Dificuldades não abalam o Evangelho

Certa história diz o seguinte: “Um homem após um acidente grave de carro, recebia cartas de uma pessoa que não conhecia, mas que parecia ter as palavras certas para ajudar na alegria dos seus dias. Ele recebeu muitas cartas ao longo do tempo, e após se recuperar houve um encontro entre eles. A maior surpresa se deu pelo fato de que, quem escrevia as cartas era diabético, cego e perdera uma das pernas, e após um tempo também a outra. Vivia com sua mãe idosa e cuidava dela. Era uma pessoa cheia de dificuldades, e ao mesmo tempo livre para falar do evangelho. Usou seu tempo para falar a diversas pessoas, e alcançou muitos lugares que jamais chamariam um pastor; e por conta de sua situação física, chegou até lá. Ele era uma pessoa determinada e vivia para seu rei. Com uma história como essa, podemos perceber que a complexidade das nossas dificuldades podem ser usadas por Deus de forma benéfica. Nossa conclusão com esse relato poderia ser o seguinte:

IH: Situações difíceis são meios para o avanço do evangelho

Neste texto, podemos notar dois modos em que este fato ocorreu, sendo o primeiro:

1 – Deus as usou como um meio de pregação - Verso 12

1. Nesse momento, após as orações e bênçãos direcionadas aos irmãos, o apostolo julga necessário relatar sua situação dentro do seu encarceramento. 2. Ele passou onze versículos falando sobre um Deus soberano, e agora, ele descreve o modo como essa soberania ocorreu em seu aprisionamento. 3. Paulo, apesar de pacifico, era alguém que oferecia perigo para quem controlava a religião do momento. 4. Eis a razão para que tenha passado tantos perigos de morte.

5. Esse relato em Atos pode nos explicar melhor sobre essas coisas que ele cita. 6. Em Atos 21.11-14, é uma passagem bem emocionante, Paulo soube do que viriam a acontecer com ele, e pessoas o constrangeram para não seguir viagem. 8. No entanto ele responde “Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até morrer em Jerusalém...” 9. Essa passagem destaca como apesar da confiança dele estar no Senhor, seus sentimentos ainda estavam ali, e precisam estar controlados. 10. Nela também vemos um amor compartilhado e regado à preocupação de irmãos que se importavam de verdade. 11. Eles poderiam nunca mais vê-lo e o risco de morrer era real, por isso o persuadiram a não seguir. 12. Talvez esse fosse o menor dos problemas, já que afetava quase exclusivamente a área emocional, no relato adiante as coisas já não foram tão passivas. 13. Ele foi preso, sofreu um naufrágio, sua vida esteve em riscos quase todo o tempo, e possivelmente queria tranqüilizar os irmãos sobre sua situação. 14. Já que Epafrodito foi até ele, alguma coisa foi dita e deve ter manifestado essa apreensão. 15. No verso, vemos primeiro uma “introdução”, (quero ainda) pode expressar que a maior preocupação, se o evangelho estava avançando, poderia ser tranquilizada. 16. Paulo preso, não oferecia riscos ao seguimento do trabalho; mesmo sendo o “líder” e um grande missionário, ele não era um dono da obra. 17. Apenas mais uma testemunha, que poderia ter a confiança de dizer as palavras adiante. 18. Esse “Cientificar” explica algo que esses irmãos deveriam ter consigo, e não deveria ser deixado para trás. 19. A situação poderia estar bem difícil para quem olhava de fora, e não com os olhos da fé sobre como tudo realmente acontecia. 20. Ver aquele que estava sempre à frente das situações, numa situação tão difícil poderia desanimar os corações. 21. Logo, era necessário, divulgar que isso não estava impedindo nada, e na verdade, se tornou algo ainda maior. 22. A palavra “progresso” trás uma idéia de melhoria ou maior aproveitamento. 23. Aquela prisão não era um fim, ela virou um meio a mais do evangelho ser propagado. 24. “Aos meus olhos situações podem não fazer sentido, enquanto para Deus são oportunidades cristalinas”. 25. O apostolo não demonstra e não deseja que os irmãos tenham pena dele, mas sim que vejam como tudo caminhava, até de forma melhor. 26. Ao olharmos para um texto assim, precisamos perceber o evangelho como um circulo que tende a se expandir. 27. A cada pessoa que ouve sobre ele, outras oportunidades dele ser propagado surgem. 28. A palavra “antes”, é essencial para chegar nesse raciocínio, ela indica o primeiro resultado. 29. Se essa prisão para os opositores poderia ser um fim, Paulo mostra como ela apenas foi um novo começo. 30. “Antes ele poderiam pensar que o evangelho ia cessar, e ele na verdade cresceu ainda mais”. 1. No próximo verso, a expressão “de maneira” leva a algo importante no texto, ele demonstra que uma circunstancia foi criada. 2. Ela é algo bem diferente, sendo essa a marca de algumas coisas que temos visto até o momento. 3. Poderíamos resumir assim: “Deus usa situações incomuns para coisas extraordinárias”. 4. Acredito ser essa uma frase que retrata bem melhor a intenção por trás de “Deus escreve certos por linhas tortas”. 5. O que ele faz, é bem complexo para minha compreensão, e a saída que foi achada para explicar isso, foi atribuir a ele alguma imperfeição. 6. Sendo que isso deveria ser inteiramente dedicado a nós; a forma de agir pode ser difícil de entender, mas ela ainda é perfeita e completa. 7. As cadeias dele, ou seja, sua prisão estava sendo conhecidas de muitas pessoas, sendo estas que poderiam não conhecer antes. 8. Primeiro é dito a “guarda pretoriana”, eles eram soldados que estavam sendo responsáveis por Paulo. 9. A função desses homens estava em observar esse prisioneiro, e de outra forma, não poderiam ter tido muito contato. 10. Ao que tudo indica, passavam um bom tempo com ele, e com certeza ouviram do evangelho nesse meio tempo. 11. Como havia determinado revezamento de quem ficava nessa guarda, podemos sim acreditar que através desse meio, muitos ouviram o testemunho de Paulo. 12. Como comentamos sobre o circulo, se todo soldado tivesse família algum comentário poderia sair daquela companhia que tinham durante o dia. 13. E assim, ainda mais pessoas ouviriam sobre essas coisas. Fica até difícil imaginar como isso poderia ter crescido. 14. Talvez se Paulo não fosse preso, essas oportunidades fossem mais difíceis de acontecer. 15. Esses homens que eram de difícil acesso para uma conversa, agora estavam bem próximos e gradativamente dariam espaço para ouvir. 16. Ainda a principio possam ter se mantidos duros, o texto nos diz que nada ficou encoberto. 17. Esses “demais” provavelmente seriam pagãos que ouviram sobre esse prisioneiro de alguma maneira. 18. O circulo cresceu apesar dos meios, pagãos que poderiam ter se negado a ouvir o apostolo, agora ouviram sobre ele. 19. Mas uma parte do texto faz toda a diferença para nossa compreensão. 20. “Em Cristo”, precisa estar visível para nós, Paulo não era um prisioneiro comum. 21. E também não estava ali por ter feito algo errado, logo isso pode chamar a atenção dos ouvintes. 22. Ele estava lá apenas por falar da sua fé, a palavra de Deus não poderia culpar alguém de algum crime. 23. O pensamento que poderia rondar as pessoas era “Como alguém podia ir tão longe assim?” 24. Esse evangelismo foi incomum, mas foi bem fiel e martelava no coração das pessoas que ouviram. 25. Poderia não fazer sentido para as pessoas alguém agir dessa forma, e fazia totalmente diferença em como viram Paulo a partir disso. 26. Essas pessoas que conheceram sua história entenderam e sabiam da sua inocência, de forma a refletir sobre suas próprias vidas. 27. O impacto de uma vida fiel é algo que não podemos medir, no entanto, tenho confiança que resultará em frutos e testemunho sobre Deus. 28. Como diz a NVI “Como resultado, tornou-se evidente a toda guarda do palácio e a todos os demais que estou na prisão por causa de Cristo”. 3 – Deus as usou como motivação aos demais Verso 14

