E QUANDO CHEGA O FIM, O QUE DIZER A DEUS?

Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 24 views
Notes
Transcript
Salmo 18.1-50.
Você já se perguntou sobre o que dizer a Deus quando chegar o fim da sua vida?
Esse salmo é escrito em um contexto específico de Davi, quando o fim estava próximo e ele escreve esse salmo. Esse salmo está escrito também no livro de 2 Samuel 22.1-51. É o mesmo texto nos dois cânticos, ainda que tenha pequenas porções diferentes, mas, são poucas palavras e estrofes diferentes. Esse salmo é escrito por Davi quando ele realizou uma vitória, esse é um salmo de ação de graças por essa vitória. E neste salmo Davi traz a sua memoria todos os feitos do Senhor para com Davi. É provável que Davi tenha cantado esse salmo em diversas ocasiões, e uma delas foi exatamente após ser livre dos seus inimigos.
Esse é um salmo escrito por Davi no final da sua vida, da sua carreira, do seu reinado e ministério. Então, Davi vai meditar em todos os acontecimentos que Davi passou durante toda a sua vida. O que dizer a Deus?
Declare seu amor a Deus (v.1-3)
V.1 Davi inicia esse salmo declarando o seu sincero amor por Deus, e confessa, ó SENHOR, força minha (Davi está dizendo que Deus foi o seu ajudador forte em toda a sua vida).
V.2 Davi declara que ama a Deus, pois, Deus em toda a sua vida foi o seu refúgio, pois, Deus é sua rocha, Deus é a sua cidadela, o seu libertador, o seu Deus, o seu rochedo, o seu refúgio, o seu escudo, a força da minha salvação, o seu baluarte.
Todas as figuras mostram que é Davi ama esse Deus que cuida dos seus de uma forma especial em cada situação. Davi ama esse Deus e declara no fim que o ama, poi, seu Deus cuidou e o protegeu em toda a sua vida.
V.3 Davi expressa ainda mais o seu amor por Deus, quando ele ora, invoca o Senhor. A ideia aqui é clamar, literalmente é gritar pedindo socorro. Davi assim o fez em toda a sua vida. Lembramos muitos salmos anteriores e posteriores a esse que Davi invoca o SENHOR. Davi ama a Deus, pois, ele realmente provou em sua pele, que sempre que os inimigos estiveram a lhe atacar, Davi invocou ao SENHOR, e ele foi salvo, por isso, é fato que Deus é digno de ser louvado, pois, sempre que a Ele clamamos, Ele atende ao nosso clamor e nos salva dos nossos inimigos.
Obrigado pelos grandes feitos (v.4-19)
V.4 Por diversas vezes a morte chegou perto do rei Davi, porém, Deus, o seu escudo e sua força, estava do seu lado, e Davi em toda sua vida, pode atestar o medo, os perigos que lhe sobrevieram a porta ao longo dos anos vividos.
V.5 neste salmo usa várias figuras para ilustrar como ele se sentiu nesses momentos tão difíceis: laços de morte, torrentes de impiedade, cadeias infernais, tramas de morte.
V.6 Mas, Davi em meio a isso clamou a Deus com uma oração de fé dos seus lábios.
“Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos.”
E Davi então com um coração grato reconhece os feitos de Deus, que aconteceram em especial por teofanias (manifestações visíveis de Deus)
V.7a Primeiro, há um terremoto. Deus ouvira o clamor de seu servo e se preparava para começar a batalha contra os que o atacavam. Sua ira se desperta e então se prepara a entrar em cena como fez no Monte Sinai
Êxodo 19.16-19: 16 Ao amanhecer do terceiro dia houve trovões e raios, uma densa nuvem cobriu o monte, e uma trombeta ressoou fortemente. Todos no acampamento tremeram de medo. 17 Moisés levou o povo para fora do acampamento, para encontrar-se com Deus, e eles ficaram ao pé do monte. 18 O monte Sinai estava coberto de fumaça, pois o Senhor tinha descido sobre ele em chamas de fogo. Dele subia fumaça como que de uma fornalha; todo o monte tremia violentamente, 19 e o som da trombeta era cada vez mais forte. Então Moisés falou, e a voz de Deus lhe respondeu .
