GÊNESIS 12.1-9

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GÊNESIS 12.1-9

ICT - Deus chamou um povo a existência através do chamado feito a Abraão por meio da promessa que foi recebida pela fé e o levou a adorar ao Senhor.
TESE - Deus chama à existência um povo para si através de uma promessa que é recebida pela fé e tem o propósito de adorar a ele.
PB - Doutrinário/Missionário
PE - Ensinar os crentes sobre o modo como Deus separou um povo para si/ Convidar os crentes a se envolver com a gloriosa tarefa de levar mais pessoas a fazer parte desse povo que o Senhor tem chamado para si.

INTRODUÇÃO

A tentativa dos nazistas de criar uma nova raça ariana começou com a ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha em 1933. Hitler e o Partido Nazista promoveram uma ideologia da supremacia racial, acreditando na superioridade da "raça ariana", que consideravam ser de origem germânica . Eles acreditavam que para alcançar a supremacia mundial, era necessário eliminar grupos étnicos considerados inferiores, como judeus, ciganos e pessoas com deficiência.
Essa história não terminou bem, os erros cometidos pelo nazismo, com suas crenças supersticiosas e evolucionistas terminaram com desgraça e destruição.

Transição

Apesar dos intentos dos homens de produzir novos povos, novos governos, novas nações e uma nova humanidade, tudo isso vem de um desejo maligno de imitar aquilo que já era um projeto de Deus desde toda eternidade. Deus começou com esse projeto de criar para si um novo povo há muito tempo, com os primeiros a crer na esperança da redenção.

ELUCIDAÇÃO

Esse povo que Deus começou a criar para si começa a tomar forma a partir de Abrão, no capítulo 12 de Gênesis. Depois da divisão de todas as nações que foram espalhadas pelo mundo a fora depois da confusão de Babel, Deus mostra que seu plano com a humanidade não estava falido, mas que entre as nações espalhadas pelo mundo ele escolheu os descendentes de Sem, Filho de Noé para continuar a sua Santa Semente sobre a terra.
Em um lugar próximo a Babel, em uma cidade chamada Ur dos Caldeus o Senhor chama a um homem chamado Abrão. Ele era filho de outro homem chamado Tera e irmão de dois homens, um se chamava Harã, que foi pai de Ló e outro era Naor. De algum modo que não conseguimos entender, Abrão começou a sua pereguinação junto com sua família, visto que seu pai começou a jornada de ir para o Ocidente para a terra de Canaã, mas ele não chegou até aquela terra e morreu na cidade de Harã.
Mas de um modo especial Deus separou Abrão de entre seus parentes que atendeu a voz do Senhor e se deslocou apenas com sua família para Canaã, levando apenas seu sobrinho Ló de entre seus parentes. Aqui começa uma gloriosa peregrinação, sempre indo para o Sul o Senhor conduziu aquele homem de seus 75 anos fazendo-lhe promessas maravilhosas de uma terra e uma descendência quando não havia esperança e ter nenhum filho.
Há um propósito neste texto através de Moisés que foi o seu escritor de mostrar para Israel as origens deles como um povo. Esse é o livro de Gênesis. Do capítulo 1 ao capítulo 11 o Senhor está relembrando as origens de todos os povos e nações, agora, a partir do capítulo 12 o Senhor, através de Moisés, relembra a origem de Israel como povo de Deus.
O propósito deste texto é relatar o modo como o Senhor está criando um novo povo que seria exclusivamente dele. É tão claro que Deus está criando um novo povo que a linguagem que Deus usa no chamado de Abrão, nas promessas, no modo de salvar este homem e sua família lembram muito o relato da Criação, lá em Gênesis 1 e 2. Deus está criando um povo para si e isto é evidente.

Transição

Por isso, vamos meditar sobre como Deus chama esse povo à existência e e como esse Deus continua com esse projeto até os dias de hoje através daqueles que ele tem chamado para si.

TEMA: DEUS CHAMA UM POVO À EXISTÊNCIA

PS: Como Deus chama um povo para si e com qual propósito?

