Eu e Minha Casa
Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 2 viewsNotes
Transcript
Introdução
Introdução
Como suas decisòes influenciam na sua família? Agora, eu te pergunto, como a sua família inflencia nas suas decisões?
1 Depois Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém e chamou os anciãos de Israel, os seus chefes, os seus juízes e os seus oficiais, e eles se apresentaram diante de Deus. 2 Então Josué disse a todo o povo:
— Assim diz o Senhor, Deus de Israel: “Antigamente, os pais de vocês, incluindo Tera, pai de Abraão e de Naor, viviam do outro lado do Eufrates e serviam outros deuses. 3 Eu, porém, trouxe Abraão, o pai de vocês, do outro lado do rio e o fiz percorrer toda a terra de Canaã. Também multipliquei a descendência dele e lhe dei Isaque. 4 A Isaque dei Jacó e Esaú. A Esaú dei como propriedade as montanhas de Seir, mas Jacó e seus filhos desceram para o Egito. 5 Então enviei Moisés e Arão e castiguei o Egito com o que fiz ali; e, depois, tirei vocês de lá. 6 Quando tirei os seus pais do Egito, vocês chegaram até o mar. Os egípcios perseguiram os pais de vocês, com carros de guerra e cavaleiros, até o mar Vermelho. 7 Os pais de vocês clamaram e o Senhor pôs escuridão entre vocês e os egípcios, e trouxe o mar sobre eles, e o mar os cobriu. Vocês viram com os seus próprios olhos o que eu fiz no Egito. Depois vocês viveram no deserto por muito tempo.
8 — Daí eu os trouxe à terra dos amorreus, que moravam do outro lado do Jordão. Eles lutaram contra vocês, mas eu os entreguei nas mãos de vocês. Vocês tomaram posse da terra deles, e eu os destruí diante de vocês. 9 Então o rei de Moabe, Balaque, filho de Zipor, se levantou e lutou contra Israel. Mandou chamar Balaão, filho de Beor, para que os amaldiçoasse. 10 Porém eu não quis ouvir Balaão, e ele teve de abençoar vocês. E assim eu os livrei das mãos de Balaque.
11 — Vocês atravessaram o Jordão e chegaram a Jericó. Os moradores de Jericó lutaram contra vocês e o mesmo fizeram também os amorreus, os ferezeus, os cananeus, os heteus, os girgaseus, os heveus e os jebuseus. Porém eu os entreguei nas mãos de vocês. 12 Enviei vespões adiante de vocês, que os expulsaram de diante de vocês, bem como os dois reis dos amorreus. E não foram as espadas nem os arcos de vocês que fizeram isso. 13 Eu lhes dei uma terra em que vocês não trabalharam e cidades que vocês não haviam construído. Vocês estão vivendo nessas cidades, e comem das vinhas e dos olivais que não plantaram.”
14 — Agora, pois, temam o Senhor e o sirvam com integridade e com fidelidade. Joguem fora os deuses que os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates e no Egito e sirvam o Senhor. 15 Mas, se vocês não quiserem servir o Senhor, escolham hoje a quem vão servir: se os deuses a quem os pais de vocês serviram do outro lado do Eufrates ou os deuses dos amorreus em cuja terra vocês estão morando. Eu e a minha casa serviremos o Senhor.
A passagem de Josué 24:1-15 é uma parte significativa da narrativa bíblica, na qual Josué, o líder escolhido para suceder Moisés, está se dirigindo ao povo de Israel. Esta passagem ocorre no final da vida de Josué e apresenta um resumo da história de redenção de Israel, lembrando o povo de todos os atos poderosos que Deus realizou em seu favor.
Vamos detalhar o contexto:
Josué convocou todas as tribos de Israel para Siquém, um lugar com importância histórica e espiritual para os israelitas.
Josué começa a falar em nome de Deus, relembrando o povo sobre a história de seus antepassados. Josué prossegue contando sobre a chamada de Abraão, a promessa de Deus de dar a ele uma descendência numerosa e a terra de Canaã, a migração de Jacó para o Egito, a subsequente opressão dos israelitas pelos egípcios e a poderosa libertação de Israel do Egito por Deus através de Moisés e Arão.
Josué também relembra como Deus deu a Israel vitória sobre várias nações e reis. Ele enfatiza que foi o Senhor quem lutou por Israel e lhes deu uma terra que não haviam cultivado e cidades que não haviam construído.
Esta recapitulação da história de Israel tem um propósito específico. Josué quer que o povo de Israel reconheça e se lembre da bondade, fidelidade e poder de Deus. Ao fazer isso, ele está preparando o terreno para o desafio e decisão que colocará diante deles nos versículos subsequentes, especialmente em Josué 24:15, onde ele desafia o povo a escolher a quem servirão.
