JESUS VIRÁ OUTRA VEZ! (Parte 2) Lucas 21.20-28
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· 8 viewsNos últimos dias a igreja vigilante lidará com um tempo de grandes transformações.
Notes
Transcript
Grande ideia: Nos últimos dias a igreja vigilante lidará com um tempo de grandes transformações.
Estrutura: a grande tribulação, na imagem da Jerusalém em ruínas (vv. 20-24) e a grande esperança, na imagem dos sinais de horror anunciando o fim (vv. 25-28)
Lucas 21.5-19: Juízo de Deus começa no templo e serve de sinal para todas as nações.
Lucas 21.20-28: De Jerusalém (simbolicamente) para o mundo (literalmente), o cenário será de caos e destruição.
Lucas 21.29-38: A igreja precisa estar em vigilância, e os crentes observando a si mesmos em santidade diante de Deus.
"21:24 até que os tempos deles se cumpram. Essa expressão é única em Lucas. Identifica a era desde o cativeiro de Israel (586 a.C. até a Babilônia; cf. 2Reis 25) até sua restauração no reino (Apocalipse 20:1-6). Foi um tempo em que, de acordo com o propósito de Deus, os gentios haviam dominado ou ameaçado Jerusalém. A era também foi marcada por vasto privilégio espiritual para as nações gentias (cf. Isaías 66:12; Malaquias 1:11; Mateus 24:14; Marcos 13:10)." (from "Comentário bíblico MacArthur: Gênesis a Apocalipse" by John MacArthur)
Leon Morris:
Lucas deixa claro que esta seção do discurso se refere à destruição de Jerusalém e não ao tempo do fim. Tem alguma matéria que não se acha nos demais Sinópticos, ao passo que, inversamente, omite algumas coisas que eles incluem, tais como a referência ao “sacrilégio que desola” (Mt 24.15; Mc 13.14).
1. A grande tribulação. (vv. 20-24)
FLÁVIO JOSEFO:
Era igualmente perigoso para os ricos ficar ou fugir, porque era suficiente possuir bens para ser assassinado. Entretanto, a carestia, crescendo sempre, fazia crescer também o furor dos revoltosos; e à medida que se avançava, mais esses dois males juntos produziam terríveis efeitos. Como não havia mais trigo, esses inimigos da pátria, que tinham acendido o fogo da guerra, entravam à força nas casas para procurá-lo. E, se o encontravam, acusavam-nos de o ter ocultado, maltratavam-nos, fazendo-os sofrer, para obrigá-los a lhes revelar o esconderijo e era suficiente proceder bem, para logo ser tido como culpado desse pretenso crime. Aqueles que estavam reduzidos ao extremo, eles deixavam-nos morrer de fome, poupando a si mesmos o trabalho de matá-los. Vários ricos venderam secretamente todos os seus bens por uma medida de trigo; e os mais desprendidos, por apenas uma medida de cevada. Encerravam-se depois nos lugares mais ocultos de suas casas, onde alguns comiam esse grão, sem ser moído, outros reduziam-no a farinha segundo a necessidade ou temor lho permitia. Não se viam mais mesas postas; cada qual tirava de debaixo do carvão o que comer, sem se dar ao trabalho de o deixar cozer. Jamais se poderia ver miséria tão deplorável. Somente aqueles que tinham o poder nas mãos não a experimentavam. Todos os demais lamentavam inutilmente sua desgraça e como a fome não se disfarça, as mulheres arrancavam o pão da mão de seus maridos, as crianças, das mãos de seus pais, e o que supera toda a credulidade, as mães, das mãos de seus filhos. Mas os que assim faziam não podiam, nem se escondendo, evitar que se lhes viesse a arrebatar o que já tinham tirado dos outros. Quando a porta de uma casa se fechava, a suspeita de que aqueles que lá estavam tinham alguma coisa para comer, os fazia arrombá-las, para entrar e para lhes tirar o pedaço da boca. Espancavam os velhos que não os queriam entregar, agarravam pela garganta as mulheres que escondiam o que tinham nas mãos e sem ter nem mesmo compaixão das crianças, que ainda mamavam, atiravam-nas ao chão depois de terem sido arrancadas do peito das suas mães. Os que corriam para tirar o pão dos outros, iravam-se com os que corriam mais do que eles, como se os tivessem injuriado gravemente e não havia tormentos que não se inventassem para encontrar um meio de viver. Penduravam os homens pelas partes mais sensíveis, fincavam-lhes na carne pedaços de pau pontiagudos e os faziam sofrer outros indizíveis tormentos, para fazê-los declarar onde tinham escondido um pão ou um punhado de farinha. Esses carrascos achavam que, em tal conjuntura, podia-se, sem crueldade, praticar tão horríveis ações e eles ajuntaram, por esse meio, o necessário para viver seis dias. Tiravam dos pobres as ervas que de noite eles iam colher fora da cidade, com perigo de vida; nem escutavam os rogos que lhes faziam, em nome de Deus, para lhes deixar uma pequena porção e julgavam fazer-lhes grande favor, não os matando depois de os ter roubado.
