INTRODUÇÃO - TESSALONISSENSES

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1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo Introdução: A Plantação de uma Igreja Estratégica (At 17.1–9)

A plantação de uma igreja estratégica

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo Introdução: A Plantação de uma Igreja Estratégica (At 17.1–9)

Em primeiro lugar, os planos de Deus devem prevalecer sobre a vontade humana.

Temos o relato em At 16.6-10 que o Espírito do Senhor Jesus impulsionou a Paulo ir para a Macedônia. (Carlos André)
“Mas nesse mesmo momento Paulo deve ter visto muito mais que um continente para Cristo. Desembarcou na Macedônia, o reino de Alexandre Magno, que tinha conquistado o mundo e que tinha chorado porque não havia mais mundos que conquistar. Mas Alexandre era muito mais que um mero conquistador militar. Foi quase o primeiro universalista. Era mais um missionário que um soldado; sonhava com um mundo dominado e iluminado pela cultura grega. Até um pensador tão grande como Aristóteles havia dito que era um dever evidente tratar os gregos como homens livres e os orientais como escravos. Mas Alexandre declarava ter sido enviado por Deus "para unir, pacificar e reconciliar a todo o mundo" Deliberadamente queria dizer que seu propósito era "unir o Oriente com o Ocidente”. (1 Tessalonicenses - William Barclay)
1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo Introdução: A Plantação de uma Igreja Estratégica (At 17.1–9)

Campbell Morgan escreveu: “A invasão da Europa certamente não estava na mente de Paulo, mas, evidentemente, estava na mente do Espírito Santo”.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo Introdução: A Plantação de uma Igreja Estratégica (At 17.1–9)

Em segundo lugar, a perseguição humana não pode destruir a obra de Deus.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo Introdução: A Plantação de uma Igreja Estratégica (At 17.1–9)

Em terceiro lugar, quando Deus se manifesta, a igreja se fortalece com rapidez.

Quando o ser humano quer ser achado por Deus, Ele providenciará esse encontro.(Carlos André)
1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

A estratégia missiológica de Paulo (At 17.1)

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

É importante ressaltar que em todas elas, Paulo incluiu a capital em seu trajeto—Tessalônica, a capital da Macedônia; Corinto, da Acaia, e Éfeso, da Ásia. Além disso, Paulo escreveria a cada uma das igrejas nessas capitais, ou seja, suas cartas aos tessalonicenses, aos coríntios e aos efésios.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

Por essa razão, viajando pela grande via expressa, a Via Egnátia, ele passou por várias cidades macedônias como Anfípolis e Apolônia e concentrou seu trabalho em Tessalônica, a capital da província, onde havia uma sinagoga judia (At 17.1).

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

Ela era a capital da Macedônia. Era também um importante centro comercial, só comparado à cidade de Corinto. Ali ficava um dos mais importantes portos da época. Ela comandava o comércio marítimo pelo mar Egeu e terrestre pela Via Egnátia. Também por Tessalônica passavam diversas rotas comerciais.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

William Barclay relata que o nome original dessa cidade era Thermai, que significa “fontes quentes”. Seiscentos anos antes, Heródoto já a descrevia como uma grande cidade. Aqui Xerxes, o persa, estabeleceu sua base naval ao invadir a Europa. Em 315 a.C., Cassandro reedificou a cidade e colocou nela o nome de Tessalônica, em homenagem a sua mulher, filha de Filipe da Macedônia e irmã de Alexandre Magno.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

Os romanos fizeram dela uma cidade livre em 42 a.C., e ela possuía os direitos garantidos de governo próprio nos padrões gregos mais que romanos.

Jamais as tropas romanas haviam cercado essa importante cidade. Ela mantinha sua própria assembléia popular e seus próprios magistrados. Sua população era estimada em 200 mil habitantes e durante um tempo chegou a rivalizar com Constantinopla como candidata à capital do mundo.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Estratégia Missiológica de Paulo (At 17.1)

Atualmente, com o nome de Salônica, é a segunda maior cidade da Grécia, tendo uma população estimada em 250 mil habitantes.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Ponte de Contato para a Pregação do Evangelho (At 17.2)

A ponte de contato para a pregação do evangelho (At 17.2)

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Ponte de Contato para a Pregação do Evangelho (At 17.2)

Frank Stagg diz que não é motivo de surpresa a existência de uma sinagoga em Tessalônica, visto que seu forte comércio atrairia a colônia judia.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Ponte de Contato para a Pregação do Evangelho (At 17.2)

Na sua estratégia, Paulo usa o lugar certo e o tempo certo. Ele também usou o meio certo, a Escritura; a mensagem certa, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus para atingir as pessoas certas, judeus e gentios piedosos.

A essência da pregação de Paulo (At 17.3)

Joseph Alexander diz que nós aprendemos deste versículo, que as duas grandes doutrinas pregadas por Paulo em Tessalônica foram acerca do Messias sofredor e sua identidade com o Jesus de Nazaré.

a. Ele arrazoou (17.2). Paulo dialogou com eles por meio de perguntas e respostas. A palavra grega aqui empregada nos deu o termo dialética, que nada mais era do que ensinar discutindo por meio de perguntas e respostas.

b. Ele expôs (17.3), ou seja, explicou para eles o conteúdo do evangelho. Pregar é explicar as Escrituras e aplicá-las. O pregador não cria a mensagem, ele a transmite.

c. Ele demonstrou que Jesus é, de fato, o Messias. O termo “demonstrar”, paratithemi, significa “colocar lado a lado ao apresentar evidências” (17.3).

d. Ele anunciou a morte e a ressurreição de Jesus Cristo (17.3).

