A PRÁTICA DA FÉ - Os pecados do egoismo - Tiago 4.1-6

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INTRODUÇÃO

No capitulo 3 estudamos sobre os males da lingua, vimos que aquele que consegue dominar a lingua, dominará todo o corpo e estará apto para toda boa obra.
Ainda no 3 observamos que a ferramenta que Deus nos dá para isso é a Sabedoria que vem do alto. Essa sabedoria deve ser buscada e é oposta a sabedoria terrena que tem origem no caração pecaminoso do homem, que ao obedece-lo passa também a fazer a vontade do Diabo.
A sabedoria do alto tem as seguintes caracteristicas:
Pura: produz pureza
Pacífica: promove a paz.
Indugente: Produz submissão;
Tratável: Produz sensibilidade;
Produz misericordia e bons frutos;
Produz imparcialidade;
Produz sinceridade;
Tiago mostrou que o homem sábio é pacífico e que a paz é essencial para alcalçarmos os objetivos na pratica de boas obras (v.18).
Agora, fala das tristes discórdias que surgem com frequência no povo de Deus.
Qual é a causa? Por que há tantos lares infelizes e igrejas despedaçadas por divisões? O que provoca tantos desentendimentos entre obreiros cristãos dentro da propria igreja e entre as denominações?
O egoismo conduz o homem a incessante busca por satisfazer a sua cobiça, que o leva a contendas, infidelidade, falar mau dos irmãos e ao falso sentimento de autosuficiência.

I — O EGOISMO É A ORIGEM DAS CONTENDAS ENTRE OS CRISTÃOS (V.1-3).

V.1 — O método de ensino continua o mesmo, ele usa varias perguntas com o objetivo de levar os leitores a pensar: “De onde prcedem as guerras e contendas que há entre vós?”.
Quando ele usa expressoes como “guerras” no v.1 e “matais” no v.2, precisamos entender que ele deve estar fazendo uso de figura de linguagem, é uma hipérbole (exagero proposital de uma afirmação).
A pergunta seguinte já contem a resposta: “Dos prazeres que militam em nossa carne”.
De onde procedem tantos conflitos? Dos desejos intensos existentes dentro de nós que exigem ser satisfeitos incessantemente. Há o desejo de acumular bens materiais, o impulso de obter prestígio, o anseio por prazeres e pela satisfação dos apetites físicos. Essas forças poderosas operam em conjunto, criando insatisfação permanente e vontade de ter sempre mais.
Esses desejos são descritos como a cobiça em Tg 1.14, lembremos que a cobiça ao ser atendida dá origem a maioria dos pecados que cometemos (a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida).
V.2a — Aqui vemos que esses desejos não refreados em santa atitude dão origem a vários tipos de pecados: Falta de contentamento, ira contra os irmãos (matais), inveja, brigas e contendas (guerras).
Invejamos e nada podemos obter. Desejamos ter coisas melhores e em maior número do que os outros. Na tentativa de obtê-las, agredimo-nos e nos devoramos uns aos outros.
Vejamos uma estória que ilustra bem o que ele ensina:
John e Jane são casados. John tem um emprego de nível médio com salário razoável. Jane quer uma casa tão confortável quanto às de outros casais jovens da igreja. John deseja um carro do ano. Jane quer móveis e eletrodomésticos de luxo. Os dois financiaram alguns desses bens, e o salário de John quase não é suficiente para pagar as prestações.
Tempos depois, o casal tem um filho, o que significa uma série de despesas novas num orçamento já desequilibrado. À medida que as exigências de Jane crescem, John torna-se cada vez mais irritado e impaciente. Jane revida com palavras ríspidas e lágrimas. Logo, as paredes da casa começam a estremecer com o fogo cruzado enquanto o materialismo destrói o lar.
Por outro lado, Talvez Jane seja invejosa e imagine que Bob e Sue Smith ocupam uma posição mais proeminente na igreja que ela e John frequentam. Jane começa a fazer comentários maldosos sobre Sue. A desavença entre as duas mulheres se intensifica, e John e Bob também se desentendem. Os membros da igreja tomam partido de um casal ou de outro, e a congregação se divide. Tudo por causa da cobiça de uma pessoa por proeminência.
Os desejos não realizados tornam-se tão intensos que passamos por cima das pessoas que parecem nos impedir de conquistar o que queremos. Tiago usa o termo “matais” de modo figurado. Não matamos literalmente, mas a raiva, a inveja e a crueldade que geramos têm potencial homicida. Jesus estabelce essa relação em Mt 5.21-22
Mateus 5.21–22 ARA
Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
V.2b — A melhor maneira de abordar esse problema é pela oração. “Não discutam. Não briguem. Orem.” Tiago diz: “Nada tendes porque não pedis”. Em vez de levar essas questões ao Senhor em oração, tentamos realizar desejos com os próprios esforços. Jesus ensina que devemos pedir mesmo em Mt 7.7-11:
Mateus 7.7–11 ARA
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?
V.3 — Porém, mesmo orando precisamos estar alinhados com o Espirito Santo para nâo pedirmos apenas baseados no nosso egoismo.
Se pedimos e Deus não atendeu, significa que nossos motivos não eram puros. Não estávamos pensando na glória de Deus ou no bem do próximo, mas apenas em nosso prazer egoísta e nos apetites naturais. Deus não promete responder a essas orações.
Na continuação de Mateus 7 que lemos, Jesus finaliza o ensino sobre a oração com algo nesse sentido no versiculo 12. Ele fala que a oração deve acompanhada de uma atitude autruista. Mt 7.12
Mateus 7.12 ARA
Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.
Se o que eu vou pedir fere esse principio, a minha oração não tem a motivação correta., portanto nâo serei atendido.

