Deus nos faz justos
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Texto:
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Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito:
O justo viverá por fé.
Introdução
Introdução
Tema
Tema
Deus nos faz justos
O homem está condenado a viver longe de Deus
O homem está condenado a viver longe de Deus
Aprendemos desde quando começamos nossa caminhada cristã que Deus criou o universo e, por fim, o homem. Deixou tudo sobre os cuidados dos homem e com ele convivia de forma plena.
No que a Bíblia chama de Jardim do Éden, podemos entender que existia o verdadeiro paraíso. O único que existiu na terra.
Vamos entender que Deus é Deus. Ele não precisava criar nem o universo, nem os animais, nem a natureza e muito menos o homem para ser Deus.
Ele os criou em sua infinita graça e bondade para Sua glória. E nos colocou em uma posição um pouco inferior à sua própria posição.
Quando se fala em paraíso no Jardim do Éden, é porque neste local, Deus e o homem tinham plena comunhão.
Chamemos o local onde Deus está de Céu, e onde o homem está, de Terra. Pois bem, no Jardim, no paraíso, a Terra se encontrava com o Céu.
Não havia divisões. Não havia separação. Só coisas boas aconteciam.
Tudo para a glória de Deus! Tudo por causa da bondade e da graça de Deus!
Neste jardim, Deus é quem dá vida a tudo! Deus reina, e como um Rei, tem alguém de sua plena confiança para administrar: o homem.
O homem tem somente a obrigação de fazer tudo para agradar a Deus, obedecendo-o. Uma vez que o homem obedece a Deus, está glorificando a Deus e, automaticamente, desfrutando do benefício de viver com Deus!
Uma coisa importante: neste momento, o homem tem escolha. Ele pode escolher entre fazer o que Deus quer e o que Deus não quer.
O homem faz uma série de coisas que Deus quer. Mas em um determinado ponto da história, ele ouve a história que o Deus que o criou é um deus mentiroso e invejoso.
Diante disso, ele faz algo que Deus tinha dito para ele não fazer.
Quando saímos para viajar e deixamos alguém para cuidar da casa, ou quando estamos cuidando da casa de alguém, recebemos algumas orientações: faz isso, faz aquilo. E há outras coisas que somos advertidos a não fazermos.
Há coisas que dizem que não devemos fazer.
É isso que Deus faz. Não era um teste. Era orientação. Que Adão, o primeiro homem, mordomo de Deus. Homem que deve cuidar da criação, que tem contato pleno com Deus resolveu ignorar.
Ignorar porque resolveu que podia saber tanto quanto Deus. Ignorar porque queria ser como Deus.
Meus irmãos, isso é o pecado. É a incapacidade de glorificar a Deus, dando glórias a si mesmo.
Foi isso que Adão fez. Ele e Eva foram expulsos do paraíso e o homem, criação de Deus, junto com a natureza foram separados de Deus.
Separados de Deus porque Deus é justo. Porque a justiça de Deus não pode ser comprada. Porque a justiça de Deus não pode ser corrompida.
Em nosso mundo vemos a justiça dos homens sendo corrompida. Um jeitinho aqui, outro ali. Tecnicalidades que se apoiam em formatos e muitas vezes em palavras para muitas vezes culpar inocentes e absolver culpados.
Há os subornos, quando juízes vendem sentenças em troca da dignidade que nunca tiveram e nunca terão de volta. E fica a ilusão de que os poderosos sempre vencem.
Afinal, eles são poderosos porque tem poder. E este poder também está sobre a justiça.
Mas com Deus não é assim. Se alguém está errado, é condenado. E como Ele é o Supremo Juiz, não há apelação. Porque Deus não mente.
Adão e Eva foram condenados a ficarem afastados de Deus e, com eles, toda a humanidade.
Por isso, qualquer um que exista, por melhor que seja, é passível de praticar o mal, de pecar.
Por isso, somos pecadores.
Por isso, não somos justos, ou justificados, ou ainda declarados inocentes, porque não somos.
A partir de Adão não somos inocentes. Toda a humanidade julgada está diante de Deus.
O salmista diz isso, muito tempo depois, e é citado por Paulo nesta mesma carta aos Romanos:
Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.
Corrompem-se e praticam abominação;
já não há quem faça o bem.
Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens,
para ver se há quem entenda,
se há quem busque a Deus.
Todos se extraviaram e juntamente se corromperam;
não há quem faça o bem,
não há nem um sequer.
Deus tornou seu povo justo em Jesus
Deus tornou seu povo justo em Jesus
Mas então, se a justiça de Deus é tão implacável assim, se não tem o jeitinho como estamos tão mal-acostumados, o que fazer?
Porque o pecado nos afasta de Deus. Com pecado não podemos ter comunhão com Deus. E sua justiça que não falha, nos condena pelo pecado que cometemos, do qual não temos capacidade de nos afastarmos.
Eu já falei a vocês que Deus é um Deus de graça e misericórdia.
O homem foi afastado de Deus, mas continuava tentando se aproximar de Deus. Alguns, até mesmo pecando, fazem ofertas do que melhor tem a Deus como forma de compensar a vida afastada de Deus e dizer a Ele, Deus, que tudo é Dele.
Esta é a razão de ser dos sacrifícios. Alguém morre pelos pecados e rende-se à soberania de Deus.
Quando Deus encontra um destes homens piedosos, que tem fé, de nome Abrão, promete a ele que por sua fé irá formar uma grande nação a partir de sua descendência.
Ele forma um povo, escolhe uma descendência para povoar uma região da terra. E este povo irá irradiar a glória de Deus, que vai morar entre eles.
