(Êx 20:1-2) OS DEZ MANDAMENTOS: Introdução

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Hoje não existe absolutamente nenhum consenso moral. Cada um estabelece seu próprio código moral pessoal - seus próprios Dez Mandamentos.
James Pattarson e Peter Kim registram em sua obra “The Day America Told the Truth” uma pesquisa sobre “os dez verdadeiros mandamentos” que as pessoas seguem hoje em suas vidas; eles são: 1) Não vjo sentido em observar o sábado; 2) Roubarei daqueles que não sentirão falta daquilo; 3) Mentirei quando me for conveniente, contanto que não cause danos reais; 4) trairei meu marido/esposa - afinal de contas, se ele/ela tiver a chance, fará o mesmo; 5) Cruzarei os braços e não farei absolutamente nada no trabalho quando tiver oportunidade
Isso é relativismo moral - a ideia de que podemos criar nossas próprias regras. Nos tornamos nossa própria lei.
Uma manchete de uma revista chamada The Princeton Religion Reserach Center dizia: “A religião está conquistando território, mas a moralidade está perdendo território”. Como? “A única explicação é que as pessoas não conhecem o Deus da Bíblia, pois se conhecessem reconheceriam a autoridade absoluta de sua lei”
Senhor, Teu Deus. Deus defende a sua autoridade como legislador. BCW 44: “O que nos ensina o prefácio dos Dez Mandamentos? Resposta: O prefácio dos Dez Mandamentos ensina-nos que nós temos a obrigação de guardar todos os mandamentos de Deus, por ser ele o Senhor nosso Deus e nosso Redentor”.
Deus é Senhor. Ele usa seu nome especial da aliança, Yahaweh. O grande Eu Sou, Soberano e Todo-Poderoso.
Teu Deus. Além disso, ele é nosso Deus pessoal. Ele manifesta que tem um relacionamento pessoal com cada indivíduo do seu povo. Era o privilégio singular de Israel receber a lei diretamente de Deus.
A. W. Pink: “Os Dez Mandamentos foram expressoas por Deus numa voz audível, com os adjuntos temerosos de nuvens e escuridão, trovões e relâmpagos e o clangor de um trombeta, e foram as únicas partes da revelação divina ditas dessa forma - nenhum dos preceitos cerimoniais ou civis recebeu essa distinção. Essas dez palavras,e apenas elas, foram escritas pelo santo dedo de Deus em tábuas de pedra, e apenas elas foram depositadas na santa arca. Assim, na honra singular conferida ao Decálogo, podemos perceber sua importância suprema no governo divino.”
A Lei e o Caráter de Deus
O principal pressuposto da lei moral é o teísmo Cristão
As Escrituras contemplam a lei como o anúncio de Deus como personalidade absoluta.
Assim, tudo que foi criado por Deus é regido pelas suas leis. É importante associarmos as leis da natureza e a lei moral. Quebrar um mandamento, é como quebrar uma lei da natureza. É trazer prejuízo à nossa própria existência. Apenas o teísmo [cristão] pode dizer que o homem destrói a si mesmo se ele é desobediente à lei.
A violação da lei é a violação de Deus, ou seja, a negação de que Deus existe. Quando isso é feito, a autoridade da lei se vai e a sua respeitabilidade não pode durar muito.
2. A Lei e a nossa existência
O Cristianismo implica que o homem quebrou a lei devido ao pecado. Com isso, ele ipso facto destruiu a própria condição de sua existência e trouxe punição eterna sobre si mesmo. O homem tornou-se um Deísta ou um Panteísta. Se o homem deveria viver, em absoluto, ele deveria ser restaurado quanto ao respeito e obediência à lei. Cristo realizou esta restauração. Através de Seu sofrimento, Ele satisfez a penalidade da lei. Mais do que isso, por meio de Seu ativo e completo cumprimento da lei, Ele supriu a perfeição original do homem, para que aqueles que estão em Cristo sejam herdeiros da vida eterna, sem falha. Através da Sua Palavra e Espírito, Cristo fez “Seus próprios” participantes da Sua relação correta com a lei.
De acordo com o teísmo, o homem vive e se move e tem a sua existência em uma atmosfera da lei de Deus, tanto em relação ao seu corpo quanto à sua alma. Viver neste ambiente significava a sua liberdade, como significa liberdade que um peixe viva em seu ambiente natural. Mas quando o homem quebrou a lei em um ponto, ele quebrou em cada ponto. O moral e o físico estão inextricavelmente interligados. Como profeta, sacerdote e rei, o homem deveria conhecer, dedicar-se a Deus e governar para Ele todo o universo físico. Mas quando o homem, devido ao pecado, tornou-se um profeta sem manto, um sacerdote sem sacrifício e um rei sem coroa, ele trouxe o seu corpo, juntamente com a sua alma e o universo ao seu redor, juntamente à ruína. Por outro lado, com Cristo no mundo físico, assim como o corpo do homem bem como a sua alma, são restaurados às suas relações normais para com a lei de Deus.