O monte simboliza tudo quanto é firme, porém, diante daquele que criou todas as coisas, os montes se estremecem perante a glória, poder e autoridade de Deus.
V.7b-8 A descrição aponta para a poderosa realidade da presença de Deus e simbolizam a sua ira quando Ele se apresenta contra os inimigos do seu povo.
V.9-11 As manifestações visíveis de Deus agora se move do terremoto para o quadro de nuvens escuras envolvendo a terra. Deus trouxe nuvens tempestuosas, enquanto ele mesmo voava sobre querubins. A palavra “querubim” aqui pode ser um termo poético para nuvens.
O ensino é que em meio à tempestade, o Senhor estava ali, controlando todas as forças à sua disposição. Pois, Ele vem com majestade para trazer livramento ao seu povo. A ideia é que assim como a águia voa em facilmente com as asas abertas, sem muito esforço, assim vem o Senhor com majestade e com seu poder para ajudar os seus.
V.12-15 A tempestade se acaba. E os trovões e relâmpagos saem da presença do Senhor.
Entretanto, a luz que vem do Senhor se torna um fogo consumidor contra seus inimigos. As faíscas dos relâmpagos se assemelham às flechas de um guerreiro com que ataca e destrói os inimigos. A representação da voz do Senhor como sendo trovão é bem comum no Antigo Testamento (Sl 29.3,4; Jl 3.16).
O uso do título divino, “Altíssimo”, no versículo 13, serve para designar quão exaltado ele é sobre todos, inclusive sobre os inimigos.
V.14-15 14 Atirou suas flechas e dispersou meus inimigos, com seus raios os derrotou. 15 O fundo do mar apareceu, e os fundamentos da terra foram expostos pela tua repreensão, ó SENHOR, com o forte sopro das tuas narinas.
Deus interveio nesses momentos e seus feitos destruiu os inimigos de Davi.
V.16 A mão do Senhor ora se estendia para salvar a Davi. A linguagem figurada descreve um braço divino que se estende para resgatar a Davi do dilúvio esmagador “tirou-me das muitas águas”.
No fim do versículo 16, Davi deixa de falar das aparições de Deus.
V.17-18 O Senhor o libertou de seu poderoso inimigo, e Davi diz que ele não podia vencer seus inimigos, pois, eles eram mais poderosos do que ele.
Isto provavelmente seja uma referência a Saul, embora o plural “meus adversários” possa muito bem ter incluído os partidários de Saul. Ao confrontar-se com eles, ele descobriu que o Senhor era seu suporte/amparo. No contexto, a palavra hebraica usada pressupõe não só apoio ou firmeza, mas também provisão. Ele descobriu que o Senhor o tirara de sua complicada situação e o colocou em um lugar onde havia muita liberdade. E Deus se agradou de Davi, e isso porque de fato ele era o servo ungido para reinar perante seu povo.
Note que toda a linguagem para o salmo foi extraída da experiência do povo de Israel narrada em Êxodo do capítulo 9 ao 19.
Davi, portanto, não está exagerando nas figuras/metáforas, mas relembrando do Deus de Êxodo e dizendo que aquele Deus é o seu Deus; o mesmo Deus que libertou Israel do Egito também libertou Davi de Saul e dos seus inimigos; o mesmo Deus que tirou Moisés das águas do Nilo (Êx 2.10), também tirou Davi das águas profundas do sofrimento (Sl 18.16). As experiências do povo de Deus no passado tornaram-se as mesmas de Davi.
Antes, Davi conhecia a Deus de ouvir falar, agora seus olhos o viam como ele é de fato. Nós semelhantemente passamos por isso em nossa vida, e no fim, se olharmos para trás como Davi fez, vamos agradecer a Deus pelos seus grandes e poderosos feitos ao nosso favor.
