Deus diz que algo não era bom.
O sábado como (LES 2022 Gênesis)
O sábado, que marca o primeiro “fim” da história humana, e também um sinal de esperança para a humanidade sofredora e para os lamentos do mundo. E interessante que a ideia de obra acabada reaparece no fim da construção do santuário (Ex 40:33) e no fim da construção do templo de Salomão (lRs 7:40, 51) - ambos os lugares em que a lição do evangelho e da salvação foi ensinada.
Após a queda, o sábado apontou para o milagre da salvação, que acontecera somente por meio do milagre de uma nova criação (Is 65:17; Ap 21:1). Esse dia e um sinal no fim da semana humana de que o sofrimento e as provações deste mundo também terão fim.
Por causa da esperança simbolizada no sábado, Jesus escolheu esse dia como o mais apropriado para curar os enfermos (Lc 13:13-16). Ao contrário das tradições as quais os líderes estavam presos, por meio das curas aos sábados Jesus indicava o tempo em que toda dor, sofrimento e morte acabariam, que e a conclusão do processo da salvação. Portanto, cada sábado nos aponta para a esperança da redenção.
A criação do homem (LES 2022 Gênesis)
Somente o ser humano foi criado a imagem divina (Gn 1:25, 27). Com frequência, essa fórmula tem sido limitada a natureza espiritual dos humanos, ou seja, a ideia de que a “imagem de Deus” significa apenas a função administrativa de representá-Lo, ou a função espiritual de relacionamento com Ele ou com os outros. Embora essas interpretações sejam corretas, não abrangem a importante realidade física da criação. Ambas as dimensões estão, de fato, incluídas nas duas palavras, “imagem” e “semelhança”, que descrevem esse processo em Genesis 1:26. Enquanto a palavra hebraica tselem, “imagem”, se refere a forma concreta do corpo físico, a palavra demut, “semelhança”, se refere as qualidades abstratas que são comparáveis a Pessoa divina. A noção hebraica da “imagem de Deus” deve ser entendida no sentido integral da visão bíblica da natureza humana. O texto afirma que homens e mulheres foram criados a imagem de Deus física e espiritualmente. Ellen G. White escreveu: “Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador” (Ellen G. White, Educação, p. 8 [15]).
Essa compreensão integral da imagem de Deus, incluindo o corpo físico, e reafirmada no outro relato da criação, o qual diz que “o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7), literalmente, “uma alma vivente” (nefesh), como resultado de duas operações divinas: Deus “formou” e Deus “soprou”. Observe que o “folego” muitas vezes se refere a dimensão espiritual, mas também está ligado estreitamente a capacidade biológica de respirar, a parte do homem formada “do pó da terra”. E o “folego de vida”, isto e folego (espiritual) e vida (física).
Deus fez mais tarde uma terceira operação, dessa vez para criar a mulher a partir do corpo do homem (Gn 2:21, 22), uma forma de enfatizar que ela e da mesma natureza do homem.
O dever do homem (LES 2022 Gênesis)
O primeiro dever do homem diz respeito ao ambiente natural em que Deus o colocou: cultivar e guardar (Gn 2:15). O verbo ‘avad, “cultivar”, refere-se a trabalhar. Não basta receber um dom, deve-se trabalhar nele e torna-lo frutífero, lição que Jesus repetiu na parábola dos talentos (Mt 25:14-30). O verbo shamar, “guardar”, implica a responsabilidade de preservar o que se recebeu.
O segundo dever diz respeito ao alimento. Deus o deu aos seres humanos (Gn 1:29) e disse: “você pode comer livremente” (Gn 2:16). Os seres humanos não criaram as arvores, nem seus frutos. Esses são dadivas, presentes da graça.
Mas há um mandamento aqui também: eles deveriam receber a oferta divina e desfrutar “de toda arvore”, porém Deus adicionou uma restrição: não deveriam comer de uma arvore em particular. Desfrutar sem qualquer restrição levaria a morte. Esse princípio estava correto no contexto do jardim do Eden e, em muitos aspectos, esse mesmo princípio existe no presente.
O terceiro dever do homem diz respeito a mulher, o terceiro dom de Deus: “o homem deixa pai e mãe e se une a sua mulher” (Gn 2:24). Essa declaração extraordinária destaca a responsabilidade humana para com a aliança conjugal e o propósito de ser “uma só carne”, ou seja, uma só pessoa (compare com Mt 19:7-9).
A razão pela qual e o homem (e não a mulher) que deve deixar seus pais pode ter a ver com o uso genérico do masculino na Bíblia; portanto, talvez o mandamento se aplique também a mulher. Seja como for, embora o vínculo do matrimonio seja um presente de Deus, uma vez que tenha sido recebido, envolve a responsabilidade que deve ser cumprida fielmente pelo homem e pela mulher.