(a) Jesus faz menção aqui à profecia de Daniel:
Há cerca de 300 referências sobre a primeira vinda de Cristo na Escritura e oito vezes mais sobre a segunda vinda, ou seja, há 2400 referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia.
Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto e não terá nada. O povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário. O seu fim virá como uma inundação. Até o fim haverá guerra, e desolações foram determinadas.
(b) Não se trata de uma era, mas de uma pessoa: o anticristo.
O espírito do anticristo já está operando no mundo. Ele se opõe e se levanta contra tudo o que é Deus. Ele vai se levantar para perseguir a igreja. Ninguém vai resistir ao seu poder e autoridade. Ele vai perseguir, matar, controlar. Muitos crentes vão ser mortos e selar seu testemunho com a própria morte.
o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, apresentando-se como se fosse o próprio Deus.
Também opera grandes sinais, de maneira que até faz descer fogo do céu sobre a terra, diante de todas as pessoas. Seduz aqueles que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que foi ferida à espada e sobreviveu. E lhe foi concedido poder para dar vida à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta.
(c) Será um tempo de urgências, motivadas pelo desespero da chegada do tempo final.
As grandes agitações desses dias causarão traumas incuráveis em toda a humanidade, desde os mais velhos até os nascituros.
Porque aqueles dias serão de tamanha tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo criado por Deus até agora e nunca jamais haverá.
(d) A tribulação será literal:
θλιψις thlipsis de 2346; TDNT- 3:139,334; n f 1) ato de prensar, imprensar, pressão 2) metáf. opressão, aflição, tribulação, angústia, dilemas Sinônimos ver verbete 5907.
(e) Agora, Deus tem um plano especifico para os seus eleitos, não temos como negar, trata-se de uma verdade bíblica:
Se o Senhor não tivesse abreviado aqueles dias, ninguém seria salvo. Mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, Deus abreviou tais dias.
Farei sair de Jacó descendência
e de Judá, um herdeiro
que possua os meus montes.
Os meus eleitos herdarão a terra,
e os meus servos habitarão nela.
Que diremos, então? O que Israel buscava, isso não alcançou; mas a eleição conseguiu isso. Os demais foram endurecidos,
Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, revistam-se de profunda compaixão, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência.
Lutarão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; serão vencedores também os chamados, eleitos e fiéis que estão com o Cordeiro.
(f) Mais um alerta sobre os “falsos cristos” e os “falsos profetas”:
Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.
2. O grande alvoroço. (vv. 25-28)
(a) É contraditório o sol (uma estrela de alta luz) se escurecer, e a luz (astro luminoso, satélite natural da terra) perder a capacidade de iluminar.
(b) Estrelas caindo do céu, é uma figura de linguagem para uma destruição sem precedentes.
Porque as estrelas
e constelações dos céus
não darão a sua luz;
o sol, logo ao nascer, se escurecerá,
e a lua não fará resplandecer a sua luz.
Vi quando o Cordeiro quebrou o sexto selo. Houve um grande terremoto, o sol se tornou negro como pano de saco feito de crina, a lua ficou toda vermelha como sangue, as estrelas do céu caíram sobre a terra, como a figueira deixa cair os seus figos verdes quando sacudida por um vento forte,
“Eu estava olhando
nas minhas visões da noite.
E eis que vinha com as nuvens do céu
alguém como um filho do homem.
Ele se dirigiu ao Ancião de Dias,
e o fizeram chegar até ele.
Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele. Certamente. Amém!
