Marcos 10:13-16
Exposição de Marcos • Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 16 viewsNotes
Transcript
Marcos 10:13-16
Marcos 10:13-16
Sobre as Crianças e o Reino de Deus:
Sobre as Crianças e o Reino de Deus:
Introdução
OBSERVAÇÕES DO TEXTO
Domingo nosso texto nos leva até o momento hoje Jesus Cristo responde o questionamento dos discípulos, num ambiente doméstico (v.10), afastados da multidão. Mas a multidão já o havia encontrado e escutado seu ensino, quando chegaram nesta região, chamada Pereia, que ficava além do Jordão (v.1).
Agora, numa outra cena, mas no mesmo lugar, em casa, nós somos apresentados a este momento registrado no Evangelho segundo Marcos.
“Lhe trouxeram algumas crianças para que as tocassem, mas os discípulos os repreendiam”. Trouxeram-lhe crianças. Provavelmente os pais ou responsáveis levaram estas crianças para que Jesus orasse por elas. Pratica comum entre os judeus, a de levar os filhos para rabinos famosos orarem por eles. Não que tivesse algo de especial em realizar isto, mas, como afirma Hendriksen, este toque também não foi qualquer um. Foi algo terno. Gracioso. Como vimos em Mc 1:41, quando Jesus se compadece e toca num leproso, curando-o. Em outras palavras abençoando-o.
Mas “os discípulos os repreendiam”. Repreendiam não as crianças, mas aqueles que as traziam. Isso é claro no texto. Pois a ideia que temos é que estes pequenos eram de colo (v.16).
Porque eles faziam isto? Dois motivos os fizeram reagir assim: a) eles não queria ser incomodados (estavam em casa); b) não queriam que os mestre fosse incomodado por criaturas tão sem importância (?) assim como as crianças. Se em Mc 6:37 Jesus dá a saída para os discípulos: “vocês, alimentem a multidão” e eles se incomodaram, pois era mais fácil mandar-lhes embora, imagine aqui, quando crianças “tomariam o tempo” do Senhor?! E perceba que aqui o caso não é voltado a alimentar-lhes o estômago, mas outra área da existência humana: a alma.
Seriam as crianças criaturas sem importância? Não há um comentarista que sustente a tese: “Todas as crianças eram desprezadas no judaísmo ou mundo greco-romano”. Mas, supõe-se isto pelo fato dos discípulos não quererem que Jesus seja incomodado por este motivo. Mas, se você fizer uma pesquisa perceberá que numa escala de importância por dependência (quem precisa de mais atenção e cuidado em casa?) a criança está em terceiro lugar.
Você tem que considerar a sociedade em que eles viviam ali: era em sua maioria rural e toda a família precisaria estar envolvida, fazendo algo em casa. Isso não era demérito para ninguém (diferente do que pensam alguns materialistas ao criticar a ideia capitalista do: você vale o quanto produz — quando leem o texto bíblico de maneira enviesada, e erram de maneira anacrônica).
Fato é que Jesus fica indignado com os discípulos. Mas Marcos não relata que Jesus expõe o motivo de seus corações. O foco aqui é no que acontece concomitantemente: ele revela seu amor e cuidado para com os pequeninos.
O Senhor diz: “Deixai-os vir a mim”. Porque? Ele afirma no mesmo versículo (v.14): “porque dos tais é o reino de Deus”.
E o que o Senhor quis dizer com isto? Pois no texto ele usa a expressão “dos tais”, significando que, o Reino não era destas crianças no texto, mas das crianças. Ao mesmo tempo que, a expressão registrada no versículo 15, ainda deixa a ideia mais aberta.
Sabemos que o reino de Deus fora inaugurado por Jesus Cristo, na dispensação registrada nos evangelhos e textos neotestamentários. Falar das crianças aqui, seria em relação a esta etapa do gênero humano? Apontando para estas como as herdeiras do reino? Ou seria em relação a maneira como estas são dependentes daqueles que são seus responsáveis, por isso então o Senhor teria aplicado aos adultos presentes ali (v.15)?
Bom, acredito que Jesus explica para os que estavam ali sobre o reino de Deus e como recebe-lo e quem irá recebe-lo. Independente da sua faixa etária, ou mesmo que seja homem ou mulher. Receber o reino não diz respeito a isto, mas sim ao que se espera deste que o toma: simplicidade e humildade singela, semelhante a uma criança.
