O Rei ensina que as crianças integram seu reino - Mt 19.13-15
Como Deus se tornou Rei • Sermon • Submitted • Presented
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IGREJA PRESBITERIANA DE APIAÍ
PLANEJAMENTO PASTORAL – SERMÕES EXPOSITIVOS
NOVEMBRO/2023
Rev. Mateus Lages
Tema: Como Deus se tornou Rei!
Dia 05/11: Mt 19.13-15 – O Rei ensina que as crianças integram seu reino
Deus fala: Saudação – Salmo 8.9
Nós falamos: Oração inicial
Nós cantamos: Hino 367 – Convite as crianças
Deus fala: Lucas 15.3-10
Nós falamos: Oração de louvor
Nós cantamos: Hino 362 – Brilhando por Jesus
Deus fala: Lamentações 3.19-23
Nós falamos: Oração de confissão
Nós cantamos: Hino 359 – Jesus me quer bem
LOUVOR
Tema: Como Deus se tornou Rei
Mt 19.13-15 – O Rei ensina que as crianças integram seu reino
INTRODUÇÃO/CONTEXTO
Rev Hernandes contextualiza muito bem essa passagem recordando que Jesus estava a caminho da Judeia (19.1). Ele marchava para a cruz. Foi nessa caminhada dramática, dolorosa, que ele encontrou tempo em sua agenda e espaço em seu coração para acolher as crianças, orar por elas e abençoá-las.
Mateus 19.3–30 apresenta uma sequência lógica: casamento (19.3–12), crianças (19.13–15) e propriedades (19.16–30). Uma curiosidade que nos chama atenção em Mateus e em Marcos, embora não em Lucas, é que essa bela história foi colocada imediatamente após a passagem sobre o divórcio. De qualquer forma, o bem-estar das crianças sempre deve ser preocupação primacial dos cristãos nas decisões que venham a tomar sobre o divórcio.
Jesus, apesar de caluniado e perseguido pelos escribas e fariseus, era considerado pelo povo como profeta (Lc 24.19). Daí a confiança do povo em levar a ele suas crianças para que por elas orasse e impusesse as mãos.
Vamos ao texto: Mt 19.13-15 – O Rei ensina que as crianças integram seu reino, portanto: 1) faça parte do grupo que as leva até Jesus; 2) não faça parte do grupo que as impede de ir até Jesus; 3) faça parte do grupo que abençoa as crianças.
1) O Rei ensina que as crianças integram seu reino, portanto: faça parte do grupo que as leva até Jesus;
DESENHO 1: A pessoa que trouxe você na Igreja levando você até Jesus
Temos três grupos aqui. 1) os que levam as crianças a Jesus (19.13). As crianças não foram; elas foram levadas. Algumas delas eram crianças de colo, outras foram andando, mas todas foram levadas. Devemos ser facilitadores, e não obstáculo para as crianças se aproximarem de Cristo.
Os pais ou mesmo parentes reconheceram a necessidade de levar as crianças a Cristo. Eles não as consideraram insignificantes nem acharam que elas pudessem ficar longe de Cristo. Aqueles que levam as crianças a Cristo reconhecem que elas precisam dele. Era costume naquela época os pais levarem seus filhos aos rabinos para que eles orassem por eles. As crianças podem e devem ser levadas a Cristo. Na cultura grega e judaica, as crianças não recebiam o valor devido, mas no reino de Deus elas não apenas são acolhidas, mas também tratadas como modelo para os demais.
Aos pais presentes, tanto de crianças quanto de adultos: notem Jesus encorajando-os a permanecerem conduzindo suas crianças até ele na repreensão aos discípulos.
Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus (19.14). O encorajamento era para os pais das crianças e para as próprias crianças. Jesus manda abrir o caminho a ele para que as crianças possam se aproximar.
Nisto, Jesus demonstra afeição pelas crianças. Essa não é a primeira vez. Ele já disse que quem recebe uma criança em seu nome é como se estivesse recebendo ele próprio (18.5) e que fazê-las tropeçar é uma atitude gravíssima (18.6). Agora, as acolhe, ora por elas e impõe as mãos sobre elas. Essa atitude te ensina ou te incomoda?
Levar as crianças a Cristo é a coisa mais importante que podemos fazer por elas. Nossas crianças devem receber profunda atenção da igreja de Cristo. Precisamos acolher bem as crianças. Jesus, o Senhor da igreja, encontrou tempo para dedicar-se às crianças. Ele demonstrou que o cuidado com as crianças é um ministério de grande valor.
2) O Rei ensina que as crianças integram seu reino, portanto: não faça parte do grupo que as impede de ir até Jesus; 3)
O segundo grupo é os que impedem as crianças de irem a Cristo (19.13b). Os discípulos mais uma vez demonstram dureza de coração para com o próximo, que neste caso são as crianças. Em vez de serem facilitadores, tornaram-se obstáculos. Eles não achavam que as crianças fossem importantes, mesmo depois de Jesus ter ensinado claramente sobre isso (18.1–5). Guardem isso, irmãos: sempre será trágico fazer as crianças sentirem que estão incomodando em casa e na igreja.
