A Entrada Triunfal do Rei
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TEXTO BASE: Mt. 21.1-11
INTRODUÇÃO:
A Semana da Paixão é como ficou conhecida a última semana de Jesus antes da crucificação. Durante a Idade Média, essa semana foi contada no calendário litúrgico cristão como “semana santa”. No entanto, os reformadores rejeitaram esse tipo de interpretação que atribui um caráter sagrado a esses dias.
Contudo, é muito importante que nós cristãos saibamos sobre os eventos que ocorreram na Semana da Paixão de Jesus, da mesma forma o que eles significam. Um desses eventos é a “entrada triunfal de Jesus em Jerusalém”, que marcou início que marca o início da sua paixão.
A cultura judaica possuía algumas festas fixas que haviam sido estabelecidas por Deus no AT, especificamente em Levítico 23 (Tabernáculos, Pentecostes, Primícias e Páscoa). E o povo de Israel celebrava regularmente essas festas.
Uma das festas mais importantes para o povo judeu era a páscoa, que tinha todo um ritual para sua realização. O elemento principal da páscoa era o cordeiro e quatro dias antes da páscoa, os sacerdotes, conforme a tradição, saiam de Jerusalém e desciam para Belém e traziam o cordeiro, pois era de onde rigorosamente deveria vir o cordeiro pascal.
Nesse intervalo, todo povo judeu deveria se concentrar em Jerusalém para comemorar a Páscoa. A cidade de Jerusalém deveria se preparar para chegada do cordeiro que seria sacrificado em favor dos pecados do povo.
Nos dias de Jesus, devido a opressão romana, cada celebração da páscoa era aguardada com grande expectativa, pois o messias (o libertador de israel) poderia se manifestar – inclusive uma das escolas rabínicas de maior influência da época, Hilel, afirmava que era durante esse período que o messias se apresentaria ao povo.
E aqueles que acompanhavam o ministério de Jesus já sabiam que Ele era o messias. Por quê? Porque, de acordo o ensinamento dos rabinos, antes do messias se apresentar na páscoa ele precisaria realizar quatro milagres que nenhum sacerdote ou profeta seria capaz de realizar. Antes de se apresentar na páscoa o messias deveria realizar quatro milagres messiânicos: curar um leproso, expulsar um demônio mudo, curar um homem cego de nascença e ressuscitar alguém. E todos esses milagres Jesus já havia realizado, tendo sido seu último milagre messiânico a ressurreição de Lázaro, confirmando a sua messianidade.
Esta ideia, que Jesus era o messias, espalhou-se por todos os lugares e o povo já o aguardava com grande expectativa em Jerusalém. O texto de João 12.12 diz que grande multidão se dirigiu a Jerusalém para páscoa, quando souberam que Jesus estava a caminho da cidade santa.
E Mateus registra a entrada triunfal de Jesus em jerusalém como apresentação final e oficial de Jesus a Israel como seu Messias. Percebe-se isso por diversos motivos: a forma detalhada como Jesus realiza os preparativos para sua entrada; Jesus se apresenta a Israel como messias e é reconhecido como tal; as parábolas contadas por Jesus após esse evento, que enfatizam a sua identidade como libertador de Israel (a parábola dos dois filhos, dos lavradores maus e a das bodas) e o momento majestoso de sua entrada em Jerusalém.
Porém, por mais que estejamos falando sobre uma entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, esse evento, como disse anteriormente, marca o primeiro passo de Jesus na via dolorosa, o primeiro passo de Jesus em direção a sua paixão, a crucificação.
Mas, antes de falar sobre a paixão de Jesus, Mateus, procura evidenciar mais uma vez a autoridade de Jesus como filho de Deus. Sua ênfase é: olhem! É este, Jesus, o filho de Deus que caminha de maneira triunfal em direção a crucificação.
TRANSIÇÃO:
Podemos dividir esse evento em quatro momentos: as instruções aos discípulos; a profecia; a ordem executada e a multidão recebe Jesus. Analisaremos cada um desses momentos e, por fim, extrairemos as devidas aplicações.
