A FORÇA DA UNIDADE (Parte 1) Josué 22.21-34
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Grande ideia: O maior testemunho de unidade que podemos dar ao mundo é que somos parte de um povo que cultua o mesmo Deus!
1. Um testemunho do Senhor. (vv. 21-34)
(a) Mas, na realidade a intenção das tribos do oriente do Jordão era outra: estabelecer um memorial para demarcar uma identidade pactual.
(b) Na realidade, vale aqui o ditado: “conversando é que se entende...”.
Por que a história acabou bem quando havia tanto espaço para discordância? Foi por causa dos dois passos já mencionados. Schaeffer diz:
Primeiro, houve uma clara concordância acerca da importância da doutrina e da verdade, uma compreensão de que a santidade de Deus exige que nos curvemos diante dele e obedeçamos aos seus mandamentos. Lembre-se das palavras de Josué, quando ele enviou o povo para o outro lado do Jordão: “Tende cuidado, [...] que ameis o Senhor, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos”. Houve um final feliz porque o povo fez isso. Segundo, aqueles que foram valorosos em sustentar a verdade foram também corajosos ao agir em amor. Se tivesse havido apenas a sustentação da verdade, nunca teria acontecido um final feliz. Teria havido apenas guerra, porque as dez tribos teriam atravessado o rio e matado os outros israelitas sem falar com ninguém. Teria havido tristeza no meio do equívoco. Mas, por causa do amor de Deus, as tribos conversaram uma com as outras abertamente, e o amor e a santidade de Deus puderam se encontrar. O Salmo 85 fala da justiça de Deus e do amor de Deus se beijando (Sl 85.10). Foi o que aconteceu aqui.[
Boice, James Montgomery. Josué: Comentário expositivo (pp. 139-140). Editora Monergismo. Edição do Kindle.
(c) Estamos aqui diante de uma preocupação honesta com o futuro: “amanhã vossos filhos talvez dirão a nossos filhos”.
Josué 22.26–27 (NAA)
26Por isso dissemos: “Vamos edificar um altar, não para holocausto, nem para sacrifício, 27mas para que entre nós e vocês e entre as nossas gerações depois de nós nos sirva de testemunho, e possamos servir o Senhor na presença dele com os nossos holocaustos, os nossos sacrifícios e as nossas ofertas pacíficas.” E também para que, no futuro, os filhos de vocês não digam aos nossos filhos: “Vocês não têm nada a ver com o Senhor.”
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong 05703 עד ̀ad
עד ̀ad
procedente de 5710; DITAT - 1565a; n m
1) perpetuidade, para sempre, futuro contínuo
(d) Há uma bonita confissão de unidade da fé: não se pode caminhar com quem não tem uma mesma confissão de fé que a nossa.
(e) Preste atenção: somos sim, devedores aos nossos irmãos:
Romanos 13.8 (NAA)
O amor ao próximo é o cumprimento da lei
8Não fiquem devendo nada a ninguém, exceto o amor de uns para com os outros. Pois quem ama o próximo cumpre a lei.
Apesar de estarmos tranqüilos em nosso coração, contudo há uma satisfação que devemos aos irmãos que estão em dúvida quanto à nossa integridade, e que devemos estar prontos para apresentar com humildade e temor. Se Deus conhece nossa sinceridade, os outros também deveriam conhecê-la pelos nossos frutos, especialmente aqueles que, embora estejam enganados a nosso respeito, mostram zelo pela glória de Deus, como ocorreu com as dez tribos aqui.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
(e) Houve então um tempo singelo de renovação de compromissos de fé na caminhada.
Josué 22.31 (NAA)
31E Fineias, filho do sacerdote Eleazar, disse aos filhos de Rúben, aos filhos de Gade e aos filhos de Manassés:
— Hoje sabemos que o Senhor está no meio de nós, porque vocês não cometeram infidelidade contra o Senhor. Assim vocês livraram os filhos de Israel da mão do Senhor.
Salmo 133 (NAA)
A excelência da união fraternal
Cântico de peregrinação. De Davi
133 1 Oh! Como é bom e agradável
viverem unidos os irmãos!
2 É como o óleo precioso sobre a cabeça,
o qual desce pela barba,
a barba de Arão,
e desce para a gola de suas vestes.
3 É como o orvalho do Hermom,
que desce sobre os montes de Sião.
Ali o Senhor ordena a sua bênção
e a vida para sempre.
(f) Em um clima festivo de culto, todos se despedem e a frase que fica como “clímax” dessa porção é o 34:
Josué 22.34 (NAA)
34Os filhos de Rúben e os filhos de Gade chamaram o altar de “Testemunho”, porque disseram: “É um testemunho entre nós de que o Senhor é Deus.”
34). Eles chamaram esse altar de Ede, um testemunho, e nada além disso – um testemunho do seu relacionamento com Deus e Israel, e da sua conformidade com as outras tribos na fé comum, que Jeová é Deus, Ele e mais ninguém. Seria um testemunho para as gerações futuras acerca do cuidado de transmitir sua fé pura e completa a eles, mas também seria um testemunho contra eles se em algum momento abandonassem a Deus e seguissem outros deuses.
Henry, Matthew. Comentário Bíblico Matthew Henry - Antigo Testamento Volume 2 . Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Edição do Kindle.
2. Outras aplicações:
(a) Temos um compromisso pela unidade da igreja. Mas não sacrificaremos a verdade no altar da conveniência política ou denominacional.
Jeremias 32.39–41 (NAA)
39Eu lhes darei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para o seu próprio bem e o bem de seus filhos. 40Farei com eles uma aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; porei o meu temor no coração deles, para que nunca se afastem de mim. 41Terei alegria em lhes fazer o bem, e os plantarei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma.
Paul Washer:
Veja o que texto diz: “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim”. A evidência de que Deus fez uma aliança eterna com você, amigo, é que ele pôs o temor de Deus em seu coração, para que você não se afaste dele. E, se você se afastar, e ele não discipliná-lo, e você continuar se afastando dele, isso é evidência de que ele não pôs o seu temor em você. Isso é evidência de que você não foi regenerado- não tem nenhuma aliança com Deus! Queridos amigos, isso é verdade bíblica.
(b) Precisamos erguer altares de testemunho em nosso entorno. Nossa cidade precisa saber que fazemos parte do povo de Deus: “o povo que vai morar no céu”.
Apocalipse 7.9–10 (NAA)
A visão dos glorificados
9Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos. 10E clamavam com voz forte, dizendo:
“Ao nosso Deus,
que está sentado no trono,
e ao Cordeiro, pertence a salvação.”
J. C. Ryle:
Aqui, muitas vezes achamos difícil adorar a Deus com regozijo por causa das tristezas e cuidados deste mundo. Lágrimas devido à perda daqueles que amávamos tornam constantemente árduo o cantar louvores. Esperanças frustradas e tristezas familiares têm-nos feito, algumas vezes, pendurar nossas harpas nos salgueiros. Lá, toda lágrima será enxugada, todo santo que morreu em Cristo nos verá novamente, e todas as coisas difíceis da jornada da nossa vida se tornarão claras e nítidas como o sol ao meio-dia. Aqui, sentimos que estamos comparativamente sozinhos e que até na casa de Deus os verdadeiros adoradores espirituais são poucos. Lá, veremos toda a multidão de irmãos e irmãs que nenhum homem pode enumerar; e todos eles terão uma só mente, um só coração e estarão livres de toda mancha, fraqueza e imperfeição, regozijando-se todos no mesmo Salvador e prontos para passarem a eternidade em seu louvor. No céu teremos muitos companheiros de adoração.