II — O EGOISMO LEVA O HOMEM A INFIDELIDADE (V.4-6)

V.4 — Infidelidade: Nos livros proféticos do AT, a infidelidade matrimonial simboliza a infidelidade a Deus por parte da nação de Israel, vista como esposa do Senhor (Is 1:21; Jr 3:6–10,20; Ez 16; Os 2:2; 9:1). Os 2.2
Oséias 2.2 ARA
Repreendei vossa mãe, repreendei-a, porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido, para que ela afaste as suas prostituições de sua presença e os seus adultérios de entre os seus seios;
Aqui a infidelidade está ligada a amizade do mundo, ou a amar desejando as coisas desse mundo. Deus deseja que o amemos acima de tudo. Quando amamos as coisas passageiras deste mundo, somos infiéis ao Senhor.
A cobiça é uma forma de idolatria. Significa que desejamos intensamente algo que Deus não quer nos dar, que colocamos ídolos no coração, de tal forma que somos capazer de pecar para conseguir.
Valorizamos as coisas passageiras dessa terra acima da vontade de Deus. Quem cobiça, portanto, se torna idólatra, e o idólatra é infiel ao Senhor.
Essa proximidade com o mundo só fomenta mais ainda a nossa cobiça! João tambem confirma esse principio em 1Jo 2.15-16. Quando uma pessoa intencionalmente se volta para o mundo, para tornar-se parte dele, ela tomou uma decisão consciente de rejeitar Deus e os ensinamentos de sua Palavra, portanto ela passa para o lado do inimigo.
1João 2.15–16 ARA
Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
V.5-6 — Tiago novamente fundamenta o seu argumento em passagens do AT.
Aqui na nossa versão parece ter havido um equivoco na tradução. A citação de Tiago da forma com está nâo pode ser encontrada no AT, o que inca que a palavra “espirito” não faz mensão ao Espirito Santo, mas sim, ao espirito pecaminoso do homem. Uma possivel tradução mais alinhada ao contexto da passagem seria:
Ou vocês acham que é sem razão que as Escrituras dizem que o espírito que ele fez habitar em nós pende para a inveja, mas ele nos dá maior graça?
Essa possivel tradução condiz com o que as Escrituras falam sobre o homem em Gn 6.5
Gênesis 6.5 ARA
Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;
Em seguida ele utiliza Pv 3.34 para mostrar a graça de Deus na vida do homem que mostra uma atitude de humildade que é principal caracteristicas daqueles que andam segunda a sabedoria do alto (Tg 3.13-17).
Provérbios 3.34 ARA
Certamente, ele escarnece dos escarnecedores, mas dá graça aos humildes.
Deus nos concede a sua Graça é para que andemos em novidade de vida e nâo amando as coisas desse mundo.
Precisamos Colocar nossa fé em pratica, andando na contra mâo desse mundo egoista:
O mundo diz: Ame a si mesmo acima de tudo e se importe apenas com o seu bem estar acima de tudo!
A Palavra de Deus diz: Ame a Deus a Deus acima de todas as coisas e considere o próximo superior a simesmo!

Aplicações:

Quais sâo as tuas volições? será que o egoismo tem sido a principal motivação naquilo que faz e no que você pede a Deus?
O egoismo tem destruido casamentos: Maridos, esposas é cada um por si olhando para os proprio umbigo!
O egoismo tem prejudicado familias: Por que os casais nâo querem ter filhos? Deus nâo disse que filhos sâo uma benção? (Sl 127.3) Então quem esta errado?
O problema é o egoismo! Eu nâo tenho tempo ou dinheiro para isso, tudo é para mim! E quando tem, nâo querem se doar para eles dedicando tempo para estar com eles, para educar e ensinar nos caminhos do Senhor.
O egoismo tem dividido e destruido igrejas. A causa pelo qual servimos e lutamos realmente é do Reino de Deus ou a nosso reino? Se é a causa do Reino de Deus entâo vamos servir juntos sem ciumes ou invejas.
O cristão que vive na pratica da fé deve, acima de tudo, aprender que o verdadeiro prazer não está nas riquezas, nem na posição que exercemos na sociedade ou na igreja, mas no contentamento com a provisão de Deus (1Tm 6:8).
1Timóteo 6.8 ARA
Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.
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