É domingo de primavera, Jesus e seus discípulos, depois de viajarem 27 quilômetros partindo de Jericó, chegam a Betfagé. Um vilarejo que ficava situado a cerca de um quilômetro a leste de Jerusalém, na encosta sul do Monte das Oliveiras. Um lugar que era considerado subúrbio de Jerusalém. Ao chegar naquele lugar, Jesus vê a necessidade de preparar sua entrada em Jerusalém, portanto dá uma série de instruções aos seus discípulos. Antes desse evento, Jesus, não havia chamado a atenção para si de maneira propositada, mas agora há uma preparação deliberada. Ele organiza seu desfile real.
I. AS INSTRUÇÕES AOS DISCÍPULOS (1-3)
Quando Jesus chega a Betfagé, Ele instrui dois discípulos a irem até aquela aldeia e trazerem uma jumenta e seu jumentinho. Em caso de algum questionamento a respeito da solicitação dos animais, Jesus diz para os discípulos que a senha seria “o Senhor precisa deles”. O que aponta para algo já acordado.
Percebemos que Jesus é muito cuidadoso, específico em suas instruções. Toda essa preparação meticulosa tinha intenções claras. Jesus, ao solicitar o jumentinho, estava se preparando para recriar o retorno do Rei Davi a Jerusalém (2Sm 19-20) e a entrada de Salomão na cidade Santa para sua entronização (1Rs 1.38-40). Em ambas ocasiões esses reis montaram um jumentinho. Os jumentinhos no mundo antigo eram muito utilizados por reis e nobres e simbolizavam paz e humildade. Todas as vezes que um Rei no antigo oriente se dirigia a uma nação em missão de guerra, ele montava um cavalo branco. Porém, quando sua missão era de paz, ele montava um jumentinho. Em outras palavras, Jesus desejava entrar em Jerusalém montado em um jumentinho para que o povo entendesse que sua missão era de missão de paz.
Em Ap 19.11 fala que Jesus voltará montado em um cavalo branco. Porque esse período será de guerra, de batalha. Jesus virá para julgar as nações. Contudo, a sua ida a Jerusalém naquele momento não é de guerra, não é de juízo. Muito pelo contrário, Jesus está se direcionando a Jerusalém para levar paz, esperança, salvação.
Jesus está prestes a entrar em Jerusalém pela quarta e última vez. E seu desejo é que o povo, diferentemente das outras vezes, não o rejeite. Não ignore seus ensinamentos e seu convite de libertação. Mas, que o reconheçam verdadeiramente como Rei e libertador. Infelizmente, não foi o que aconteceu… Nós sabemos o fim dessa história. Uma das falas mais emocionantes de Jesus encontramos mais adiante em Mt 23.37-38.
Uma outra coisa que analisamos sobre essa preparação é a soberania de Cristo. Jesus utiliza, no versículo três, a palavra Kyrios (Senhor) para se referir a si mesmo. Um termo que revela autoridade. E de acordo com sua autoridade, Jesus controla os acontecimentos. O que irá acontecer em breve não é obra do acaso, mas faz parte do plano da Santa Trindade. A vinda de Jesus ao mundo foi um plano traçado desde a eternidade. Ele preanunciou sua entrada em Jerusalém três vezes. Agora havia chegado o grande momento. Não há nada de improvisação. Nada de surpresa. Ele veio para essa hora. Ele para esse momento de exaltação que marcava o começo de sua paixão.
A entrada em Jerusalém marca os passos de Jesus em direção a cruz. Entretanto, sua caminhada em direção a cruz não é algo que está fora de sua soberania. Cristo não foi vítima da cruz, da morte. Pelo contrário, como disse Fritz Rienecker, Jesus provoca e força a morte a comparecer diante dele. Sabe por quê? Porque Jesus tem autoridade sobre a morte. Quando a morte comparece diante dele, Jesus se entrega voluntariamente como oferta final e oficial para salvação da humanidade.
Nada está fora da soberania de Cristo, nem a morte. Não foram os fariseus que mataram a Jesus. Não foram os romanos que mantaram a Jesus. Não foi o povo de Israel que matou a Jesus. Não, Jesus por sua livre e soberana vontade que se entregou por nós (Jo 10.18).