O SENHOR merece todo crédito (v.20-50)
Os primeiros problemas de Davi surgiram da maldade perversa do invejoso Saul, que sem dúvida prosseguiu com suas perseguições sob a cobertura de acusações feitas contra o caráter do “homem segundo o coração de Deus”. Essas acusações, Davi declara terem sido totalmente falsas e afirma que ele possuía uma justiça dada pela graça que o Senhor graciosamente recompensou, desafiando todos os seus caluniadores.
Diante de Deus, o homem segundo o coração de Deus era um humilde pecador, mas diante de seus caluniadores ele podia, com rosto impassível, falar da " limpeza de suas mãos"."e a justiça de sua vida.
V.20 e 24 Davi não está dizendo aqui que é perfeito e impecável. Porém, Ele está dando o crédito a Deus, que o deu força, graça e sabedoria para viver uma vida piedosa, integra e fiel.
V.21-22 Ele não havia se desviado dos caminhos do Senhor, mas guardara seus passos com muita prudência.
V.23 Se guardou do pecado
V.24 é uma repetição do verso 20
V.25-27 Deus se mostra misericordioso para com o homem íntegro, e Davi se vê recompensado pro Deus, pois, ele agiu com integridade para com Deus. Deus trata os homens em conformidade com seu caráter. É somente a graça divina que faz a diferença na atitude de Deus para com o piedoso e o ímpio, e o que, portanto, determina o destino permanente de ambos no juízo final (Ap 22.11).
Deus revela seu gracioso caráter em libertar os aflitos, enquanto os orgulhosos e arrogantes são humilhados por ele.
“Ele zomba dos escarnecedores, porém dá graça aos humildes” (Pv 3.34), essas palavras que são citadas por Pedro com instrução adicional: “Humilhem-se, pois, sob a poderosa mão de Deus, para que os soerga no tempo oportuno” (1Pe 5.6).
V.28 Davi descreve Deus como sendo o Deus que interveio e cuidou dele, e derramou luz nas minhas trevas
V.28-30 Nos versículos 29 e 30, Davi volta ao tema do início do salmo, especialmente ao socorro divino para com ele em suas batalhas. Com confiança, ele podia atacar uma tropa inimiga (ou, possivelmente, seguindo a margem da NIV, “percorrer uma barricada”), ou saltar por sobre um muro. Os pensamentos que precederam levam Davi a louvar seu Deus. Ele enaltece os caminhos do Senhor, isto é, suas ações, seu relacionamento com Davi, e os proclama como completos.
V.31-45 Davi, como rei, tinha boa razão para louvar ao Senhor pelo socorro que lhe proveu. Ele faz isso em palavras que o enaltecem como o Deus único e aquele que o abençoou grandemente durante suas campanhas militares (vs. 31,32).
Deus de fato fortalecera Davi para suas batalhas, e fez seu caminho perfeito. Esta última expressão significaria que Deus assistira a Davi de tal modo, que sua vida veio a ser para o bem, e especialmente que sua realeza foi um cumprimento dos propósitos divinos.
V.33-34 Como uma corça veloz e hábil, ele era capaz de escapar de seus inimigos e se pôr nas alturas, isto é, nas fortalezas montanhosas que ele capturava.
Deus deu a Davi a força física de que necessitava para enfrentar as batalhas.
V.35-36 Davi reconhece que não fora sua própria força que lhe dera vitórias. Deus proveu para ele um escudo e sustentava constantemente seu servo.
V.37-38 Num salmo de ação de graças por suas vitórias, Davi agora detalha alguns dos eventos. Ele perseguira seus inimigos e só regressou depois de ver sua missão completada. Seus exércitos tinham ferido os inimigos de tal sorte que foram incapazes de soerguer-se, e assim se puseram em sujeição sob seus pés.
