Identidade em Cristo_EBD_05_291023

EBD Identidade em Cristo  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Recapitulando
Aula 1 - Quem somos em Cristo? Nossa identidade foi dada pra gente na criação - Gênesis 1.26 “26 E Deus disse: — Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” Não somos fabricantes da nossa realidade, nem de nossa identidade. Se desejamos uma identidade verdadeiramente humana, precisamos nos voltar para Cristo. Ele é o Verdadeiro Ser humano. A única pessoa verdadeiramente real.

Sou uma criatura

Aula 2 - Para tentar responder à pergunta “Quem sou eu?”, precisamos começar com a verdade mais básica a nosso respeito: somos seres criados. “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27). Embora o fato de termos sido criados à imagem de Deus nos coloque em um plano totalmente diferente de quaisquer animais, ainda somos criaturas. Isso nos torna dependentes de Deus ( Alimento / Vida e respiração / planos / habilidades e quanto somos Frágeis e vulneráveis espiritualmente) responsáveis por nossos atos diante dEle. ( Temos que prestar contas a Deus e desde o início vemos que a obediência é nosso maior dificuldade e devemos prestar conta a Deus das responsabilidades que ele nos deixa)
Então como devemos aplicar a verdade de que somos dependentes, frágeis, vulneráveis e responsáveis? Falamos da Resposta que damos a isso pela
Humildade e Gratidão.
Sou uma criatura, criada à imagem de Deus, totalmente dependente dele e totalmente responsável por prestar contas a ele.
Na aula 3 - Iniciamos com mais profundidade sobre representatividade - Nascemos em Adão (quando ele pecou toda a humanidade caiu e pecou também, portanto estávamos em Adão) mas quando cremos em Cristo Renascemos em Cristo quando - 1Coríntios 15.22: “Pois, assim como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados”.
Então “O que significa estar unido a Cristo?”
União representativa. O primeiro é a união representativa pela qual Jesus assumiu toda a nossa responsabilidade de obedecer perfeitamente à lei de Deus e também assumiu nossa pena de morte por não obedecermos.
União vivificante. O segundo aspecto é a união vivificante mediante o Espírito Santo, por meio de quem, pela fé, obtemos o sustento e o poder do Cristo vivo que nos capacitam a viver a vida cristã.
Então Cristo nos representa de agora em diante pois temos um Espírito Vivificado e isso ja começa a responder a a nossa grande questão "Quem sou eu em Cristo?".
POR OBRA DE DEUS JÁ NÃO ESTOU EM ADÃO: ESTOU EM CRISTO, POR UMA UNIÃO VIVIFICANTE E REPRESENTATIVA.
Na 4ª Aula - 2 semanas atrás, olhamos mais aprofundamento do que representa Estar em Cristo. Olhamos para a Justificação em Cristo como um dos 6 aspectos que nos faz estarmos em cristo e vai traçar nosso fundamento da identidade em Cristo.
Gálatas 2.15–16 “15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Jesus Cristo, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois por obras da lei ninguém será justificado.”
Jesus, como nosso representante, é acusado do nosso pecado, de modo justo, e paga a pena por ele com sua morte. E, por ele ser nosso representante, Deus pode, de forma justa, creditar sua perfeita justiça a nós. Portanto, podemos dizer, da mesma forma como Paulo diz em Gálatas 2.20 “20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” , que, quando Jesus morreu na cruz, nós morremos na cruz. E, quando ele viveu uma vida perfeita, nós também a vivemos. Porque estamos nele.
Sou Justificado, Sou Justo diante de Deus, porque Deus imputou meu pecado a Cristo e creditou a mim sua justiça perfeita.
E Hoje em nossa 5ª aula vamos falar sobre o 2º aspecto que fundamenta o estarmos em Cristo - quando entendemos que somos Filhos adotados por Deus
Sou um filho adotado por Deus
SUPONHA QUE VOCÊ SEJA Um assassino em série que foi condenado e agora está sentado no corredor da morte, esperando a execução, culpado de todas as acusações pelas quais foi julgado. Em determinado dia, o guarda da prisão chega à sua cela e anuncia que você foi perdoado. Está livre. Mas então o guarda lhe diz que você foi adotado pelo governador que lhe perdoou. Daqui por diante, deve morar em sua casa, adotar seu nome de família e se tornar seu herdeiro.
O quê?!
