A Necessidade de um Avivamento (2)

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A ideia de avivamento, tanto no AT quanto no NT, sugere um “retorno de algo à sua natureza e propósito”.

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Introdução
A ideia de avivamento, tanto no AT quanto no NT, sugere um “retorno de algo à sua natureza e propósito”. O profeta Habacuque, preocupado com a condição espiritual do seu povo, clamou ao Senhor por um avivamento (Hq 3.2)
1) O avivamento e o esquecimento espiritual
Israel vivia"esquecendo" a grande salvação que recebera de Deus (Dt 4.9; 8.11,14,19; cf. Js 4.20- 24). Pedro adverte que é possível os cristãos perderem a consciência da realidade espiritual de que foram purificados de seus pecados (2Pe 1.9). 
2) O avivamento e os ciclos de declínio
Os livros de Juizes, de Reis e de Crônicas relatam ciclos constantes de declínio e avivamento. O ciclo tem início quando os israelitas se envolvem com a cultura pagã ao redor. O sofrimento resultante os leva a retornarem a Deus em arrependimento. Em resposta, Deus envia líderes que iniciam um avivamento (Jz 2.11-20; 10.6-16). As igrejas do Novo Testamento estão sujeitas a entrar no ciclo também; Cristo pede que a igreja de Éfeso retorne ao "primeiro amor" (Ap 2.1-7).
3) O avivamento e o Espírito.
No Pentecostes, os discípulos foram "cheios do Espírito Santo" e anunciaram a palavra de Deus com tanta ousadia, que houve muitas conversões (At 2.4,14-41). Embora esse seja um acontecimento único, os cristãos foram novamente cheios do Espírito, de modo que sua vida comunitária e o evangelismo receberam renovação de poder (At 4.7-31; 13.9,49-52). Nesse contexto a expressão "sugere [...] um novo encher do Espírito para que, com grande poder, eles fossem capazes de continuar testemunhando da ressurreição". Como no AT, a resposta de Deus à oração e à perseguição é enviar o Espírito Santo para renovar pessoas e igrejas.
4) O avivamento e a realidade interior.
Em Efésios 3.14-21, Paulo ora para que o Espírito fortaleça interiormente seus leitores com poder. Para quê? "Para [...] que Cristo habite pela fé em vossos corações" e assim conheçamos o amor de Cristo que "excede todo o entendimento, para que sejais preenchidos até a plenitude de Deus". Em outra ocasião, porém, Paulo afirma que Cristo já habita nos cristãos (Ef 2.22) e estes são plenos nele (Cl 2.9,10). Juntos, esses versículos nos levam a crer que, embora essas coisas sejam objetivamente verdadeiras em relação aos cristãos, o Espírito pode tornar o amor de Deus tão tocante e real espiritualmente que transforma nosso modo de viver. Ele não deseja que simplesmente conheçamos a realidade do amor de Cristo, mas que tenhamos poder para! compreender a infinidade e a maravilha desse amor (Ef 3.18,19), É isso que acontece quando a plenitude do Espírito é mencionada. A verdade começa a brilhar para nós. Ouvimos em nosso coração "Você é meu filho" (veja Rm 8.16; cf. Lc 3.22), e isso nos transforma em bons embaixadores de seu reino.
5) O avivamento e a conversão.
O avivamento não é apenas a renovação de cristãos verdadeiros, mas também a conversão dos crentes nominais que fazem parte da comunidade da aliança. Os profetas pregam aos circuncidados — membros plenos da aliança, mas apenas por fora — e mesmo assim os convoca à conversão interior: "Circuncidai*vos ao Senhor e circuncidai o ; coração" (Jr 4.4; cf. Dt 10.16; 30.6; Jl 2.13). No NT, também é possível ser membro batizado da comunidade cristã e ter o coração "não correto diante de Deus" (At 8.923). Por meio do avivamento, cristãos estagnados voltam à vida e cristãos nominais convertem-se a Jesus.
I. QUANDO O AVIVAMENTO VEM
1. Quando o Livro da Lei é encontrado. 
Ainda bem jovem, o rei Josias foi despertado a restaurar a vida espiritual de Judá e a reformar o Santo Templo. Durante a reparação da Casa de Deus, o sumo sacerdote Hilquias encontrou o Livro da Lei que se havia perdido (2 Cr 34.8-17). Pondo-se a ouvir a Lei de Deus, o monarca, num gesto de profunda dor e contrição, rasgou as vestes, expondo toda a sua dor (2 Cr 34.19). Conscientiza-se ele de que Israel havia transgredido os mandamentos divinos, pecando contra o Senhor (2 Cr 34.20,21).
Constrangido, ajuntou o povo, a fim de que ouvisse a Palavra de Deus e, arrependido, renovasse o seu conserto com o Eterno (2 Cr 34.29-33). Aquele avivamento trouxe maravilhosos resultados ao Reino de Judá. Puseram-se os judeus, temerosos, mas com o coração pleno de júbilo, a celebrar as festas do Senhor (2 Cr 35.18).
Por conseguinte, nenhum avivamento é possível sem um retorno incondicional à Palavra de Deus.
2. Quando a Palavra de Deus é corretamente ensinada. 
Os judeus haviam apostatado de sua fé e se rebelado contra o Senhor (Ed 10.2,3). Por causa disso, Deus os expulsara de sua boa e ampla terra, exilando-os em Babilônia durante setenta anos. Terminado o período de disciplina, Jeová usa diversos reis gentios para reconduzi-los à terra de seus ancestrais (Ed 1.1; 7.1-28). Deus, então, instrumentaliza o sacerdote e escriba Esdras para constranger o povo a estabelecer um novo concerto com o Senhor, através do qual seriam restaurados mediante um grande avivamento.
 O avivamento no tempo de Esdras também teve início com a volta incondicional de todos ao estudo e à obediência da Palavra de Deus (Ed 7.10). Nessa tarefa, Esdras foi auxiliado pelo sábio administrador Neemias que, além de restaurar os muros de Jerusalém que Nabucodonosor havia derribado, proporcionou-lhe as condições necessárias para que ensinasse ao povo a Palavra de Deus.
3. Os frutos do avivamento. 
Juntamente com Esdras, Neemias iniciou um processo de reorganização nacional que culminaria com a restauração moral e espiritual da nação judaica (Ne 8.12-18). Os frutos do avivamento não tardaram a aparecer: estudo da Palavra de Deus, oração, adoração (Ne 8.1-18), confissão de pecados (Ne 9.1-38) e o desejo de cumprir e obedecer os estatutos do Senhor (Ne 10.29). Observe que tudo começou com o estudo da Palavra de Deus. Você quer realmente um avivamento? Volte ao ensino da Palavra e a oração e os tempos de refrigério não tardarão a chegar.
 
