Em espirito e em verdade
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Adoração: Prioridade, Princípios e Prática (Introdução)
Nem toda adoração religiosa é correta aos olhos de Deus. Creio que para qualquer leitor honesto da Bíblia isso é tão claro como o sol ao meio-dia. A Bíblia fala sobre a adoração realizada “em vão”, bem como sobre a adoração verdadeira; sobre o “culto de si mesmo”, bem como sobre a adoração espiritual. Supor – como o fazem algumas pessoas imprudentes – que a adoração significa nada mais do que ir à igreja no domingo e que não importa como a realizamos, contanto que realizemos, é tolice infantil. Os negociantes e empresários não administram seus empreendimentos desta maneira. Eles avaliam o modo como a obra é realizada e não se contentam que seja feita de qualquer modo. Não nos enganemos. A pergunta “Como adoramos?” é bastante séria. J. C. Ryle
Geralmente estamos inseridos num meio que não leva em consideração este problema levantado por Ryle, no lugar de nos importamos em como adorar, simplesmente entregamos qualquer coisa a Deus, como se ele aceitasse qualquer coisa. Jesus, no livro de João, busca aprofundar essa questão em seu dialogo com a mulher samaritana. Ja no verso 19 e 20, notamos que…
1 - Havia uma controvérsia sobre o local de adoração. 19-20
A mulher reconhece que Jesus era um profeta, pois ele discriminou bem como era a vida dela.
Havia algo de sobrenatural nele, isto ficou claro para ela.
Com essa identificação de Jesus, a mulher pauta a questão do lugar de adoração.
O recorte histórico que ela faz, nos leva para o livro de Gênesis, nos capítulos 12 e 33, onde Abraão e Jacó construíram altares nessa região. Por isso, eles adoravam ali.
No entanto, os Judeus não reconhecem esse local de adoração, dizendo que é em Jerusalém que se deve orar.
Aparentemente temos um problema aqui, Samaritanos e Judeus tinham os mesmos pais, mas por que teriam tanto divergência sobre o local de adorar?
Alguém saberia dizer o motivo disso?
O começo do problema se deu no livro dos Reis quando houve a separação entre o Reino do Norte e Sul, e isto teve implicações para essa diferença.
Sendo que o Reino do Norte foi o primeiro a se levado cativo, e houve uma mistura de povos em suas cidades para que a terra não fosse tomada pelos animais. E a aversão dos Judeus a eles foi imediata.
Além disso, os samaritanos aceitavam apenas o Pentateuco como sua Escritura, enquanto os Judeus aceitavam todo o cânon hebraico.
E assim, a adoração instituída em Jerusalém apenas começou na época do Reis, que abrange a parte além do Pentateuco.
Este é o contexto para se entender o verso 20.
Apesar de terem os mesmos pais, cada um foi levado para um lado.
2 - Jesus elucida a questão - 21-22
Jesus inicia seu argumento dizendo que os lugares para se adorar estavam fadados a perderem a preferencia.
Apesar de ao longo do AT Jerusalém receber essa importância, e o monte Gerizim, estes locais estavam fadados a se tornarem obsoletos.
Almeida Revista e Atualizada Capítulo 66
1 Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?
3. Este verso em Isaías demonstra a natureza passageira dos locais fixos.
4. Outra prova marcante para essa natureza temporária, também pode ser notada em
5. 1 Sm 15.22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.
6. Esse verso demonstra que o sacrifico em si, não é o fim em si, mas o que ele representa sim. Deus tem mais prazer em obediência do que neles.
7. Fica certo suspense no ar, viria o tempo que isso iria se iniciar, mas antes de trabalhar o após isso, Jesus corrige o pensamento da mulher.
8. Voltando ao verso 22, ele diz que os Samaritanos adoram o que não conhecem, outra vez, qual seria a motivação dessa fala de Jesus?
9. O fato dos Samaritanos aceitarem apenas o Pentateuco, fez com que eles rejeitassem o restante da revelação de Deus.
10. Esta revelação estava sendo conduzida pelos Judeus, e nela, em sua completude, aponta para uma realidade maior que viria um dia.
11. Por isso, Jesus diz “que a hora vem”, apenas com a totalidade do Antigo Testamento isso seria possível de se concluir.
12. Dentro da questão entre Judeus e Samaritanos sobre o local de adoração, os Judeus tinham a razão, mas essa razão tinha um termino.
3 - A verdadeira adoração é de coração.
Apesar de entendermos que os Judeus tinham razão nesse problema, isto não anula que atitudes como de Saul também foram reproduzidas no futuro.
O zelo pelo templo, que era uma sombra da presença de Deus, se tornou um objeto de fascínio para eles.
Por isso o “mas”, Jesus também diz apesar dos Judeus estarem certos, uma nova dinâmica estava sendo iniciada.
Esta hora que viria, já havia chegado em Cristo, no qual a adoração não tinha como pressuposto os lugares. Podemos hoje adorar a Deus em qualquer cidade.
Estes, os verdadeiros adoradores, são os que o Pai procura, pessoas como podemos notar mesmo em Davi, que apesar das suas falhas, tinha um arrependimento genuíno.
Pessoas que tinham um coração voltado para Deus, que não seguiam a regra pela regra, ou apenas obedeciam porque era o jeito
Haviam uma renovação em curso, e tinha como base o fato de Deus ser espírito.
Ou seja, ele não tem uma forma física, por isso os verdadeiros adoradores agem além das aparências.
Eles devem ter uma adoração sincera em seu interior, o que os judeus em sua maioria não fizeram.
Por isso Jesus chamar os fariseus de sepulcro caiado.
Sua vida de aparência, não podia ser aceita por Deus. Eles não adoravam com sinceridade de coração.
A prova é tanto que apesar do seu apego à revelação, não enxergaram para aquele que ela apontava. Cristo!
Assim, Jesus aponta que o coração é algo a não ser desprezado nesses nossos dias, pois como ele disse: EU o sou, já vivemos nesse novo tempo.
Aplicações: Entre locais e lugares, o que não pode ser desprezado é o coração. Por isso devemos lembrar que:
Apesar de locais não serem determinantes para a adoração, isto não anula a adoração comunitária na igreja.
Pense em como você tem adorado, ao lembrar onde está seu pensamento enquanto canta ou enquanto tem seu tempo com Deus.
Reflita sobre o motivo de você vir a igreja sempre, é por amar a Deus e querer adorá-lo ou por obrigação?
Conclusão: Gostaria de finalizar com um parte da canção “Quem é você?”
Só você mesmo pode responder
Por trás da aparência, onde só Deus vê
Bem no seu intimo sombrio
Sufocado e trancado a sete chaves
Maquiando o teu vazio
Deus e o travesseiro sabem
Quem é você quando ninguém vê?
Quem é você, Quem é você?
Quem é você?
Longe do altar, o que Deus vai ver quando Te sondar
Quem é você além de um domingo
Depois das luzes, do discurso e da máscara
Quem é você quando ninguém vê
Quem é você?
Deus determina o nosso modo de adorar. (Ideia central)