1. As cadeias de Paulo não apenas o colocaram em contato com perdidos, mas também serviu para outro importante acontecimento. 2. Esse testemunho aos perdidos, também serviu de uma impulsão para quem já havia sido alcançado. 3. Esses irmãos, ao que tudo indica, poderiam ser os irmãos da Igreja em Roma, a qual Paulo também endereçou uma carta. 4. À frente vamos entender a razão de Paulo não usar a palavra todos, no lugar de “maioria”, isso tem uma causa. 5. A palavra “estimulados” também tem a idéia de motivados, Paulo não virou um pequeno fogo que se apagaria. 6. Na verdade “Uma gasolina que possibilitou irmãos irem a outros caminhos”. 7. O Deus que controla a obra estava sendo demonstrado claramente. Certamente ao lerem esse relato, a conclusão dos irmãos seria uma confiança mais alicerçada. 8. Se a confiança deles estava falhando, essa demonstração fala sobre a importância disso mudar. 9. Uma ousadia tomou conta dos irmãos, que já não se importavam com outra coisa, a não ser falar sobre a palavra. 10. Cientificar e falar estão conectados: Eles ditam e nos falam sobre o inicio e o fim do relato. 11. Tudo o que aconteceu ao apostolo, serviu de motivação interna e externa. Os irmãos falaram com fidelidade por saberem o que estava acontecendo. 12. Como diz Benjamim Warfield: “Na infinita sabedoria do Senhor de toda a terra, cada acontecimento se encaixa com absoluta precisão no lugar apropriado, no desenrolar de seu plano eterno”. 13. A situação de Paulo virou um bem maior, para a propagação do evangelho, como para o incentivo dos irmãos. 14. Se havia algum medo em seus corações, esse medo estava sumindo e dando lugar ás palavras de vida eterna.

Aplicação: A vida de Paulo alcançou vários corações e motivou aqueles poderiam ter algum temor por sua vida, a considerá-la valiosa apenas em Deus. E Com isso, pode pregar a palavra sem qualquer receio, e com isso, nós também: A. Precisamos ter coragem para falar sobre Deus. B. Um crente motivado pode transmitir a milhares uma ousadia renovada.

Conclusão: Vimos que Deus usa situações difíceis para seu avanço, a palavra pode ser usada como testemunho de uma vida fiel, e servir como motivação aos outros. A palavra de Deus não pode ser aprisionada ainda que nós sejamos. Deus é fiel e deixará e contribuirá para a semente florescer a dar frutos.