(Rm 2:5-11) O Dia da Ira e a grande Recompensa
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Dureza. Murray: “O contraste entre a brandura do arrependimento, que é o alvo do constrangimento pela bondade de Deus, e o estado empedernido e impenitente do coração deve ser aqui observado. A pessoa a quem se dirige o apóstolo, por causa dessa dureza de coração, é apresentada como sendo ela mesma o agente que acumula ira contra si mesmo.”
HLD: “Contar com a bondade e a paciência de Deus, como se o seu propósito fosse encorajar a permissividade e não a penitência, é um sinal evidente de endurecimento espiritual.”
Calvino: “aqueles que não anseiam pelo arrependimento, outra coisa não fazem senão provocar abertamente o Senhor.”
Entesouras. Murray: “A ira, pois, é algo do que Deus, exclusivamente, é o agente e autor. Mas, diz-se que a própria pessoa entesoura essa ira.”
Sproul: “Se começamos a guardar dinheiro, retirando uma pequena porção de cada pagamento o colocando-a no banco, estamos, devagar, mas com segurança, construindo um tesouro; estamos guardando para uma emergência. Do mesmo modo, cada vez que pecamos, adicionamos uma acusação contra nós mesmos, acumulando ira para o dia da ira. Vocês realmente creem nisso? Não acho que o mundo creia. Todas as vezes que pecamos sem nos arrepender, estamos depositando ira futura na conta do julgamento de Deus.”
HDL: “Os críticos moralistas perverteram a bondade de Deus, fazendo dela uma desculpa para continuarem pecando. Assim, tornaram-se mais impenitentes e mais endurecidos. Longe de afastar a ira vindoura, essa atitude enche ainda mais a medida do seu cálice”
Calvino: “os ímpios não só acumulam para si mesmos, diariamente, o mais pesado juízo divino durante sua existência terrena, mas também os dons divinos, os quais continuamente desfrutam, agravarão sua condenação, visto que serão convocados para que dêem conta dos mesmos.”
Shaeffer: “tudo o que fazemos na vida tem consequências eternas. Tudo o que falamos ou fazemos representa um investimento – para o bem ou para o mal – no banco da eternidade. A vida não se encerra com a morte. Ou estamos “acumulando e estocando” bons tesouros no céu, ou “acumulando” a ira para o dia do julgamento.”
Dia da ira. Murray: “O mesmo sentido dinâmico do termo “se revela”, em 1.17, reaparece aqui. É o justo juízo de Deus em sua plena atividade e execução.”
Stott: “O juízo divino, que é um processo de peneirar e separar, está acontecendo em silêncio o tempo todo, enquanto as pessoas se põem a favor de Cristo ou contra ele, mas, no último dia, seus resultados se tornarão públicos. Nessa ocasião, na qual serão dados um veredicto público e uma sentença pública, haverá evidências comprováveis para respaldá-los. E as únicas evidências públicas à disposição serão nossas obras, o que fizemos e o que nos viram fazer”
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Recompensará. Murray: “Este versículo enuncia três características do justo juízo de Deus: (1) a universalidade — “a cada um”, reiterada nos versículos 9 e 10; (2) o critério por meio do qual esse juízo será executado — “segundo o seu procedimento”; (3) a distribuição indubitável e verdadeira da recompensa — “que retribuirá”.
Hodge: “os ímpios serão punidos por causa de, e de acordo com, suas obras; os justos serão recompensados, não por causa de, mas de acordo com, suas obras”
A salvação é pela fé, mas o julgamente é pelas obras.
HDL: “Todos os homens fazem o mal e todos merecem tribulação e angústia. Os que praticam o bem, o fazem em virtude da graça de Deus operando em seu coração.”
Calvino: “É uma insensatez concluir que algo possui mérito só porque é recompensado.”
Stott: “embora a justificação seja, na verdade, pela fé, o juízo será de acordo com as obras. O dia do juízo será uma ocasião pública. Seu propósito será mais anunciar e reivindicar o juízo de Deus do que determiná-lo.”
Mateus 16.27 “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.”
1Coríntios 3.13 “manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.”
1Coríntios 4.5 “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus.”
