Sem título Sermão (44)

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O amor que não abandona
Texto base: II Co. 4:1-18
INTRODUÇÃO
Você já começou uma dieta, mas desanimou no meio do caminho? O desânimo, às vezes, vem por não conseguir o resultado que esperava ou porque simplesmente preferiu não seguir o propósito da dieta.
Você já decidiu fazer um concurso, mas desanimou no meio do caminho? Às vezes, o desânimo vem por achar que não tem condições de passar na prova ou porque não quis renunciar o suficiente para isso.
Quantas coisas começamos, mas não terminamos porque o desânimo tomou conta do nosso coração.
Será que já desanimamos do Evangelho também? Será que já desanimamos do ministério que nos foi dado pelo Senhor? Desistimos do propósito? Nós achamos incapazes?
O desânimo pode alcançar qualquer pessoa e nas mais variadas, porém hoje falaremos sobre o amor de Deus que não nos abandona e que nos permite perseverar, e não desistir, naquilo que o Senhor tem para nossa vida.
ELUCIDAÇÃO
[1] Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. (II Co. 4:1)
Nós já sabemos, a partir da mensagem da semana passada, que a igreja de Coríntios era dividida e tinha problemas com pecados tolerados e dons mal utilizados. Agora, em II Coríntios, Paulo continua exortando a igreja a fugir dos falsos profetas e defendendo o seu apostolado.
Imagine saber que o Apóstolo Paulo plantou a igreja e teve seu ministério questionado logo após. Seria isso um motivo de desânimo? Com certeza, sim! Porém, Paulo diz que não desanima, pois recebeu esse ministério pela misericórdia de Deus.
A misericórdia de Deus que o permitiu ser um Apóstolo, a graça de Deus que o salvou e o amor de Deus que o motiva a seguir adiante. É por isso tudo que ele não desanima.
PERGUNTA CHAVE
E nós? Temos desanimado no meio do caminho? Como não paralisar diante dos desânimos da vida?
PONTO 1 - Vendo a luz do Evangelho da Glória de Cristo
2 Coríntios 4:2-6 NVI
[2] Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus. [3] Mas, se o nosso evangelho está encoberto, para os que estão perecendo é que está encoberto. [4] O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. [5] Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por causa de Jesus. [6] Pois Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. (II Co. 4:2-6)
Enquanto alguns distorcem a Palavra de Deus, Paulo a pregava como a luz do Evangelho que ilumina nossos passos.
Satanás é apresentado como o deus desta era cegando o entendimento dos ímpios. Quantos vivem presos a idolatrias mundanas e não enxergam a luz de Cristo em seus dias? É impossível não desanimar quando estamos presos em uma cegueira espiritual.
Contudo, como disse Calvino: "A conclusão é que a cegueira dos incrédulos não denigre, de modo algum, a clareza de seu evangelho; o sol não é menos resplandecente só porque os cegos não podem perceber sua luz."
Em outras palavras, a cegueira dos incrédulos não diminui o poder da luz do Evangelho. Quando enxergamos a luz da Palavra, nosso coração recobra o ânimo e nos permite seguir o ministério que nos foi dado.
PONTO 2 - Entendendo que todo poder provém de Deus
[7] Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. [8] De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; [9] somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. [10] Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo. [11] Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. [12] De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida..(2 Coríntios 4:7-12 NVI)
Paulo sabia o que era sofrer pelo Evangelho. Tantas vezes sofreu pelo nome do Senhor e expôs isso em suas cartas.
11] Até agora estamos passando fome, sede e necessidade de roupas, estamos sendo tratados brutalmente, não temos residência certa e [12] trabalhamos arduamente com nossas próprias mãos. Quando somos amaldiçoados, abençoamos; quando perseguidos, suportamos; [13] quando caluniados, respondemos amavelmente. Até agora nos tornamos a escória da terra, o lixo do mundo. (I Co. 4:11)
Mesmo assim, ele abençoa, suporta e responde amavelmente, ou seja, não desanima.
Paulo entende que é um vaso de barro, ou seja, o poder para não desanimar não vem dele mesmo, mas do tesouro que temos dentro de nós.
E é porque somos vasos frágeis que somos pressionados, ficamos perplexos, somos perseguidos e abatidos. Contudo, por termos um tesouro em nós, não desanimamos, não nos desesperamos, não somos abandonados e nem somos destruídos.
Paulo orava a Deus sobre um espinho na carne, mas a Palavra do Senhor era clara: o poder de Deus se aperfeiçoa em nossas fraquezas.
Como disse Kistemaker comentando o versículo de 2Coríntios 4.10: “Sempre levamos conosco em nosso corpo a morte de Jesus.” Ele disse: "Duas palavras-chave nessa frase são “morte” e “levar”. Paulo não opta pela palavra comum para morte (thanatos, v. 11–12), mas sim por uma palavra que descreve o processo inteiro da morte (nekrōsis, Rm 4.19). Esta última descreve a mortificação do corpo; o processo final de enfraquecimento, falecimento e decomposição."
Nós que servimos ao Senhor, levamos o morrer de Cristo enquanto vasos frágeis, mas em meio a nossas fragilidades, glorificamos a Deus levando vida aos outros.
Não desanimamos quando sabemos que temos um tesouro em nós, a Palavra de Deus e o amor do Senhor nos sustentando até o fim.
PONTO 3 - Fixando os olhos naquilo que não se vê
[13] Está escrito: “Cri, por isso falei”. Com esse mesmo espírito de fé nós também cremos e, por isso, falamos, [14] porque sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará com vocês. [15] Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus.[16] Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, [17] pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles.
[18] Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.
2 Coríntios 4:13-18 NVI
Se olharmos para as coisas desse mundo, desanimaremos, mas quando olhamos para aquilo que não se vê, perseveramos.
No fim de tudo, nossa esperança está na ressurreição eterna em Cristo, onde tudo isso que vemos hoje e todo o sofrimento vivido nos dias de hoje não será compararado com a glória eterna que será revelada, produzindo uma glória eterna que pesa mais do que tudo isso.
Como disse Calvino, "Ao mesmo tempo, não olhamos. Notemos bem o que faz com que todas as misérias deste mundo sejam facilmente suportáveis, a saber: devemos transportar nossos pensamentos para a eternidade do reino do céu. Se olharmos ao nosso redor, um momento pode parecer um tempo longo; mas, quando elevamos nossos corações às regiões celestiais, mil anos começam a parecer-nos como um breve momento."
CONCLUSÃO
[8] O fim das coisas é melhor que o seu início,e o paciente é melhor que o orgulhoso.
[10] Não diga: “Por que os dias do passado foram melhores que os de hoje?”Pois não é sábio fazer esse tipo de pergunta. (Eclesiastes 7:8-10 NVI)
Muitos são "iniciadores", mas poucos são os que finalizam aquilo que começam. Começou uma aula de inglês, começou uma dieta ou começou num ministério, mas se permitiu desanimar no meio da jornada.
O escritor de Eclesiastes diz que o fim das coisas é melhor que o seu início. E que não é sábio resmungar pelo passado ao invés de suportar os problemas do hoje.
O desânimo mata muitas coisas em nossas vidas, e é até normal sentir-se abatido no meio do caminho, haja vista sermos vasos de barro, mas não precisamos desanimar, pois quando o amor de Deus reina, Ele não nos abandona e nos leva até o fim!
Deus nos abençoe!
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