SENTENÇA DE TRANSIÇÃO
O segundo momento desse evento é a profecia.
II.A PROFECIA (4-5)
Toda a preparação para entrada de Jesus aconteceu para que atendesse a profecia messiânica de Zacarias 9.9, que diz: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.”
Esse acontecimento tinha grande importância para expectativa judaica, pois alguns rabinos entendiam que se o messias viesse sobre as nuvens, Israel teria mérito, seria louvada, caso contrário, se viesse em jumentinho não teria méritos. Logo, a entrada de Jesus é um indício da situação pecaminosa do povo.
Mas, o povo não precisaria se desesperar, pois o messias seria a solução para esse problema. Ele viria para governar sobre sua cidade (Sião) com humildade e traria restauração para todos os que o enxergassem como verdadeiro Rei.
A expectativa do povo era receber um líder político. Um governante que libertasse Israel das garras do império romano e a transformasse novamente uma grande nação. Todavia, naquele momento, esse não era o propósito de Jesus para Israel. Existia uma necessidade maior do que a libertação nacional, a libertação espiritual. Israel precisar enxergar o messias e desfrutar de seu reino. Que não era um reino terreno, com limites geográfico, como ele mesmo afirmou várias vezes (Jo 18.36), mas um reino espiritual. Um reino que não poderia ser observado externamente, mas que estaria dentro de cada um deles, operando espiritualmente em seus corações e vidas (Lc 17.20-21). Um reino que deveria ser buscado com prioridade (Mt 6.33). Um reino que o apóstolo Paulo descreve, em Cl 1.13, como um reino de amor. Era isso que Jesus viria manifestar ao seu povo.
SENTENÇA DE TRANSIÇÃO
Logo em seguida, temos o momento da ordem executada pelos discípulos.
III.A ORDEM EXECUTADA (6-7)
Os discípulos fazem exatamente tudo aquilo que Jesus pediu. Eles cumprem a missão com êxito. E quando retornam, estendem suas roupas em ambos os animais para o cortejo real.
Esses versos ressaltam duas coisas. Primeiro é a obediência dos discípulos. A obediência dos discípulos demonstra a prontidão deles em cumprir as instruções de Jesus. Jesus havia dado uma instrução específica de encontrar e trazer os jumentos, e os discípulos seguiram essa instrução à risca. Isso mostra a confiança que eles tinham em sua liderança e a importância de seguir as orientações do Mestre. Além disso, percebemos o papel ativo no ministério de Jesus. Eles não eram meros espectadores, mas colaboradores ativos na realização da missão de Jesus.
Uma outra coisa que esses versos ressaltam é o reconhecimento dos discípulos a respeito da realeza de Jesus. A ação de colocar as roupas sobre os jumentos, antes que Jesus montasse neles, era um gesto de honra e reverencia a ele. Os discípulos criam uma espécie de trono improvisado para Jesus. É curioso que esse ato não foi pedido por Jesus. Ele não pede para que os discípulos coloquem suas vestes sobre os animais. Todavia, os discípulos compreendem que aquele que está diante deles possuía dignidade real. Portanto, eles deveriam reconhecê-lo e homenageá-lo da melhor forma possível.
SENTENÇA DE TRANSIÇÃO
No último instante desse evento, temos a multidão recebendo Jesus.
IV. A MULTIDÃO RECEBE JESUS (8-11)
Jesus entra em território sagrado que será palco do seu sofrimento e vitória. Ele sairá somente expulso, com uma cruz nas costas. E será expulso como alguém que não pode morrer em solo sagrado. Entretanto, sua entrada em Jerusalém é ovacionada, principalmente, por uma multidão de peregrinos galileus, que já acompanhavam o seu ministério. Eles lançam suas vestes e pequenos ramos diante dele como um gesto de reconhecimento, uma espécia de bem-vindo rei de Israel!