2Coríntios 5.10 “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”
Gálatas 6.7–9 “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.”
Efésios 6.8 “certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre.”
1Tessalonicenses 5.4 “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa;”
2Tessalonicenses 1.7–10 “e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho).”
Apocalipse 2.23 “Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas obras.”
Apocalipse 20.12–13 “Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”
Sproul: “um pecador no inferno daria tudo o que tem e faria tudo o que pudesse para fazer um pecado a menos do que o total acumulado durante toda a sua vida, porque ele será julgado de acordo com os seus feitos. Há várias gradações de punição no inferno, pois o inferno é o lugar onde Deus manifesta sua perfeita justiça, e a punição sempre condiz com o crime.”
7-10 >> Os dois grupos de pessoas
Glória e honra e paz. Sproul: “Somos justificados pela fé somente, mas nosso galardão no céu será distribuído de acordo com as nossas obras. Foi por isso que nosso Senhor disse a seus seguidores, aqueles que são justificados somente pela fé, para ajuntar tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 12.33)”.
Murray: “O termo “glória” é usado com frequência por Paulo, nesta carta e em outras, para descrever o alvo da esperança do crente (cf. 5.2; 8.18,21,30; 9.23; 1 Co 2.7; 15.42; 2 Co 4.17; Cl 3.4) e aponta para a transformação que será realizada quando os crentes forem conformados à imagem do Filho de Deus e estiverem refletindo a glória de Deus. “Honra” [é] aprovação que Deus outorgará aos crentes, em contraste com a reprovação que frequentemente recai sobre os homens e a eterna desgraça executada contra os ímpios. “Incorruptibilidade”, embora seja um termo correlativo à glória e honra, é um ingrediente distinto na aspiração dos justos, aludindo à esperança da ressurreição do povo de Deus. […] Esses três vocábulos, como é indiscutível, nos escritos de Paulo, possuem significados relacionados à redenção; e esta consideração, por si mesma, impossibilita-nos de pensar que a aspiração escatológica, aqui aludida, é qualquer outra coisa senão o que é provido pela revelação redentora.
Perseverando. Murray: “A palavra aqui traduzida por “perseverando”, em algumas versões, é traduzida por “paciência”. Somos relembrados sobre a verdade de que será salvo aquele que persevera até o fim (Mt 24.13) e de que “nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos” (Hb 3.14; cf. Cl 1.22,23). A complementação da perseverança na prática do bem, como também a aspiração da esperança, enfatiza que esses fatores jamais deveriam ser separados. As obras, sem a aspiração redentora, são mortas. A aspiração, sem boas obras, é presunção.”
Contenciosos. Murray: “Esta expressão significa meramente “aqueles que são contenciosos ou facciosos”, sendo que a insurreição envolvida é a insurreição ativa contra Deus — eles estão em revolta contra Deus”
indignação e ira. Murray: “Indignação”, embora não seja essencialmente diferente de ira, reflete o aspecto da violência da ira, e a coordenação dos termos serve para enfatizar a realidade e a intensidade da insatisfação divina que será derramada sobre os ímpios, no dia do justo juízo”
Tribulação e angústia. Murray: “Ira e indignação descrevem a retribuição dada aos ímpios, referindo-se à insatisfação da parte de Deus à qual eles estão sujeitos; ao passo que tribulação e angústia descrevem o castigo dos ímpios, referindo-se à experiência pela qual eles passarão… “tribulação e angústia” devem ser interpretadas como consequências, na experiência humana, da “ira” e “indignação” de Deus.”
Obedientes à iniquidade. Calvino: “O apóstolo acrescenta ainda que tais pessoas desobedientes obedecem à injustiça. Os que recusam sujeitar-se à lei do Senhor, inevitavelmente cairão na escravidão do pecado. A justa recompensa de tão temerária presunção consiste em que os que se revelam indispostos a render obediência a Deus são mantidos sob o cativeiro do pecado.”
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Acepção de pessoas.
HDL: “É impossível subornar este Juiz, cuja sentença está rigorosamente de acordo com o caráter, e não é afetada por “estado e condição externos, como nacionalidade, sexo, riquezas ou sabedoria”.
Lucas 12.48 “Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão.”