ORAÇÃO DAS PROFUNDEZAS - JONAS 2
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
CONTAR A HISTÓRIA DE JOHN WESLEY
Existem aspectos do domínio da graça que são simplesmente incompreensíveis para aqueles que vivem fora dele.
Oração nas profundezas
O segundo capítulo de Jonas registra uma das grandes orações da Bíblia. Isso é notável, pois até agora não tínhamos visto Jonas orando.
Quando Deus o chamou para sua missão em Nínive, Jonas não orou para ponderar a resposta certa.
Durante sua fuga para Jope, Jonas não orou por orientação.
Quando comprou sua passagem no navio a caminho de Társis, ele não orou.
Também não orou quando o mestre do navio veio falar com ele durante a grande tempestade.
Isso não é coincidência, pois foi a falta de oração que preparou a descida de Jonas para a tolice, rebelião e ruína. Jonas não orou porque não quis falar com Deus, muito menos ouvir Deus. O objetivo da fuga de Jonas era escapar “da presença do SENHOR” (Jn 1.3), e a oração dificilmente teria ajudado nisso.
O mesmo vale para a nossa vida.
Desobediência leva à falta de oração, a falta de oração leva à tolice e ao pecado, e a tolice e o pecado levam ao desastre.
O que mudou na vida de Jonas para transformá-lo em um homem de oração?
Lá no navio, ele se recusou a orar mesmo quando o mestre do navio implorou a ele. Mas as coisas mudaram dentro do grande peixe.
O que aconteceu? A resposta é que Deus, em sua graça, levou Jonas ao fundo do poço. Agora, no último destino de sua fuga tola, Jonas é obrigado a encarar as consequências reais.
Ele está separado de Deus, da comunhão com o povo de Deus e do testemunho da Palavra de Deus.
Para muitos de nós, a viagem feita por Jonas envolve toda a nossa vida – uma descida lenta, mas constante, para a escuridão.
No entanto, Deus em sua graça deu a Jonas uma experiência repentina do abismo para o qual sua vida estava caminhando.
Lançado no mar, Jonas se viu preso, vivo, em um túmulo que era a barriga do peixe, abaixo das ondas. Por causa da libertação graciosa, que antecede a oração de Jonas, ele foi finalmente capacitado a orar.
MEUS IRMÃOS O LIVRO DE JONAS NOS FAZ PENSAR EM VÁRIAS COISAS QUANDO ESTAMOS O ESTUDANDO E É MUITO INTERESSANTE FICARMOS ATENTOS A TODOS OS DETALHES DESSA HISTÓRIA:
CULPAMOS DEUS MUITAS VEZES POR NOSSOS ERROS E TAMBÉM NÃO ENCONTRAMOS CONTENTAMENTO EM NOSSAS VIDAS NA VONTADE DE DEUS.
Podemos imaginar Jonas fazendo a mesma coisa. Ele poderia ter se queixado de que Deus havia cometido um equívoco ao exigir que ele fosse pregar aos ninivitas e poderia ter alegado que sua fuga no navio com destino a Társis nada mais era do que uma reação sensata.
Mas não foi o que Jonas fez. Jonas reconheceu que Deus o havia lançado no abismo e que apenas Deus era capaz de resgatá-lo. Seu reconhecimento central se encontra no versículo 3, onde Jonas diz: “Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim”.
Jonas reconheceu que, apesar de terem sido os marinheiros que o jogaram do navio e de tudo isso ter sido sua própria ideia, foi Deus quem o lançou no abismo. Foram “tuas ondas” e “tuas vagas” que passaram por cima dele.
Jonas reconheceu que tudo que acontecera com ele havia sido causado por Deus, mas também que tudo acontecera por sua própria culpa.
Ele não acusa a justiça de Deus. Como ele explicou aos marinheiros: “… eu sei que, por minha causa, vos sobreveio esta grande tempestade” (Jn 1.12).
Agora, só Deus podia ajudá-lo, então Jonas se voltou para Deus em oração: “Na minha angústia, clamei ao SENHOR”, ele relata (Jn 2.2).
Obviamente, quando o homem tem para onde fugir, ele não ora a Deus, e Deus não vem até ele. Enquanto o homem conseguir inventar esperanças e métodos, ele sofre naturalmente da pretensão de poder resolver seus próprios problemas.
[…] Quando os marinheiros tentaram salvar o navio com suas habilidades náuticas, Jonas dormiu. Todas essas ajudas tiveram que ser destruídas, todas as soluções precisaram ser bloqueadas, e todas as possibilidades do homem tiveram que ser superadas pela magnitude do desafio para fazer com que Jonas voltasse para Deus.
Em alguns casos, Deus nos chama para o arrependimento de algum pecado evidente. Em outros, Deus está nos preparando para um chamado ou provação. Em ambos os casos, Deus nos humilha para encontrarmos o senso correto de adoração e de confiança em sua graça.
No fim, Jonas se arrepende e ora não só por causa de seu conhecimento da soberania ou da santidade de Deus. É a lembrança da graça de Deus que faz seu coração se voltar para o Senhor. “Então, eu disse: lançado estou de diante dos teus olhos”, Jonas se lembra.
Esse é o reconhecimento do profeta da presença da justiça soberana de Deus em sua vida. Mas então ele acrescenta: “tornarei, porventura, a ver o teu santo templo?” (Jn 2.4). Aqui, Jonas se lembra da graça misericordiosa de Deus, e é com essa confiança renovada na graça de Deus que Jonas se vê impelido a orar mais uma vez.