Os peregrinos galileus juntamente com a multidão vinham para cumprimentá-lo e formavam uma procissão de louvor. Eles gritavam “hosana”, que significa “salve-nos, nós suplicamos”. Um clamor fundamentado no Sl 118.25-26. Dessa forma, as multidões confessavam publicamente a messianidade de Jesus. Que ela era o rei aguardado. O que chama nossa atenção é que Jesus entra em Jerusalém aclamado pelas multidões como: aquele que vem em nome do Senhor e é crucificado por essa mesma multidão por blasfemar contra esse mesmo nome. As multidões, da mesma forma que os discípulos, não compreendiam o papel do messias como servo sofredor que teria que morrer. Além não de apreciarem que Jesus se sacrificaria não somente por Israel, mas por todas as nações.
O verso 10 nos diz que um grande alvoroço se iniciou com a entrada de Jesus. Ele provavelmente entrou pelo portão oriental da cidade. Lugar onde os sacerdotes traziam ovelhas para a cidade para sacrifícios, porque era o portão mais próximo do templo. Era apropriado que o Cordeiro de Deus entrasse em Jerusalém por esta porta. E assim que Jesus entra na cidade, rapidamente a notícia de sua chegada se espalha. Os moradores de Jerusalém começam a se perguntar quem era aquele homem aclamado pelas multidões. A resposta era seguinte: “este é o profeta Jesus, de Nazaré da galileia”! Os galileus com orgulho declaravam que o messias era da cidade considerada desprezível.
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém simboliza a esperança messiânica do povo e foi um momento de grande alegria e celebração. No entanto, também sinaliza o início dos eventos que levariam à sua prisão, julgamento e crucificação, mostrando a dualidade de seu papel como Salvador.
TRANSIÇÃO: O que podemos aprender com essa narrativa? Nesse relato muitas lições nos são transmitidas por Jesus e os discípulos. Então, a princípio o Jesus nos ensina aqui? Que devemos ser humildes.
1. DEVEMOS SER HUMILDES
Jesus entra triunfante em jerusalém, mas não com arrogância e sim com humildade. O maior triunfo de Jesus seria na cruz e no túmulo. Jesus, mesmo sendo aquele que é portador de toda glória de Deus; apresenta-se com humildade. O rei da glória, manifesta-se ao seu povo como rei humilde.
Raramente vemos nas Escrituras Jesus dizendo diretamente para os seus discípulos “aprendam isso”, “aprendam aquilo”. E uma dessas raras vezes, Jesus falou para o seus aprenderem algo muito importante com ele, que é a humildade (Mt 11.29).
O apóstolo Paulo em Fp 2.5 nos convida a termos o mesmo sentimento humilde de Jesus. Paulo a encarnação Jesus como o maior de todos os exemplos de humildade, e com o qual os cristãos devem aprender e imitar. O Filho de Deus deliberadamente pôs de lado sua prerrogativa divina e se esvaziou a si mesmo tomando a forma de servo. Aquele que era abriu mão de ser, revelando toda a sua humildade nós.
Uma das últimas lições de Jesus aos discípulos aconteceu no século (Jo 13). O que Jesus faz? Ele, cingi seus lombos com um toalha e, humildemente, lava os pés de seus discípulos. Jesus, o Filho de Deus, realiza a atividade de um escravo da época. E quando finaliza, ele declara para seus discípulos que eles deveriam fazer o mesmo.
A humildade é um dos traços identitários fundamentais dos seguidores de Cristo. Quando percebemos alguém agindo com arrogância, com presunção, com altivez é difícil classificá-la como discípulo de Jesus. Porque é a humildade que nos caracteriza como seus seguidores.
Viver em humildade é viver uma vida abençoada (Mt 5.5). É ser rodeado de honra (Pv. 15.33). É abrir o caminho da exaltação (Lc 14.11). É ser cheio da graça de Deus (Tg 4.6). Portanto, sejamos humildes.
Transição: Aprendemos com Jesus e os discípulos que devemos ser obedientes.
2. SEJAMOS OBEDIENTES
Jesus sabia que entrando em Jerusalém estava entrando no caminho da paixão, do sofrimento, da cruz e, mesmo assim, não fugiu. Por quê? Porque Jesus sabia que percorrer esse caminho fazia parte do plano de Deus e, portanto, não resistiu, mas se submeteu a vontade do pai. Mesmo sabendo que seria recebido com louvores pelas multidões e em seguida seria crucificado por elas, Jesus não titubeou, não vacilou, mas foi obediente até a cruz (Fp. 2.8). E os discípulos fizeram tudo quanto Jesus lhe ordenou.