Esse texto fala da despedida de Josué ao povo que ele conduziu até a terra prometida, tudo que Deus já tinha feito para eles até aquele momento. Que aquele povo estava recebendo uma cidade que não construíram, nem fizeram nada por merecer, que foi fruto da graça de Deus. A única coisa que eles poderia fazer era servir a Deus com a família.
Após serem lembrados da bondade, da provisão e da Graça de Deus, qual foi a resposta do povo de Israel?
10 Toda aquela geração também morreu e foi reunida aos seus pais. E, depois dela, se levantou uma nova geração, que não conhecia o Senhor, nem as obras que ele havia feito por Israel. 11 Então os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, servindo os baalins. 12 Deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que os havia tirado da terra do Egito, e seguiram outros deuses, os deuses dos povos que havia ao redor deles, e os adoraram, e provocaram o Senhor à ira. 13 Porque deixaram o Senhor e serviram Baal e Astarote. 14 A ira do Senhor se acendeu contra Israel e ele os entregou nas mãos ladrões que os despojavam do que possuíam. Ele os entregou nas mãos dos seus inimigos ao redor; e não puderam mais resistir a eles. 15 Por onde quer que fossem, a mão do Senhor estava contra eles para seu mal, como o Senhor lhes tinha dito e como lhes havia jurado. E estavam em grande aperto.
Uma geração após o povo receber a terra prometida e receber a orientação de Josué em relação a tudo que Deus fez, vemos que a geração seguinte cresceu sem conhecer a Deus. De quem foi a culpa? Dos sacerdotes? Dos profetas? Dos levitas? Não, a culpa foi das famílias, que desobedeceram o que Deus ordena em Deuternômio 6 onde o Senhor dá aos pais a responsabilidade Espiritual dos Filhos. Mais adiante vemos em Efésios 4, quando Paulo instrui a respeito dos papeis na família, ele fala sobre o papel da igreja em equipar os santos para o ministério que é desenvolvido em casa. Não tem como desassociar uma coisa da outra. Fuja dos extremos, a bíblia não valida nenhum dos dois: A tercerização da formação espiritual da família somente para a igreja, nem tampouco um sacerdócio familiar autônomo da igreja. A mulher e os flhos se submetem a um pai que é submisso a Cristo que é o cabeça do corpo que é a igreja (desigrejamento familiar - eu não preciso da igreja, venho por causa dos meus filhos).
Adecisão de Josué e a desobediência do povo de Israel se aplicam às famílias de hoje.
A decisão de Josué, expressa na famosa afirmação "Eu e minha casa serviremos ao Senhor", não foi apenas um compromisso pessoal, mas também uma afirmação de liderança familiar. Essa decisão revela várias verdades e implicações importantes tanto para sua época quanto para as famílias de hoje:
Responsabilidade de Liderança: Josué, como líder de sua casa, entendeu a responsabilidade de guiar sua família nos caminhos de Deus.
Influência da Escolha Individual: A decisão de uma pessoa, especialmente de um líder ou cabeça de família, pode ter um efeito cascata, influenciando outros membros da família.
Coragem: Na época de Josué, havia muitos ídolos e deuses estrangeiros sendo adorados. Josué tomou uma decisão contrária à norma cultural, escolhendo servir unicamente ao Deus de Israel.
Legado Familiar: A decisão de Josué não estava focada apenas no presente, mas também tinha implicações futuras. Ele estava estabelecendo um legado de fé para as gerações vindouras de sua família.
I. Recordando a História da Redenção
I. Recordando a História da Redenção
(Josué 24:1-14)
Em Josué 24, somos apresentados a um relato emocionante onde Josué reúne todo o povo de Israel e recapitula a poderosa obra de redenção que Deus realizou em favor de Seu povo. Desde a chamada de Abraão, passando pela opressão no Egito e culminando na maravilhosa travessia do Jordão, Josué recorda cada marco, cada milagre, e cada promessa cumprida.
Assim como Josué fez, é essencial que nós também tomemos um momento para relembrar a história da nossa redenção – o Evangelho. A mensagem do Evangelho não é meramente um evento isolado em nossas vidas, mas uma verdade eterna que deve ser revisitada e celebrada diariamente. A cruz de Cristo não é apenas o lugar onde nossos pecados foram perdoados, mas é o lembrete constante da profunda graça e amor de Deus por nós.