(c) A vinda de Jesus:
Será uma vinda gloriosa:
Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Será uma vinda decisiva:
E então virá o fim, quando ele entregar o Reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
Será uma vinda súbita:
Irmãos, no que se refere aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu lhes escreva. Porque vocês sabem perfeitamente que o Dia do Senhor vem como ladrão à noite. Quando andarem dizendo: “Paz e segurança”, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à mulher que está para dar à luz; e de modo nenhum escaparão.
Mas vocês, irmãos, não estão em trevas, para que esse Dia os apanhe de surpresa como ladrão. Porque vocês todos são filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.
Em verdade lhes digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
A MENSAGEM:
28 "Aprendam a lição da figueira. Quando percebem que ela começou a florescer e verdejar, vocês sabem que o verão está chegando. O mesmo acontecerá com vocês. Quando virem os sinais, saberão que não demorará muito. Levem isso a sério. Não estou me dirigindo apenas às gerações futuras, mas a vocês também. Esta era continua até que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra vão desaparecer, mas as minhas palavras jamais.
(c) Em suma:
Leon Morris:
Jesus diz que Ele virá “com poder e grande glória”. Tinsley e outros pensam que isto significa uma ida para Deus (como em Dn 7.13). Mas este seria um significado desnatural para o partícipio erchomenon, que significa “vindo” ao invés de “indo”. Vir com glória indica o poder real. Somente Lucas preserva o mandamento exultai e erguei as vossas cabeças. Quando os sinais enigmáticos começam a ocorrer, os seguidores de Jesus não precisam ser desanimados. Está perto o livramento deles. Redenção significa “soltura mediante o pagamento de um preço.” Em certo sentido, a redenção foi realizada de modo definitivo sobre a cruz, mas o desdobrar da sua implicação plena ainda é futuro, e é disto que Jesus fala.
3. Outras aplicações:
(a) As profecias bíblicas se cumprirão uma a uma: leia a Bíblia em uma mão e o jornal em outra.
O velho Livro sempre demonstra sua veracidade. De fato, retrata a Cristo. Podemos descansar em suas afirmações, não somente com relação ao tempo, mas também quanto à eternidade. (Stuart Olyott)
(b) Não devemos nos apegar às coisas materiais: “o essencial é invisível aos olhos”.
Será um tempo de muita correria, muita agitação, muitos infortúnios, um caos generalizado!
A doutrina da eleição é bíblica e deve nos encher de uma responsabilidade santa: “Deus elege no céu aquele que ele santifica na terra”.
Os falsários do evangelho estão rondando por ai! Vigiem! Não sejamos precipitados em dizer que vem de Deus aquilo que ainda não foi conferido pelas Escrituras:
Ora, estes de Bereia eram mais nobres do que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.
Paul Tripp:
A promessa é que, depois do fim, Deus nos dará um novo lar. Não, não vamos ficar flutuando nas nuvens e tocando harpas douradas. Ele vai nos dar um novo céu e uma nova terra. A nova terra não será como esta em que estamos acostumados a viver. O que a tornará radicalmente diferente desse mundo ferido em que vivemos é que será um lugar onde habitará a justiça, para sempre incontestada.
(c) Não fique refém dos especuladores sobre “dia e hora”. Jesus já disse: “ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai”.
— Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.
Recebam esse recado de Bruce Milne:
O fator realmente importante é a nossa atitude moral: o que somos, nossa vontade de obedecer ao Senhor e de encorajar outros a terem essa mesma obediência. Não devemos tentar criar um esquema detalhado dos acontecimentos dos últimos dias e prever assim a data e a hora da volta de Jesus; contudo, o outro extremo, de ignorar toda a questão dos “sinais”, é também errado. A atitude correta é a de vigilância, reconhecendo que o conflito entre o bem e o mal irá acirrar-se antes do fim, embora nem mesmo isso possa escapar à ambiguidade da história. O Senhor está sempre preparado para a sua volta. O momento exato pertence à escala perfeita de Deus.
Ilustr.:
No enterro de um pregador, uma pequena criança foi vista pulando despreocupadamente pelo cemitério ao entardecer. Alguém lhe perguntou: "Você não tem medo de andar por este lugar?" "Oh, não", disse a criança, "eu apenas passo por aqui para chegar em casa." Para nós, cristãos, a morte é apenas "uma passagem para chegar em casa". Não é o final de tudo.
Ao vê-lo, caí aos seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo:
— Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno.