SOLA SCRIPTURA - Gl 1.6-12
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introdução
introdução
Porque uma série como esta?
Ocasião – no mês de outubro comemora-se o mês da reforma (506 anos), quando em 31 de outubro de 1517 o Monge Martinho Lutero, chama a igreja da época na Alemanha para um debate e expõe 95 teses contra a igreja.
- Contra as indulgências - contra autoridade mediadora dos papas - contra a autoridade da igreja que se colocava acima das escrituras.
Tema – (5 Solas) Cinco temas contemporâneos cunhados no século XX que representam o movimento de reforma contra Roma.
É verdade que nenhum reformador, utilizou essas expressões na íntegra, mas o que defenderam estão bem ressaltados nos solas.
Abrangência – um movimento principalmente teológico que teve implicações abrangentes em toda sociedade da época, e na formação do ocidente. “O que cremos afeta tudo que somos e fazemos”.
Porque Sola, Solus e Soli?
São declinações do Latim da mesma palavra “SOMENTE”.
Havia um protesto teológico contra a autoridade deturpada da igreja na época.
A autoridade da igreja existe, é real, mas não é intrínseca à igreja, e sim derivada (do Senhor, da sua Palavra, da nossa Salvação, etc).
Quando a Reforma eclodiu, podemos dizer que houve uma redefinição da autoridade da igreja. Isso remonta o sentido de autoridade na igreja protestante.
Quando pregamos, confrontamos o pecador, quando falamos com autoridade, fazemos na perspectiva da autoridade que nos foi dada pelo Senhor através de sua Santa Palavra.
Neste sentido veremos os 5 Solas, na ótica da autoridade para a igreja protestante.
Qual foi o protesto da reforma diante da Igreja Católica Apostólica Romana?
SOLA SCRIPTURA – Fundamento da Autoridade
O peso dessa autoridade não está na tradição da igreja como a interpretação oficial da revelação Bíblica (para Roma, a tradição é considerada uma outra fonte de revelação).
Isto está em seus documentos, a tradição se equipara com a Bíblia, ou seja, a Bíblia é palavra de Deus, mas precisa da tradição da igreja para poder interpretá-la e compreendê-la.
Como se fosse duas fontes de revelação e autoridade.
A Reforma defendeu que a Escritura não precisa de outros intérpretes (a Escritura interpreta a Escritura). A igreja tem autoridade quando possui conformidade Bíblica.
Não existe melhor intérprete do que a própria Bíblia, textos claros iluminam os textos mais obscuros (difíceis).
Quando pregamos, orientamos, exortamos, não fazemos porque temos como pastores autoridade intrínseca, mas porque falamos em conformidade com a Bíblia.
Isso é Sola Scriptura. Isso acaba com abusos de autoridade.
A autoridade não está na igreja, na liderança, mas sim na Escritura.
SOLUS CHRISTUS – Mediador da Autoridade
O peso dessa autoridade não está nas pessoas ou rituais.
Na idade média à confiança das pessoas era depositada em figuras religiosas (Maria e os santos (ganharam status de terem méritos que agora podem ser distribuídos aos demais; sacerdotes (intermediários)) que ganhavam o status de serem a verdade encarnada.
O próprio Lutero quando jovem, em meio a uma grande tempestade, foi atingido por um raio, e aterrorizado clamou pela santa católica dos mineradores, padroeira de sua cidade “Santa Ana, Salve-me! E me tornarei monge.”
A Reforma viu que isso tirava a Glória de Cristo e sua Cruz, Cristo somente é a verdade encarnada, somente ele intermedia e Salva pecadores levando-os diante do Pai.
A Reforma rompeu com o sacerdotalismo, a confissão auricular, com a eficácia intrínseca dos sacramentos, porque Cristo não precisa de intermediários.
Qualquer intermediário colocado entre o homem e Cristo, torna Cristo inacessível.
O sacramento liberava graça, benção, a reforma rompeu com isso, por isso eles batizavam crianças, e faziam a extrema-unção na iminente morte.