Todo discípulo deve estar comprometido integralmente com seu mestre. Isso inclui fazer exatamente aquilo que ele pede. Não podemos chamar Jesus de Senhor não fazemos o que Ele manda (Lc 6.46). Senhor é aquele que manda e discípulo é aquele que obedece. Muitos alegam servirem a Cristo, mas não o reconhece como Senhor. Porque ver Cristo como Senhor implica em fazer tudo aquilo que ele nos pede.
Em Marcos 8.34 “Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”. O que significa negar a si mesmo? É não ter mais vontade própria. Viver de acordo com a vontade de outro. O encontro com Jesus nos dispõe para esse tipo de vida. Uma vida que encontra significado não fazendo a nossa própria vontade, mas a vontade do meste.
Não é um caminho fácil, mas um caminho necessário. Por mais que seja desafiador viver em obediência a Cristo é o que somos convocados a fazer. Mas não desanimemos, pois podemos contar com sua graça para o obedecermos. Se estivermos em comunhão perene com Ele, receberemos todo auxílio necessário para cumprirmos nossas tarefas. Revestidos de Cristo, batizamos em Cristo, unidos a Cristo poderemos significativamente obedecê-lo.
Transição: Por último, aprendemos com os discípulos que devemos ser verdadeiros adoradores.
3. SEJAMOS VERDADEIROS ADORADORES
As multidões imitaram os discípulos estendendo mantos e ramos para que Jesus passasse. Os discípulos de Jesus devem ser exemplos de adoração e rendição para que o mundo faça o mesmo. Nossa adoração deve impulsionar a outros também adorarem a Cristo.
Jamais um cristão deve negligenciar a importância vital da verdadeira adoração ao Senhor em sua vida. A verdadeira adoração ao Senhor é base da vida cristã. Sem ela jamais chegaremos a Cristo, nem tampouco levaremos outros a ele.
Entretanto, a adoração ao Senhor não é meramente um combinado de gestos e posturas; não é a entoação de belas músicas ou a declamação de palavras bonitas e frases de efeito. A verdadeira adoração a Deus é um serviço que envolve a pessoa do adorador por completo, em todo seu ser, o tempo todo, e não apenas nas manhãs e noites de domingo.
Um dos termos utilizados no NT para adoração é latreuo, que significa prestar um “culto de corpo e alma ao Senhor”. Ou seja, é rendição total. É um ato de reverência e louvor a Cristo por Sua grandeza, bondade, amor e santidade. Envolve expressar o amor e a devoção a Cristo de todo o coração, mente e alma.
Uma adoração marcada simplesmente por externalidades é inútil diante do Senhor (Mateus 15:8,9). Mas, Jesus nos ensina que os verdadeiros adoradores são aqueles que adoram o Pai em espírito e em verdade (João 4:23,24).
Como bons mordomos da adoração ao Senhor, devemos entender que a verdadeira adoração a Cristo perpassa pela reverência santa ao seu Nome; pela admiração da grandeza de Seus atributos; pela alegria das maravilhas de Suas obras; pela humildade e confissão de pecados diante de Sua justiça; e pela gratidão diante de Seu extraordinário amor misericordioso.
A prática da verdadeira adoração nos conduzirá para centro do nosso propósito existencial e guiará muitos ao mesmo lugar.
CONCLUSÃO
A entrada triunfal de Jesus nos ensina que devemos ser humildes. Aprender com Jesus a ter uma atitude mental que jamais se deixa levar pela soberba e pela arrogância. Esse evento também nos ensina que devemos ser obedientes. O chamado de Cristo inclui obedecia plena a ele. Não somos mais donos de nós mesmos. Vivemos pela e para vontade do nosso mestre. E a caminha real de Jesus também nos ensina que devemos ser verdadeiros adoradores. Que devemos responder com tudo temos e que somos por tudo aquilo que Cristo é.