E Jesus já fala sobre entrar no reino como paralelo a entrar na vida, em Mc 9:45:
“E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno”
e Mc 9:47:
“E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno”
Jesus então, no versículos 16 “tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos as abençoava”. O Mestre faz isso, e imagine-o fazendo isto pacientemente, com cada criança ali ao redor: pegando no colo e orando por ela.
Sobre este versículo, Hendriksen observa algo que nos toca:
“O fato de o Senhor considerar essas criancinhas que foram trazidas a ele como já estando ‘no’ reino, como sendo, agora, membros de sua igreja, não deve escapar à nossa atenção. Ele, definitivamente, não as via como ‘pequenos pagãos’ que estavam vivendo fora da esfera da salvação até que, por um ato de sua vontade própria, ‘se juntassem à igreja’. Ele as considerava como a ‘semente santa’ (veja 1Co 7.14)”.
TRANSIÇÃO: .
------------------------
Feitas estas considerações, convido os irmãos a observarem no texto, três princípios espirituais que fazem parte da igreja:
------------------------
1. CRIAÇÃO
CUIDAR DAS GERAÇÕES FUTURAS:
Desde o Gênesis foi assim. Começando com Adão e Eva: cresça e multiplique. E mesmo depois da queda, profetizando sobre Cristo.
Tanto como nos tempos de Moisés, como está escrito em Dt 5:10:
e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
No tempo dos Juízes, como está escrito em Jz 3:2:
Isso tão somente para que as gerações dos filhos de Israel delas soubessem (para lhes ensinar a guerra), pelo menos as gerações que, dantes, não sabiam disso:
Entre os Monarcas em 1Cr 16:15:
Lembra-se perpetuamente da sua aliança,
da palavra que empenhou para mil gerações;
E em textos proféticos, como em Is 41:4:
Quem fez e executou tudo isso? Aquele que desde o princípio tem chamado as gerações à existência, eu, o Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo.
O Senhor observa com cuidado as gerações futuras, e se é algo com o que o Senhor se “ocupa”, também deve ocupar nossas orações e esforços para guiá-los.
TRANSIÇÃO: Mas existe uma barreira que muitas vezes nos impede de ver o que é importante:
------------------------
2. QUEDA
A PREGUIÇA DE INVESTIR:
A preguiça de investir nos pequeninos, de pastoreá-los é grande. A preguiça que torna os pais e responsáveis omissos.
Muitos estão preocupados em cuidar dos seus filhos e torná-los bons em algum ofício que não os permitirá passar fome. Mas esquecem que a alma deles tem fome hoje. Agora.
Fome por atenção, carinho, um cuidado integral.
O texto nos leva a um senso de urgência.
O mundo secularizado se preocupa com a primeira infância. E nós muitas vezes, quando muito, nos preocupamos somente quando alguma delas se perdem ou algo nesse sentido.
Algum crente pode até se esconder atrás de doutrinas (como a da eleição por exemplo) e fazer isto parecer com piedade, mas pode ter certeza, o Senhor não poupará você de julgamento.
TRANSIÇÃO: Mas o Senhor é misericordioso para com os pequeninos, mas do que nós somos.
------------------------
3. REDENÇÃO
ELES TEM LUGAR NO REINO DE DEUS
Jesus afirma isto no texto. Ele fala sobre as crianças e sobre os adultos que devem receber o reino de forma semelhante a estas.
Para nós que somos aliancistas isso faz todo sentido. Isso mostra então como o Senhor se preocupa com as gerações que virão.
Vamos voltar os nossos olhos para estes, para os pequeninos. Enquanto nós falhamos em não ensinar-lhes as verdades eternas, as vezes por não falarmos na linguagem deles ou mesmo por desprezar a atenção que eles necessitam em casa.
O Senhor não falha nisto. A lei veterotestamentária reflete isso. O Senhor em vários textos levíticos preocupasse com os pequenos. As punições para aqueles que tomam seus filhos e os entregam a moloque, por exemplo (Lv 20:2), é a morte.
Esta lei não serve somente de maneira pragmática, como uma resposta ao paganismo, mas mostra o valor que a vida de uma pequena criança tem.
TRANSIÇÃO:
------------------------
CONCLUSÃO:
Aaaaaaaaaaa