COLOSSENSES 3.16-17
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INTRODUÇÃO:
# Contraste: tudo é sobre você, tudo é sobre Jesus.
# O contexto evangelisco moderno prega que tudo é sobre você, sua paz, seu sucesso, seu bem estar.
# No contexto dessa passsagem, Paulo estava falando sobre a paz interior "reinando no coração"(v. 15). Mas ele afirma que a paz interior só faz sentido for fundamentada na palavra de Jesus.
ELES DIZEM TUDO É SOBRE VOCÊ: O mais importante é sua paz, bem estar e sucesso.
PAULO DIZ, TUDO É SOBRE JESUS: Sua paz e bem estar só são importantes, se estiverem baseados na palavra dele guiando sua devoção, comunhão, adoração e condução de vida
# Pela obediência, o evangelho da paz é transmitido ao coração.
# Quatro seção nos versiculos…
I. A PALAVRA DE DEUS DEVE SER CENTRAL EM NOSSO CORAÇÃO (v. 16a)
1. ENCHENDO NOSSO CORAÇÃO.
# Aqui, a palavra de Cristo são os ensinamentos de Jesus encontrados na Bíblia.
# Quando o coração é inundado pela palavra de Jesus, o comportamento é conformado a semelhança de Jesus.
# No contexto de colossenses, aqueles crentes estavam correndo o perigo de terem o coração saturado de diferentes ideias gnosticas que não tinham nada haver com a verdade de Deus.
# Os falsos mestres estavam tentando introduzir na igreja os falsos ensinos do gnosticismo, do legalismo, do misticismo e do ascetismo
# Um perigo que continua real em nossas vidas.
# Reformadores comentaram esse texto condenando os romanos de probirem a leitura da biblia. Hoje nos termos liberdade de ler e não aproveitamos.
2. SUPERABUNDANDO EM NOSSO CORAÇÃO.
# A palavra grega enoikeito, “habite”, está no imperativo. Trata-se de uma ordem. Não ser um cristão cheio da Palavra equivale a desobedecer a um mandamento apostólico. A Palavra deve habitar ricamente, e não pobremente, em nosso coração. O analfabetismo bíblico hoje é assustador. Os púlpitos estão ficando vazios da Palavra.
# Paulo aqui fala a homens e mulheres de todas as posições; tampouco quer que simplesmente tenham um leve gosto meramente pela palavra de Cristo, mas os exorta a que ela habite neles; isto é, que ela tenha uma morada fixa, e isso amplamente, para que seu alvo seja seu avanço e aumento mais e mais a cada dia.
# Por que nós, que de resto gostamos de ter tudo “abundantemente”, somos tão parcimoniosos nesse ponto?
3. PERMANECENDO EM NOSSO CORAÇÃO.
# Muitos têm a palavra, mas ela habita mal neles; não tem poder sobre eles.
# b. Ser cheio da Palavra significa ser governado por ela (3.16). A palavra “habitar” traz a idéia de habitar como o dono da casa, e não como um inquilino. Significa sentir-se à vontade em casa. Trata-se do morador que possui todas as chaves da casa e tem liberdade de ocupar todos os cômodos. Sendo assim, o que Paulo ordena é: “Que more em vós, não como hóspede que passa um dia ou dois ali, mas como um habitante da casa que jamais sai dela”.
# Não se trata de uma visita dominical. Ou apenas nas programações da igreja. Nem apenas no nosso momento devocional. Mas é fazer a palavra habitar, tão perto de nós quanto a nossa sombra, que nos acompanha para todo canto.
II. A PALAVRA DE DEUS DEVE SER CENTRAL EM NOSSA COMUNHÃO (v. 16b)
1. ATRAVÉS DO ENSINO.
# A diferença não é muito importante, pois somente quando a palavra habita dentro do coração é que ela habitará entre o povo.
# Todos nós somos responsáveis espiritualmente uns pelos outros.
# Instruívos diz respeito a doutrina. O ensino público e comunitário.
# Ensinar, aqui, é tomado no sentido de instrução proveitosa, a qual tende para a edificação
# Tampouco ele quer dizer que a palavra de Cristo deva ser benéfica meramente a indivíduos, para que se ensinem, porém requer ensino e admoestação mútuos.
# A Igreja é uma agência de ensino da Palavra. Os cristãos devem ser cheios da Palavra não para reterem todo esse conhecimento para si, mas para transmiti-lo aos outros.
