O PONTO DE VISTA DA IGREJA

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O PONTO DE VISTA DA IGREJA — Enxergando a Missão

João 17.18-23

Introdução

[Passar a imagem dos pratos sobre o ponto de vista]
ler o texto (João 17.18-23)

Contexto

Temos um contexto onde o Deus encarnado intercede em favor dos seus discípulos de todas as épocas.
Encontramos as últimas palavras de Jesus antes de ser preso, interrogado, julgado, condenado e crucificado na cruz do Calvário. São as palavras de Jesus dirigidas ao Pai, numa profunda, pedagógica e ambiciosa oração por todos os seus discípulos, tanto os que o seguiam naqueles dias pelas empoeradas estradas da Palestina como por todos os que o receberam como Mestre e Senhor, que seguem desde aqueles dias, pelos mais diersos lugares desse mundo, que ele mesmo criou (Jo 1.3). Sua oração foi dirigida a Deus em favor daqueles que formariam a “nova criação”, a nova criação que ele iniciou a partir do seu sacrifício, da sua ressurreição e do envio do Espírito Santo (2Co 5.17). Tudo se faz novo em Cristo Jesus.
E a Igreja é a comunidade que responde....

Desenvolvimento

A Igreja é a comunidade que responde com fé e arrependimento às boas-novas do reino. Ela se apossa da história da Bíblia e procura moldar sua vida com base nessa narrativa. Mas, a Igreja, também é uma comunidade que é encarregada de fazer com que essas boas-novas se tornem conhecidas por todas as pessoas. Esse evangelho define a missão e o chamado da Igreja no mundo. Antes de ir para o Pai, Jesus reúne seus discípulos e profere palavras cujo propósito é definir o significado do restante da vida apostolos, mostrar um ponto de vista que irá ressignificar suas vidas a partir dali: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20.21-22). Essas palavras resumem o que significa ser uma comunidade de seguidores de Cristo. A missão deles é tornar conhecido o reino de Deus, o objetivo e a finalidade da história, é ir por todo o mundo, assim como Jesus o tornou conhecido em Israel.
Cristopher Wright em seu livro “A Missão de Deus”, diz: “A missão é a chave mestra que abre para nós a grande marrativa do cânon bíblico”. Temos que enxergar a história bíblica como uma única história em meio a vários estílos literários. Ou seja, se trata, da missão de Deus, por meio do povo de Deus, no envolvimento deste com o mundo de Deus e em prol de toda a criação de Deus. Assim, a missão do povo de Deus é a
“nossa participação ativa como povo de Deus, a convite de Deus, segundo o mandamento de Deus, na missão do próprio Deus, realizada na historia do mundo de Deus, para a redenção da criação de Deus”.
Logo a nossa identidade como povo de Deus procede desse papel missional na narrativa bíblica. Nosso papel vem de um Deus missionario.
Então, em certo sentido, a Igreja é essencial ao Evangelho. Jesus não nos deixou um livro no qual as boas-novas do reino deveria ser encadernada e colocada na estante. Em vez disso, formou uma comunidade para levar a mensagem:
“Assim com tu[Deus Pai] me enviaste ao mundo, eu também os enviei ao mundo” (Jo 17.18).
Essa comunidade é definida por sua missão: tornar conhecidas as boas-novas do reino.
Uma vez que o Evangelho diz respeito ao governo de Deus sobre toda a criação, todas as nações e toda a vida humana, a missão dos seguidores de Jesus é tão vasta quanto a própria criação. Eles receberam a comissão de testemunhar acerca do Evangelho em todas as áreas da vida pública — nos negócios, na vida acadêmica, na política, na família, na justiça criminal, nas artes, nos meios de comunicação — e em todos os outros aspectos da experiência humana.
“Nosso mundo pertece a Deus”, é um documento que coloca os ensinamentos da reforma em uma linguagem contemporânea:
“O Espírito impulsiona o povo de Deus à missão mundial. Ele impele jovens e idosos, homens e mulheres, a ir à porta ao lado e para longe nas ciências e artes, aos meios de comunicação e ao mercado com as boas-novas da graça de Deus ....
