PLENITUDE | 2024

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PLENITUDE | 2024

Efésios 3.16-19
A Plenitude de Deus está em Cristo
DEUS FORTALECE O ÍNTIMO DO SEU SER – PLENITIDE MORAL, EMOCIONAL, DE PERSONALIDADE E DE CARÁTER
Os pedidos de Paulo em sua oração pelos efésios:
1. Força ao homem interior - que se opõe ao homem exterior
Um homem interior vive pela fé
2Coríntios 4.18 “na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas.”
Romanos 8.24 “Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo?”
Um interior que se renova diariamente
2Coríntios 4.16 “Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia.”
Lamentações de Jeremias 3.22–23 “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”
Um interior que luta contra o exterior
Romanos 7.23 “Mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”
2.
Deus é a origem de todas as boas e perfeitas dádivas (Tg 1:17)
Deus é aquele que distribui seus dons como quer (1 Co 12:7–11).
Verdade é que Deus atua “mediante seu Espírito no ser humano interior”. Sobre o “ser humano interior” Paulo fala em Rm 7:22 e 2 Co 4:16, em dois sentidos: em 2 Co 4:16 o ser humano interior é contraposto ao “exterior”, que se decompõe gradativamente por causa da “tribulação temporal” (2 Co 4:17; cf. a ligação com Ef 3:13!). Por “ser humano interior” entende-se o renascido (Jo 3:3; Tt 3:5; 1 Pe 1:23), que no meio de uma existência marcada pela morte (2 Co 4:11; 5:4) já se caracteriza a partir da realidade da vida eterna não-transitória (2 Co 4:11).
Rm 7:22s define o contraste com o “ser humano interior” no âmbito dos “membros” nos quais a “lei do pecado” encontra um ponto de apoio. Em Ef 2:3 Paulo havia falado nesse contexto da “carne” (cf. também Rm 7:14,18,25). Ainda que o crente tenha morrido com Cristo pelo batismo, tendo assim “crucificado sua carne” (Gl 5:24; cf. Gl 6:14), ele não deixa de sofrer assédio do pecado durante a vida toda. Por essa razão é necessário que o ser humano “interior”, espiritual (cf. o contraste de “espiritual” – “carnal” em Rm 8:9), cresça e seja fortalecido.
Isso acontece “mediante seu Espírito”. É por meio dele que as ações da carne são mortificadas (Rm 8:3) e é ele quem socorre a fraqueza dos crentes (Rm 8:29). Ele torna mais rica a esperança (Rm 15:13); ele é o Espírito “do poder, do amor e da sensatez” (2 Tm 1:7).
Eberhard Hahn, Comentário Esperança, Carta aos Efésios (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2006), 70.
CRISTO HABITA EM NÓS PELA FÉ
aqui o apóstolo diz que Cristo “habita” nos crentes. Em 2 Co 6:16 Paulo assinala, no contexto do combate à idolatria, que os cristãos são o templo do Deus vivo (cf. 1 Co 6:19). As corroborações da Escritura citadas são Lv 16:11s e Ez 37:27, onde se fala do habitar de Deus entre seu povo. Em Jo 14:23 Jesus afiança que o Pai e ele fazem morada naqueles que o amam e que cumprem seus mandamentos (cf. Ap 3:20; 21:3). Paralelamente a isso Paulo diz em Rm 8:9,11 e 1 Co 3:16 que o Espírito Santo habita nos cristãos, isto é, na igreja.
O habitar de Cristo nos membros da igreja não é uma união mística, mas acontece “pela fé”. Apesar de toda a intimidade preserva-se, assim, o senhorio de Cristo, e o ser humano, até mesmo aquele reconciliado e renascido através de Cristo, permanece como criatura contraposta ao Criador (que o renova).
Eberhard Hahn, Comentário Esperança, Carta aos Efésios (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2006), 70–71.
ENRAIZADOS E ALICERÇADOS
Os conceitos “enraizar” e “alicerçar” (cf. Cl 2:7) retomam as metáforas do crescimento e da construção (cf. Ef 2:20s). Inicialmente trata-se, no caso do “amor”, da dádiva de Deus aos crentes. Sua vida deve ser cada vez mais solidamente determinada e configurada por ele. Em seguida, porém, esse amor sempre deve voltar-se para fora, como amor a Deus e ao semelhante. Na esfera desse amor concedido por Deus deve acontecer a existência cristã.
Eberhard Hahn, Comentário Esperança, Carta aos Efésios (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2006), 71.
AS DIMENSÕES DO AMOR DE CRISTO
A concatenação dos v. 16–19 deixa explícito que esse “compreender” não é um esforço racional unilateral, mas que abrange o que foi afirmado anteriormente. A expressão “compreender” (grego: katalambanein) representa uma intensificação da raiz “acolher” (grego: lambanein), motivo pelo qual significa “captar integralmente”, “apropriar-se definitivamente”. Nesse sentido é que Paulo o emprega em Rm 9:30: os gentios apropriaram-se da justiça da fé – sem tê-la procurado! O mesmo vale para Fp 3:12s: a comunhão com Cristo precisa ser continuamente agarrada, afirmada e comprovada. Conseqüentemente podemos traduzir a expressão no presente versículo com “apropriar-se profundamente no íntimo”.
...
O que, porém, os destinatários devem “compreender”? Fala-se tão somente de “largura, comprimento, altura e profundidade”, sem mencionar o conteúdo do espaço assim delineado. Pode-se comparar o texto com 1 Co 2:9, onde Paulo cita a palavra profética de Is 64:3: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” Ambas as passagens encontram-se “no contexto do mistério oculto nos éons e agora revelado”.
A base para esse linguajar deve ser buscada no AT. Ali encontramos em Jó 11:8s uma descrição da sabedoria de Deus: ela é “mais alta que o céu … mais profunda que o abismo…, mais longa que a terra e mais larga que o mar”. De forma similar fala-se também da sabedoria de Deus na abertura do livro do Sirácida: “A altura do céu, a largura da terra e a profundeza do mar, quem é capaz de medi-los? Antes de todas as coisas foi criada a sabedoria, e o entendimento sensato é eterno” (Sirácida 1:3s).
Eberhard Hahn, Comentário Esperança, Carta aos Efésios (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2006), 71–72.
A PLENITUDE DE DEUS ESTÁ EM CRISTO
Todas essas experiências conjugadas, interagindo e moldando nosso ser e agir.
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