JESUS É PRÓ-VIDA! Lucas 20.27-40
Lucas • Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 4 viewsQuem tem olhos apenas para esta vida, não vive a abundância da vida que Jesus veio trazer: a vida que supera essa própria vida!
Notes
Transcript
Grande ideia: Quem tem olhos apenas para esta vida, não vive a abundância da vida que Jesus veio trazer: a vida que supera essa própria vida!
Estrutura: Mais uma pergunta maldosa: na ressurreição serão mantidos os laços conjugais? (vv. 27-33) e mais uma resposta sábia: na ressurreição os laços serão exclusivamente divinos (vv. 34-40).
John Piper:
Versículo do dia: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam. (Mateus 6.19-20)
Deixe de se satisfazer com os pequenos rendimentos de 5% de prazer que são corroídos pelas traças da inflação e pela ferrugem da morte. Invista nas ações valorizadas, de alto rendimento e divinamente garantidas do céu.
Dedicar uma vida aos confortos materiais e emoções é como jogar dinheiro em um buraco. Mas investir uma vida na obra de amor produz lucros de alegria insuperáveis e intermináveis:
“Vendei os vossos bens e dai esmola. [E assim] fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome” (Lucas 12.33).
Esta mensagem é uma notícia muito boa: Venha a Cristo, em cuja presença há plenitude de alegria e delícias perpetuamente.
1Tessalonicenses 4.16–17 (NAA)
16 Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
A Pergunta. (vv. 27-33)
(a) Quem eram os saduceus?
Leon Morris:
Eram o partido conservador, aristocrático, sumo-sacerdotal, de mentalidade mundana e muito dispostos a cooperar com os romanos, o que, naturalmente, os capacitou a manter sua posição de privilégio. Os nacionalistas patrióticos e os homens piedosos da religião eram igualmente opostos a eles.
Sadducees de The Lexham Bible Dictionary
Uma das três principais escolas de pensamento dos judeus durante os períodos helenístico e romano. Os saduceus eram conhecidos por sua estrita observância da Lei de Moisés, e por não acreditarem na existência de espíritos, nem na ressurreição.
Ensino saduceu
É difícil reconstruir a crença saduceana, mas as fontes primárias identificam quatro ensinamentos em potencial:
1. A alma deixa de existir na morte, sem ressurreição corporal (Mateus 22:23-33; Marcos 12:18-27; Lucas 20:27-40; Atos 23:6-8; Guerra Judaica 2.165; Antiguidades 18.16).
2. As Escrituras escritas têm prioridade, e quaisquer tradições suplementares ou orais podem ter sido rejeitadas (Antiguidades 13.297-98; 18.16). Os ensinamentos tinham de ser justificados explicitamente a partir do texto bíblico.
3. Sua ênfase estava na responsabilidade humana e no livre arbítrio. Consequentemente, eles rejeitavam o destino (Jewish War 2.164-65; Antiquities 13.173). Essa ênfase pode ter sido motivada por um desejo de separar Deus da origem do mal ou do mal humano (Jewish War 2.165; Antiquities 13.173).
4. De acordo com Atos 23:8, os saduceus não acreditavam em anjos e espíritos.
Atos dos Apóstolos 23.8 (NAA)
8 Pois os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas.
(b) Como eles criam estritamente nos escritos de Moisés a pergunta deles foi embasada nessa porção do AT.
Deuteronômio 25.5 (NAA)
5 — Se dois irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, a mulher do que morreu não se casará com um estranho, alguém de fora da família; seu cunhado a tomará, a receberá por mulher e exercerá para com ela a obrigação de cunhado.
(c) Mas o tom hipotético chega a ser irrisório.... o cerne da questão é: na proposta de vida eterna que Jesus anunciava, a relação mais importante na terra (o casamento) sobreviveria?
John Piper:
Versículo do dia: Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados. Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável. Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. (Hebreus 10.32-35)
Os cristãos em Hebreus 10.32-35 obtiveram o direito de nos ensinar sobre o amor custoso.
A situação parece ser esta: Nos primeiros dias da sua conversão, alguns deles foram presos por causa da fé. Outros foram confrontados com uma escolha difícil: Devemos seguir em secreto e ficar “seguros”, ou devemos visitar nossos irmãos e irmãs na prisão e arriscar nossas vidas e bens? Eles escolheram o caminho do amor e aceitaram o custo.
“Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens”.
Mas eles foram perdedores? Não. Eles perderam bens e ganharam alegria! Eles aceitaram alegremente a perda.
Em certo sentido, eles negaram a si mesmos. Mas em outro, eles não o fizeram. Eles escolheram o caminho da alegria. Evidentemente, esses cristãos foram motivados para o ministério da prisão do mesmo modo que os macedônios (de 2 Coríntios 8.1-9) foram motivados para ajudar os pobres. Sua alegria em Deus transbordou em amor pelos outros.
Eles olharam para as suas próprias vidas e disseram: “Porque a tua graça é melhor do que a vida” (veja o Salmo 63.3).
Eles olharam para todos os seus bens e disseram: Temos um patrimônio no céu que é superior e mais durável do que qualquer uma destas coisas (Hebreus 10.34).
Então, eles olharam um para o outro e disseram:
Se temos de perder
Família, bens, prazer!
Se tudo se acabar
E a morte enfim chegar,
Com ele reinaremos!
(Martinho Lutero)
1Coríntios 15.12–14 (NAA)
12 Ora, se o que se prega é que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês afirmam que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a fé que vocês têm.
1Coríntios 15.19–22 (NAA)
19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
(d) Em suma:
Mateus 22.29 (NAA)
29 Jesus respondeu: — O erro de vocês está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus.
2. A Resposta. (vv. 34-40)
(a) Jesus reforça que o vinculo do casamento é apenas para “este mundo”. No outro mundo, outros laços serão criados. Seremos cativados pela eternidade.
O teólogo Jonathan Edwards tinha trinta anos de idade quando escreveu em seu diário a seguinte oração: “‘Ó Deus Trino, grave a eternidade em meus olhos’,[…] minha consciência, minha alma, minhas mãos e pés, meus cultos domésticos e públicos, sim, todo o meu ser e ministério – cada sermão que eu pregar e cada aula que eu der, cada visita pastoral que eu fizer e cada artigo que eu escrever. Ajuda-me a pregar como um homem que está morrendo para pessoas que estão morrendo. Ajuda-me a viver sempre à beira da eternidade – com pés calçados, costas cingidas e o cajado pronto – preparado para encontrar o Deus vivo a cada dia”.
A nossa pátria celeste não deve nunca ser esquecida. Que vivamos com os pés nesse mundo, mas, com a eternidade em nosso coração. O teólogo Joel Beeke afirmou: “Considere a prontidão para morrer como o primeiro passo do aprendizado da vida. Enxergue esta terra como o camarim de Deus e o ginásio que o prepara para o céu”.
Oremos como Jonathan Edwards: “Ó Deus Trino, grave a eternidade em meus olhos”
(b) Não há outra morte após a morte dos santos e santas de Deus. Não estamos mais debaixo da maldição da segunda morte.
Apocalipse 2.11 (NAA)
11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: ‘O vencedor de modo nenhum sofrerá o dano da segunda morte.’ ”
Richard Brooks:
A primeira morte é a física (a separação de corpo e alma no final de nossa presente vida); e esta, naturalmente, constitui algo de que os cristãos não escapam. Aliás, é algo que até mesmo podemos receber violentamente, como se deu com muitos nas sete igrejas, e também temos muitos dos servos do Senhor enfrentando o mesmo até nossos dias. Mas, a segunda morte (separação absoluta e para todo o sempre de Deus, que é a Fonte da vida, de alegria e de tudo quanto é amável e desejável) não pode tocar ou ferir o cristão. Por que? Porque estamos seguros em nosso Senhor Jesus Cristo, crucificado e redivivo! Esta é a doutrina de nossa união com Cristo.
(c) Desde nosso encontro com Jesus e o dele conosco já não morremos mais, estamos mais vivos do que nunca. Nossa ressurreição, é evidência de que a vida entrou na morte e entrou para ficar!
Êxodo 3.6 (NAA)
6 Disse mais: — Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque teve medo de olhar para Deus.
João 11.20–26 (NAA)
20 Marta, quando soube que Jesus estava chegando, foi encontrar-se com ele; Maria, porém, ficou sentada em casa. 21 Então Marta disse a Jesus: — Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido. 22 Mas também sei que, mesmo agora, tudo o que o senhor pedir a Deus, ele concederá. 23 Jesus disse a ela: — O seu irmão há de ressurgir. 24 Ao que Marta respondeu: — Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. 25 Então Jesus declarou: — Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. 26 E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?