Pois pensavam que os sacramentos lavariam a pessoa ao céu.
SOLA GRATIA – O Crédito da Autoridade
O peso da autoridade não advém de uma mistura da obra de Cristo com a nossa cooperação (Salvação sinergista).
A ideia de que Deus faz uma parte e eu contribuo com a outra, a reforma foi contra isso, não há trabalho conjunto.
Somos salvos pela graça, com uma “Justiça Passiva” (Lutero), sem a nossa participação.
Eu não faço nada, eu só recebo.
Não somos salvos baseados em Justiça, mas em misericórdia.
Quando um confronta o outro, as vezes surge aquela pergunta:
“Quem é você para vir falar comigo desse jeito? “.
Essa pergunta surge, porque nossa cabeça funciona por justiça própria, isso mostra que muitas vezes não somos tão evangélicos assim, de coração.
A reforma ensina, que somos quem somos, somente pela Graça.
Não somos julgados baseados em justiça, mas em misericórdia. Neste sentido a igreja exerce uma autoridade Graciosa.
Instruímos, confrontamos, exortamos não pelos méritos nossos, mas pelos méritos de Cristo.
Lembra, quando você vai chamar alguém pra um trabalho, a pessoa diz: “mas quem sou eu pra liderar esse trabalho”, somente a graça.
“Eu não tenho anos de igreja suficiente”, somente a graça;
“Mas eu não posso discipular”, somente a graça.
Somente a graça arranca qualquer senso de justiça própria.
SOLA FIDE – O Instrumento da Autoridade
O peso da autoridade de anunciar o evangelho está numa justiça que não foi apropriada por nossas obras, mas pela fé.
A igreja católica falava de uma justiça interna, e a reforma fala de uma justiça fora de nós, no sentido de que é maior, e que foi considerada nossa, uma justiça imputada (atribuída a nós por outro).
Há uma enorme diferença entre justiça intrínseca (interna) e justiça imputada (atribuída externamente).
Como você quer ser avaliado por Deus e pelos homens: pela quantidade de justiça divina que há em você ou pela justiça divina atribuída a você?
Quando Deus vai julgar você para ver se estais apto a morar no céu, você prefere que Deus te julgue por quanta santidade tem em você, ou em quanta santidade tem em Cristo por você.
Quando somos tratados por Deus e pelos homens pelo que Cristo fez, muda tudo.
Sola Fide diz respeito a nos apropriarmos da Justiça de Cristo e ela ser considerada nossa.
Por isso você é santo, mesmo sabendo da quantidade horrenda de pecados que comete, mas você é santo não por causa da justiça que há em você, mas da justiça atribuída a você.
SOLI DEO GLORIA – Propósito da Autoridade (Resumo dos Solas)
Se os fiéis precisam dos líderes para ler a Bíblia, se Maria e os Santos são venerados e os sacerdotes são despenseiros dos méritos da graça aos fiéis, se cooperamos com Deus em nossa salvação, se as nossas obras são um dos meios de sermos considerados justos, então Deus não recebe toda a glória.
Estas ideias não são outra coisa senão um outro evangelho que fere a glória do Altíssimo.
Na segunda parte vamos a exposição do texto bíblico em Gálatas, e vamos perceber que Paulo tinha uma preocupação com um outro evangelho, este texto nos ajudará a pensar o Sola Scriptura e de modo geral nos pilares anteriormente mencionados.
6 Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho 7 que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. 8 Mas ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! 9 Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado! 10 Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo. 11 Irmãos, quero que saibam que o evangelho por mim anunciado não é de origem humana. 12 Não o recebi de pessoa alguma nem me foi ele ensinado; ao contrário, eu o recebi de Jesus Cristo por revelação.
Vamos aos ensinamentos aos Gálatas.
1- Vox Dei – Palavra recebida de Deus. v11-12
1- Vox Dei – Palavra recebida de Deus. v11-12
A primeira coisa que Paulo ensina, que pode ser entendida por Palavra de Deus, e os reformadores ensinavam, é a VOX DEI.
