Valorizando a Igreja e qual a sua Missão
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Valorizando a Igreja, e qual a sua Missão:
Valorizando a Igreja, e qual a sua Missão:
Texto bíblico: serão citados ao longo do sermão
Texto bíblico: serão citados ao longo do sermão
INTRODUÇÃO
Alguém pode se perguntar hoje: “Qual é a missão da Igreja”? E estará fazendo uma pergunta importante. Principalmente se for um discípulo de Jesus Cristo que deseja envolver-se na mesma.
Acredito que para considerarmos se estamos valorizando ou como devemos valorizar a Igreja, precisamos primeiro responder qual a sua missão. Pois imagino que não há como valorizar a Igreja sem entender sua missão.
Há décadas se discute qual é a missão da Igreja. Desde que surgiram teologias mais secularizadas, como por exemplo: o Evangelho Social. Um movimento que surgiu por volta de 1880, onde ministros religiosos entenderam que a missão da igreja não era mudar vidas de forma integral, mas somente social. Começou-se a debater sobre o papel na igreja em meio a sociedade.
Mas antes de entendermos qual a missão da igreja, precisamos entender o que é missão.
Bom, segundo Kevin D. Young, “visto que missão não é uma palavra bíblica como Aliança, Justificação ou Evangelho, determinar seu significado não é tão simples”. Mas, a palavra não pode ser considerada propriamente extra bíblica, visto que o verbo latino mittere corresponde à palavra apostellein, que ocorre 137 vezes no NT. Vocábulo que significa “enviado”. Partindo desta ideia temos um norte em direção à resposta para a pergunta: “qual é a missão da igreja”?
Mas alguém pode responder que a missão da igreja é:
“Glorificar a Deus e alegrar-se n’Ele para sempre” (BCW – p1), pois este é o fim principal do homem, segundo o catecismo;
Ou poderia afirmar que a missão é “amar a Deus e amar o próximo” (os dois maiores mandamentos);
Ou ainda recorrer ao Hino 110-A do nosso hinário, respondendo que a missão é: “Crer e observar”.
Fato é que mesmo que para alguns essa discussão pode não perecer relevante, para muitos é, e tem como intento o ajudar irmãos a terem uma direção, um norte para o serviço como igreja. Tanto que, há uns anos atrás fora apresentada a ideia de que a igreja deve ser missional. Termo que não descreve uma ação em si, mas chama a atenção da igreja para a essência. Ou seja, a igreja não deve fazer, mas ser. Ser o povo de Deus em todas as esferas públicas. Dando-se mais ênfase a justiça social (resposta que a igreja não dá no presente).
Bom, em minha opinião, essa ideia ajuda em alguma coisa, mas limita a visão da igreja quanto a responder a pergunta.
Mas, vamos recapitular: a palavra missão (do latim: mittere) significa “enviar”. Portanto, missão, tradicionalmente falando, pressupõe: “alguém que envia uma ou mais pessoas, para realizar uma tarefa.”.
Desde o início (falando da Escritura), vemos claramente que a missão do povo de Deus é: comunicar. Falar do que o Senhor fez. Temos como exemplo lá no início, Moisés. O Senhor falar em Êx 17:14 à Moisés: “Escreve isto para memória num livro e repete-o a Josué; porque eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.”. Ele ordena a Moisés: “Escreve isto para memória num livro”. Com o objetivo: comunicar aos que viriam depois.
E em Êx 34:27 diz: “Escreve estas palavras, porque, segundo o teor destas palavras, fiz aliança contigo e com Israel.”. Estes são dois exemplos que existem nos escritos de Moisés, mas o encontramos nos livros de sabedoria e proféticos principalmente, onde estes homens declaravam a Lei do Senhor que fora entregue ao povo e o mesmo a abandonou.
Acredito então que a missão da igreja é: comunicar; falar; pregar; ensinar. Verbos que dentro do contexto bíblico teológico são equivalentes. Ou seja, expressam o propósito de sermos igreja.
Alguém pode argumentar: “Mas eu posso pregar o evangelho, daí se for preciso usarei palavras”. Esta frase já foi cunhada aos personagens históricos: Santo Agostinho e Francisco de Assis. Mesmo assim é errada.
A Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática nos aponta que devemos comunicar, falar, pois como está escrito em Romanos 10:17: “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”.
Como afirmou o rev. Tim Keller: “A pregação do evangelho é a coroa da igreja. Tire a pregação do evangelho e qual é a diferença entre uma igreja e uma ONG”? Aplicando a situações diferentes: “Tire a pregação do evangelho e qual é a diferença entre uma igreja e uma palestra coach”, ou “Tire a pregação do evangelho e qual é a diferença entre uma igreja e uma clinica terapêutica”?
A missão da igreja, que a difere no Reino de Deus, entre as esferas de soberania que estão sob a autoridade de Jesus Cristo, é: comunicar num mundo caído a redenção em Jesus Cristo.
Concordando que esta é a missão da Igreja, partimos então para o valor que damos à mesma. Segundo o dicionário valorizar é: importar-se com. Se valorizamos a Igreja, certamente sua missão também é grande importância.
A questão é: como fazer isso? Como um discípulo de Jesus valoriza a Igreja? Valoriza a sua missão?
Jesus guia seu povo na direção certa, quando comunica à Igreja ali, ainda embrionária, (lembrando que esta palavra não foi aos 11, mas para muitos que estavam em Jerusalém — At 1:12-15) às seguintes palavras em At 1:8b: “e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra”.