1º ESSE POVO É CHAMADO À EXISTÊNCIA ATRAVÉS DE UMA PROMESSA. V.1-3

EXPLICAÇÃO

1.1. O chamado de Abraão. V.1

No versículo 11 temos a expressão clara do chamado do Senhor a Abraão. O Senhor ordena que ele saia de sua terra, aquela mesma região em que habitava com sua família. Mas ele não deveria apenas deixar sua terra, mas também seus parentes que faziam parte da casa de seu pai. A expressão que Deus usa para “Sai da tua terra...” não é simplesmente deixar os seus e o lugar onde habitava, mas é literalmente um tipo de separação radical entre tudo o sistema de vida que ele vivia junto a sua família. Isso provavelmente aponta para a separação dos costumes pagãos que eram comuns naquela região e na família de Abraão. Deus ordena um rompimento total.
Mas com qual propósito ele faz isso? O que está no fim do versículo é o motivo, o Senhor diz que ele deveria ir até uma terra que ele mostraria. Ao mesmo tempo que o Senhor diz que ele perderia a terra que habitava, ele diz também que ele receberia uma terra que seria preparada exclusivamente pelo próprio Deus. Deus não aponta qual o nome ou a localização daquela terra, simplesmente que no tempo oportuno ele mostraria a terra. O chamado de Abraão é um chamado a confiar no Deus que chama através da fé, visto que não havia nada de concreto diante dos seus olhos.

1.2. A promessa para Abraão. V.2

Veja agora o conteúdo da promessa que está contida no versículo 2: De ti farei uma grande nação. A primeira promessa é direcionada a Abrão e a seus descendetes. O Senhor prometeu que faria dele uma grande nação. A promessa de uma grande nação foi feita neste momento para um homem velho cuja mulher era estéril. Mas Deus promete começar um novo povo através desse homem.
A sequência da promessa diz que o Senhor abençoaria a Abrão. Se observarmos a raiz dessa palavra nesse livro de Gênesis, vamos perceber que ela foi usada no princípio quando Deus criou o homem e a mulher e os abençoou para que fossem frutíferos e enchessem a terra. Deus está trazendo sobre a Abrão a mesma promessa de multiplicação sobre seus descendentes. Do mesmo modo como ele criou o ser humano, ele agora cria para si um povo para que o servisse como era seu propósito no princípio.
Ainda no versículo 2 o Senhor diz ue engrandeceria o nome de Abrão. Ele daria um nome respeitado e reconhecido em todos os lugares através de sua descendência. Observe que há uma referência ao que fora buscado em Babel quando o s homens quiseram fazer um nome grande distantes de Deus. Neste texto o Senhor promete que ele mesmo faria grande o Nome de Abrão. Se Abrão confiasse no Senhor, não seria necessário buscar um nome grandioso, o próprio Deus se encarregaria dessa tarefa. Os homens de Babel se preocuparam com sua própria glória e o Senhor tirou essa glória daqueles homens, mas se Abrão se preocupasse com a glória que pertence ao Senhor, sem buscar honra para si, o próprio Senhor daria a ele um nome grande.
Por isso o fim do versículo 2 tem um imperativo: Tu serás uma bênção! A ordem do Senhor a Abrão é que ele deveria ser instrumento de bênção para todos ao seu redor. O homem que vem de uma nação pagã é trazido para o Reino de Deus com o propósito de ser uma bênção e u abençoador.

