Jesus portador da última profecia
Hebreus • Sermon • Submitted • Presented
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A superioridade do Filho em relação aos profetas (1.1-3)
Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais,pelos profetas,
nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.
A carta aos Hebreus é considerada o quinto Evangelho, pois, se os quatro Evangelhos falam sobre o que Cristo fez na terra, Hebreus fala sobre o que Cristo continua a fazer no céu. Essa epístola enfatiza a superioridade de Cristo em relação aos profetas, aos anjos, a Moisés, a Josué e a Arão. Seu sacrifício foi melhor que os sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes, e a nova aliança que ele estabeleceu em seu sangue é superior.
Logo o autor de Hebreus ressalta a grandeza incomparável de Jesus e apresenta nove pontos da Sua gloria.
Em primeiro lugar, Jesus é a última e final voz profética de Deus (1.1). Deus falou em tempos diferentes, de diferentes maneiras. Mas, em Cristo, ele falou completa, decisiva, final e perfeitamente. A profecia está encerrada naquele que é supremo”.
Em segundo lugar, Jesus é o incomparável Filho de Deus(1.1). O Deus que se revelou pelos profetas aos pais, muitas vezes e de muitas maneiras, e de forma progressiva, agora se revela completa e finalmente pelo Filho. Deus se revelou pela palavra escrita, através das Escrituras, e agora se revela pela palavra encarnada, através de seu Filho. Ele é Deus e homem, verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Duas naturezas distintas, uma só pessoa. A natureza humana foi unida à divina: a humana sofreu, e a divina satisfez.
Em terceiro lugar, Jesus é constituído por Deus como o herdeiro de todas as coisas (Hb 1.2): … a quem constituiu herdeiro de todas as coisas… O autor não escreve de seu estado eterno junto ao Pai, pois sempre teve glória. Ele fala, entretanto, sobre uma herança recebida como resultado de seu sacrifício vicário. Em virtude de o Filho ter encarnado, morrido e ressuscitado para remir seu povo, a ele são dadas, por herança, todas as coisas
Em quarto lugar, Jesus é o agente da criação do Universo(Hb 1.2). … pelo qual também fez o Universo. O Universo não surgiu espontaneamente nem foi produto de uma evolução de milhões e milhões de anos. A matéria não é eterna. Só Deus é eterno e o Pai da eternidade. O Universo foi criado, e isso a ciência prova. Mas, pela fé, entendemos que o Universo foi criado por Deus, por intermédio de seu Filho (11.3). Desde os mundos estelares até o ser humano, a obra-prima da criação, tudo veio a existir por intermédio do Filho. Aquele que andou entre os homens foi o criador dos homens.
Em quinto lugar, Jesus é o resplendor da glória de Deus(1.3). Ele, que é o resplendor da glória… A palavra apaugasma, que ocorre somente aqui nas Escrituras, significa a irradiação de luz que flui de um corpo luminoso. Em Jesus, concentram-se todos os raios da glória divina. Assim como o Sol, como um corpo celeste, irradia a sua luz com todo o seu brilho e poder sobre a terra, Cristo irradia a luz de Deus.
Esta glória se manifestou no monte Sinai, na tenda da congregação, na arca da aliança, no templo e, sobretudo, e de forma plena, na pessoa de Cristo. A glória não é um atributo de Deus, mas o somatório de todos eles, na sua expressão máxima. Jesus encerra em si mesmo todo o resplendor dessa glória divina.
Em sexto lugar, Jesus é a expressão exata do ser de Deus(Hb 1.3). … e a expressão exata do seu Ser…Jesus, porém, sendo Deus, fez-se carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai (Jo 1.14). Se quisermos saber como Deus é, devemos olhar para Jesus. Se quisermos saber quão belo, quão santo e quão amoroso Deus é, devemos olhar para Jesus. Ele disse: Quem me vê a mim, vê o Pai, pois eu e o Pai somos um.
Raymond Brown diz que todos os atributos de Deus se tornaram visíveis em Cristo. Kistemaker diz que a palavra grega charakter, traduzida por a expressão exata, refere-se a moedas cunhadas que levam a imagem de um soberano ou presidente. Refere-se a uma reprodução precisa do original.
Em sétimo lugar, Jesus é o sustentador do Universo (Hb 1.3). … sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder… Jesus não apenas criou o Universo, mas sustenta todas as coisas, pelo poder da Sua palavra. É ele quem mantém o Universo em equilíbrio. É ele quem mantém as galáxias em movimento. É ele quem dá coesão, ordem e sentido a este vastíssimo e insondável Universo. Lindsay, Wiley diz que a preservação do Universo requer o exercício contínuo da mesmíssima força e do mesmíssimo poder que lhe deram existência. Nas palavras de Paulo, nele tudo subsiste (Cl 1.17).
Em oitavo lugar, Jesus é o Sumo Sacerdote que fez a purificação dos pecados (Hb 1.3). … depois de ter feito a purificação dos pecados… Jesus é o grande Sumo Sacerdote que, sendo perfeito, ofereceu um sacrifício perfeito, o seu próprio sangue, para purificar-nos do pecado. Assim, ele era simultaneamente o Sumo Sacerdote e o sacrifício, quando se ofereceu para a purificação dos pecados de seu povo.
O autor aos Hebreus destaca que o mesmo Cristo criador realizou a obra da redenção.
Portanto, o autor leva seus leitores a colocarem sua atenção não apenas em quem Cristo é, mas, sobretudo, no que ele fez. Cristo é o irrepetível sacrifício e a provisão eficaz de Deus para o maior problema da humanidade: o pecado.
Em nono lugar, Jesus é o Rei que foi exaltado por Deus (Hb 1.3). … assentou-se à direita da Majestade, nas alturas. Jesus é o Profeta por quem Deus encerrou sua revelação. É o Sumo Sacerdote que ofereceu a si mesmo como sacrifício perfeito. É o Rei glorioso que está assentado à mão direita de Deus, de onde governa a igreja, as nações e o próprio Universo, e de onde vai voltar, gloriosamente, para buscar sua igreja (10.12–15). O Filho que foi humilhado na terra é entronizado no céu. Aquele que morreu, ressuscitou. Aquele que ressuscitou, foi elevado às alturas e glorificado. Oh, quão glorioso é o nosso Redentor!