# Mais uma vez Paulo não pensa em cristãos solitários que apenas meditam sobre a palavra silenciosamente, para si mesmos. Novamente ele vê a irmandade em vivas trocas de idéias ao redor da palavra.
# CL 1.28 Em ambos os casos o conteúdo é o mesmo: admoestação e ensino. Os crentes, devido à sua “função” de crentes – que não se esqueçam de que estão investidos nessa função – deveriam fazer o que Paulo e seus companheiros estão fazendo em virtude da sua função, como apóstolo e delegados apostólicos, respectivamente
2. ATRAVÉS DO ACONSELHAMENTO.
# Aconselhai-vos se refere ao ensino pessoal e particular.
# Temos a obrigação de compartilhar com nossos irmãos o conhecimento que temos das Escrituras e de procurar ajudá-los com conselhos práticos da parte de Deus.
# Ele não restringe a palavra de Cristo a estas áreas em particular, mas, antes, notifica que todas as nossas conversas devem ser adequadas à edificação, para que mesmo aquelas que tendem ao riso não sejam destituídas de sabor.
# levava igualmente a sério a santificação real, e precisamente a santificação concreta de cada trajetória de vida individual. Nessa situação é preciso “aconselhar”. O termo grego na realidade diz: “corrigir o sentido”, ou seja, algo como “pôr a cabeça no lugar”. Como é fácil que o indivíduo veja as coisas de forma distorcida, porque a influência oculta do eu turba sua visão. Então cada um precisa do irmão, que o ajuda a ter uma visão clara e uma vontade firme.
# que vossas conversas, não meramente as que são sérias, mas também as que ocasionam júbilo e entusiasmo, contenham algo proveitoso. Em
# A igreja deve ser uma comunidade terapêutica. Os cristãos devem aconselhar uns aos outros em toda a sabedoria.
# Uma tarefa apenas do pastor? Rm 15.14 diz algo diferente.
# A irmandade não tem “pastor”, ao qual se delega o “instruir e aconselhar” e que por fim reivindica isso como seu “direito” exclusivo. Igreja é “corpo”, no qual os membros dão uns aos outros 63 aquilo de que carecem, para que o corpo todo “cresça seu crescimento divino”. 63 O devoto do AT já era visto como capaz de realizar esse serviço: Sl 37:30s. Será que então o crente da nova aliança, que recebeu o Espírito Santo, não deveria ser ainda mais capaz disso?!
# São capazes de dar uns aos outros porque eles mesmos recebem, porque eles mesmos vivem na palavra do Cristo e se abastecem dela
Werner de Boor, Comentário Esperança, Carta aos Colossenses (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2006), 359.
3. ATRAVÉS DA SABEDORIA.
# Ensinar a coisa certa do jeito errado?
# Não é falar para humilhar, num tom autoritário ou num espaço incoveniente, ou sem amor.
# Precisamos falar no tempo certo, no tom certo e pelo motivo certo.
# No entanto, como o desejo de aprender é extravagante da parte de muitos, enquanto pervertem a palavra do Senhor para satisfazer suas ambições pessoais, ou por vã curiosidade, ou de alguma maneira a corromperem, por isso mesmo ele adiciona, em toda sabedoria – que, sendo instruídos por ela, sejamos sábios como devemos ser.
# Argumentar insensatamente com o outro traz mais dano que ajuda, mesmo quando seu conteúdo é muito “correto”.
III. A PALAVRA DE DEUS DEVE SER CENTRAL EM NOSSA ADORAÇÃO (v. 16)
1. UMA ADORAÇÃO CENTRADA EM DEUS.
# Em lugar de cânticos obscenos ou, pelo menos, meramente modestos e decentes, recorreis ao uso de hinos cânticos que expressem o louvor de Deus.
# expressa sua felicidade e gratidão através de salmos, hinos e cânticos espirituais
# o cântico é o transbordamento da felicidade da alma remida.
# não é fácil fazer uma distinção clara entre salmos, hinos e cânticos espirituais.
#Agostinho diz que um hino deve ter as seguintes características: deve ser cantado; deve ser em louvor; deve ser dirigido a Deus. Já “cânticos espirituais”, odais pneumatikais, no sentido de um poema cantado
# Paulo reconhece claramente a natureza edificante do canto que glorifica a Deus.
# eles são um tônico para a alma e promovem a glória de Deus. Fazem isso porque fixam o interesse na Palavra de Cristo que habita os seus servos, e desviam a atenção da cacofonia mundana pela qual as pessoas de baixo padrão moral estão sendo emocionalmente ultra-estimuladas.