1.3. A promessa para as nações através de Abraão. v.3

Mas a promessa não se refere diretamente apenas a Abrão, o versículo 3 expande essa bênção a outros. Observe que a palavra bênção aparece aqui 5 vezes e é central neste contexto. Os que abençoarem a Abrão seriam abençoados, mas os que o amaldiçoarem serão amaldiçoados. O sentido do texto é claro para todos os povos e nações. Aqueles que crerem no mesmo Deus de Abraão e se achegarem a ele e à sua descendência seriam abençoados e salvos através dessa relação com Abrão e seus filhos. Mas aqueles que perseguirem a Abrão e rejeitarem a ele e sua descendência seriam também rejeitados pelo Senhor.
Há um aspecto sacerdotal nesta relação. Visto que Abrão seria instrumento de bênção e maldição como representante dos homens. Todos os que fossem representados por Abrão e seus descendentes teriam o favor do Senhor. Ao mesmo tempo há um caráter profético em Abrão, visto que ele é aquele que em nome do Senhor pronuncia bênção e maldição para os que creem em Deus. Os que creem no mesmo Senhor e se rendem a ele são abençoados por Abrão, mas os que o rejeitam serão rejeitados pela instrumentalidade de Abrão.
Isso é claro quando aqueles que se associam com Abrão são abençoados quando o Senhor abençoam as nações que se associaram com Abrão, mas ao mesmo tempo, aqueles que não fizeram isso, como aconteceu com Faraó quando tomou Sara por mulher foi amaldiçoado por Deus.
A promessa termina dizendo: Em ti serão benditas todas as famílias da terra ou todas as nações da terra. Essa promessa se repete pelo menos 4 vezes no livro de Gênesis com o propósito de mostrar que a bênção de Abrão não era limitada a uma etnia, mas deveria ser estendida a todas as nações através de Abrão. Na descendência de Abrão muitas nações seriam resgatadas da condição que Abrão um dia esteve, de idolatria e pecado e seriam levados a uma nova condição de bênçãos espirituais.
Mas observe que a promessa não se refere a dizer que Abraão abençoaria as famílias da terra apenas, mas que nele e em sua descendência eles seriam abençoados. Os que estivessem em Abrão e em seus descendentes seriam salvos.
A promessa estava baseada em dois elementos, a terra que o Senhor mostraria a Abrão e a uma descendência numerosa que seria um povo formado pelo Senhor.

ILUSTRAÇÃO

Alguns até hoje se perguntam sobre como homens tão malignos como Hitler puderam subir ao poder com ideias tão malignas de fazer um novo povo de uma raça superior. Como os alemães puderam apoiar ideias que para nós parecem loucura?
A resposta está na promessa de uma sociedade igualitária e nacionalista unida em prol de um ideal. As promessas feitas pelo partido nazista aos alemães foram tão convincentes que a grande massa da nação apoiou cegamente os ideiais nazistas. Eles investiram pesado em propaganda com um homem chamado Joseph Goebler e convenceram toda a população. Promessas sermpre foram usadas, mesmo que falsamente para atingir um ideal.

