Marcos 10:46-25
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Marcos 10:46-52
Marcos 10:46-52
A Cura do Cego Bartimeu:
A Cura do Cego Bartimeu:
Introdução
No versículo 32 deste capítulo (Mc 10), somos informados que eles estavam em direção a Jerusalém. O que lemos, desde esta informação até a Entrada Triunfal em Mc 11, acontece neste ínterim. No meio desta “viagem”.
Nesse caso, temos Jesus, os discípulos e agora junto a estes numerosa multidão. Não era de se admirar deste encontro acontecer no meio do caminho, pois devemos lembrar que muitos peregrinavam até Jerusalém para ali celebrar a páscoa judaica.
OBSERVAÇÕES DO TEXTO
Neste momento, enquanto atravessavam Jericó, somos informados de um homem, este era cego. Não sabemos ao certo se de nascença; suspeito que não, pois Marcos diz no versículo 52 que ele “tornou a ver”, provavelmente revivendo a experiência de outrora.
Fato é que, somente neste evangelho somos informados de como ele era chamado: “Bartimeu”. Alguns pensam que este era seu nome próprio, Marcos nos mostra que não. No mesmo versículo, ele explica o porque ele era chamado Bartimeu: “filho de Timeu”. O que nos lembra por exemplo como Pedro fora reconhecido por Jesus em Mt 16:17a: “Bem-aventurado és, Simão Barjonas...”.
Ele não teve seu nome próprio citado aqui, mas algo que se aproximava disto. Seu pai era citado; sua história estava ali.
O que nos é comunicado sobre Bartimeu? R: Ele era cego e mendigo. Sua condição miserável fazia jus a limitação que possuía: cegueira. Se ele não poderia produzir algo, mendigaria. Ele tinha de depender da generosidade das pessoas.
Mas, esta não era a única dificuldade que ele enfrentava. Nesta situação, em especial, na qual ouvira a multidão seguindo Jesus. Ele fica curioso e pergunta quem estava ali, para que essas pessoas ficassem tão interessadas? Eles respondem: “Jesus, o Nazareno”.
Considere este fato popular à época: “Poderia vir algo bom de Nazaré”? No discurso popular se fazia a pergunta retórica, como registrada em Jo 1:46. Parece que aqui, esta barreira começava a quebrar. Pois Lucas registra no Evangelho capítulo 18, versículo 37.
Voltamos a condição de Bartimeu, lembrando que ele dependia da generosidade das pessoas. Neste momento aqui, não foi o que aconteceu.
No versículo 47 nos é informado que ele pôs-se a clamar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” Bartimeu pôs-se a fazer isto, o que nos leva a entender que ele ficava repetindo essa súplica.
No versículo 48a lê-se que: “muitos o repreendiam, para que se calasse”. A multidão que seguia com Jesus e os doze, estava ali, repreendendo este homem. Multidão que aqui, poderia conduzi-lo ou dificultar — como vemos ser o caso — seu clamor à Jesus.
No mesmo versículo 48b, entretanto, nos é informado que ele cada vez mais gritava. A repreensão, obviamente equivocada da multidão, não o silenciou. Ele continuava fazendo a mesma súplica: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”
No versículo 49, Jesus para e diz: “Chamai-o”. A multidão que antes o mandava silenciar, aqui é ensinada por Jesus sobre generosidade. Quando o mestre para a peregrinação para responder ao clamor deste homem.
Talvez a ação deles de mandá-lo silenciar, tenha sido por entenderem que o mestre não deveria ser perturbado no que caminho que seguia. Mas não sabemos ao certo. É possível que seja por este motivo.
Bom, de todo modo, eles obedeceram a Jesus e disseram à Bartimeu: “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama”. Ao ouvirem o Senhor, eles já reagem de maneira diferente. Exortando este homem, discursando algo que traria esperança ao seu coração. Uma frase de encorajamento.
Ouvindo isto, Bartimeu logo se levante, lançando sua capa — objeto que o socorria no frio e ajudava a coletar as esmolas diárias, objeto que o “encaixava” neste papel de mendigo — ele dá um salto e aproxima-se de Jesus, para ter sua “audiência” com o Redentor.
Jesus o pergunta: “Que queres que eu te faça”? Ele então responde: “Mestre, que eu torne a ver”.
Este momento de diálogo com Jesus, somente os dois, é tocante. Ele tem diante dele o Próprio Deus, que pergunta: Que queres que eu te faça? Aqui não tem ficção, onde ele tem uma lâmpada e pode realizar desejos, quaisquer que sejam. Bartimeu está diante do Único que pode fazer algo por ele.
Sobre isso Hendriksen afirma:
Jesus faz essa pergunta. Seria dinheiro que esse mendigo queria? Deixe que ele se concentre um pouco naquilo que ele mais quer na vida, para que a satisfação de seu desejo seja ainda mais apreciada por ele. Com certeza, Jesus já sabia o que Bartimeu queria, mas ele queria que ele lhe dissesse. Da mesma maneira, é verdade que embora o Pai celestial saiba das necessidades de seus filhos, ele, não obstante, os manda “abrir a boca” (Sl 81.10), de modo que ele possa enchê-la. O que Jesus quer não é somente curar esse homem, mas entrar em comunhão pessoal com ele, de forma que, como resultado, a sua fé (v. 52) possa ser mais do que meramente “miraculosa” (a convicção de que Jesus é capaz de fazer milagres) e para que Bartimeu glorificasse a Deus, o que estava mesmo para acontecer.
