Uma igreja que multiplica: Multiplicando ao nosso redor
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Multiplicando ao nosso redor
Colossenses 4.5–6 “Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.”
Introdução:
Antigamente quando você perdia um programa de TV, ou aquele jogo que tanto queria assistir, era muito difícil ter a mesma chance outra vez. Dependendo da sua motivação, podia utilizar um aparelho de vídeo cassete para poder gravar, no entanto, tinha que torcer para que a luz não apagasse , ou que, de algum modo, nada ali desligasse durante o processo de gravação, pois qualquer uma dessas opções podia colocar tudo à perder. Também havia algumas informações que apenas era possível saber através do jornal que passava no rádio, mas se faltasse uma pilha, aquilo, provavelmente, nunca mais seria possível de saber. Do mesmo modo, autores gravavam suas ideias em livros, desejando que seus pensamentos avançassem por várias décadas. Mas o mofo, a traça do livro, ou até mesmo um ataque à civilização daquele pensador, poderia fazer com que tudo aquilo que ele gastou tempo desaparecesse uma vez por todas.
No entanto, atualmente, vivemos em uma era de informações, e isto possibilita que você veja o que tinha perdido. Basta acessar o site do jornal que você gosta, que vai estar tudo ali, na hora que você quiser acessar. Ou, pode estar disponível em algum canal do Youtube , integralmente, e com várias opiniões de especialistas. Se antigamente autores gravavam suas ideias em livros, hoje basta um celular bem simples, e o Google Drive para aquilo vai ficar arquivado por vários anos.
Não sei se já aconteceu com você, mas algumas vezes ao assistir um vídeo interessante no Instagram, sem querer atualizei a página, e nunca mais o vi de novo. Mesmo vivendo na era da informação, ainda há a possibilidade de perder algo que não gostaria.
No texto de hoje irmãos, iniciando a conferencia, o Apostolo Paulo nos chama a ter atenção para algo deixado por Deus, há coisas que devemos ter muito cuidado para não perder, pois, como acontece com o vídeo, não volta mais. Assim, convido-os para que abram suas Bíblias em Cl 4.5-6.
IH: Devemos aproveitar às oportunidades de multiplicar.
Podemos aplicar essa verdade de duas formas à partir do texto:
Vivendo com sabedoria. (Verso 5)
A cidade de Colossos foi uma importante rota comercial por vários anos, no território que atualmente é a Turquia.
Esses anos de glória proporcionou uma população mista ali, havia judeus, gregos e frígios, e cada um deles tinha uma forma diferente de pensar.
A primeira parte da carta, os capítulos 1-2, Paulo se ocupa em exortar sobre como esses irmãos deveriam lidar com esse misto de crenças.
Algumas, naquela cidade, entendiam que o modo ascético, ou seja, se privando das coisas boas do mundo era o caminho correto, outros que a sua filosofia, ou algum tipo de mistica oculta.
Isso chegou a tal ponto, que Epafras, líder da igreja ali, foi até Paulo que estava preso em Roma, para se aconselhar em como lidar com aquela situação que se infiltrava na igreja.
Porém, como Paulo, acabou sendo encarcerado, ficando para Tíquico a responsabilidade de entregar a carta, como aparece em 4.7
Na segunda parte da carta, capítulos três e quatro, deixa que o fato desses irmãos estarem unidos a Cristo era o que importava.
Assim, conforme aparece em 3.17, tudo o que eles deveriam fazer deveria ser em nome de Jesus. A vida deles deveria demonstrar Cristo.
Desde os relacionamentos familiares, como nota-se de 3.18-25, até ao relacionamento com os servos, 4.1
E nessa seção de 4.2-6, ele exorta os irmãos sobre a oração e prudencia, tanto que no versículo 2, ele os chama a perseverar na oração.
E no próximo verso, Paulo pede algo que nos interessa nesse noite, “suplicai que uma porta se abra”.
Paulo roga aos irmãos que orem, pedindo que outra vez ele posso pregar como deveria fazer.
Após isso, ele deixa uns comandos aos irmãos, o primeiro tem a ver com o modo como eles vivem.
A própria vida desses irmãos seria um convite, ou não, ao evangelho para quem convivesse com eles.
O verbo “portai-vos”, deixa exatamente essa ideia, os irmãos já tinham uma porta aberta para pregar o evangelho...
Seu comportamento, ou seu “procedimento” como a NVI traduz, já seria uma demonstração do Evangelho.
Por isso, eles deveriam se portar com sabedoria, e a sabedoria aqui deve ser enfatizada.
O Comportamento deles deveria demonstrar a sabedoria bíblica, por isso o “com sabedoria”.
Como estes irmãos deveriam se relacionar biblicamente com os de dentro da igreja, com os de fora essa verdade tinha que clara neles.
Muitos vezes, quando vivemos no modo automático, apenas repetimos sempre a nossa rotina, e não damos espaço para aquilo que poderia ser.
Imagino quantas vezes no mercado, os irmãos de Colossos foram zombados por conta da sua fé, fora chamados até mesmo de ateus por não seguirem mais às práticas antigas, e ainda assim se portavam com sabedoria.