Millard Erickson:
Nesse sentido, “é provável que as experiências do céu devam ser entendidas, por exemplo, como suprassexuais, transcendendo a experiência da união sexual com a pessoa especial com quem se assumiu um compromisso permanente e exclusivo”.
(d) Para Deus, todos nós vivemos, isto porque vivemos nEle.
Dane Ortlund:
O alcance de sua união com Cristo é muito mais elevado do que o alcance do pecado em sua vida. Por mais profundo que seja seu fracasso, Cristo e sua união com ele são ainda muito mais profundos. Por mais forte o pecado pareça, o vínculo de sua união com Cristo é ainda mais forte. Viva o restante de sua vida consciente de sua união com o príncipe do céu. Descanse no conhecimento de que seus pecados e erros não podem jamais excluí-lo de Cristo. Permita que a consciência sempre crescente de sua união com Cristo fortaleça sua resistência ao pecado. Veja-a na Bíblia. Reflita sobre o incansável cuidado de Cristo por você. Você foi fortalecido com o poder para lutar contra o pecado e vencê-lo, pois o poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos reside em você, vivo e ativo- o próprio Senhor Jesus Cristo reside em você. Você jamais poderá ser acusado de novo com justiça. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1).
(e) Não houve mais ousadia para se perguntar mais nada (ao menos até aquele momento).
Leon Morris:
Isso colocou um ponto final nas perguntas dos saduceus. Alguns dos escribas, i.é, membros doutros partidos, neste caso provavelmente fariseus, deram a Jesus o elogio de dizer que respondera bem. Os saduceus não eram populares, e provavelmente muitas pessoas ficaram alegres em vê-los tão confusos que não ousaram mais interrogar a Jesus.
3. Outras aplicações:
(a) A ressurreição de Jesus é o centro da mensagem do Evangelho. Não somos reféns das questões desse tempo. Somos perturbados neste era presente, mas ansiamos pela era futura.
2Coríntios 4.11–14 (NAA)
11 Porque nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. 12 De modo que em nós opera a morte; em vocês, a vida. 13 Tendo, porém, o mesmo espírito de fé, como está escrito: “Eu cri, por isso falei”, também nós cremos e, por isso, também falamos, 14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará juntamente com vocês.
(b) Jesus nos aproxima do céu, onde Ele está com o Pai. Ele garante que no final, tudo culminará naquilo que podemos chamar de “o melhor de Deus”, que a presença do próprio Deus em nosso meio.
Apocalipse 21.3 (NAA)
3 Então ouvi uma voz forte que vinha do trono e dizia: — Eis o tabernáculo de Deus com os seres humanos. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles e será o Deus deles.
Ilustr.
C. S. LEWIS AS CRÔNICAS DE NÁRNIA VOL. VII A Última Batalha
"Vocês ainda não parecem tão felizes como eu gostaria." "É que estamos com medo de ser mandados embora, Aslam! Já fomos mandados de volta ao nosso próprio mundo muitas vezes."
"Não precisam ter medo" – disse o Leão. "Vocês ainda não perceberam?".
Sentiram o coração pulsar forte e uma leve esperança foi crescendo dentro deles.
"Aconteceu mesmo um acidente com o trem” –explicou Aslam. “Seu pai, sua mãe e todos vocês estão mortos, como se costuma dizer nas Terras Sombrias. Acabaram-se as aulas: chegaram as férias! Acabou-se o sonho: rompeu a manhã!".
E, à medida que Ele falava, já não lhes parecia mais um leão. E as coisas que começaram a acontecer a partir daquele momento eram tão lindas e grandiosas que não consigo descrevê-las. Para nós, este é o fim de todas as histórias, e podemos dizer, com absoluta certeza, que todos viveram felizes para sempre. Para eles, porém, este foi apenas o começo da verdadeira história.
Toda a vida deles neste mundo e todas as suas aventuras em Nárnia haviam sido apenas a capa e a primeira página do livro. Agora, finalmente, estavam começando o Capítulo Um da Grande História que ninguém na terra jamais leu: a história que continua eternamente e na qual cada capítulo é muito melhor do que o anterior.