2. UMA ADORAÇÃO BÍBLICA.
# Os salmos são aquelas poesias inspiradas que se encontram no livro que traz esse título.Eram cantados no culto dos israelitas a Deus. Já os hinos são reconhecidos geralmente como cânticos de louvor e adoração dirigidos a Deus Pai ou ao Senhor Jesus Cristo:
# o termo salmos se refere, pelo menos em primeira mão ao Saltério do Antigo Testamento; hinos, principalmente aos cânticos neotestamentários de louvor a Deus ou a Cristo; e cânticos espirituais, a quaisquer outras canções sacras que versem sobre temas que não sejam de louvor direto a Deus ou a Cristo.
# Esses hinos não são inspirados, não no mesmo sentido em que os salmos o são. Cânticos espirituais são poesias religiosas que descrevem a experiência cristã.
# Talvez seja um bom momento para dizer que o cristão deve usar de discernimento com respeito ao tipo de música que utiliza. Grande parte da música dita “cristã” de hoje é leviana e sem valor, e muitas são contrárias às Escrituras. ??Algumas adotam o estilo da música pop e do rock, trazendo descrédito ao nome de Cristo??.
# No entanto, ele quer que os cânticos dos cristãos sejam espirituais, não formado de frivolidades e palavreados sem valor.
# Há uma inter-relação entre Bíblia e música na igreja. A pobreza do conhecimento da Palavra reflete no imenso número de músicas evangélicas pobres e vazias de conteúdo bíblico.
# Mais do que boas inteçÕes, ou bons sentimentos, os hinos precisam ter uma boa teologia.
# Seu empenho é unicamente que uma canção se origine do Espírito de Deus e seja portadora desse Espírito.
3. UMA ADORAÇÃO GRATA.
# Isto se relaciona com disposição; porque, como devemos despertar outros, assim devemos também cantar com o coração, para que haja não meramente um som externo com a boca.
# O ponto que não pode ser ignorado é o seguinte: esses cânticos devem ser cantados em espírito de gratidão. Precisam fluir com sinceridade, evocando do íntimo do coração grato e humilde dos crentes.
4. UMA ADORAÇÃO DE CORAÇÃO.
# Contudo, não devemos entender isso como se ele ordenasse que todos cantassem interiormente, pois ele quer as duas coisas juntas, desde que o coração venha antes da língua
# A música vocalizada deve ser acompanhada pela música do coração
# Quando cantamos apenas pela arte de cantar, a adoração se transforma em ritualismo, e não em realidade.
# Por um lado, numa época de moradias superlotadas, em que cristãos viviam em ambientes hostis, é um consolo saber que podem cantar “em seus corações” e que Deus ouve também a canção dos corações.
# Mas o próprio Paulo cantou tão alto na prisão de Filipos que sua canção repercutiu por todo o prédio.
# a preposição grega en deve ter novamente o significado muito mais amplo que nosso “em”, visando expressar que o coração é o lugar em que surge o cantar autêntico. Corresponde ao nosso cantar “de” coração.
# Sem envolvimento dos corações todo o louvor perde o valor perante Deus, ainda que cantores e coros de alto nível apresentem a mais nobre música sacra.
# Nikolaus Bolt relata em “Wege und Begegnungen” [Caminhos e Encontros]: “Certa vez, no ensaio geral do “Messias”, de Händel, uma grande solista cantou em Nova Iorque a ária ‘Eu sei que meu Redentor vive’. Foi uma execução maravilhosa; o coro, centenas de cantores, olhos fitos no diretor de música, que se dirigiu à artista. O que ele lhe diria? ‘Madame, a senhora possui uma voz esplêndida e uma técnica perfeita. Só que a senhora não sabe que seu Redentor vive.’ ”
5. UMA ADORAÇÃO INTEGRAL.
IV. A PALAVRA DE DEUS DEVE SER CENTRAL EM NOSSA CONDUÇÃO (v. 17)
1. NAQUILO QUE FAZEMOS
# TUDO: Que luz brilha neste instante! Sob essa luz desaparece toda a diferença entre épocas, lugares, coisas, palavras e ações “santas” e “seculares”! Por isso Paulo não aconselhou os colossenses: façam agora todas as coisas religiosas e devotas em nome de Jesus! Tampouco: tentem realizar o máximo possível em nome de Jesus de maneira bem santa! Mas ele escreveu de forma muito enfática: “Fazei tudo o que fizerdes…”.