Ele aponta que o evangelho ensinado e registrado por ele, não tinha autoridade porque Paulo era um Apóstolo e por isso tinha em si autoridade, mas ele fala e escreve com uma autoridade dado por Deus.
Quando a palavra de Deus é fielmente anunciada, é Deus falando. (1Co 14.24-25)
Os reformadores criam que a palavra de Deus não é somente um livro de experiências com Deus, mas o próprio Deus falando a nós.
Toda escritura é inspirada... Deus sopra a Si mesmo nas palavras. (Como se sentíssemos o hálito de Deus).
Toda vez que menosprezamos este livro, menosprezamos o próprio Deus.
Quando você diz, eu conheço a Palavra, (mas), eu queria que Deus me mostrasse, que ele mandasse um profeta me dizer, que mostrasse algo...
Você menospreza a soberania o poder e a autoridade de Deus.
É por isso que Paulo vai direto ao ponto, ele não faz aquela introdução de agradecimento a Deus pela igreja.
Porque vocês depressa vão a outro Evangelho, ouçam esse que já ensinei, é a Voz de Deus. (v.6)
2- Autoridade não reside em anjo ou apóstolo. v.8
2- Autoridade não reside em anjo ou apóstolo. v.8
A autoridade do Evangelho não vem de anjos ou apóstolos, nem do papa, pastores nem dos apóstolos modernos.
Como uma vez ouvi:
Um “apóstolo disse” estão vendo aqui o pastor de vocês, tudo que ele disser, vocês ouçam, ele é um homem de Deus, se ele disser façam, obedeçam sem questionar”.
Paulo está combatendo isso, se descer um anjo e falar de outro evangelho, considere-o maldito, mesmo algum pregador iluminado, aclamado, distorcer, deturpar, ele é maldito.
Ou seja, ninguém tem autoridade de alterar o evangelho que é a voz do próprio Deus dado a nós para o conhecimento de Cristo nosso salvador e Senhor.
É como se Paulo desse um tiro no próprio pé, se eu falar diferente do que já ensinei me considere maldito.
Paulo faz isso, porque o evangelho não pertence a Ele, mas é de Cristo, por ser de Cristo, por isso é imutável.
Hoje, enfrentamos o mesmo problema que Paulo enfrentou, que os reformadores, muita gente quer incluir ao evangelho o “algo a mais”.
Não precisa, Cristo é suficiente, por isso seu evangelho é suficiente, Cristo é imutável, por isso o evangelho não deve sofrer qualquer alteração.
Neste sentido, qual a sua parte nisso?
Conheça o Evangelho de Cristo. At 17.10-11, seja nobre, estude, cheque, conheça o evangelho.
Se conhecemos a voz de Deus, não precisamos de outras vozes, de outro evangelho.
A Autoridade não reside em criaturas quaisquer, e nem em instituições, mas nas escrituras, no evangelho.
3- Existe tradição que é lícita v.9
3- Existe tradição que é lícita v.9
Lembra, a igreja de Roma equiparou a tradição a escritura, um erro fatal.
Neste sentido, o que Paulo está dizendo, é que as igrejas da Galácia, local onde está carta está sendo lida teve como fundamento e tradição o evangelho de Cristo.
Ele nos ensina a importância da tradição, de como a nossa história teológica e eclesiástica nos auxilia na caminhada cristã, de como nossa tradição combateu certo ensinos, de como nos posicionamos frente a novos movimentos de um evangelho estranho à Bíblia.
Quando os reformadores estavam se contrapondo a igreja, eles não estavam jogando a história fora, eles valorizaram os pais da igreja, os apologistas, eles não estavam menosprezando o legado da igreja.
Quando nós ensinamos, ensinamos a Bíblia e sempre lembramos da nossa confissão de fé, nossos catecismos, nossos escritos que nos ajudam a olhar sempre para as escrituras.