3. A Lei e o tempo
Os Dez Mandamentos já existiam antes de serem entregues a Moisés em tábuas de pedra. Eles são a revelação do caráter de Deus, foram dados a Adão, tanto escritos em seu coração, como também na ordem de não comer do fruto. Além disso, no perído dos patriarcas do Dez Mandamentos já estavam sendo obedecidos ou quebrados.
Deus e dirige aos homens de maneira geral, como também ao seu povo de maneira especial. Todos desobedeceram a lei, e todos devem guardá-la. O fato de Deus falar diretamente ao seu povo se deve a história da salvação, e não porque Deus não queria que os outros povos guardassem. Deus trata com a humanidade de dois modos: genérico e pactual.
As várias etapas da economia da redenção, na medida em que relacionam-se à lei, têm a ver apenas com a forma da lei. Durante a antiga dispensação houve uma ênfase no exterior e no nacional. Durante a nova dispensação, a ênfase é sobre o interno e o universal. Daí o universalismo do Novo Testamento não se opõe ao nacionalismo do Antigo Testamento, mas é apenas um florescimento dele.
Não é mais verdade no Antigo Testamento do que no Novo que uma mera observância exterior da lei era insuficiente. A lei de Deus é sempre espiritual e exige sempre o amor a Deus como o motivo para a sua realização. Daí, também, não é verdade que a obediência à lei era uma exigência do Antigo Testamento, enquanto no Novo Testamento o amor foi substituído pela obediência. A obediência é amor e o amor é obediência, e somente eles podem responder adequadamente a uma lei espiritual.
O próprio conteúdo do Evangelho é que Cristo cumpriu a lei. Assim, a alegria do Evangelho é que o homem pode, em Cristo, conhecer e obedecer à lei e, portanto, viver na presença de Deus para sempre. Não há Evangelho, senão o que é da lei. Por outro lado, o Evangelho é lei, porque todos devem obedecê-lo. Em resposta à pergunta dos judeus, quanto ao que eles devem fazer para realizar as obras de Deus, Jesus responde que eles devem crer no nome do Filho de Deus.
4. A Religão e a Moral
Para o homem como um ser autoconsciente e assim, ser que age moralmente, havia duas principais esferas de resposta autoconsciente nas quais ele poderia obedecer à lei de Deus. Havia um aspecto da lei geral de Deus para o homem que diz respeito mais diretamente à relação do homem com Deus. Havia um segundo aspecto da lei geral de Deus para o homem que diz respeito mais diretamente à relação do homem para com o seu semelhante. O homem verdadeiramente moral também deve ser um homem verdadeiramente religioso e o homem verdadeiramente religioso, também deve ser um homem verdadeiramente moral. Um homem moral, por mais que ele pareça ser religioso, é, na verdade, irreligioso, somente peca menos diretamente contra Deus do que aquele que quebra abertamente a lei de Deus, na medida em que se refere diretamente à relação do homem para com Deus.
APLICAÇÕES
Qual o dever que Deus exige do homem? Obediência à sua vontade revelada. Qual é a regra da nossa obediência? A Palavra de Deus escrita, a Bíblia Sagrada. Thomas Watson diz “nossa obediência deve corresponder com a Palavra, como uma cópia [corresponde] ao original. Parecer zeloso, sem estar em conformidade com a Palavra, não é obediência, e sim adoração de si mesmo.”
Quais são os componentes da nossa obediência?
Primeira, nossa obediência deve ser livre e alegre, senão seria penitênia e não sacrifício. Thomas Watson: “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra” (Isaías 1:19). Embora sirvamos a Deus com fraqueza, devemos estar com disposição. Você gosta de ver seus criados irem, alegremente, às suas tarefas. De acordo com a lei, Deus receberá uma oferta voluntária (Deuteronômio 16:10). Os hipócritas obedecem a Deus de má vontade e contra sua vontade; facere bonum, mas no velle [eles fazem o bem, mas não de bom grado]. Caim trouxe seu sacrifício, mas não seu coração. É uma verdadeira regra, Quicquid cor non facit, non fit [O que o coração não faz, não é feito]. A vontade é a alma da obediência. Deus, por vezes, aceita a disposição sem a obra, mas nunca a obra sem disposição. A alegria mostra que há amor no dever; e o amor é para nossos serviços o que o sol é para frutas: adoça e amadurece, e os faz sair com um melhor sabor.”