APLICAÇÃO

Diferentemente, as promessas usadas por Deus a Abrão não visavam seduzir, mas visavam produzir a verdadeira esperança de bênção gloriosa. O instrumento de Deus para firmar a Aliança que ele fez com Abrão sempre foi uma promessa. Como vimos, a promessa de uma terra, de uma descendência. Isso acontece outras vezes. Quando pensava que deixaria tudo o que tinha para seu servo, por não ter filhos, aflito. Deus chamou Abrão para fora da tenda e disse: Abrão, olha para o céu, assim como é incontável o número de estrelas, assim será a tua descendência. Essa mesma promessa é repetida a Sara quando o Senhor promete que depois de sua visita, em um ano Sara daria a luz um filho. O Senhor promete aquilo que é impossível para revelar seu poder a essa família com quem estava firmando um pacto.
Mas essa Aliança não foi feita apenas a Abrão, ela foi feita a nós. Deus sempre separa um povo para si e salva esse povo através desse mesmo elemento apresentado a Abrão, que é a promessa. Foi por meio dessa mesma promessa que a nossa redenção foi produzida. Essa mesma promessa feita a Abrão aponta para anos mais tarde, não para o nascimento de Isaque, se é o que você está pensando. Também não se referere ao grande números de Israelita que entraram na terra prometida. Mas a promessa aponta para algo glorioso que é o nascimento não da descendência, mas do descentente de Abrão que é Cristo.
É a promessa de Cristo que está implícita aqui, é a promessa de um descendente que viria para trazer a bênção para todas as nações da terra. É através da promessa do Messias que as nações que estivessem em trevas poderiam ser salvas e resgatadas da idolatria e do pecado. As nações que estavam debaixo do pecado, em trevas profundas, debaixo do poder de Satanás, poderiam agora ser salvas. O povo que Deus estava iniciando naquele dia não estava limitado a Israel, aos descendentes de Abrão segundo a carne. Mas o prazer do Senhor era formar uma nova nação de todos as nações da terra que receberiam a bênção da salvação através da promessa de Cristo.
É através dessa mesma promessa que nós hoje podemos ser salvos. É através da promessa de Cristo que pecadores podem receber a bênção da salvação. De modo que todos os que estiverem em Cristo podem ser abençoados, mas os que o rejeitarem recebem ao mesmo tempo a maldição eterna pelos seus pecados. Quem crê no Filho não será julgado, o que não crê já está julgado. A promessa é feita. Assim como os que estavam juntos a Abrão eram salvos e abençoados, os que estiverem unidos a Cristo têm salvação plena.
É maravilhoso ver como essa promessa cumpre-se definitivamente em nosso salvador. Pois além dele fazer a promessa de começar um novo povo em Cristo, nele também o Senhor promete fazer um nome grande. Visto que depois de cumprir a sua obra ele recebeu um Nome que está acima de todo nome. De como que não foi dado outro nome nem em cima nos céus, nem embaixo na terra pelo qual importa que sejamos salvos a não ser o Nome de Jesus.
Ele é o verdadeito sacerdote que nos repreenta diante de Deus e roga sobre nós as suas bênçãos pela sua intercessão. Ele é o verdadeiro profeta que profere essas bênçãos da parte do Pai sobre nós, o seu povo. Ele é aquele que nos separa e os arranca deste mundo tenebroso, dos nossos antigos sistemas de pecado e de idolatria e nos leva a uma nova vida, fazendo-nos seu povo. Ele é o que nos promete sermos sua nação e também que um dia teremos uma terra que mana leite mel. Uma terra distante de todas as mazelas deste mundo, mas uma nova terra restaurada. Seremos o povo de Deus no lugar de Deus.
Esse foi o meio escolhido por Deus para salvar seu povo e para construir essa nova nação gloriosa: A promessa. E não há outro meio de salvação para os homens a não ser nesta promessa maravilhosa.

Transição

2º ESSE POVO É CHAMADO À EXISTÊNCIA POR MEIO DA FÉ. V.4-5

2.1. Abraão partiu por causa da fé. v.4a

Mas há um segundo elemento que foi usado por Deus apra criar esse novo povo para si que é a fé. Isso está claro no início do versículo 4 que diz: “Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR”. A declaração feita neste verso aponta para a prontidão deste homem em obedecer a voz do Senhor. A obediência é um elemento claro aqui, mas há uma motivação para a obediência deste homem e é a fé esta motivação. O Fato deste homem deixar uma terra na qual estava aliçercado com sua família, para ouvir a voz de Deus Deus que não conhecia tão profundamente assim, para ir a um terra menos conhecida ainda é um ato profundo de fé.
A fé na promessa é o instrumento de Deus para criar esse novo povo e salvá-los da condição na qual se encontravam. A informação de que a fé motivou Abraão a fazer isso está perfeitamente revelado em Hebreus quando diz:
“Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. (Hb 11.8–11).
Um homem de 75 anos deixou tudo para trás, cortou todas as relações com sua família, com o lugar de seu nascimento e se aventurou como peregrino através da fé. É por isso que Paulo escrevendo aos Romanos disse que Abraão se tornou pai de todos os creem por causa da sua fé. Ele se tornou o exemplo de fé para que todos os seus descendentes pudessem ser redimidos. Ele creu em Deus e isso lhe foi imputado para justiça.

2.2. Abraão partiu junto com aqueles que adquiriu para si por meio da mesma fé. v.4b-5

Mas talvez você pense que a salvação pela fé veio somente a Abrão como algo exclusivo. Mas não, já naquele momento ela foi estendida a outros. Os versículos seguintes dizem que Abraão levou consigo a Sara, sua mulher, a Ló, seu sobrinho e as almas que ali nasceram. Talvez você me pergunte, mas Abraão não deveria sair sozinho? Sim, mas em relação aos seus parentes e aos costumes de seus parentes. A ideia do texto é que todos aqueles que quisessem se agregar a ele crendo na mesma promessa deveriam seguí-lo para que fossem salvos também.
De modo que Abraão cumpre plenamente a recomendação de Deus de romper com a casa de seu pai e com a sua terra, mas ao mesmo tempo ele leva consigo um grande número de pessoas, provavelmente servos, servas e outros que quiseram se juntar a ele naquela pereginação e Ló o seguiu por causa da mesma promessa.
Mais uma vez Calvino comenta o texto e se refere a um aspecto do ministério sacerdotal de Abrão como representante e Cabeça de todos aqueles que estavam refuagiados nele. Por meio da fé de Abraão como cabeça o Senhor traria bênção para todos os que seguiram com ele para a terra prometida. Muitos, que inclusive eram pagãos foram salvos juntos à Abraão por intermédio de um só elemento e requisito: A fé! Diz o texto que todos partiram juntos como nômades para terra de Canaã e ali chegaram. A fé é o requisito de Deus para salvar este povo que estava redimindo. É a certeza naquilo que não se vê.

ILUSTRAÇÃO

Quando eu começo a lembrar dos requisitos do partido nazista percebo como esse povo que estava sendo organizado estava distante do ideal do Senhor. Todos deveriam provar que eram de descendência germânica direta, todos de uma só raça, todos de um só pensamento, não poderiam haver judeus, negros, deficientes ou qualquer pessoa com qualquer outra descendência. Requisitos que não poderiam ser conquistados nem com esforço.
Mas o povo que o Senhor está formando para sí não tem grandes exigências, a única exigência que o Senhor faz é que esse povo coloque nele a sua confiança em fé genuína, assim como fez Abraão. Que esse povo creia na promessa de seu Filho Jesus Cristo como seu salvador e Senhor.
Sempre foi por meio da fé, jamais por obras ou outros requisitos. Toda história da redenção aponta para essa fé em todos os personagens, por mais improváveis que fossem e por mais que sua vida não cumprissem outros requisitos.
Isso aconteceu com homens como Moisés que “Pela fé, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. (Hb 11.24–26). Isso aconteceu com pessoas improváveis como uma prostituta chamada Raabe: “Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias”. (Hb 11.31).  “E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas”. (Hb 11.32–33).

13Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.

14Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria.

15E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.

16Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade

APLICAÇÃO

Esse é o mesmo modo pelo qual Deus continua salvando, por meio do mesmo instrumento que é a fé, pecadores como nós podemos ser colocados para dentro do povo de Deus.
Creia em Cristo a verdadeira e eterna promessa de Deus e você será parte desse plano glorioso.
Não busque suas obras ou outras fontes de salvação. É apenas por meio da promessa que há vida eterna.
Todos aqueles que quiserem se refugiar em Cristo tem essa esperança e só nele há bênçãos para todos os povos.

Transição

3ºESSE POVO É CHAMADO À EXISTÊNCIA PARA ADORAR AO SENHOR DURANTE SUA PEREGRINAÇÃO. V.6-9

EXPLICAÇÃO

3.1. Abraão chega a um local de idolatria e inimigos. V.6

Quando Abrão chega à terra prometida ele não achou uma terra favorável ao que o Senhor lhe havia prometido. A terra não poderia ser conquistada por ele imediatamente. Abraão, como peregrino começa a percorrer toda a terra que o Senhor daria, de norte a sul. Até que ele chega ao Carvalho de Moré, que ficava em Siquém. Talvez você me pergunte: Por que esse local é importante? A resposta está no uso religioso daquele lugar. Provavalmente ali era um centro de adoração aos deuses pagãos adorados pelos cananeus. Aquele Carvalho provavelmente era uma grande árvore que servia para os adivinhadores fazerem seus sacrifícios e rituais debaixo dela. Abrão, portanto, acha uma terra hostil à adoração ao Deus verdadeiro.
Por isso a sequência do texto diz que neste tempo os cananeus habitavam a terra. Aquela terra que Deus prometeria a Abrão seria apenas a terra de suas peregrinações, visto que estava repleta de inimigos. Não era o momento ainda de receber aquele lugar como sua herança.