V.39-40 Uma vez mais, Davi reconhece que suas vitórias não procederam de sua própria força ou de seu exército. Foi o Senhor quem o cingira para a guerra (ver v. 32 para o primeiro uso da mesma expressão), seus oponentes foram obrigados a prostrar-se diante dele. A palavra usada para seus “adversários” pode significar oponentes em geral, ainda que podia também designar súditos rebeldes. O significado é que Deus deu os inimigos em suas mãos, de modo que ele pudesse pôr seu pé em seus pescoços. Este era o sinal de vitória no antigo Oriente Próximo.
V.41-42 Em sua aflição, os inimigos de Davi oraram ao Senhor (vs. 41,42). O fato de orarem ao Deus de Israel não significa necessariamente que os inimigos eram pessoas da comunidade de Israel. Em tempos de crise, os pagãos podiam usar o nome do Senhor em oração (ver Jn 1.14). Não houve resposta da parte do Senhor, e Davi continuou seu ataque até que foram destruídos.
V.43-45 As vitórias de Davi não foram somente na esfera interna de Israel, mas também na esfera externa (vs. 43–45). Ele subjugou as nações adjacentes e assim tornou-se sua cabeça. Isto significa que ele era soberano sobre elas, daí o dito de que se sujeitaram a ele, isto é, tornaram-se seus servos. Não fica claro se os estrangeiros, nos versículos 44 e 45, são aqueles subjugados por mais vitórias estrangeiras ou aqueles já vencidos. Provavelmente, a primeira alternativa é a correta. Reis como Toú de Hamate ouviram das vitórias de Davi e imediatamente fizeram paz com ele (2Sm 8.9,10). Os relatos das batalhas de Davi foram suficientes para forçá-los a sair tremendo de suas fortalezas.
V.46 Tendo revisto suas vitórias passadas, Davi agora canta triunfantemente: “O SENHOR vive!” (v. 46). Por isso Davi canta “Minha rocha é digna de ser louvada!”. De igual modo, a terceira frase: “Deus, meu Salvador, é exaltado!”.
V.47-48 Vingança é algo que pertence ao Senhor (Dt 32.35), e deve-se dar lugar à ira de Deus (Rm 12.19). Aqui Davi reconhece que Deus de fato o vingara, e que ele trouxera as nações estrangeiras sob sua soberania (vs. 47,48). Deus era seu Salvador que também o exaltara sobre todos os seus inimigos.
V.49 Presumindo que tais nações estrangeiras foram postas sob sua autoridade, Davi diz que louvará o Senhor entre esses gentios (v. 49). Ele quer fazer proclamação pública do que o Senhor fizera por ele. Citações de Deuteronômio 32.43, Salmo 117.1 e Isaías 11.10 são usadas, juntamente com este versículo, em Romanos 15.9–12 para mostrar que a participação dos gentios nas bênçãos evangélicas foi antecipada no Antigo Testamento.
V.50 O versículo final do salmo muda da primeira pessoa (“Eu”) para a terceira pessoa (“seu ungido”, “Davi”). Isto poderia ser uma adição posterior feita por outro poeta inspirado, ou que Davi se referiu a si mesmo dessa forma.
Duas coisas são afirmadas acerca do Senhor. Primeiro, que ele deu e ainda continuava dando grandes vitórias a Davi. Segundo, o Senhor mostra misericórdia pactual a seu ungido. Não pode haver dúvida de que “seu ungido” é definido pela palavra “Davi” que segue. Davi era o rei ungido a quem grandes promessas foram feitas concernentes à sua semente (Lc 1.30–33; Rm 1.2–4). Davi, em suas variadas experiências expressas neste cântico de ação graças, é um indicador de Jesus que exibe o título “Cristo”, “o ungido” que viria para nos libertar das garras dos nossos inimigos e reinar sobre nós.
APLICAÇÕES
DIGA A DEUS QUE O AMA
AGRADEÇA A DEUS
SIRVA A DEUS, E DÊ A ELE A GLÓRIA
NO FIM, TUDO ISSO VALERÁ A PENA E PODEREMOS DIZER A DEUS, GRANDES COISAS FEZ O SENHOR POR NÓS, E POR ISSO ESTAMOS ALEGRES.
Related Media
See more
Related Sermons
See more