Quando se trata de adoção espiritual, isso é essencial- mente o que Deus fez por nós. Ele nos perdoou, esque- cendo-se dos nossos pecados. Ele nos vestiu da perfeita justiça de seu Filho. E então nos adotou em sua família. Aliás, Paulo nos diz em Efésios 1.4–5 “4 Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o propósito de sua vontade,” que esse era o plano de Deus desde o início: ele nos predestinou para adoção antes da fundação do mundo. - Não fala nesse verso que é adotado quando você nasceu, nem quando vc era um adolescente, jovem, suas atitudes , ou se vc era uma assassino em série, ou um grande executivo, ou um sei lá.
Quando começamos a pensar em nossa posição como filhos que foram adotados por Deus, precisamos entender seu significado e sua relação com a justificação.
• A justificação assegura nosso relacionamento legal com Deus na função de juiz. Na justificação, Deus declara que somos justos em Cristo.
• A adoção assegura nosso relacionamento familiar com Deus. Por meio da adoção, Deus nos faz seus filhos.
Justificação e adoção, são coisas distintas, são diferentes, mas não podemos separar aqui nesse contexto. Elas sempre estão juntas nas ações de Deus em relação a nós. A adoção não pode ocorrer sem a justificação, e a justificação sempre resulta em
adoção.
Em certo sentido, a adoção eleva nosso relacionamento com Deus a um nível superior. Pense no assassino em série e no governador. O governador pode perdoar o assassino com apenas alguns movimentos de sua caneta. Ele não precisa estar pessoalmente envolvido. Mas para adotar um assassino em série ele tem que se envolver. Ao adotá-lo, ele se torna pessoalmente responsável por seu bem-estar e comportamento.
As analogias são bacanas de a gente usar mas muitas vezes são falhas. Imagina o governador, só precisa da canetada, não ha um preço… Mas para Deus, para isso acontecer foi a preço de SANGUE, ele teve que enviar seu único filho para viver e morrer em nosso lugar… claro isso.
Herança
As principais passagens da Escritura sobre o tema da adoção encontram-se em Romanos 8.15–17 “15 Porque vocês não receberam um espírito de escravidão, para viverem outra vez atemorizados, mas receberam o Espírito de adoção, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai.” 16 O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 E, se somos filhos, somos também herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados.” e em Gálatas 3.25-4.7 -
25Mas, agora que veio a fé, já não permanecemos subordinados ao guardião. 26Pois todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27porque todos vocês que foram batizados em Cristo de Cristo se revestiram. 28Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus. 29E, se vocês são de Cristo, são também descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.
4 1Digo, porém, o seguinte: durante o tempo em que o herdeiro é menor de idade, em nada difere de um escravo, mesmo sendo senhor de tudo. 2Mas está sob tutores e curadores até o tempo predeterminado pelo pai. 3Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos escravizados aos rudimentos do mundo.
4Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao nosso coração, e esse Espírito clama: “Aba, Pai!” 7Assim, você já não é mais escravo, porém filho; e, sendo filho, também é herdeiro por Deus.
Paulo deixa claro que homens e mulheres estão incluídos na categoria de filhos. Somos um em Cristo Jesus, descendência espi- ritual de Abrão e igualmente herdeiros da promessa de Deus. Na época de Paulo, a prática da adoção era completamente diferente do que é hoje. Em nossa cultura moderna, a adoção normalmente envolve um bebê ou uma criança pequena. Na cultura greco-romana, um homem sem filhos podia adotar um jovem maduro para dar continuidade ao nome da família e receber a herança. Na cultura judaica, a adoção era o reconhecimento de que o filho tinha alcançado a idade da maturidade, em que a autoridade e os recursos de seu pai seriam passados a ele. Em ambos os casos, era a herança familiar que estava em vista.
A ênfase de Paulo em seu tratamento da adoção reside simplesmente no fato de que nos tornamos herdeiros de Deus. Como ele diz em Romanos 8.17: "Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo...". E, em Gálatas 3.15 a 4.7, seu principal argumento é que ser filho significa ser herdeiro (veja 3.18; 3.29; 4.1; 4.7).
Nossa cultura não valoriza tanto o conceito de herança como se valorizava no passado, principalmente porque as condições econômicas gerais mudaram muito. Considere a dificuldade da simples sobrevivência no primeiro século. A grande maioria das pessoas vivia em estado de pobreza absoluta, com poucas posses e pouca ou quase nenhuma estabilidade econômica. A proporção de pessoas relativamente ricas hoje é muito maior do que naquela época. Qualquer tipo de herança substancial naqueles dias não era um simples acréscimo às posses, como nos dias de hoje. Era um acontecimento marcante de mudança de vida, um resgate da vida de subsistência, a transformação de um tipo de vida em outro, excepcionalmente raro e bem melhor.