Aplicação: As famílias têm o privilégio e a responsabilidade de serem guardiãs da memória da redenção. É fundamental que você reflita no Evangelho diariamente em família. Assim como Josué incentivou o povo de Israel a relembrar os feitos de Deus, nós, como famílias, devemos nos unir em torno da mensagem da cruz. Em meio às rotinas diárias, às preocupações e lutas, é fácil esquecermos da profundidade do amor de Deus e de como Ele atuou e continua atuando em nossas vidas. Assim como Israel foi encorajado ao recordar a fidelidade de Deus, nós também seremos. Quando reconhecemos e relembramos juntos a fidelidade e os feitos de Deus, não apenas fortalecemos nossa fé, mas também construímos um legado de confiança em Deus para as próximas gerações.
II. Escolhendo Servir a Deus em Família
II. Escolhendo Servir a Deus em Família
(Josué 24:15)
No coração do livro de Josué, encontramos um desafio urgente e resoluto. Josué, após recapitular a história redentora de Deus e a trajetória de Israel, lança uma convocação: "Escolham hoje a quem vocês vão servir". A clareza de sua decisão é marcada por uma profunda resolução pessoal: "Eu e minha casa SERVIREMOS ao Senhor".
A urgência de sua decisão não é apenas um reflexo de seu compromisso pessoal, mas um chamado à Missão em família.
A frase "Eu e minha casa" não é apenas uma declaração de liderança familiar, mas um reconhecimento de como a fé de um indivíduo pode ter um efeito cascata, influenciando não apenas sua família imediata, mas também a comunidade mais ampla. Em outras palavras, nossas escolhas de fé não são meramente individuais; elas têm implicações coletivas.
Isso nos leva a uma reflexão sobre o impacto de nossas escolhas diárias. Em um mundo em que somos constantemente bombardeados por uma infinidade de opções e distrações, como estão nossas decisões refletindo nosso serviço a Deus?
Cada decisão que tomamos, grande ou pequena, é um testemunho de quem realmente estamos servindo. Quando escolhemos servir a Deus diariamente, não apenas fortalecemos nossa própria caminhada com Ele, mas também estabelecemos um padrão para nossa família. Escolher servir a Deus em família é um chamado para a Missão!
Em muitas culturas e religiões, a ideia de procriação como meio de crescimento demográfico e influência cultural é altamente valorizada. No contexto islâmico, alguns acreditam que aumentar sua população através da procriação é uma maneira de expandir a influência do Islã. Este conceito, embora não exclusivo do Islã, levanta questões importantes sobre como os cristãos devem ver sua responsabilidade em relação à expansão do Reino de Deus.
Ter filhos é, sem dúvida, uma das maiores bênçãos da vida. A Bíblia frequentemente se refere a filhos como uma herança do Senhor (Salmos 127:3). Ter uma família numerosa deve ser visto como um sinal de bênção. No entanto, em nossa era contemporânea e secularizada, essa visão tem mudado. A ênfase cultural em carreiras, autonomia e, em alguns casos, a preocupação ambiental levaram a uma tendência de famílias menores. Nesse contexto, escolher ter muitos filhos pode ser visto como contracultural. Contudo, é importante que cada família cristã tome decisões sobre o tamanho da família com base em oração e orientação divina, e não meramente em pressões culturais. E por que estou falando isso, por que vejo os cristão de hoje sendo pressionados por dois extremos:
Recentemente, alguns segmentos do cristianismo têm abraçado uma ideia semelhante, propondo que a procriação é o principal meio pelo qual o cristianismo deveria buscar influenciar o mundo. Esta perspectiva sugere que, ao ter grandes famílias e criar filhos em um ambiente cristão, a influência cristã aumentará naturalmente ao longo do tempo.
No entanto, essa abordagem pode ser vista como estreita e, em certo sentido, desconectada com a Grande Comissão.
Foco na Grande Comissão: A principal missão dada por Jesus aos seus discípulos não foi simplesmente procriar, mas fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:19-20). A expansão do Reino de Deus está mais relacionada à disseminação da mensagem do Evangelho e ao discipulado do que simplesmente à procriação.
Substituir a evangelização por cristianização: Enquanto a família é uma instituição dada por Deus e tem um papel crucial na formação espiritual, ela não deve ser vista como o único ou principal meio de expansão do Reino. A Igreja, como corpo de Cristo, tem o papel crucial na evangelização e no discipulado.
A evangelização refere-se ao ato de compartilhar as boas novas de Jesus Cristo, levando as pessoas a um relacionamento pessoal e transformador com Ele.
