Tiago 3:1-12

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Introdução

Cap. 3:1-12
v.1: seria aqui uma palavra que desestimularia irmãos a buscarem o ofício de ensinar? Parece que no versículo 1 ele fala de um assunto diferente dos versículos que seguem até o 12. Mas eu não compreendo assim.
Penso que Tiago, ao retomar o assunto que introduz no capítulo 1:19, quando afirma: “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. Não está aqui falando de uma classe de homens mais elevado, mas do ato que envolve aqueles que possuem o ofício, ou mesmo se ocupam com o ensino: o falar. Logicamente estes, usam a língua. “Personagem” importante no nosso texto.
Aqui Tiago nivela todos os homens — claro que os que ensinam estão expostos a este grande risco: usar a língua e comunicar algo inadequado ou mesmo pecaminoso.
Tiago nivela todos os homens, seres humanos, como aqueles que devem cuidar do que falam. Cuidar no sentido de terem o domínio da fala, no sentido de silenciarem ou falarem quando necessário e também quanto ao conteúdo que é expressado.
No verso 2 então ele fala sobre a maturidade no falar.
Não é sobre ficar calado, mas o falar correto. O vocábulo “refrear” no final do versículo 2 envolve a ação de colocar “freio na boca dos cavalos” e do “pequeníssimo leme” que dirige o grande navio, no versículo 4.
Dos versos 2 ao 4, Tiago não fala sobre o voto de silêncio como a resposta para a língua desenfreada. Mas sobre o falar correte e da forma certa. Em Pv 15:1 está escrito: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Não é o silencio que desvia o furor, as vezes na verdade ele pode até aumentar as chamas. Mas é o usar a língua, com a resposta branda, que desvia o furor.
No versículo 5, Tiago fala da língua como um personagem que tem vida própria. Mas nós sabemos que a boca fala do que o coração está cheio. Sua língua não fala por si só, ela expressa do que o seu coração está cheio. A questão é: é um pequeno órgão que se gaba de grandes coisas. Vejam como uma pequena “fagulha” incendeia uma “grande floresta”. pequeno órgão/fagulha — gabar-se de grandes coisas/“incendeia uma grande floresta”.
Assim como o a fagulha antes de se tornar incêndio, assim é a língua para com aquele que não a controla, ela contamina, se espalha pelo corpo inteiro.
É um mundo de iniquidade, contamina a pessoa por inteiro (Mt 15:11). Ela não somente põe em chamas “toda a carreira da existência humana”. O que significa que esse fogo consome toda a vida de uma pessoa, assim como em iniquidade o contamina.
A própria língua é posta em chamas pelo inferno. Comentaristas concordam que nesta oração Tiago está fazendo menção a tentação que passam alguns crentes, quando cita as “chamas do inferno”. A ideia para alguns é que neste versículo fica implícito — principalmente para os contemporâneos de Tiago, à quem ele dirigia esta epístola — que o inimigo põe em chamas a língua do ser humano.
No versículo 9 está escrito que com a língua bendizemos e amaldiçoamos. Bendizemos o nome do Senhor e amaldiçoamos os homens; estes que foram criados a semelhança de Deus. Com isto ele quer dizer que com a língua direcionamos bençãos, louvores ao Senhor e maldição também, mesmo que seja para com a sua criação.
Até aqui parece que a língua traz muitos problemas, não é? Pois bem, com os versículos seguintes tudo fica claro. “De uma só boca procede bênção e maldição”. Esta é uma proposição que levaria os irmãos a reflexão sob a seguinte pergunta: “O que procede da minha boca”?
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