# Um princípio fundamental para a vida e conduta cristãs resume e culmina neste parágrafo inestimável.
# Segunda-feira à tarde, entre quatro e cinco horas, em meio ao trabalho profissional, é um momento tão “sagrado” quanto o horário do culto na manhã de domingo.
# Igualmente meu lazer, meu repouso e minha descontração me são concedidos pela mão bondosa de meu Senhor, da qual não me separo em nenhum lugar.
# Esse versículo é o resumo e a conclusão dos preceitos afirmados anteriormente sobre a prática da vida, a saber, que sempre tenhamos como objetivo de todas as nossas ações a glória de Deus, entregando a ele o resultado delas, para que tudo o que for necessário para isso seja orientado para esse objetivo e esteja em harmonia com a Palavra de Deus e com o chamado da pessoa.
# No versículo 17, temos uma regra aplicável a todas as circunstâncias da vida. Seguindo essa regra, o cristão pode também julgar o próprio comportamento
# Hoje em dia, os jovens têm grande dificuldade para distinguir o certo do errado, mas se conseguirem decorar esse versículo terão uma chave para resolver seus problemas
# O grande teste nesses casos é: “Posso fazer isso em nome do Senhor Jesus? Isso que vou fazer contribuirá para a glória de Cristo? Posso contar com sua bênção?
# a totalidade da vida do cristão fica debaixo do nome de Jesus
# A Palavra é a autoridade final. Quando alguém diz que tem paz sobre algo que contradiz a Palavra, você deve olhar nos olhos dele e dizer
# tudo quanto dissermos ou fizermos seja totalmente governado pela autoridade de Cristo, e tenha um olho em sua glória como sua meta
# AP: (1) “Tudo o que fizerdes” é muito geral. Contrastando-se com as muitas regras e regulamentações específicas que os falsos mestres tentavam impor sobre os colossenses (Cl 2.16–23), Paulo simplesmente enuncia um princípio compreensível e permite que os crentes decidam por si mesmos com perfeita liberdade
# Paulo conclui esse parágrafo, não prescrevendo uma coleção de regras detalhadas, mas lançando um princípio básico (que é muito melhor).
2. NAQUILO QUE FALAMOS
# não deve haver na vida do cristão contradição entre suas palavras e ações, entre seu comportamento na igreja e na sociedade em que vive.
3. NAQUILO QUE PRIORIZAMOS
# É uma obrigação perpétua daqueles que foram salvos pela graça e estão destinados às cortes do céu.
# Devemos interpretar a expressão “em nome do Senhor Jesus” como o elemento ou a esfera do agir.
# Seja qual for o nosso trabalho, façamos tudo em nome do Senhor Jesus e crendo na dependência dele.
# em nome do Senhor Jesus – como discípulos chamados por Seu nome como Seu, buscando Sua orientação e ajuda, e desejando agir de modo a obter Sua aprovação
# Deve-se também observar que ele ensina que devemos render graças ao Pai pela mediação de Cristo, visto que obtemos através dele todas as boas coisas que Deus nos confere.
# Declarar algo em nome de alguém, por incumbência desta pessoa, acontece de tal maneira que a rigor a própria pessoa representada esteja agindo, falando ou reivindicando. NOS TORNAMOS REPRESENTANTES.
# Sim, preciso até mesmo abrir a mente a ponto de imaginar que a outra pessoa está presente, que ela fala pessoalmente através de minha palavra, age através de minha ação.
# Mas Jesus é verdadeiramente “Senhor”, a ele pertencemos por inteiro. E pertencemo-lhe duplamente: por sermos criados “por intermédio dele e para ele” (Cl 1:16) e porque ele nos redimiu da escravidão da culpa empenhando sua própria vida (Cl 2:14).
# No nome” significa “em relação vital com ele”, isto é, em harmonia com a sua vontade revelada, em sujeição a sua autoridade, na dependência do seu poder.
# é explicada pelo fato de que, e com base na, a expiação do Filho é que os pecadores são aceitos pelo Pai, e com ele (“juntamente com ele”) recebem toda sorte de bênçãos. Logo, é completamente justo e direito que a ação de graças seja dada ao Pai por intermédio dele (o Filho).