Frank Stagg destaca o fato de que era bem difícil para os judeus sob opressão estrangeira aceitar o quadro de um Messias sofredor; eles esperavam um Messias que viesse acabar de vez com os sofrimentos de Seu povo e inaugurar um reinado de triunfo e paz. Por isso, a cruz para eles era “escândalo”, e só o fato de haver Jesus ressuscitado poderia levar o judeu a reexaminar a cruz à luz das Escrituras (At 17.2).

Atos dos Apóstolos 13.27–37 ARA
Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se leem todos os sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias; e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; e foi visto muitos dias pelos que, com ele, subiram da Galileia para Jerusalém, os quais são agora as suas testemunhas perante o povo. Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção. Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção. Porém aquele a quem Deus ressuscitou não viu corrupção.

O impacto da pregação de Paulo (At 17.4)

O evangelho causou grande impacto na vida dos gentios. Em apenas três semanas, ouvimos falar de uma multidão de convertidos. É bem verdade que Paulo deve ter passado mais tempo em Tessalônica. Somos informados que a igreja de Filipos mandou oferta para ele duas vezes enquanto estava em Tessalônica (Fp 4.15,16) e que durante esse tempo precisou trabalhar com suas próprias mãos para complementar o seu sustento (1Ts 2.9).

As pessoas convertidas não apenas acreditaram em Cristo, mas entraram para uma comunhão vital com seus fiéis ministros, associando-se com eles. Possivelmente, essas pessoas deixaram a sinagoga e se uniram a Paulo e Silas na casa de Jasom. Não há salvação sem integração na Igreja de Deus. Os que são salvos devem ser batizados e discipulados. Não há crentes isolados. Pertencemos ao corpo de Cristo. Estamos ligados uns aos outros. Somos membros uns dos outros. Uma pessoa salva precisa se unir à igreja. Ela precisa declarar publicamente a sua fé.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Resistência à Pregação de Paulo (At 17.5,6)

A resistência à pregação de Paulo (At 17.5,6)

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Resistência à Pregação de Paulo (At 17.5,6)

Não há pregação do evangelho sem oposição. A luz incomoda as trevas. A perseguição em Tessalônica não teve origem política, mas religiosa.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Acusação contra Paulo e Seus Cooperadores (At 17.7–9)

A acusação contra Paulo e seus cooperadores (At 17.7–9)

Podemos pensar que houve uma tentativa de relacionar Paulo aos filósofos retóricos que ganhavam a vida com os seus discursos vazios. (Carlos André)
1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Acusação contra Paulo e Seus Cooperadores (At 17.7–9)

A pregação de Paulo pode ter sido interpretada como a profecia de uma mudança de imperador. Havia decretos imperiais contra tais predições. Os juramentos de lealdade a César podiam ser considerados como exigências dos seus decretos, e estes seriam impostos pelos magistrados locais. Assim, a acusação contra Paulo e Silas era de fato incendiária.

Por ser Tessalônica uma cidade livre, qualquer sedição deixava seus habitantes sobressaltados. Roma lhe tiraria esse direito se houvesse qualquer rebelião ou traição.

1 e 2 Tessalonicenses: Como se Preparar para a Segunda Vinda de Cristo A Acusação contra Paulo e Seus Cooperadores (At 17.7–9)

O escritor John Stott afirma que a ação dos magistrados cobrando fiança de Jasom provavelmente não se restringiu à simples cobrança de uma fiança. A expressão de Lucas se refere ao oferecimento e concessão de garantia, em processos civis e criminais. Eles obtiveram de Jasom e dos outros a promessa de que Paulo e Silas sairiam da cidade e não retornariam, ameaçando com castigos severos se o acordo fosse quebrado. Provavelmente Paulo se referia a esta proibição legal quando escreveu que Satanás não lhe permitiu retornar a Tessalônica. Esse expediente engenhoso colocou um abismo intransponível entre Paulo e os tessalonicenses.

As cartas de Paulo à igreja deTessalônica

“Por muito tempo se creu que essa foi a primeira carta dele, mas hoje muitos estudiosos, particularmente na Grã-Bretanha, estão inclinados a conceder essa posição a Gálatas”. (Comentário Bíblico NVI - F.F Bruce)
“Autenticidade. Por volta do primeiro terço do séc. II a carta já era aceita como paulina. A crítica literária (sobretudo a germânica) tem, recentemente, tendido à consideração de 2Ts como pseudoepígrafa, i.e., seu autor apelou para a autoridade de Paulo para manter, contra os impostores, as tradições paulinas ou outras tradições autênticas relacionadas à segunda vinda de Cristo”. (Comentário Bíblico Sâo Jerônimo - Raymond E. Brown - Joseph A. Fitzmyer Roland E. Murphy)

1. A pregação da segunda vinda de Cristo havia produzido uma situação anormal (4.11).

2. Havia confusão acerca do destino dos crentes na hora da morte (4.13–18).

3. Havia uma tendência de desprezar toda autoridade legal (5.12–14).

4. Havia uma tendência à recaída na imoralidade (4.3–8).

5. Havia um grupo de resistência ao apostolado de Paulo (2.5–9).

6. Havia sinais de divisão na igreja (4.9; 5.13).

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