A obediência deve ser devotada e fervorosa. “Obediência sem fervor, é como sacrifício sem fogo… É o fervor que torna aceitável a obediência. Elias era fervoroso em espírito, e sua oração abriu e fechou o céu. E novamente ele orou, e o fogo caiu sobre seus inimigos (2 Reis 1:10). A oração de Elias tirou fogo do céu, porque, sendo fervorosa, levou fogo ao céu”.
A obediência deve ser extensa. “deve alcançar todos os mandamentos de Deus. ‘Então, não terei de que me envergonhar, (ou, como é no hebraico, lo ehosh) quando considerar em todos os teus mandamentos’ (Salmo 119:6). Todos os requisitos de Deus exigem igual esforço. Há um selo de autoridade divina sobre todos os mandamentos de Deus; e se eu obedecer a um preceito, porque Deus ordena, então, devo obedecer a todos… zodíaco. Um bom cristão faz a piedade do evangelho e a equidade moral beijarem-se. Aqui, alguns descobrem sua hipocrisia: eles obedecerão a Deus em algumas coisas que são mais fáceis e que elevarão sua reputação; mas outras coisas, deixam por fazer. "Uma coisa te falta” (Marcos 10:21); Mateus 23.23 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!… O texugo tem um pé mais curto que o outro; estes [os hipócritas, como o texugo] são mais defeituosos em alguns deveres do que em outros. Deus não gosta de tais servos parciais, que fazem parte da obra que Ele mandou, e deixam a outra incompleta”.
A obediência deve ser sincera. A sinceridade é medida pelo propósito da obediência, que deve ser dar glória a Deus. 1Coríntios 10.31 “...fazei tudo para a glória de Deus.” “Aquilo que estragou muitas obras gloriosas e as fez perder a recompensa foi que os objetivos dos homens estavam errados. Os fariseus davam esmola, mas tocavam uma trombeta para que tivessem a glória dos homens (Mateus 6:2).... é possível que a ação seja correta, mas não o coração”.
A obediência deve ser em e através de Cristo. “Não a nossa obediência, mas os méritos de Cristo adquirem a aceitação. Em todas as partes da adoração, devemos apresentar Cristo a Deus nos braços da nossa fé. A não ser que sirvamos a Deus assim, com esperança e confiança dos méritos de Cristo, nós mais O provocamos do que O agradamos. Como quando o rei Uzias oferecesse incenso sem um sacerdote, Deus estava irado com ele e o feriu com lepra (2 Crônicas 26:20). Então, quando não chegamos a Deus em e através de Cristo, oferecemos incenso a Ele sem um sacerdote, e o que podemos esperar, além de repreensões severas?”
A obediência deve ser constante. Salmo 106.3 “Bem-aventurados os que guardam a retidão e o que pratica a justiça em todo tempo.” “É como o fogo no altar, que sempre estava queimando (Levítico 6:13). A obediência dos hipócritas só dura uma temporada. É como o trabalho em gesso, que logo é desgastado. Mas a verdadeira obediência é constante. Embora nos encontremos em aflição, devemos continuar em nossa obediência.... Quando um servo entra em um pacto com seu mestre, e os contratos são selados, ele não pode voltar, ele deve cumprir o seu tempo. Então, há pactos feitos no batismo e na Ceia do Senhor, os pactos são renovados e reafirmados por nossa parte, para que fiquemos fiéis e constantes em nossa obediência. Portanto, devemos imitar a Cristo, que se tornou obediente até a morte (Filipenses 2:8). A coroa está fixa na cabeça da perseverança. “Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, [...] dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã” (Apocalipse 2:26, 28).
Qual a totalidade dos Dez Mandamentos? “A soma dos Dez Mandamentos é amar o Senhor nosso Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todas as nossas forças, e com toda a nossa mente e nosso próximo como a nós mesmos. O dever exigido é o amor, sim, a força do amor, "com todo o seu coração". Deus não perderá nosso amor. O amor é a alma da religião, e aquilo que constitui um verdadeiro cristão. O amor é a rainha das graças; Ele brilha e cintila nos olhos de Deus, como as pedras preciosas no peitoral de Aarão”.
CONCLUSÃO
Thomas Watson: “Não fiz tudo o que devo fazer, mas fiz tudo o que posso fazer; e no que minha obediência é pequena, olho para a perfeita justiça e obediência de Cristo, e espero perdão através do Seu sangue”.
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