O REINADO ETERNO DO REI UNGIDO - Salmo 72

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INTRODUÇÃO

Oração em favor do rei Salomão, recitada no dia da sua entronização ou no aniversário da sua ascensão ao trono (cf. Sl 2); mais tarde, quando o povo de Israel já não era mais governado por reis, os judeus viram neste salmo uma descrição do futuro rei, o Messias.(vv. 7,17; cf. Isaías 11:1-5; 60-62)
Esse salmo descreve um reinado num tempo em que Deus, o rei, a natureza, todas as classes da sociedade e as nações estrangeiras viverão juntos, em harmonia.

I. Um reinado justo (v.1-4)

V.1 — Uma oração em favor do rei para que exercesse fielmente a justiça de Deus sobre a nação (cf. Deuteronômio 17:18-20).
O Filho do Rei . Uma referência principalmente a Salomão, ao enfatizar seu vínculo com a dinastia davídica; mas também antecipa o reinado do Messias como o ápice da aliança davídica (cf. 2Samuel 7:12,13; Salmos 2:1-12). Quando o rei governa com justiça e compaixão, a terra irradia bem-estar.
V.2-4 — Quando o governante reina com justiça o povo goza de paz e fica livre da opressão dos maus. Os montes trarâo paz: O lugar onde geralmente se construiam os palácios.
Há séculos, os pobres e necessitados são perseguidos, mal pagos, oprimidos e até mortos. No milênio, porém, o próprio Rei do universo lhes será advogado, os libertará de uma vez por todas e punirá todos aqueles que se aproveitaram deles.

II. Um reinado universal (v.5-11)

V.5-7 — Esses versículos mostram um aspecto diferente de um simples reinado humano, haveria perenidade no seu reinado.
Todos o respeitarão e o temerão enquanto existir o sol e enquanto durar a lua, através das gerações
enquanto durar a lua . Refere-se principalmente à duração da dinastia davídica e, possivelmente, também ao reinado messiânico (2Samuel 7:16; Salmos 89:3,4,29,36,37; Lucas 1:30-33). Jeremias também faz o mesmo tipo de observação (cf. Jeremias 33:23-26).
V.8 — Esses versiculos mostram a universalidade do reino. A Inglaterra, que possuía colônias espalhadas pelo mundo inteiro, costumava declarar: “O sol nunca se põe no Império Britânico”. O reino de Cristo, por sua vez, alcançará domínio universal, não apenas espalhando colônias pelo mundo, mas incluindo todas as nações. Sua autoridade se estenderá de mar a mar, desde o rio Eufrates até os confins da terra.
V.9-11 — Muitas nações serão submissas a ele. Társis [...] Sebá . Esses são os países, de perto e de longe, que trouxeram tributos para Salomão (cf. 1Reis 4:21; 10:1,23,24). Társis provavelmente está localizada na Espanha; Sabá, um reino no sul da Arábia (atual Iêmen), e Sebá, uma nação do norte da África.
Os reis gentios virão a Jerusalém com tributos e presentes para o Rei dos reis. O texto menciona o rei da Espanha e governantes de vários países.
Em Fp 2.9-11 fala desse reino universal de Cristo, e que todos irão se dobrar diante dEle
Filipenses 2.9–11 ARA
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.

III. Um reinado compassivo (v.12-14)

A missão desse rei é ajudar os mais popres e necessitados, estabelecendo a verdadeira justiça social e a salvaão aos oprimidos.
O texto fala da compaixão do Rei pelo necessitado, o aflito e desvalido. A pobreza e a injustiça social serão coisas do passado. Cristo os libertará os seus servos oprimidos da crueldade e injustiça com que vinham sendo tratados e mostrará ao mundo quão preciosa é a vida dessas pessoas.

IV. Um reinado próspero (v.15-17)

V.15-17 — Os dias do reinado de Salomâo foram os mais pósperos de toda história de Israel. Ver 2Cr 9.19-20.
Em Isaias 60:4-7 há a uma profecia semelhante a essa sobre o Messias.
A fertilidade da terra será indescritível: armazéns e silos ficarão abarrotados de cereais; até mesmo lugares nunca antes cultivados, como os cimos dos montes, serão cobertos de searas ondulantes, como as florestas do Líbano.
Haverá enormes populações em todas as cidades, como o campo coberto de ervas. Será uma época de grande expansão populacional, e, mesmo assim, haverá alimento em abundância para todos.
V.17 — A promessa aqui é muito parecida com a de Gn 12.3 feita a Abraão. Louvado e reverenciado, o nome de Cristo subsistirá para sempre, e sua fama prosperará enquanto resplandecer o sol. Em conformidade à promessa de Deus a Abraão, todos os homens serão abençoados nele, e todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.

V. Um reinado glorioso (v.18-20)

Ele finaliza exaltando e louvando ao Deus de de Israel, que no fim das contas é quem vai realizar todas essas coisas. O reino milenar de Cristo vai cumprir o pedido do Salmista no v.19.
O louvor dos santos em Apocalipse 19:1-8 também contem um louvor de exaltação a Deus pela vitoria final executado por Cristo.
Infelizmente a Igreja não é capaz de realizar essas coisas, como pregam alguns defensores do pós-milenismo. Esse tempo sós será realizado com o retorno do Messias em Glória para estabelecer seu Reino sobre a Terra. Ver Ap 19:11-19.
Aleluia, celebremos nós também essa viva esperança!
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