Seguindo os apóstolos, a igreja é enviada — enviada com o evangelho do reino....
A um mundo afastado de Deus, onde milhões se deparam com escolhas confusas, esta missão é fundamental para o nosso ser...
O governo de Jesus Cristo abrange o mundo inteiro. Seguir esse Senhor é servi-lo em toda parte, sem se conformar, como luz nas trevas, como sal em um mundo em decoposição.”
DESAFIOS PARA O CUMPRIMENTO DESSA MISSÃO:
1. Primeiramente temos as questões culturais e filosóficas que permeiam as sociedades.
No Novo Testamento a missão do Povo de Deus assume a forma multétnica e multicultural à medida que é enviado a todo o mundo para encarnar a narrativa de Deus no meio de todas as culturas distintas da humanidade.
É uma multiplicidade de culturas que apresentam um enorme desafio para a igreja na execução de sua missão a todos os povos, em todos os lugares, em todas as épocas até a volta do Senhor Jesus. Cada comunidade cultural tem seu ponto de vista, de forma geral todas vivenciam uma narrativa de mundo que, até certo ponto, é incompatível com o Evangelho. Vejamos a nossa, aqui no Ocidente!
A narrativa que moldou a cultura ocidental por vários séculos foi moldada por um progresso que afirma estarmos caminhando na direção de uma liberdade de prosperidade material cada vez maiores e fazendo isso mediante o esforço exclusivamente humano, em especial por meio da ciência incorporada na tecnologia e da aplicação de príncípios humanistas, e não bíblicos, na nossa vida social, na econômica, na política e na educação.
Veja bem, qual a sensação?
é de total fracasso, pois a visão humanista de crescimento com puro mérito humano, ainda não conseguiu e nem irá, resolver os proplemas sociais do mundo, ou seja, “um mundo melhor”.
Sabemos que esse mundo não irá melhorar, principalmente no que se refere em princípios morais, mas devemos levar as boas-novas para que o Espírito Santo de Deus convença os seus do pecado, da justiça e do juizo (Jo 16.8).
2. VIVER NA UNIDADE DA FÉ
Temos a nossa particição ativa na missão não somente em levar as boas-novas, mas para sermos antes de fazermos.
Jesus Cristo derrama a capacitação necessária para avançarmos, “santificados na verdade” (Jo 17.19). Essa santificação não é pelo bem-estar dos discípulos, mas para viverem separados como santos de Deus, consagrados à sua santa missão.
A “VERDADE” é o meio pelo qual se alcança a santidade, e a verdade está no Evangelho e só existe Evangelho por conta de Cristo.
Essa verdade nos molda para sermos antes de fazermos, nos molda para vivermos com qualidades morais e virtudes nesta verdade (Ef 4.1-3)
“Rogo-vos, pois, eu o prisioneiro do Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros (tolerância mútua) em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.”
é necessário Inteligência Emocional para a comunhão entre os irmãos. É o esforço necessário para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
Assim, para o futuro da igreja, Jesus foi muito objetivo nos seus pedidos:
a) pediu que todos, entre si, fossemos um, que todos fôssemos um no Pai e no Filho (Jo 17.21-22)
b) e pediu que fôssemos aperfeiçoados na unidade (Jo 17.23)
Jesus nos coloca em um novo padrão de amor (Jo 13.24), agora, nesse pedido, ele estabeleceu um padrão para essa unidade que queria ver em sua igreja.
A unidade que Jesus pediu ao Pai para a sua igreja é a unidade que existe no seu relacionamento com Deus. O relacionamento do Pai com o Filho deve ser o padrão para o relacionamento de todos os cristãos. (Jo 17.21-22) Por isso, devemos ser antes de fazermos, pois quando viermos a fazer já seremos.

Conclusão

Jesus é a nossa verdade, é o nosso ponto de vista que ressignifica a nossa existência, para cumprirmos aquilo que nos foi dado, sermos um com Ele e o Pai para cumprirmos a missão dada por Deus. Preserve os relacionamentos com amor em comunhão, para a edficação não só da comunidade mas onde você colocar a planta dos seus pés, não cause divisão, preserve a unidade da sua fé.
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