Ezequias de Judá

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Nesta lição, vamos aprender sobre um dos principais reis de Judá: Ezequias.

Nas aulas passadas, abordamos a ida do Reino do Norte ao cativeiro, falamos sobre o reinado de Uzias de Judá e agora avançamos sobre o legado daquele que diz em 2Rs 18.5
2Reis 18.5 NVI
Ezequias confiava no Senhor, o Deus de Israel. Nunca houve ninguém como ele entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele.
À luz da Bíblia, a gente observa que alguns reis observaram a vontade de Deus segundo a Lei de Moisés, ouviram as advertências de profetas e levaram o povo ao caminho da retidão e da fidelidade.
Um deles foi, justamente, Ezequias.
1 Sua fidelidade e suas reformas
Havia intimidade e relacionamento com Deus
Como visto em 2 Reis 18.5, ele foi singular e confiava plenamente no Senhor. Ele foi comparado a Davi 2Rs 18.3
2Reis 18.3 NVI
Ele fez o que o Senhor aprova, tal como tinha feito Davi, seu predecessor.
2 Remoção da idolaria
Ezequias era filho de Acaz, que havia sido um rei mau, trazido muitas práticas pagãs a Judá. O Reino do Norte, como visto, já havia sido destruído pelos assírios por causa de práticas de idolatria do tipo, além da desobediência ao Senhor.
Ezequias começou o seu reinado consertando as coisas 2Rs 18.4
2Reis 18.4 NVI
Removeu os altares idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois até aquela época os israelitas lhe queimavam incenso. Era chamada Neustã.
Aqui, refere-se à passagem da serpente de bronze feita por Moisés depois que o povo havia, mais uma vez, reclamado contra Deus no deserto e quem olhasse para ela teria sobrevida após a picada de serpentes que Deus havia colocado entre o povo. Este trecho está em Números 21.4-9
Números 21.4–9 NVI
Partiram eles do monte Hor pelo caminho do mar Vermelho, para contornarem a terra de Edom. Mas o povo ficou impaciente no caminho e falou contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que vocês nos tiraram do Egito para morrermos no deserto? Não há pão! Não há água! E nós detestamos esta comida miserável!” Então o Senhor enviou serpentes venenosas que morderam o povo, e muitos morreram. O povo foi a Moisés e disse: “Pecamos quando falamos contra o Senhor e contra você. Ore pedindo ao Senhor que tire as serpentes do meio de nós”. E Moisés orou pelo povo. O Senhor disse a Moisés: “Faça uma serpente e coloque-a no alto de um poste; quem for mordido e olhar para ela viverá”. Moisés fez então uma serpente de bronze e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, permanecia vivo.
3 Reforma do Templo e Restauração do Culto
2Crônicas 29.5–6 NVI
e disse: “Escutem-me, levitas! Consagrem-se agora e consagrem o templo do Senhor, o Deus dos seus antepassados. Retirem tudo o que é impuro do santuário. Nossos pais foram infiéis; fizeram o que o Senhor, o nosso Deus, reprova e o abandonaram. Desviaram o rosto do local da habitação do Senhor e deram-lhe as costas.
Ezequias reuniu sacerdotes e levistas e animou o pessoal a novamente restaurar e servir no templo;
Com isso, foi possível, novamente, adorar a Deus ali, por meio de grandiosos cultos.