A cristianização, por outro lado, refere-se ao processo de infundir os valores e princípios cristãos em uma cultura ou sociedade. Embora isso possa ter efeitos positivos em termos de moralidade e ética, a cristianização por si só não garante que os indivíduos tenham um relacionamento pessoal com Jesus.
O perigo está em buscar a cristianização da cultura sem o coração do evangelho. Se nos concentrarmos apenas em criar uma sociedade que siga os princípios cristãos sem abraçar o coração do evangelho, corremos o risco de promover um cristianismo superficial. Devemos priorizar nosso amor e paixão pelo evangelho em si. Quando fazemos isso, a cristandade, ou a influência cristã na sociedade, será uma consequência natural, em vez de um objetivo em si.
Em resumo, enquanto valorizamos as bênçãos dos filhos e reconhecemos a importância da influência cristã na cultura, nossa prioridade máxima deve ser um compromisso profundo e genuíno com o evangelho de Jesus Cristo. A verdadeira transformação vem de um relacionamento autêntico com Ele, e é isso que deve guiar nosso serviço e missão no mundo.
III. Confrontando a Idolatria Moderna e seus Impactos na Família
III. Confrontando a Idolatria Moderna e seus Impactos na Família
Em nossos dias modernos, não são apenas ídolos de madeira e pedra que exigem nossa adoração. A idolatria assumiu formas sutis, mas igualmente poderosas, e permeia muitos aspectos de nossa vida cotidiana. Como a Bíblia nos adverte, e o reformador João Calvino descreveu, nosso coração é uma fábrica de ídolos. Não podemos subestimar o poder desses ídolos modernos, especialmente quando consideramos seu impacto nas famílias.
Consumismo: Vivemos em uma era de consumo sem precedentes. Somos constantemente bombardeados com mensagens que nos dizem que a próxima compra nos trará felicidade e satisfação. No entanto, ao fazer do materialismo nosso foco, negligenciamos os verdadeiros tesouros da vida - relacionamentos, comunidade e, acima de tudo, nosso relacionamento com Deus.
Exemplo prático: Uma família que está constantemente buscando a próxima grande compra, seja uma casa maior, o carro mais recente ou as últimas férias de luxo. Os membros da família podem se sentir pressionados a trabalhar horas extras, levando a um tempo reduzido juntos. As crianças podem ser educadas para valorizar bens materiais acima de relacionamentos ou experiências significativas, criando um ciclo de insatisfação.
Autoimagem: A era das redes sociais amplificou a pressão para manter uma imagem perfeita. Muitas famílias sentem o peso de parecer bem-sucedidas, felizes e sem defeitos para o mundo externo. Mas a busca incessante por aprovação externa pode nos desviar do que realmente importa e criar tensões dentro da unidade familiar.
Exemplo prático: As gamílias podem se esforçar excessivamente para garantir uma imagem perfeita para postar nas redes sociais. Essa busca por validação externa pode levar a estresse, ao esgotamento e consequentemente o descontentamento.
Sucesso: A definição contemporânea de sucesso muitas vezes se opõe a o que Deus diz. Embora não haja nada de errado em buscar excelência em nossos empreendimentos e carreiras, o problema surge quando fazemos do sucesso um ídolo. Quando priorizamos o sucesso acima do nosso relacionamento comJesus, sua igreja, e da família, corremos o risco de perder de vista o que é verdadeiramente valioso.
Exemplo prático: Quando uma família define valor com base em realizações acadêmicas ou profissionais. Os pais pressionam seus filhos a colocar em primeiro lugar entrar em universidades de prestígio e seguir carreiras específicas, mesmo que isso não esteja alinhado com os talentos e vocação do filho. Levando seus filhos a viverem para atender às expectativas dos outros, em vez de seguir a sua própria vocação dada por Deus.
Por isso, encorajo cada família a fazer uma autoavaliação sincera. Quais são os ídolos em sua vida? O que você pode estar priorizando acima de Deus? E, o mais importante, como você pode enfrentar esses ídolos juntos, como uma família unida em Cristo?
A jornada para erradicar a idolatria não é fácil, mas caminhando Cristo, podemos nos fortalecer e guiar nossas famílias na verdadeira adoração ao único Deus digno de nossa devoção.
Conclusão:
Conclusão:
Se lembre do evangelho com sua família, decida diariamente servir ao Senhor em família e busque a integridade. A integridade em nossa caminhada com Deus é vital. A hipocrisia, ou viver de uma maneira enquanto prega outra, é facilmente detectada, especialmente pelos filhos. As famílias devem se esforçar para viver o evangelho de forma genuína em casa, para que especialmente os filhoss vejam a fé autêntica em ação.