NA ESCOLA DO SOFRIMENTO

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Salmo 13.1-6.
Esse salmo é de Davi, e neste salmo encontramos um homem que estava vivendo uma profunda angústia, e ele clama quatro vezes dizendo: “Até quando? Até quando? Até quando? Até quando?”
Aqui temos Davi com um sentimento de abandono, o salmista se sente abandonado por Deus, e ainda chega a pensar que seria uma abandono para sempre.
O fato de Davi usar essa expressão “Até quando” revela a urgência no seu lamento.
Somos levados a lamentação
V.1-2: 1- Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? 2- Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia? Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?

Davi nos ensina, pois, mediante seu exemplo, a estender nossa vista, o máximo possível, para o futuro, a fim de que nossa presente tristeza não consiga privar-nos inteiramente da visão da esperança.

Temos aqui um triplo sofrimento: primeiro em relação a Deus.
V.1: Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto?
Depois a si mesmo: Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia?
Sofrimento em relação aos amigos ou inimigos: Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo?
Assim, Davi descreve neste Salmo três experiências muito dolorosas.
No primeiro relato, lamenta o fato de ser negligenciado e afastado por Deus, pois os atos de esquecer e virar o rosto são sinais inegáveis de negligência e indignação. E sempre que o consolo e o livramento demoram a chegar, recorremos a esta opinião: que fomos abandonados e rejeitados por Deus.
No segundo, ele luta contra si mesmo, desenvolvendo em sua alma diversos planos, mas não consegue ser ajudado e restaurado por eles, pois as feridas do coração não podem ser curadas sem o auxílio divino.
No terceiro, encontra o inimigo, o diabo, que vomita tais medos, temores que assombram Davi e que parece que logo conseguirá destruí-lo e vencê-lo quando lutar…
Davi pensa que Deus estava ausente, mas, Deus nunca está ausente. Pelo contrário, o Deus todo poderoso está conosco.
Mas, Davi chegou ao ponto de sentir que estava só, e que Deus o havia abandonado.
Somos levados a clamar por socorro
V.3-4: 3- Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; 4- para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar.
Davi no verso disse que Deus estava ocultando o seu rosto dele, mas, agora, pede que o Senhor olhe para Ele, considere, examine, e responda as suas indagações, as suas perguntas e questões. Davi está pedindo a Deus que o responda. É no meio da dúvida, é no meio da ansiedade, da depressão, do desespero que Davi clama ao Senhor, e ora a Deus pedindo que compreenda o seu problema e que Davi clama por socorro.
“Iluminar os olhos”, no idioma hebraico, significa o mesmo que soprar o fôlego de vida, porquanto o vigor da vida transparece principalmente nos olhos.
É neste sentido que Salomão diz: “O pobre e o usurário se encontram; o Senhor ilumina os olhos de ambos” [Pv 29.13]. E quando Jônatas desfalecia de fome, a história sacra relata que seus olhos ficaram ofuscados, sem brilho; e assim que provou do mel, seus olhos voltaram a brilhar [1 Sm 14.27].
Para que eu não durma o sono da morte” O verbo adormecer, dormir, como usado neste verso, é uma metáfora de um tipo semelhante ao usado para morrer.
Salmos 1–72 Por que Davi Ora para que Seus Olhos Sejam Iluminados?

quando o corpo está exausto por causa de uma doença ou por outra razão, isso é mais evidente nos olhos, que são como um espelho através do qual podemos observar a condição interior e a disposição do todo. Desse modo, se o corpo for revigorado e receber consolo, aparecerá primeiramente na rapidez e alegria da visão… Portanto, quando Davi ora aqui pedindo que Deus ilumine seus olhos, está orando pelo corpo inteiro, para que o Senhor o levante de sua condição lamentável a que a tristeza e o perigo perpétuo o levaram. Assim, ele ora para que o Senhor o liberte das cruzes e perseguições que causam seu sofrimento

Em resumo, Davi confessa que, a não ser que Deus faça a luz da vida brilhar nele, seria imediatamente tragado pelas trevas da morte, e que ele já se assemelha a um homem sem vida, a não ser que Deus sopre nele o sopro de vida novamente. E sem dúvida a nossa confiança de vida depende disto: que embora o mundo nos ameace com mil mortes, Deus possui infindáveis meios de restaurar à nossa vida.
Se Deus não agisse logo com o propósito de restaurar a vida de Davi, logo ele iria perecer e seus inimigos iriam se gloriar de ter vencido e Davi sairia derrotado.
Apesar do sofrimento, o salmista não perdeu a esperança. Depois de ter lamentado, Davi volta-se pra Deus em oração.
Somos levados da tristeza para alegria
V.5-6: 5- No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação. 6- Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.
Se alegrar em Deus é o final de todo sofrimento e depressão na vida cristã. Pois, Davi aqui finaliza o salmo diferente, com uma nova visão, e em Deus Davi encontra alegria e confiança. Temos uma transformação radical. O salmo 13 começa com o abandono, e termina com a alegria e canções de louvor a Deus.
Algumas versões começam esse verso dizendo: “Eu, porém, confio”.
Davi começou sua oração com dúvida, mas, finaliza sua oração com a certeza de que Deus tem feito muito bem para ele.
Ele começou o salmo pensando que Deus o havia esquecido, mas, finaliza confiado na graça de Deus.
Temos por fim a comunhão com Deus restabelecida, o salmista termina o salmo em gratidão a Deus pois, Ele tem lhe feito muito bem. Por isso, Davi diz que cantará ao Senhor.
Podemos como crentes olhar para o futuro com alegria mesmo estando em um presente de sofrimento.
O sofrimento é a escola de Deus para o crente.
Salmo 119.71: Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.
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