Ele fala onde eles serão testemunhas. Vocábulo grego de onde tiramos a expressão martírio, que se compreende hoje como morrer pela fé. Mas que para eles não era o que significa a priori. Ali, ser um martyr significava testemunhar o que Cristo confiou aos 12 em Mateus 28:19-20:
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
Se o Senhor Jesus havia dado para eles essa responsabilidade, porque falaria aqui (segundo como alguns interpretam) para eles serem mártires? Morrem? Sendo que deveriam fazer discípulos?
Bom, resumindo nossa caminhada até o momento: A) A missão da Igreja é comunicar (pregar) a Redenção em Cristo Jesus; B) Se os discípulos se importavam com a Igreja (porque eram o povo de Deus, a ekklesia — assembléia — santa do Senhor) e eles compunham a mesma (faziam parte da), não poderiam importar-se de outra forma se não, envolvendo-se com a missão.
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Indo ao tema, fazendo uma exposição bíblica sobre o mesmo, temos aqui a proposta apresentada na tríade:
CRIAÇÃO — QUEDA — REDENÇÃO
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CRIAÇÃO:
DEUS NOS CRIOU PARA VIVER EM MISSÃO
Deus criou o homem, e temos ali no Gênesis a primeira missão. Está escrito em Gênesis 2:15:
Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.
Essa era a missão do homem. Sua responsabilidade diante do Eterno. E o Senhor colocou uma lei para que o homem seguisse: “De tudo que você cultiva e guarda, podes usufruir, alimentar-se de; mas, daquela árvore ali não!”
Ele tinha sua missão muito clara, que envolvia produzir algumas coisas. Mas ele tinha seu “limite” no sentido de não poder consumir de determinada árvore.
Até aqui, está tudo uma maravilha!
Transição: Mas o homem escolheu… sabemos o que. Criou-se então uma barreira que o impediu, ali de continuar sua missão.
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QUEDA:
O PECADO NOS IMPEDE DE VIVERMOS EM MISSÃO
O homem tinha outras responsabilidades: cuidar da sua esposa era uma delas, e a mulher também tinha a sua; cuidar do marido era uma delas. E ambos tinham que cuidar da família.
Tudo está implícito dentro do mandato cultural em Gênesis 1:27-28:
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
Em outras palavras, o Senhor disse: “tenham filhos, encham a terra, desenvolvam uma sociedade, cultura etc”. Isto significa o “sujeitai-a”.
Mas o homem escolheu seguir seu caminho, fazer a sua própria missão. Seguindo o caminho que o Senhor o proibiu. Por isso estamos aqui hoje, sofrendo com enfermidades, e tantos males que nos assolam. Dentre eles, o mal que habita em nós mesmos.
Por causa do pecado, nosso coração é corrompido e mudou, o objetivo não é servir à missão que o Senhor confiou, mas as nossas próprias.
Muitas vezes, por causa do pecado obviamente, escolhemos não viver a missão que o Senhor nos confiou hoje e preferimos fazer o que não é central na missão e nos conformarmos que as coisas são assim mesmo.
Transição: Nós mudamos, mas o Senhor não muda, o Eterno permanece manifestando sua misericórdia e graça...
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REDENÇÃO:
CRISTO NOS GUIA NA MISSÃO
Em Gênesis 3:15 está escrito:
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Palavras do próprio Deus, proclamadas para que o inimigo soubesse quem é vitorioso e para que o homem ouvisse que existe esperança para o pecado cometido. Há Redenção.
Esse versículo é conhecido por muitos comentaristas bíblicos como o “proto-evangelho”. A boa notícia que teria seu cumprimento milênios depois e seria anunciada também, fora declarada pela primeira vez pelo próprio Deus ao homem.
Este versículo fala de Jesus de Nazaré, o Cristo. Aquele que teve seu calcanhar ferido, mas pisou na cabeça da antiga serpente. Vencendo sobre o mal que maculou a criação, desde o gênesis.
Jesus veio e habitou entre nós, entre os homens. E assim como Ele estava no Gênesis e declarou as palavras junto com Deus o Pai e Deus Espírito Santo, que já foram mencionadas aqui (Gn 1:28), quando esteve entre os homens deixou o imperativo que já fora mencionado aqui, que faço questão de ratificar; em Mateus 28:19-20 está escrito:
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
O Senhor Jesus Cristo, nos guia na missão. Desde o Gênesis, quando fora profetizado sobre Ele, tal como é no Novo Testamento, quando cumpre as profecias e na Cruz vence o pecado. Ele nos guia na missão quando deixa claro o que devemos fazer.
Os verbos no texto em Mateus 28 são claros e imperativos. Todos envolvem o ato de comunicar/pregar.
Transição: O Senhor é gracioso para conosco e as pessoas precisam saber disso. Como saberão, se ninguém lhes falar?
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Conclusão:
Você entendeu qual a missão da Igreja. Que maravilha! Como se envolver na mesma? Orando, indo e contribuindo. Das três formas. As vezes contribuindo financeiramente não dá. Mas você não pode ser omisso no que lhe cabe: orar e pregar.
Agora, o que pregar? Você valoriza a igreja, envolvendo-se na missão. Pregando. Isso é uma atitude até louvável. Mas o que você prega? O verdadeiro evangelho? Ou ele está machado com algum pressuposto (ideia de base) secularizada?
Ex.: teologia da prosperidade afetiva.