3.2. Deus confirma a terra a Abraão que entrega ao Senhor sua adoração. v.7

Mas mesmo nestas circunstâncias versículo 7 diz que o Senhor apareceu a Abrão de um modo glorioso e fez uma promessa: “Darei esta terra a tua descendência”. Depois de toda aquela caminhada de Harã até Canaã ao chegar em um lugar tão hostil, o Senhor confirma a sua promessa. Finalmente aquela terra foi a que o Senhor ordenou Abrão a procurar ao deixar a terra de seus pais.
É neste momento que Abrão entrega pela primeira vez ao Senhor de forma visível a sua adoração. Ele edificou um altar para a adoração ao Senhor que aparecera. O que é destacado neste texto é que aquele lugar que antes era lugar de adoração falsa agora é consagrado ao Deus verdadeiro, mesmo em um contexto em que os homens serviam falsos deuses, Abraão entregou ao Deus verdadeiro a sua gratidão por causa da promessa da terra.

3.3. Abraão adora ao Senhor mesmo em um contexto perverso. v.8

Essa mesma atitude continua na peregrinação de Abraão. Ele continua se deslocando para o sul. Até que ele chega a uma região que ficava entre Betel e Ai, duas cidades. Aquela era a região que ficava bem ao centro do que seria a nação de Israel. Era outro lugar de adoração aos deuses pagãos. Mas observe o que ele faz. Ele continua construindo altares ao Senhor e invocando seu nome.
Isso parece que se tornou uma prática comum áquele peregrino. Em cada cidade que parava e armava a sua tenda, ele levantava um altar ao Deus verdadeiro. Abraão parece ter compreendido o propósito pelo qual o Senhor o salvou e o separou dos seus familiares: A verdadeira adoração. Deus estava criando um novo povo para ele e para sua própria glória. Ele estava resgatando através desse novo povo o que era seu plano desde o princípio.
Mas aí nós chegamos ao versículo 9. Abraão continuou indo para o sul, para o Neguebe. É muito curioso que o Senhor tenha conduzido Abrão por aquela região, pois era uma região desertica inabitável e que levaria Abraão a sair da terra prometida e ir até o Egito. Temos duas explicações para isso, a primeira é que o Senhor leva Abraão a conhecer toda terra que ele prometeu ao povo de Israel. A segunda é que temos mais uma indicação de que apesar de que o Senhor tenha prometido este lugar a Abrão, ainda não era a hora de receber a sua promessa. Ele precisaria continuar caminhando entre terras estranhas porque a promessa não seria recebida por ele, mas por seus descendentes.
Mas o que importa nestes versículos é sempre a atitude de Abrão. De tenda em tenda, de lugar em lugar esse velho peregrino continua adorando o único Deus verdadeiro. Ele se torna um testemunho vivo para todas aquelas nações que estão à sua volta, visto que aponta a falsa adoração praticada naqueles lugares. E ao mesmo tempo ele continua demonstrando sua fé. Pois apesar de não ter recebido o que seria seu por herança, ele continuou adorando ao Senhor assim como seus descendentes fariam quando recebessem aquela terra por herança. Um homem idólatra, de um contexto pagão é chamado para adorar ao Senhor.