Isso é diferente da igreja de Roma, a nossa tradição não está em pé de igualdade, mas está subordinada a escritura, e tudo que está subordinado, tem de estar aberto a ser mudada pela escritura.
Paulo mesmo ensina a Timóteo a permanecer no que aprendeu (tradição).
Um Outro lema da reforma é “Sola Scriptura não significa nuda Scriptura”, ou seja, não se ele as escrituras sem auxílio, só a escritura é autoridade final, mas a tradição nos ajuda a preservar o que foi aprendido, a fidelidade, a sobriedade.
Neste sentido, precisamos da igreja, precisamos de ensino no culto, na escola Bíblia.
4- Há corruptores v.7 e desvios da igreja v.6
4- Há corruptores v.7 e desvios da igreja v.6
Assim como Satanás perverteu as escrituras quando tentou Jesus, pois fez recortes do Salmo 91, assim Paulo sabia que gente perversa tira ensinos perversos da Bíblia.
Perturbavam a igreja e pervertiam o evangelho.
John Stott diz que falsificar o evangelho resulta sempre na perturbação da igreja.
Não se pode mexer no evangelho e deixar a igreja intacta, pois esta é criada pelo evangelho e vive por ele.
Os judaizantes perturbavam a igreja ao induzir os novos crentes a deixarem o cristianismo puro e simples, pregado por Paulo, para voltar às fileiras do judaísmo.
Eles alarmavam esses crentes neófitos ao agregarem as obras à fé, exigindo dos crentes gentios a circuncisão como requisito indispensável para a salvação.
O evangelho de Cristo é o evangelho da graça, que oferece salvação ao pecador, não com base nas suas obras, mas com base no sacrifício perfeito, completo e cabal de Cristo.
A causa meritória da salvação é a obra que Cristo fez por nós, e não a obra que fazemos para ele; e a causa instrumental da salvação é a fé, e não os rituais da lei.
Qualquer mensagem que negue e torça essa verdade é uma perversão da mensagem cristã.
Os falsos mestres não estavam apenas corrompendo o evangelho, mas realmente o estavam invertendo, virando-o de costas e de cabeça para baixo.
IMPLICAÇÕES
IMPLICAÇÕES
Neste sentido quais são os perigos que enfrentamos hoje, pensando nos usurpadores da autoridade do Sola Scriptura, aqueles que tentam perverter a palavra e diminuir sua autoridade.
1- Usurpador tradicionalismo.
1- Usurpador tradicionalismo.
Aconteceu na época de Paulo, dos reformadores, e hoje.
São as pessoas que se apegam na tradição a ponto de dizer: Sempre fizemos assim;
Mas o sempre fazer assim não tem autoridade maior que as escrituras.
- Nunca sujeitar a tradição ao crivo das escrituras é diminuir a autoridade máxima das escrituras.
Algo que nos assemelha hoje a igreja medieval do tempo do Lutero, é que pessoas hoje ouvem os líderes como se ouvisse o próprio Deus, tanto que abrem a bíblia somente para leitura e depois ficam à mercê do que estes tais líderes falam.
Existe um analfabetismo bíblica, fruto do tradicionalismo focado no “sacerdote”.
2- Usurpador emocionalismo.
2- Usurpador emocionalismo.
Na época da reforma haviam os entusiastas (preocupados com o que o Espírito falava).
Sabe quem é hoje o entusiasta, aquele que cita erroneamente “a letra mata, mas o espírito vivifica”.
Dando a ideia de que o mover espiritual é superior as escrituras, que as experiências pessoaIs importam mais do que o texto da Bíblia, que ficar muito preso a bíblia perde a onda do mover de Deus.
O emocionalismo coloca a fonte de autoridade no sentir e não como vindo da escritura.
Alguém já veio para você e disse: “eu sinto que Deus pensa isso sobre você”.
3- Usurpador racionalismo.
3- Usurpador racionalismo.
Se a razão diz que é assim, se a ciência diz, então a escritura deve ser revista.
