A Morte da Morte [1 Co 15.50-57]
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· 2 viewsPaulo descreve os detalhes da ressurreição e a vitória sobre a morte.
Notes
Transcript
Introdução
Introdução
Captação
Captação
Contexto
Contexto
A cidade de Corinto era conhecida pela depravação, filosofia grega e cultos a diversas divindades e dominada por uma aristocracia arrogante. Esses elemento sem dúvida afetaram a igreja de corinto gerando uma percepção errada do evangelho, tanto aspectos práticos gerando confusão, debates e divisões quanto teológicos como era o caso da ressurreição que Paulo lida em toda carta, mas em especial no capítulo 15.
O Corpo Espiritual é Necessário para o Reino [15.50-55]
O Corpo Espiritual é Necessário para o Reino [15.50-55]
Paulo inicia lembrando os coríntios que seria necessário o corpo espiritual para a “herança do reino”. Essa linguagem é muito comum no AT, especialmente em relação a Israel tomar posse da sua promessa e herança que a igreja recebe em Cristo. As conexões são bem interessantes, Israel herda a terra prometida que mana leite e mel e onde deveriam viver plenamente o Reino, eles falham nesse papel e sofrem as consequências. o autor de Hebreus usa a referencia da terra prometida para trazer uma ilustração da eternidade e o descanso definitivo.
Fica evidente que essa linguagem é uma referencia ao reino definitivo que Israel aguardava e falhou em sua missão de acordo com os propósitos de Deus, mas se cumpre em Cristo e com ele somos co-herdeiros. Assim é desafiador a relação de Israel e igreja, substituição, separação ou alguma coisa no meio do caminho? O fato é que para garantirmos essa herança precisamos estar preparados e Paulo já inicia deixando claro que o perecível não pode herdar o reino desse modo sendo necessário o corpo espiritual que ele menciona anteriormente.
Paulo aqui vai na contra mão de tudo o que os coríntios ou a filosofia grega poderia esperar. Os gregos entendiam que o corpo era a prisão da alma que se libertava na morte, e Paulo desenvolve aqui o argumento de que o corpo espiritual é a libertação da morte e do pecado e necessário para o reino, assim a ressurreição não é o restabelecimento da prisão da alma, mas a libertação do pecado e da morte que foi vencida pela ressurreição de Cristo.
Em seguida ele afirma um mistério, linguagem utilizada várias vezes no NT para se referir a algum elemento oculto na Antiga Aliança, mas que foi revelado em Cristo. Paulo destaca um elemento fundamental, nem o corpo morto, nem o vivo tem as qualificações para herdar o reino. Os mortos serão ressuscitado e os vivo transformados! Afinal é necessário que o corpo corruptível se revista de incorruptibilidade. Parece que nosso corpo natural se revestirá do corpo glorificado. De alguma forma continuaremos sendo quem de fato somos, mas sem o pecado e o poder da morte, não nos transformaremos em outra coisa totalmente diferente, mas seremos transformados com uma nova roupa a roupa do corpo espiritual ou glorificado.
A última trombeta soará e tudo acontecerá em um piscar de olhos, Paulo não se preocupa em dar os mínimos detalhes, mas garantias que produzem esperança. Na linguagem biblica e em especial no primeiro século nos escritos apócrifos, a última trombeta aponta para a vitória e inauguração do reino de Deus.
Por outro lado a última trombeta em Apocalipse tem o mesmo papel, mas se essa for a referencia, então essa transformação dos corpos ocorreria ao final da tribulação e vitória definitiva de Cristo e não no inicio ou meio.
Tudo isso é necessário porque a Ressurreição e esse revestimentos nos permite herdar o reino com a vitória sobre a morte e o pecado.
A morte foi vencida pela ressurreição [15.56-57]
A morte foi vencida pela ressurreição [15.56-57]
Paulo faz uma alusão a Isaías 25.8
8 destruirá a morte para sempre. O Soberano, o Senhor, enxugará as lágrimas de todo rosto e retirará de toda a terra a zombaria do seu povo. Foi o Senhor quem o disse!
Mas ao invés de “para sempre” Paulo acrescenta “pela vitória”. Há muito debate no meio acadêmico porque não vemos essa estrutura nem no texto hebraico nem no grego. Alguns sugerem um acréscimo, mas que não se sustenta pelos documentos. Assim me parece mais razoável que Paulo não está fazendo uma defesa “bíblica” do tema, mas apenas alusões ao AT e nem sequer está preocupado com cada palavra, mas com a ideia ou conceito que elas produzem.
Assim Paulo com autoridade apostólica altera a expressão para colaborar com seu argumento final em 1Co 15.57
57 Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
A expressão destruída é um confronto a cultura grega que entendia a morte como a liberdade, Paulo afirma que a morte é consequência do pecado e destruída pelo poder da ressurreição junto com o pecado (o aguilhão) e com a Lei a sua força.
Aqui Paulo resume o que ele vai explicar melhor na carta aos Romanos. A Lei é boa, mas por causa do Pecado ela não salva, mas condena e é a força do pecado por ser usada para a transgressão da lei e tem por consequência a morte, física e espiritual.
Nesse sentido o poder da Ressurreição é o poder e garantia da vitória em Cristo, afinal a morte foi vencida, não há mais o pecado e a lei (força e tortura). Em Cristo então somos vencedores pelo poder da ressurreição em Cristo.
Conclusão
Conclusão
Paulo conclui seus argumentos escatológicos sobre a ressurreição, em seguida terá uma discussão prática a respeito do serviço. Mas nesse texto Paulo demonstra que a ressurreição é necessária para a herança do reino e a vitória sobre a morte, pecado e a Lei em Cristo Jesus!
Desse modo Paulo demonstra essa descontinuidade entre as alianças, apesar da finalidade da lei ser Cristo ela da força ao pecado e gera a morte e tudo isso é destruído por Cristo pela Ressurreição.
Proposição
Proposição
A Morte foi vencida pela ressurreição, a garantia de nossa vitória definitiva
A Morte foi vencida pela ressurreição, a garantia de nossa vitória definitiva
Princípios Eternos
Princípios Eternos
Não tememos a morte, porque ela já foi vencida pela ressurreição
Ressurreição é necessária para o corpo espiritual que desfruta do Reino de Deus
Nossa fonte de vitória é Cristo e a morte não é o fim.
Cristo é a nossa esperança definitiva independente da cultura de nosso tempo
Desafios
Desafios
Reflita de que forma o poder e a garantia da ressurreição tem impactado sua vida espiritual, profissional e eclesiástica
Pregue a ressurreição que vence a morte