Jesus então responde no versículo 52: “Vai, a tua fé te salvou”. Do mesmo modo no sinótico, em Lc 18:42. Tendo em vista o fato de que a própria fé é um dom de Deus (Ef 2:8), é surpreendente que, em vários casos, Jesus elogie aquele que recebe o dom por exercê-lo. Segundo comentaristas, isso prova “o caráter generoso do amor” do Senhor.
Alguns ao ler esta resolução, tanto como a que aconteceu no encontro de Jesus com a Mulher com Fluxo de Sangue, tendem a compreender que a fé dele mesmo o salvou, como algo que partiu do próprio Bartimeu. Mas é obvio que isto não faz sentido dentro da história da Redenção. Da ação graciosa do Senhor, em favor de pecadores.
Como um comentarista afirma:
Em retrospectiva a conduta do cego recebeu o nome de “fé”. Como sempre, é fé em Deus na presença de Jesus (cf. Mc 1:15; 2:5; 5:34, 36; 9:24; 10:27). Ela vem de ouvir (v. 47), não retrocede diante de obstáculos (v. 48), segue o chamado deixando tudo para trás (v. 50) e se agarra ao poder de Deus (v. 51).
Esta é a doutrina da Graça Irresistível na prática, registrada na Escritura.
Temos aqui as observações sobre o texto. Temos algumas possibilidades de aplicação do mesmo às nossas vidas, dentre elas a que nos comunica a Ação Redentiva de Cristo e nosso Envolvimento na Missão.
TRANSIÇÃO: .
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Feitas estas considerações, convido os irmãos a observarem uma tríade, que nos ajudará a participar do que o Senhor está fazendo na vida das pessoas e compreenderemos como cooperar com o que Ele está fazendo na história:
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1. PROBLEMA
EXISTEM PECADORES PERTO DE NÓS:
Bartimeu estava ali, a beira da estrada, na saída de Jericó. A multidão o ouviu ali, sabia quem gritava, mas a reação foi, ordená-lo que silenciasse.
Ele seria uma distração para o Senhor? Ele atrapalharia sua viagem? Talvez sim. Parece que a multidão “cuidava” da missão de Jesus melhor do que ele mesmo.
Não é diferente hoje. Quando igrejas preferem investir mais na imagem que possuem do que nos pecadores necessitados ao redor.
Hoje a igreja que deveria encabeçar a missão que Cristo deixou: fazer discípulos, ensinando-os a guardar o que ele os ensinou. Se preocupa mais em promover eventos para alcançar o público, para ocupá-los ali e torná-los consumidores de uma rede eclesiástica local.
Existem pessoas ao nosso redor, com necessidades na alma. Pessoas que precisam ouvir sobre a salvação em Jesus Cristo.
Isso não faz a igreja chorar mais. Isso não faz a igreja ajoelhar-se mais e suplicar ao Senhor pelos pecadores, assim como Bartimeu suplicou por si mesmo.
Parece que a multidão aqui é reflexo do que muitas igrejas locais vivem hoje: insensibilidade ao olhar para os necessitados ao redor. Necessitados de redenção, não de um milagre específico.
TRANSIÇÃO:
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2. A RESOLUÇÃO
O SENHOR CHAMA E REDIME ESTES PECADORES:
Por mais que os que rodeassem o Senhor pudessem supor o que seria melhor para ele fazer naquele momento, Ele não pode ser limitado pelo homem.
Vemos isto no texto: o Senhor para e chama Bartimeu. Independente do que esperava a multidão. Ele para ali, na saída de Jericó e chama aquele homem.
O que o Senhor fez mudou a vida de Bartimeu. Mudou e isso é inegável.
Acreditamos que Pedro, o Apóstolo, foi a testemunha que comunicou estas informações à Marcos para este escrever o Evangelho que temos diante de nós. Imagine como Pedro conversou com Marcos sobre este momento?
TRANSIÇÃO:
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3. A MISSÃO
NÓS DEVEMOS GUIAR ESTES PECADORES À JESUS:
Antes de Jesus ordenar que Bartimeu fosse chamado, eles olham para ele como alguém que não “valeria” o tempo do Senhor. Ele teria que parar, ouvi-lo e respondê-lo.
Depois que o Senhor parou, ele deu a ordem aos que o rodeavam: “Chamai-o”.
Ali eles mudaram. Voltando-se para o necessitado, disseram: “Se anime! Levante-se, ele chama você!”
Aqui a visão deles mudou sobre este homem. Ele não somente obedeceram o Senhor, comunicando Bartimeu. Mas ele disseram para ele ter esperança. Para animar-se, pois o Mestre respondeu a sua súplica.
A visão e a ação. Antes eles falavam: cale-se! Agora: Anime-se! Totalmente diferente.
TRANSIÇÃO:
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CONCLUSÃO:
Nós podemos participar do que Deus está fazendo e fará na história de muitas pessoas. Mas como estamos hoje? Somos o povo do Senhor, eleitos de Deus, nos foi entregue uma missão: ir até as pessoas e comunicar a esperança que há em Jesus Cristo.
Bom, você pode fazer uma auto análise, diante do texto e sermão apresentado.
Ninguém nega que existem pessoas necessitadas ao nosso redor: família, trabalho, escola ou faculdade, até mesmo na igreja. Como você olha para esta pessoa? Você faz isso como Jesus?