Imagine como era aqui região antigamente, quanta perseguição os primeiros cristãos receberam, e não retribuíram na mesma moeda.
“Os cristãos colossenses, embora resistindo ao tipo errado de influencia externa, ainda assim precisam permanecer engajados com seus conterrâneos e tentar ganhá-los para Cristo”. Douglas Moo
Talvez possamos olhar para o texto e concluir o seguinte: Acho que posso escolher as oportunidades e deixar passar alguma.
Já que portar e aproveitar, não estão, necessariamente juntos, mas aquilo que o texto deseja nos ensinar, é que essa duas atitudes, não são separadas, mas simultâneas.
O seu simples ato de viver, é uma oportunidade que deve ser aproveitada.
Podemos pensar que atos extraordinários nossos que vão fazer a diferença na vida de um descrente.
Mas, o simples ato de você viver sua vida cristã, já pode ocasionar isso.
Este texto faz conexão com Efésios 5.16 que diz: “remindo o tempo, porque os dias são maus.”
E no contexto ali, é advertido a não viver como néscio, mas como alguém sábio.
Devemos aproveitar irmãos as oportunidades de viver a vida como um crente real, e não como um agente secreto.
Se desejamos multiplicar, e ser os vetores da multiplicação, é necessário reconhecer que o mundo é um campo que deve ser semeado.
Mas que ele também pode enfraquecer nossas raízes, se dermos espaço para isso.
Lembre-se: “Todas as vezes que você se porta com sabedoria, está aproveitando a oportunidade”
Além de notarmos que nossos comportamentos mais simples, tem sua importância, outra forma de aproveitar as oportunidades é...
2. Falando de modo agradável. (Verso 6)
É interessante a parte final desse verso, “para saberdes como responder a cada um”.
Talvez não é preciso muito esforço de sua memória, para que reconheça que palavras são coisas ditas sem muito cuidado no mundo.
Se antes às músicas, ainda que não fossem cristãs, tinham um vocabulário correto
Agora trazem letras chulas, de cunho bem baixo, não há freio no uso delas
Mas como é o sucesso que importa, isto vai se proliferando progressivamente.
Porém, em nosso caso, há o que deve ocorrer, em relação às nossas palavras, é que devem partir do cuidado.
Não é “penso, logo, falo” e sim, palavras agradáveis direi.
A expressão “seja sempre” é o mesmo que todo o tempo. As coisas que eu digo devem partir da mesma essência sábia que é expressa no verso anterior.
Se não for assim, como eu poderia evangelizar alguém que eu conheço, e que reconhece o modo desagradável que eu falo.
Ele pode replicar facilmente: Você só tá dando uma de santinho agora, mas eu te conheço.
Com isso, nosso testemunho ficou ferido, e a porta que estava aberta foi fechada, pois não agi com sabedoria quando era necessário.
Não à toa aparece ai a expressão “temperada com sal”.
A palavra que sai de nossas bocas é tanto agradável quanto temperada. Isto deve ocorrer de modo simultâneo.
Ninguém responde à uma prova sem ler, pelo menos não deveria, se deseja sair bem.
Aos cristãos, o falar deve ser cuidadosa, que evidencie sua aprovação diante de Deus.
O “com sal” nos leva exatamente para Mateus 5.13 “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.”
Essa metáfora de Paulo, deve criar em nós a imagem de uma comida bem temperada, que é desejável a cada um que prova.
Assim é imperativo, como quem está fazendo uma refeição tem atenção ao tempero colocado, assim somos nós com aquilo que falamos.
Ainda que não sejamos aqueles que tem o português mais acadêmico, ou o mais refinado de todos.
Somos aqueles que escolhem bem às palavras, sem dar espaço àquelas ditas de qualquer jeito.
Este modo de se expressar, nem sempre será fácil, vamos enfrentar hostilidade, mas nada que já ocorreu em algum momento da história.
A resposta aqui não é aquele argumento que você vai desejar “destruir ou envergonhar” aquele incrédulo, e sim aquela que constrangerá ele ou ponto de, quando for da vontade de Deus, ele se dobre e confesse ao Cristo que você vive.
A reposta sábio irmãos, não é dita sem reflexão. Quando isto ocorre, uma oportunidade de evangelizar pode ter sido perdido para sempre.
Talvez as pessoas elogiem o seu comportamento, mas se assustem com suas palavras, que às duas coisas sejam nosso alvo...
Para testemunhar e evangelizar sem qualquer vergonha para quem é próximo de nós.
Conclusão: Nessa noite vimos que para aproveitar bem às oportunidades de multiplicar, o meu viver e o falar devem exalar a sabedoria da Escritura. É possível irmãos, que em algum momento falhamos nesse ponto, mas podemos demonstrar esse cuidado a partir de hoje. Que possamos recordar dessa pequena frase de Thomas Kempis:
No dia do julgamento, certamente, não nos perguntarão o que lemos, mas o que fizemos; não quão bem falamos, mas quão bem vivemos.
Thomas à Kempis