Assim é a nossa herança. Ela não provém de alguma pessoa extraordinariamente rica, mas do próprio Deus. Fomos adotados por Deus Pai, e esse fato mudou completamente nosso futuro.
Embora a herança nos tenha sido concedida, ainda não tomamos posse dela plenamente, e não o faremos até o dia da ressurreição. Eis por que, após o breve tratamento que faz da adoção em Romanos 8.15-17, Paulo coloca tanta ênfase na esperança.
Esperança. Paulo dá início a seu breve discurso sobre a esperança (Romanos 8.18–25 “18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não por sua própria vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, 21 na esperança de que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora. 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.”
Por que ele começa o assunto da esperança com a ideia do sofrimento nesta vida? Porque sofrimento, de uma forma ou de outra, é o destino inevitável da maioria dos crentes. E um dos muitos benefícios do sofrimento é que ele tende a nos afastar dos prazeres desta vida, até mesmo dos encantos legítimos, e direciona nossa atenção para nossa herança eterna.
Então ele tira o foco do que é passageiro e Deus quer que nós, como Paulo diz em Colossenses 3.2 “2 Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra.”
Em nosso vocabulário cotidiano, o verbo esperar geral- mente não significa mais do que desejar alcançar algo "Espero que hoje não chova em nosso piquenique". Mas, no Novo Testamento, ela geralmente remete a uma "expectativa confiante" na promessa da herança eterna (veja Romanos 8.24 “24 Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo?” , Hebreus 11.1 “1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem.” e 1Pedro 1.3–4 “3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança que não pode ser destruída, que não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos céus para vocês,”
Não é minha intenção minimizar a dor e os sofrimentos das difíceis experiências desta vida. A própria Escritura diz que nenhuma disciplina no momento (isto é, nesta vida) parece motivo de alegria, mas de tristeza (Hebreus 12.11 “11 Na verdade, toda disciplina, ao ser aplicada, não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza. Porém, mais tarde, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.” ). Paulo também não minimiza nossos sofrimentos. Ele simplesmente diz que eles em nada são comparáveis com a glória de nossa herança que está por vir. Ele não minimiza nossa dor, antes maximiza nossa herança.
Isso é o que significa sermos filhos adotados por Deus. Retornando à ilustração do assassino em série e do governador que o adotou, o assassino recém-perdoado não passa apenas a fazer parte da família do governador, mas torna-se também herdeiro de todas as posses do governador. Esse criminoso perdoado tem uma herança assegurada; esse fato, por si só, mudou sua vida, mas ele ainda não tomou posse dessa herança nem desfruta dela plenamente. Nisso, ele se assemelha a nós: nesta vida, nossa herança está sempre no futuro; por isso, ansiamos por ela com grande expectativa.
Deus planeja que uma parte de nossa identidade como aqueles que estão "em Cristo" se encontre no reconhecimento de que a plena realização da nossa identidade apenas acontecerá quando recebermos nossa herança eterna.
Vamos seguindo mais um pouco sobre a questão da Adoção - Romanos 8.15 “15 Porque vocês não receberam um espírito de escravidão, para viverem outra vez atemorizados, mas receberam o Espírito de adoção, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai.”” e em Gálatas 4.6 “6 E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao nosso coração, e esse Espírito clama: “Aba, Pai!””
Aba, Pai!
Meus irmãos olhar para a herança futura não significa que não teremos benefícios nessa vida presente. Longe disso. Paulo diz que o Espírito nos leva a clamar: "Aba, Pai". Abba é uma palavra aramaica, um termo de intimidade familiar, utilizado principalmente pelas crianças judias quando se dirigiam aos pais. Implicava um sentido de dependência infantil, mas também de expectativa de que Abba atenderia a suas necessidades. Esse foi o mesmo termo que Jesus utilizou quando orou ao Pai no jardim do Getsemani.
Pare e pense sobre o que isso significa. Aquele a quem nos dirigimos é o soberano criador, sustentador e regente de todo o universo. Ele é também infinitamente santo em sua pureza moral. Nós, por outro lado, somos criaturas dependentes, antes mortas em nossas transgressões e pecados e inimigos de Deus. Como ousamos nos dirigir a esse Deus soberano e infinitamente santo como Pai? Somente porque estamos em Cristo, unidos a ele em sua vida sem pecado e em sua morte pelo pecado. Cristo é o único Filho verdadeiro do Pai, mas, por estarmos nele, Deus nos tornou seus filhos também.
Nenhuma outra religião na história do mundo jamais teve um deus ou deuses a quem seus seguidores pudessem se dirigir em termos tão íntimos como Abba. Mesmo os judeus do Antigo Testamento, que adoravam o único Deus verdadeiro, não se dirigiam a ele como Pai. Embora haja notáveis exceções, como Abraão, Moisés, Davi e Daniel, a grande maioria dos judeus não desfrutava de um relacio- namento de intimidade com Deus.
