#30 DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM: O ESCÂNDALO DA EUCARISTIA

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O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.

Anúncio do Evangelho Segundo São João 6.60-71

GLÓRIA A VÓS SENHOR!

PALAVRA DA SALVAÇÃO. GLÓRIA A VÓS SENHOR.

Meu querido irmão e minha querida irmã, amados!

O Sacramento da Eucaristia é motivo de escândalo desde o princípio e

é pedra de tropeço para muitos nos dias de hoje.

Disse Jesus:

João 6.54 (AVM)
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna;
e eu o ressuscitarei no último dia.

Obviamente que não se trata de antropofagia, como pensaram os judeus, por isso,

Jesus responde aos que se escandalizaram remetendo à Sua ascenção ao céu após sua ressureição.

Seu corpo glorificado já não é frágil nem corruptível, mas glorioso e cheio do Espírito.

A carne de Cristo pode comunicar vida porque foi investida do Espírito vivificante, da mesma vida de Deus.

Com o acontecimento de sua glorificação,

a carne de Jesus entra na posse da plenitude do Espírito e

se converte em fonte de vida para o mundo;

dá vida e concede o germe da ressurreição.

O Espírito transforma e vivifica gloriosamente a carne de Jesus.

É uma realidade divina que só o Espírito Santo pode fazer compreender e

que é fonte de vida para o homem.

Essa é a chave de compreensão de toda A Palavra de Deus.

Sem a ajuda do Espírito, sem o dom da fé, toda a vida de Jesus, Sua Paixão, Morte, Ressurreição, Ascensão,

Sua Igreja e os Sacramentos se convertem em permanente escândalo.

Sem o Espírito, suas palavras de revelação se tornam um contínuo e impenetrável véu de incompreensão.

A Palavra de Deus é dura para nós, algo que não se pode aguentar, muitas vezes intolerável.

A Verdade muitas vezes dói e não é fácil ouví-la, pois exige de nós mudanças de pensamento e de vida.

E Jesus ao revelá-la muitas vezes escandaliza seus ouvintes e até muitos daqueles que o seguiam se afastam d’Ele,

diz o Evangelho:

João 6.66 AVM
66 Desde então, muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com ele.

Mas, nem por isso Jesus diminui a radicalidade das suas exigências.

A Palavra de Deus é para os humildes, ou seja,

àqueles que se reconhecem fracos, miseráveis pecadores e ignorantes e por isso se deixam conduzir pelo Espírito Santo,

mas não é para os soberbos que se acham fortes, justos e cheios de conhecimento.

Lembremos que:

Tiago 4.6 (AVM)
Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes.

Nosso Senhor exige daqueles que o seguem que aceitem Suas palavras por ser Ele quem as diz,

mesmo que pareça incompreensível como no caso do mistério eucarístico.

A Constituição dogmática Dei Filius do Papa Pio IX diz que o ato sobrenatural da fé consiste

“em que, com inspiração e ajuda da graça de Deus,

cremos ser verdadeiro o que por Ele foi revelado,

não pela verdade intrínseca das coisas percebidas pela luz natural da razão,

mas pela autoridade do próprio Deus que revela,

o qual não pode nem enganar-Se nem enganar-nos.”.

Dizia São João Crisóstomo:

“Inclinemo-nos diante de Deus;

não O contradigamos,

mesmo quando o que Ele diz possa parecer contrário à nossa razão e à nossa inteligência(…).”

Jesus pergunta aos Seus apóstolos:

João 6.67 (AVM)
“Quereis vós também retirar-vos?”.

Embora Jesus tenha vindo para salvar toda a humanidade,

Ele não está interessado na quantidade de seguidores que terá,

mas sim na qualidade desses seguidores,

Ele está em busca de corações que creiam e confiem incondicionalmente n’Ele,

que O amem e O adorem, e que esperem n’Ele, pois só Ele tem Palavra de vida eterna.

A quem iremos, senão a Jesus?

Porém, nesse Evangelho aparece o mistério de Judas,

que não o abandona, mas depois irá traí-lo como anuncia o Senhor:

João 6.70 (AVM)
Jesus acrescentou: “Não vos escolhi eu todos os doze? Contudo, um de vós é um demônio!…”.

Esse mistério é um alerta para nós cristãos,

que devemos ter a humildade de nos reconhecermos capazes de atraiçoar Nosso Senhor,

como os outros onze apóstolos, que na última ceia perguntaram: “Serei eu Senhor?”.

Para não nos tornarmos traidores de Cristo,

precisamos vigiar e orar, e nunca abandonar os meios que nos deixou para permanecermos unidos à Ele.

SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,

PARA SEMPRE SEJA LOUVADO! AMÉM.

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