Os discípulos repreendiam aqueles que levavam as crianças por acharem que Jesus não devia ser incomodado por questões irrelevantes. O verbo usado para repreender implica desaprovação e demonstra um ato contínuo. Eles agiram com firmeza desnecessária contra os pais que levaram suas crianças até Jesus. Por isso, cuidemos para que não façamos o mesmo. É fácil impedir as pessoas de levarem as crianças a Cristo por comodismo, por negligência ou por uma falsa compreensão espiritual.
Mas o convite de Jesus é explícito: "Deixem os pequeninos e não os impeçam de vir a mim,". Aqui entra uma informação relevante daqueles dias. Na religião judaica, somente depois dos 13 anos uma criança podia iniciar-se no estudo da lei. Por isso foi uma surpresa Jesus aos 12 anos no Templo ensinando. Mas Jesus revela que as crianças devem ir a ele para receberem seu amor e sua graça.
Por isso, irmãos, quero enfatizar que a fala de Jesus demonstra indignação. "Não os impeçam" quer dizer "não os privem", no sentido de previnir para evitar. Portanto, podemos dizer que Jesus fica indignado quando a igreja se para as crianças.
Jesus já ficara indignado com seus inimigos, mas agora fica indignado com os discípulos. É a única vez que o desgosto de Jesus se direcionou aos próprios discípulos, quando eles se tornaram estorvo, em vez de bênção; quando eles levantaram muros, em vez de construir pontes.
Mas, diferente de nós, que esbravejamos e rompemos os laços quando ficamos indignados, a indignação de Jesus aconteceu concomitantemente com o seu amor. A razão pela qual ele se indignou com os seus discípulos foi o seu amor profundo e compassivo àquelas crianças, e todos os que as levaram a ele. Por isso entendemos o "não as embaraceis" como algo que remete a uma ação negativa e positiva: "Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso". NTLH.
3) O Rei ensina que as crianças integram seu reino, portanto: faça parte do grupo que abençoa as crianças.
DESENHO 2: Você e a pessoa que trouxe você na Igreja sendo abençoadas por Jesus
Em terceiro lugar estão os que, como Jesus, abençoam as crianças (19.15). Jesus demonstra amor, cuidado e atenção especial com todos aqueles que eram marginalizados na sociedade. Ele dava valor aos leprosos, aos enfermos, aos publicanos, às prostitutas, aos gentios e, agora, às crianças. Jesus impõe as mãos sobre as crianças e ora por elas (19.13,15). A bondade de Jesus se evidencia numa época em que as crianças eram consideradas insignificantes e destituídas de importância.
Por isso, abençoe as crianças ensinando a Palavra de Deus. Timóteo aprendeu as Sagradas Letras que o tornaram sábio para a salvação desde sua infância (2Tm 3.15). A Bíblia diz: Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele (Pv 22.6). Os pais devem ensinar os filhos de forma dinâmica e variada (Dt 6.1–9).
Além disso, seja exemplo para suas crianças. Escandalizar uma criança e servir de tropeço para ela é um pecado de consequências graves (18.6). Ensinamos as crianças não só com palavras, mas, sobretudo, com exemplo. Influenciamos as crianças sempre, seja para o bem, seja para o mal.
E reconheça a necessidade que as crianças têm da sua atenção dedicada. Os discípulos julgaram que aquela não era uma causa tão importante a ponto de ocupar lugar na agenda de Jesus. Eles, na intenção de poupar Jesus, revelaram seu preconceito para com as crianças e preferiram desprezar ao invés de acolher.
Os pais levaram as crianças para que Jesus as tocasse (Lc 18.15) e orasse por elas (19.13). Jesus, em vez de concordar com os discípulos, mandando-as embora, chamou-as para junto de si (Lc 18.16) e impôs sobre elas as mãos (19.15).
CONCLUSÃO/APLICAÇÃO
Concluindo, aprendemos como O Rei ensina que as crianças integram seu reino, portanto: 1) faça parte do grupo que as leva até Jesus; 2) não faça parte do grupo que as impede de ir até Jesus; 3) faça parte do grupo que abençoa as crianças.
Por fim, Jesus foi enfático: delas é o reino dos céus (19.14). Isso não tem a ver com elas serem puras ou sem pecado, mas tem a ver com a natureza do reino dos céus. O pecado original atingiu toda a raça. A inclinação do nosso coração é para o mal, e as crianças não são salvas por serem inocentes, mas pela misericórida de Deus.
Então, entendemos que o que Jesus ensina é que as crianças vão a ele com total confiança. Elas creem e confiam. Elas se entregam e descansam. Como crianças, devemos ir a Cristo sem sofisticação, mas com simplicidade, confiança e sinceridade. Jesus está dizendo que o reino de Deus não pertence aos que dele se acham “dignos”; ao contrário, é um presente aos que são “tais” como crianças.
SANTA CEIA
ORAÇÃO FINAL E BÊNÇÃO