Como parte deste processo, ele chamou não apenas Judá, mas todo o Israel, para renovar a obediência a Deus, de modo que de todos os lugares viessem para celebrar a Páscoa do Senhor. 2Cr 30.5-12
2Crônicas 30.5–12 NVI
Então decidiram fazer uma proclamação em todo o Israel, desde Berseba até Dã, convocando o povo a Jerusalém para celebrar a Páscoa do Senhor, o Deus de Israel. Pois muitos não a celebravam segundo o que estava escrito. Por ordem do rei, mensageiros percorreram Israel e Judá com cartas assinadas pelo rei e pelos seus oficiais, com a seguinte mensagem: “Israelitas, voltem para o Senhor, o Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, para que ele se volte para vocês que restaram e escaparam das mãos dos reis da Assíria. Não sejam como seus pais e seus irmãos, que foram infiéis ao Senhor, o Deus dos seus antepassados, de maneira que ele os deixou em ruínas, conforme vocês vêem. Portanto, não sejam obstinados como os seus antepassados; submetam-se ao Senhor. Venham ao santuário que ele consagrou para sempre. Sirvam ao Senhor, o seu Deus, para que o fogo da sua ira se desvie de vocês. Se vocês voltarem para o Senhor, os que capturaram os seus irmãos e os seus filhos terão misericórdia deles, e eles voltarão a esta terra, pois o Senhor, o seu Deus, é bondoso e compassivo. Ele não os rejeitará, se vocês se voltarem para ele”. Os mensageiros foram de cidade em cidade, em Efraim e em Manassés, e até em Zebulom, mas o povo zombou deles e os expôs ao ridículo. No entanto, alguns homens de Aser, de Manassés e de Zebulom humilharam-se e foram para Jerusalém. Já em Judá a mão de Deus esteve sobre o povo dando-lhes unidade de pensamento para executarem o que o rei e os seus oficiais haviam ordenado, conforme a palavra do Senhor.
Ezequias e o povo viviam em comunhão e se alegravam com o que Deus fazia em tão pouco tempo.
Outro ponto importante de seu reinado é que o rei cuidou para que levitas e sacerdotes fossem devidamente sustentados pelas ofertas do povo 2Cr 31.2-19
2Crônicas 31.2–19 NVI
Ezequias designou os sacerdotes e os levitas por turnos, cada um de acordo com os seus deveres, para apresentarem holocaustos e sacrifícios de comunhão, ministrarem, darem graças e cantarem louvores junto às portas da habitação do Senhor. O rei contribuía com seus bens pessoais para os holocaustos da manhã e da tarde e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, conforme o que está escrito na Lei do Senhor. Ele ordenou ao povo de Jerusalém que desse aos sacerdotes e aos levitas a porção que lhes era devida a fim de que pudessem dedicar-se à Lei do Senhor. Assim que se divulgou essa ordem, os israelitas deram com generosidade o melhor do trigo, do vinho, do óleo, do mel e de tudo o que os campos produziam. Trouxeram o dízimo de tudo. Era uma grande quantidade. Os habitantes de Israel e de Judá que viviam nas cidades de Judá também trouxeram o dízimo de todos os seus rebanhos e das coisas sagradas dedicadas ao Senhor, o seu Deus, ajuntando-os em muitas pilhas. Começaram a fazer isso no terceiro mês e terminaram no sétimo. Quando Ezequias e os seus oficiais chegaram e viram as pilhas de ofertas, louvaram o Senhor e abençoaram Israel, o seu povo. Ezequias perguntou aos sacerdotes e aos levitas sobre essas ofertas; o sumo sacerdote Azarias, da família de Zadoque, respondeu: “Desde que o povo começou a trazer suas contribuições ao templo do Senhor, temos tido o suficiente para comer e ainda tem sobrado muito, pois o Senhor tem abençoado o seu povo, e esta é a grande quantidade que sobra”. Ezequias ordenou que preparassem despensas no templo do Senhor, e assim foi feito. Então recolheram fielmente as contribuições, os dízimos e os presentes dedicados. O levita Conanias foi encarregado desses deveres, e seu irmão Simei era o seu auxiliar. Jeiel, Azazias, Naate, Asael, Jeremote, Jozabade, Eliel, Ismaquias, Maate e Benaia eram supervisores, subordinados a Conanias e ao seu irmão Simei, por nomeação do rei Ezequias e de Azarias, o oficial encarregado do templo de Deus. Coré, filho do levita Imna, guarda da porta leste, foi encarregado das ofertas voluntárias feitas a Deus, distribuindo as contribuições dedicadas ao Senhor e as ofertas santíssimas. Sob o comando dele estavam Éden, Miniamim, Jesua, Semaías, Amarias e Secanias, que, nas cidades dos sacerdotes, com toda a fidelidade distribuíam ofertas aos seus colegas sacerdotes de acordo com seus turnos, tanto aos idosos quanto aos jovens. Eles as distribuíam aos homens e aos meninos de três anos para cima, cujos nomes estavam nos registros genealógicos, e também a todos os que entravam no templo do Senhor para realizar suas várias tarefas diárias, de acordo com suas responsabilidades e seus turnos. Os registros genealógicos dos sacerdotes eram feitos segundo suas famílias; o dos levitas com mais de vinte anos, de acordo com suas responsabilidades e seus turnos. O registro incluía todos os filhos pequenos, as mulheres e os filhos e filhas de todo o grupo, pois os sacerdotes e os levitas haviam sido fiéis em se consagrarem. Entre os sacerdotes, descendentes de Arão, que viviam nas terras de pastagem ao redor de suas cidades, foram nomeados alguns deles, de cidade em cidade, para distribuírem as ofertas a todos os sacerdotes e a todos os que estavam registrados nas genealogias dos levitas.
Vocês conseguem avaliar os efeitos de um líder com temor a Deus?
De que forma essa relação de temor reflete nos liderados?
A vida de Ezequias, até aqui, nos serve como reflexão para um ponto muito importante: tudo o que há de idolatria, de sincretismo, tudo o que é além da Bíblia (e que muitas vezes contradiz a Bíblia) deve ser tirado da igreja. Temos o evangelho, que é completo e pleno. A nossa função, como crentes, é estudar e anunciar o evangelho.
Seu confronto com a Assíria
Nós vimos que o Reino do Norte havia se dado mal e ido ao cativeiro por uma ação dos assírios. Judá caminhava para um destino semelhante. Por algum período, Ezequias tentou impedir isso com um pesado tributo ao rei da Assíria, mas não adiantou. Senaqueribe, rei da Assíria, acampou-se contra as cidades (2Cr 32.1)
2Crônicas 32.1 NVI
Depois de tudo o que Ezequias fez com tanta fidelidade, Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá e sitiou as cidades fortificadas para conquistá-las.
Ezequias estava de bem com Deus. Olhem toda a reforma que ele havia promovido. Ainda assim, algo terrível aconteceu. Isso nos mostra que, mesmo tendo vida com Deus, intimidade, coisas ruins acontecem. O inimigo nos atacará. Essa mensagem é bíblica. Coisas ruins aconteceram ao próprio Cristo. É por isso que as tidas revelações que dizem que filho de Deus não sofrem, não ficam doente, nem mesmo a chamada Teologia da Prosperidade são bíblicas. Elas contradizem pontos elementares da Bíblia.
Neste momento de enfrentamento, Ezequias trabalhou em equipe com o povo, levaram água para dentro da cidade por um túnel 2Rs 20.20
2Reis 20.20 NVI
Os demais acontecimentos do reinado de Ezequias, todas as suas realizações, inclusive a construção do açude e do túnel que canalizou água para a cidade, estão escritos no livro dos registros históricos dos reis de Judá.
Edificou muros, fez armas e escudos em abundância, organizou e animou o povo para o que viria.
2 O Cerco de Jerusalém
Inevitavelmente, Jerusalém foi sitiada e as demais cidades de Judá devastadas. O rei da Assíria mandou um oficial e militares persuadirem Ezequias a entregar a cidade sem resistência, argumentando. A princípio, ele falava em aramaico (a língua diplomática daquela época), mas mudou para o hebraico, para que os cidadãos ouvissem a sua mensagem, e deixassem de obedecer a Ezequias e de confiar em Deus.
Neste ponto, chama a atenção o quanto o oficial assírio ressaltou que o Deus de Israel não era mais forte do que os deuses das nações já vencidas 2Cr 32.15-16
2Crônicas 32.15–16 NVI
Portanto, não deixem Ezequias enganá-los ou iludi-los dessa maneira. Não acreditem nele, pois nenhum deus de qualquer nação ou reino jamais conseguiu livrar o seu povo das minhas mãos ou das mãos de meus antepassados. Muito menos o deus de vocês conseguirá livrá-los das minhas mãos!” Os oficiais de Senaqueribe desafiaram ainda mais a Deus, o Senhor, e ao seu servo Ezequias.
O povo não respondeu, conforme ordem de Ezequias;
O rei apresentou a Deus uma carta repleta de ameaças da Assíria;
Ezequias e o profeta Isaías clamaram a Deus 2Cr 32.20
2Crônicas 32.20 NVI
Por tudo isso o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amoz, clamaram em oração aos céus.
Quando um justo se coloca, com sinceridade, na presença de Deus, ele responde:
Em Is37.33-34
Isaías 37.33–34 NVI
“Por isso, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: “ ‘Ele não entrará nesta cidade e não atirará aqui uma flecha sequer. Não virá diante dela com escudo nem construirá rampas de cerco contra ela. Pelo caminho por onde veio voltará; não entrará nesta cidade’, declara o Senhor.
O rei da Assíra não prevaleceu, porque aquela ação não estava nos planos de Deus;
O anjo do Senhor feriu 185 mil no arraial dos assírios, conforme Is37.36
Isaías 37.36 NVI
Então o anjo do Senhor saiu e matou cento e oitenta e cinco mil homens no acampamento assírio. Quando o povo se levantou na manhã seguinte, só havia cadáveres!
Depois disso, temos dois pontos centrais da vida de Ezequias.
O primeiro está em
Está em Is38.1-8
Isaías 38.1–8 NVI
Naqueles dias Ezequias ficou doente, à beira da morte. O profeta Isaías, filho de Amoz, foi visitá-lo e lhe disse: “Assim diz o Senhor: ‘Ponha a casa em ordem, porque você vai morrer; você não se recuperará’ ”. Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao Senhor: “Lembra-te, Senhor, de como tenho te servido com fidelidade e com devoção sincera, e tenho feito o que tu aprovas”. E Ezequias chorou amargamente. Então a palavra do Senhor veio a Isaías: “Vá dizer a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de seu antepassado Davi: Ouvi sua oração e vi suas lágrimas; acrescentarei quinze anos à sua vida. E eu livrarei você e esta cidade das mãos do rei da Assíria. Eu defenderei esta cidade. “Este é o sinal de que o Senhor fará o que prometeu: Farei a sombra do sol retroceder os dez degraus que ela já cobriu na escadaria de Acaz”. E a luz do sol retrocedeu os dez degraus que tinha avançado.
O segundo trata, de certa forma, de seu egoísmo. Lemos em Is 39.1-8
Isaías 39.1–8 NVI
Naquela época, Merodaque-Baladã, filho de Baladã, rei da Babilônia, enviou a Ezequias cartas e um presente, porque soubera de sua doença e de sua recuperação. Ezequias recebeu com alegria os enviados e mostrou-lhes o que havia em seus depósitos: a prata, o ouro, as especiarias, o óleo fino, todo o seu arsenal e tudo o que se encontrava em seus tesouros. Não houve nada em seu palácio ou em todo o seu reino que Ezequias não lhes mostrasse. Então o profeta Isaías foi ao rei Ezequias e perguntou: “O que aqueles homens disseram, e de onde vieram?” “De uma terra distante”, Ezequias respondeu. “Eles vieram da Babilônia para visitar-me.” O profeta perguntou: “O que eles viram em seu palácio?” Ezequias respondeu: “Viram tudo o que há em meu palácio. Não há nada em meus tesouros que não lhes tenha mostrado”. Então Isaías disse a Ezequias: “Ouça a palavra do Senhor dos Exércitos: ‘Um dia, tudo o que há em seu palácio, bem como tudo o que os seus antepassados acumularam até hoje, será levado para a Babilônia. Nada ficará’, diz o Senhor. ‘E alguns de seus próprios descendentes serão levados, e se tornarão eunucos no palácio do rei da Babilônia’ ”. “É boa a palavra do Senhor que você falou”, Ezequias respondeu. Pois pensou: “Haverá paz e segurança enquanto eu viver”.
Ele demostrou egoísmo porque se satisfez ao saber que as coisas sucederiam posteriormente aos seus dias, porque haveria paz enquanto ele vivesse.
Conclusão
Ezequias serviu fielmente ao Senhor;
Foi ajudado por Deus;
Sob seu reinado, Judá prosperou;
O relacionamento do povo com Deus foi restaurado;
Orava e Deus atendia;
Como humano, apresentou falhas
Com esta lição, devemos entender como Deus protege os que são fieis a ele; nos impulsiona a viver uma vida cristã saudável todos os dias e nos estimula a buscar a Deus em todos os momentos, sobretudo, nos mais difíceis
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