Abrindo o caminho. No período do Antigo Testamento, Deus habitava de forma simbólica no Lugar Santíssimo do Tabernáculo ou do Templo. Apenas o sumo sacerdote podia entrar naquele espaço, e mesmo ele só podia entrar lá uma vez por ano, no Dia da Expiação, e somente com o sangue do animal sacrificial. Assim, o Lugar Santíssimo era guardado por três restrições (veja Hb 9.7,8). A entrada nesse lugar só podia ser feita:
1. pelo sumo sacerdote;
2. uma vez por ano;
3. com o sangue sacrificial.
No exato momento da morte de Cristo na cruz, a cortina que separava o Lugar Santíssimo do Lugar Santo foi ras- gada de alto a baixo pela mão invisível de Deus (Mt 27.51). Dessa forma, agora, sob a nova aliança, as duas primeiras restrições nessa lista foram desfeitas!
De acordo com Hebreus 10.19–23 “19 Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.” , todos temos agora acesso a Deus. Na verdade, somos exortados a nos aproximar dele. Isso significa que nosso acesso é contínuo. A terceira restrição, no entanto, não foi eliminada, embora tenha sido modificada. Já não precisamos chegar ao Pai com o sangue de um animal sacrificial. Aproximamo-nos pelo sangue do próprio Jesus. Portanto por meio de nossa união com Cristo, temos acesso contínuo e confiante a Deus, ao qual podemos nos dirigir como Pai, de forma livre e direta.
Ao nos achegarmos a ele, aproximamo-nos daquele que tem compaixão das nossas fraquezas e fragilidades. Aproximamo-nos do "trono da graça", onde podemos receber misericórdia e encontrar graça para nos ajudar nos momentos de necessidade (Hb 4.15,16). Aproximamo-nos daquele que nos diz: "Lancem toda sua ansiedade sobre mim, pois eu me importo com vocês" (versão parafraseada de 1Pe 5.7). Aproximamo-nos daquele que diz: "Nunca te deixarei, jamais te desampararei" (Hb 13.5). Quando nos aproximamos, podemos clamar juntamente com as crian- ças judias: "ABA, PAI", expressando nossa dependência em relação a ele e esperando confiantemente, como crianças pequenas, que ele nos ouça e nos responda segundo sua infinita sabedoria e amor.
Infelizmente alguns de vocês meus irmãos podem ter problemas com o tratamento de Deus como nosso Pai. Talvez o comportamento dos pais humanos que tiveram tenha tornado mais difícil para eles enxergarem a Deus Pai como amoroso e benevolente. Mas o fato é que até mesmo o melhor dos pais humanos está muito aquém, muito longe da infinita perfeição do nosso Pai celestial. É verdade: Deus requer perfeita obediência, mas Jesus, como nosso representante, já obedeceu perfei- tamente em nosso lugar. E agora nos posicionamos diante de Deus, tão justos como o próprio Jesus. Isso é verdade para todos nós que cremos em Cristo como Salvador, quer tenhamos tido um bom pai humano, quer tenhamos tido um pai humano de difícil relacionamento.
É claro que, se formos honestos com nós mesmos, temos de reconhecer que ainda há muitos pecados em nossa vida. Parece que, quanto mais crescemos espiritualmente, mais pecados conseguimos ver. E, como naturalmente valorizamos o bom desempenho, temos a tendência de subjetivamente sentir mais o descontentamento de Deus do que o seu amoroso cuidado paterno. Isso significa que, para experimentar a realidade e o pleno significado da nossa adoção, devemos ter sempre em mente nossa identidade em Cristo. É desse modo que contrariamos a tendência de nos concentrarmos em nosso desempenho como medida para a aceitação de Deus. Devemos lembrar que Deus nos ama não por sermos dignos de amor, mas por estarmos em Cristo, e o amor que o Pai tem pelo Filho flui sobre nós por estarmos nele.
Resumo
SOU UM FILHO ADOTADO POR DEUS. SOU FILHO DO REI. NESTA VIDA, TENHO O PRIVILÉGIO DE DESFRUTAR DE UM RELACIONAΜΕΝΤΟ INTIMO, DE PAI PARA FILHO, COM ELE, E AGUARDO, COM UMA ESPERANÇA CHEIA DE EXPECTATIVA, UMA HERANÇA ETERNA MUITO MAIS GLORIOSA QUE QUALQUER COISA QUE EU POSSA IMAGINAR.
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