TADEU, O (APENAS) DISCÍPULO (Parte 2) Lucas 9.57-62
Seguir a Jesus em um processo de discipulado exige uma disciplina, lealdade e foco acima da média.
ακολουθεω akoloutheo
de 1 (como partícula de união) e keleuthos (caminho);
TDNT - 1:210,33; v
1) seguir a alguém que precede, juntar-se a ele como seu assistente, acompanhá-lo
2) juntar-se a alguém como um discípulo, tornar-se ou ser seu discípulo
2a) apoiar o seu partido
Ele via multidões, milagres, entusiasmo etc. Parecia tão bonito estar estreitamente associado àquele que era o próprio centro de toda essa atividade. Por isso ele queria ser discípulo de Cristo, mas não conseguira compreender as implicações do discipulado, a saber: a negação de si mesmo, o sacrifício, o serviço, o sofrimento!
O ponto que Jesus enfatiza, não obstante, é que esses animais têm habitações bem definidas, lares aos quais possam regressar sempre. O mesmo vale para as aves. Se as condições ecológicas (clima, provisão de alimentos) o permitem, elas têm seus ninhos, seus lugares de moradia temporal, lugar onde, por assim dizer, armar suas tendas.
À medida que sua história avança, a Judeia o rejeita (Jo 5.18); a Galileia o expulsa (Jo 6.66); Gadara roga que saia de seu distrito (Mt 8.34); Samaria lhe nega hospedagem (Lc 9.53); a terra não o quer (Mt 27.23); e, finalmente, até mesmo o céu o abandona (Mt 27.46).
Segundo o costume, o funeral geralmente se realizava logo depois da morte (Jo 11.1,14,17; At 5.5,6,10). Em Israel era considerado um dever e um ato de bondade propiciar uma sepultura honrosa aos mortos (Mq 6.8), e se considerava que o mesmo tinha prioridade sobre qualquer outro serviço que estivesse requerendo atenção. A piedade filial obrigava um filho a dar assistência a esse ato final de devoção. Cf. Gênesis 25.9; 35.29; 49.28–50.3; 50.13,14,26; Josué 24.29,30; etc. Segundo os rabinos, a provisão de funeral decente para o ser querido de alguém requeria prioridade sobre quase qualquer outra coisa, inclusive o atendimento dos serviços religiosos, o estudo da lei etc. Portanto, não surpreende que esse homem pedisse a Jesus permissão para primeiro sepultar seu pai. Aparentemente, o pedido de prorrogação parecia ser razoável.
Como a passagem paralela (Mt 8.18) indica, Jesus já tinha dado a ordem de partir, e estava pronto para embarcar. Se esse homem queria estar na companhia imediata de Cristo, então deveria unir-se a ele agora mesmo. Outros poderiam encarregar-se do funeral.
O reino de Deus era um tema favorito na pregação de Jesus, mas o escopo completo de seu significado e implicações tem sido objeto de muita discussão. No nível mais básico, podemos dizer que o reino de Deus está presente onde quer que o rei seja encontrado.
A dimensão escatológica do reino é proeminente no Novo Testamento. Jesus, o rei, aparece principalmente de forma muito humilde - montando um jumento no Domingo de Ramos, por exemplo, ou morrendo na cruz, onde seu reinado foi “oficialmente” proclamado pelas autoridades romanas, provavelmente com pretenso sarcasmo (Lucas 23:38). Somente no eschaton é o rei revelado em sua glória, como vemos no livro de Apocalipse.
O coração desse homem estava dividido. Deveria deixar de seguir o exemplo dos israelitas (1Rs 18.21) e, em vez disso, seguir os passos de Paulo (Fp 3.13,14). Então, pela graça e poder de Deus, ele seria “apto” para o reino de Deus, “muito útil para o Mestre” (2Tm 2.21).