II. O CLAMOR DO PROFETA HABACUQUE
1. Um homem preocupado com o estado espiritual de seu povo.
Habacuque, apesar de seus questionamentos, sempre demonstrou uma fé inabalável na soberania divina (Hc 2.4; 3.17-19). Profeta de Deus, tinha ele consciência do pecado de seu povo e do juízo que estava prestes a abater-se sobre a sua gente. O que isto significava? Somente um avivamento poderia salvar a Casa de Judá de uma tragédia nacional. Por isso, clama ao Senhor para que desperte a sua obra enquanto ainda havia esperança (Hb 3.1,2).
Clamemos e intercedamos por nosso povo; roguemos por um autêntico avivamento. Que o Senhor tenha misericórdia e torne a manifestar o seu poder sobre nós, trazendo-nos o renovo espiritual, pois estamos vivendo nos últimos dias que antecede a vinda do Senhor Jesus Cristo. 
2. A restauração virá.
 Mesmo em meio a lutas e adversidades, Habacuque sabe que o Deus que livrara Israel no passado (Êx 14.1-31) agirá mais uma vez, trazendo salvação no presente (Hb 3.18,19). Em seu coração, havia a plena certeza de que um remanescente fiel não haveria de perecer diante de Babilônia. Essa convicção trouxe-lhe alegria e ânimo: “Todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.18).
3. Avivamento gera mudança de vida. 
Habacuque estava ciente de que o povo pecara contra o Senhor. Havia injustiças, violência e idolatria entre o povo de Deus (Hc 2.9-11,17-19). Por conseguinte, fazia-se urgente uma mudança de vida entre os filhos de Israel. Então, o profeta clama por um avivamento (Hc 3.2). Somente o Espírito Santo poderia quebrantar aqueles corações e levá-los a arrepender-se de suas iniquidades. Era preciso confissão e abandono dos pecados, para que viessem a se reconciliar com o Senhor. À semelhança de Habacuque, clamemos a Deus para que a igreja destes últimos dias se empenhe por uma vida de justiça, pureza e santidade e, assim, venha a desfrutar de um genuíno avivamento (1 Jo 1.9).
 III. É TEMPO DE BUSCAR A FACE DE DEUS
1. Buscando e conhecendo a Deus. 
Muitos, por estarem interessados apenas em milagres, curas e prosperidade material, já não buscam a Deus pelo que Ele é. Na verdade, não querem conhecer a Deus, mas somente barganhar com o Senhor. A Bíblia, ensina-nos que devemos agir piedosamente: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3). Que possamos ter fome e sede de Deus. Se nos achegarmos a Ele, certamente Ele a nós se achegará (Tg 4.8; Sl 24.3-6).
2. Consagrando-se e entregando-se a Deus. 
Vivemos num mundo onde as riquezas são cultuadas como se fossem mais importantes do que aquele que é o dono da prata e do ouro (Ag 2.8). Devemos entender, porém, que Deus não está interessado em nossos bens, mas em que atendamos pronta e plenamente as reivindicações de sua Palavra (Mq 6.6). Ele demanda que nos santifiquemos e nos consagremos integralmente a Ele, porque dEle somos (Lv 20.26). Não nos conformemos, pois, nem com a vida nem com o modo de pensar deste mundo (Rm 12.2). Dediquemo-nos à oração, entregando-nos como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12.1), para continuarmos como sal da terra e luz neste mundo que jaz do maligno.
3. Confessando e abandonando os pecados. 
Mostra-nos a Bíblia que os avivamentos experimentados pelo povo de Deus foram marcados por contrição, confissão e abandono de pecados, e principalmente pela volta à Palavra de Deus (Ne 9; 2 Cr 34.19,30-33; Ed 8.21; Jl 2.13). Sem corações contritos e quebrantados não há avivamento (Sl 51.17). Deus revela-se compassivo e misericordioso com aqueles que o buscam e arrependem-se de seus pecados e iniquidades.
 CONCLUSÃO 
A exemplo de Habacuque, clamemos por um avivamento. Que o nosso clamor seja uníssono: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Sim, aviva, ó Senhor, a tua obra. Amém.
 A exemplo de Habacuque, clamemos por um avivamento. Que o nosso clamor seja uníssono: “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2). Sim, aviva, ó Senhor, a tua obra. Amém.
 
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