É claro que a fé não é a ausência do pensar, mas no caso do racionalismo ele coloca a razão num patamar de autoridade maior do que as escrituras.
O evangelho é ofensivo ao racionalismo, porque põe a razão de joelhos.
O racionalismo vai negar o sobrenatural, os milagres, e a rejeição de muitos trechos das escrituras.
Neste sentido, Como o Sola Scriptura impacta nossa vida e igreja hoje.
1- Impacto - Ênfase na Pregação Bíblica.
1- Impacto - Ênfase na Pregação Bíblica.
A pregação se tornou e deve se manter como parte principal do culto, não que o louvor seja menor, mas ter o centro do culto na palavra, faz com que todo o culto gire em torno da escritura, a escritura alimenta tudo que fazemos, ela dá sentido e clareza as nossas celebrações.
É Deus falando ao seu povo.
Uma igreja que segue o legado da reforma, é uma igreja que abre a Bíblia e fala da Bíblia e vive a partir da Bíblia.
Um cristão que abraça a reforma protestante, é um seguidor de Jesus que vive sob a luz da escritura e não das suas experiências pessoais.
2- Impacto - Autoridade é transcendente
2- Impacto - Autoridade é transcendente
Lembram do emocionalismo como colocando a autoridade dentro, no que “eu sinto”.
Tanto tradição, razão e emoção estão dentro do homem na mente e coração.
A escritura está fora no sentido de ser maior, de ser superior, de vir de Cristo a nós, e então quando colocamos a autoridade nas escrituras para julgar as nossas diferenças por exemplo.
Diante de um texto bíblico, não vamos mais interpretá-lo, a partir do que há em mim, no meu entendimento.
Como se disséssemos: “Você entende assim, eu entendo desse jeito, o que vale é o que está aqui”, outro poderia dizer, mas eu enxergo diferente.
Quando a autoridade é transcendente, eu terei sempre de me prostrar, ou seja, tenho sempre que colocar minha compreensão da vida no crivo da palavra.
É bem humilhante, mas é ótimo!!
As escrituras nos humilham porque é Deus, todo poderoso falando a nós. Ele diz, eu falo com poder, autoridade, sabedoria de quem cria, pode a criatura dizer a Deus o que fazer?
Como eu sei que a Bíblia é a Palavra de Deus e eu posso considera-la como Sola Scriptura?
Os reformadores desenvolveram algo que chamaram de:
3- Impacto - Testemunho interno do Espírito
3- Impacto - Testemunho interno do Espírito
Calvino dizia:
“Que crer nas escrituras como autoridade é uma questão de fé e não de argumentação, você não prova que a Bíblia é palavra de Deus, você crê”.
Alguém poderá te dizer, então não tem como argumentar com você, pois se tudo é pela fé, não tem como argumentar.
Na verdade, mesmo que um médico diga a você o que tomar por causa da enfermidade que você tem, você obedece porque você crê que o médico está certo.
Porque você confirma que o médico tem autoridade para descobrir a doença e prescrever o medicamento, você atribuiu autoridade pela sua fé nas palavras do médico.
Este então é o testemunho interno do Espírito.
Cremos na escritura como verdade absoluta, porque somos convencidos em nossa mente, transformados em nosso coração pelo poder do Espírito Santo e sua palavra.
Termino, lendo o testemunho de Martinho Lutero, quando foi chamado a desfazer as teses e as críticas a igreja.
“A não ser que eu seja convencido de erro pelo testemunho da Escritura ou – visto que não dou valor à autoridade não provada do papa e dos concílios, por ser claro eu eles muitas vezes erraram e frequentemente se contradisseram – por um raciocínio evidente, continuo convencido pelas Escrituras, às quais apelei a minha consciência feita cativa pela Palavra de Deus, não posso e mão quero retratar-me de qualquer coisa, pois agir contra nossa consciência não é coisa segura nem permitida a nós. É esta a minha posição. Não posso agir diversamente. Deus me ajude. Amém. ”
SDG