O jeitinho é Deus quem dá. Não que Abrão, depois chamado Abraão mereça. Mas Deus escolhe, apesar dos pecados de Abraão, sem cobrar nada de Abraão, dando a ele mais do que ele esperava e merecia e não dando o mal que talvez ele merecesse.
Quando Deus dá mais do que é merecido, chama-se graça. E quando Deus deixa de dar a punição merecida, chamamos misericórdia.
E a justiça de Deus é fundamentada nisso.
Ele é justo, implacável com todos os que pecaram: a humanidade, nós!
Mas ele dá uma saída que não deveríamos ter: por sua graça e misericórdia!
Ele vai habitar com o povo. Dá regras para que o povo possa viver em harmonia entre si e com Deus.
Ele leva o povo pelo deserto até a Terra Prometida. O povo reclama que não tem o que comer. Ele dá o maná. Reclama que não tem o que beber. Ele dá água.
Reclama que os inimigos são fortes e poderosos. Ele derrota os inimigos. E faz entrar na terra a 2a geração de quem saiu do Egito! Mesmo depois de toda reclamação, rebeldia e desconfiança!
Eles pedem um Rei. Ele dá o Rei. O Rei desobedece a Deus. Ele dá outro Rei, e mais outro. Por causa de nova desobediência, separa o reino em dois para ainda assim, habitar entre eles.
Vem uma sucessão de erros, pecados, desobediências e Deus manda o povo para o exílio.
Você pode pensar nesse momento que Deus está agindo na base da tentativa e erro.
Não é assim: quem tenta e erra é o povo de Israel. Deus está preparando para, no momento certo, resolver tudo de uma vez por todas.
Porque quando Jesus vem, todas as condições para que o nome de Deus fosse exaltado acima de tudo já existe.
Há um império subjugando todos os outros povos, o que facilita a proclamação do Seu nome. Há judeus espalhados por todo canto do mundo conhecido, facilitando o aparecimento de igrejas. Há a escrita, possibilitando o surgimento das escrituras.
E a graça e a misericórdia de Deus se expressam na figura de Jesus que morre pelos pecados daqueles que o crucificam. E pelos de todos os que foram chamados depois.
Isso inclui a mim e a vocês.
Porque a justiça de Deus se revela no Evangelho!
Porque o Evangelho é a boa notícia de que o Reino de Deus está entre nós!
Porque Ele é implacável com o pecador, mas sua justiça é fundamentada na graça e na misericórdia com aqueles que querem segui-lo.
Daqueles que querem viver com Ele e para Ele!
Nós estamos condenados a viver sem Deus
Nós estamos condenados a viver sem Deus
Sem fé não podemos viver. A humanidade em sua loucura de tentar se afastar cada vez mais de Deus, foi tentando cada vez mais se colocar no lugar de Deus.
Disseram que a felicidade pode ser alcançada sem Deus. Disseram que os problemas sociais podem ser resolvidos pelo próprio homem e pra isso não precisa de Deus!
Disseram, ao longo do tempo, que o conceito e a ideia de um Deus que vive longe é loucura e bobagem.
Disseram que Deus não existe. Que Jesus foi um homem bom, inteligente, líder político, filósofo ou até comunista!
Outros disseram que Jesus foi um espírito de luz!
Mas Jesus é Deus conosco. Deus que veio em carne e osso andar na terra, sem pecado, como um cordeiro sem defeito a ser sacrificado pelos pecados alheios.
Jesus é o filho de Deus que veio dar sua vida para que tenhamos vida! É o filho de Deus que carregou a cruz, morrendo sobre ela para que a justiça de Deus que virá no Dia do Senhor não venha sobre nós!
Porque a justiça de Deus vem. Porque o Dia do Senhor virá quando Jesus voltar, depois de ter ressuscitado.
A justiça faz parte da salvação que temos em Jesus, pois se somos declarados justos, estamos salvos da ira de Deus, no dia do Juízo Final!
E, meus irmãos, para afirmar isso, é preciso fé.
É por isso que Paulo diz que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé. É por isso que Ele diz o que o profeta Habacuque falou muito tempo antes:
Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé.
É a fé de acreditar que Deus criou tudo o que existe e quer reconciliar toda a criação consigo! É a fé de acreditar que Deus mandou o Seu filho para morrer na cruz pelos nossos pecados que agora estão perdoados!
É a fé que faz com que acreditemos que Ele vai voltar para reinar entre nós, com toda Sua glória e majestade!
É a fé suficiente que faz com que acreditemos em um Deus de graça e misericórdia que é bom o tempo todo.
É a fé que faz com que entreguemos nossa vida a Ele e dizer: Senhor, eu sou Teu. Faze o que Tu quiseres!
Conclusão
Conclusão
Você pode tentar tudo em sua vida: pode dar aos pobres, pode viver da forma correta com sua família; dar dízimo; não falar palavrão; não roubar; não matar; não ter vícios!
Isso tudo é bom! Excelente!
Mas essas coisas são resultado de uma vida seguindo àquele que, com certeza, nunca fez nenhuma dessas coisas e nem muitas outras que a gente teima em fazer!
O justo vive pela sua fé!
Somos justos, ou salvos, pela capacidade que temos de crer em Jesus!
Crer não é só acreditar que é verdade!
Fé é entregar-se à soberania de Deus de forma que Ele reine sobre a sua vida!
Fé é dizer: Senhor, eu sou Teu!
Então, você será justo! Então, você será salvo! E viverá com Ele, e para Ele!