ILUSTRAÇÃO

É muito curioso como os ídolos deste mundo sempre buscam adoração para si. Hitler e seus seguidores levaram a alemanha e os países dominados quase ao delírio, adorando a eles como seus senhores. Hilter amava sobrevoar com aviões de guerras as multidões em Berlim e depois ser reverenciado como Deus. Isso aconteceu em todas as épocas, desde os romanos. Aqueles que tem grandes projetos de formar novos povos sempre querem que esses povos os sirvam e adorem.

APLICAÇÃO

Abrão é o modelo para nós, visto que ele declarou qual o propósito que nós também devemos demonstrar em nossa peregrinação que é a adoração ao Senhor. Ele nos criou como seu povo para adorar a ele como nosso Deus durante o tempo da nossa peregrinação neste mundo hostil à mensagem que temos para anunciar. Deus continua resgatando para si um povo durante esses dias perversos como os nossos.
Mesmo em contextos tão difíceis nos quais os homens rejeitam adorar e servir ao Deus verdadeiro, nos quais os homens se levantam adorando e servindo deuses falsos criados pelos seus próprios corações enganosos. Em um contexto de adoração pagã, superticiosa e mística tão evidente de que há lugar para qualquer tipo de divindade, mesmo o Deus verdadeiro. Deus nos chamou a adorar e servir a ele como nosso Deus.
Afinal, ele nos arrancou desse mesmo contexto. Todos nós adóravamos os falsos deuses do nosso coração, todos nós éramos idólatras, todos nós viemos de algum modo de um contexto de idolatria e corrupção, mas o nosso Deus nos arrancou dali com sua mão poderosa e fez isso para que nossa adoração agora seja condicionada ao Deus Único e Real.
Quando fazemos isso somos testemunhas contra o pecado e a idolatria desse tempo e servimos para acusar a maldade e os desvios que este mundo tem revelado acerca de Deus e da sua Palavra. O nosso testemunho torna este mundo indesculpável diante de um Deus que rejeita a falsa adoração e ele nos usa a fazer com que eles possam conhecer a verdadeira adoração através das nossas vidas. Nós temos uma tarfé misisonária, que é continuar adorando a esse Deus para que os homens adorem a ele também.
Mas nós revelamos algo mais, nós revelamos a nossa esperança eterna. Pois assim como Abrão que não recebeceu “herança, nem sequer o espaço de um pé; mas Deus prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho”. (At 7.5), mas que guardou a esperança de uma nova terra, esta também a nossa esperança. Quando nós adoramos ao Deus verdadeiro, mesmo tempos sombrios como os nossos, nós apontamos para a certeza de que um dia essa terra hostil terá um fim e teremos uma nova terra para adorar e servir ao Senhor eternamente.
Nós apontamos para o mundo a certeza de que aguardamos uma pátria superior que servirá para adorarmos ao Senhor eternamente. Naquele lugar os inimigos do Senhor não serão mais um incômodo, nem seremos peregrinos. Seremos o povo de Deus, no lugar de Deus, sob o governo de Deus e o adoraremos pelos séculos dos séculos. Estaremos todos na cidade que Abraão aguardou, da qual Deus é o arquiteto e o edificador. A cidade que Jesus preparou para que estivéssemos nela . O nosso própósito ali será adorar ao Deus Eterno.
Naquele dia encontraremos nosso propósito eterno. Naquele dia a adoração que começou aqui durante a nossa jornada de peregrinação continuará sem qualquer angústia, cançasso ou tristezas desse mundo, seremos livres para adorar o Cordeiro de Deus.

CONCLUSÃO

A tentativa dos nazistas de criar uma nova raça ariana começou com a ascensão de Adolf Hitler ao poder na Alemanha em 1933. Hitler e o Partido Nazista promoveram uma ideologia da supremacia racial, acreditando na superioridade da "raça ariana", que consideravam ser de origem germânica . Eles acreditavam que para alcançar a supremacia mundial, era necessário eliminar grupos étnicos considerados inferiores, como judeus, ciganos e pessoas com deficiência.
Essa história não terminou bem, os erros cometidos pelo nazismo, com suas crenças supersticiosas e evolucionistas terminaram com desgraça e destruição.
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