(Êx 20:13) O Sexto Mandamento: O Valor da Vida

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Significado. A língua hebraica tem, pelo menos, oito palavras diferentes para matar, e apalavra usada aqui foi escolhida com cuidado. A palavra ratzach nunca é usada no sistema jurídico (pena de morte) ou militar (guerra).
O que o mandamento proíbbe não é propriamente matar, mas o homicídio ilegítimo.
“Não assassinarás”! Assassinato é o que o sexto mandamento pricipalmente tem em mente: o assassinato premeditado de uma vida inocente, o assassinato deliberado de um inimigo pessoal.
Resumindo: O sexto madamento proíbe matar injustamente uma vida legalmente inocente. Aplica-se ao ‘assassinato a sangue frio, homicídio em fúria passional e ao homicídio decorrente de negligência ou descuido’. Talvez a melhor tradução seja: “Não matarás ilegitimamente”.
Forma de matar. A Bíblia ensina que não ilegítimo matar inimigos em tempos de guerra, contanto que seja uma guerra justa.
Os cristãos têm acreditado que uma guerra é justa apenas se for trava por um governo legítimo, por uma causa digna, com uma força proporcional ao ataque, contra homens que são soldados, não contra civis.
Outra situação em que matar é legítimo é na execução da pena de morte - quando aplicada justamente pelas autoridades.
Romanos 13.4 “visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.”
OBS.: é errado vingarmos a nós mesmos. Romanos 12.19 “não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.”
Apesar disso, o governo recebeu de Deus a responsabilidade da vingança.
Fundamento. Por que Deus permite algumas formas de matar? O que as torna legítimas? A resposta é que seu onjetivo não é a destruição, mas a preservação da vida. Isso é, obviamente, verdadeiro no caso da autodefesa. Às vezes, é necessário tirar uma vida a fim de salvar uma vida. No caso de uma guerra justa, o mesmo princípio se aplica em escala maior. O propósito de um exército não é matar pessoas, mas garantir a segurança do povo de um país.
Gênesis 9.6 “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.”
Esta é a lógica bíblica por trás da pena de morte. É exatamente porque a vida é tão preciosa que alguém que a tira ilegitimamente precisa ser morto. O que torna a vida tão preciosa é que cada sre humano é feito à imagem de Deus.
O sexto mandamento preserva a santidade da vida humana. Preserva também a soberania de Deus sobre a vida e a morte. Jesus Cristo é o Senhor da vida. Ele é seu autor e inventor, seu senhor e sustentador.
Cultura de morte. Um professor de medicina disse: “Não podemos mais fundamentar a nossa ética na ideia de que os seres humanos são uma forma especial da criação feita à imagem de Deus, separada dentre todos os outros animais e a única a possuir uma alma imortal. Uma vez que nos livramos dessa asneira, talvez continuemos a ver membros normais da nossa espécie como portadores de capacidades maiores de racionalidade, autoconsciência, comunicação etc. do que membros de outras espécies, mas não consideraremos mais sacrossanta a vida de cada membro individual da nossa espécie.”
O resultado é que o aborto, infanticídio, eutanásia e suicídio assistido estão se tornando cada vez mais comuns.
Schaeffer: “Todos dizem com grande dogmatismo: há apenas uma visão última da realidade que é possível, e esta é que a realidade final é matéria e energia moldadas por puro acaso. Está em todos os lugares, e especialmente o governo e os tribunais tornaram-se o veículo para forçar esta visão anti-Deus sobre toda população. É exatamente onde estamos. A decisão do aborto é uma muito clara. A decisão do aborto, é claro, também é um resultado natural dessa outra cosmovisão, porque com esta outra cosmovisão, a vida humana, a sua vida individual, não tem valor intrínseco. Você é uma verruga sobre a face de um universo absolutamente impessoal. Suas aspirações não têm cumprimento algum para dizer aquilo que é que ele é.”
Amor. Observar o sexto mandamento significa mais do que não matar alguém. Significa amar o nosso próximo. O CH pergunta (107): “Mas é suficiente não matar nosso próximo?” A resposta é: “Não, porque Deus, condenando a inveja, o ódio e a ira, manda que amemos nosso próximo como a nós mesmos e mostremos paciência, paz, mansidão, misericórdia e gentileza para com ele. Devemos evitar seu prejuízo, tanto quanto possível, e fazer bem até aos nossos inimigos”.
Mateus 5.21–22 “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.”
CH 105: “Eu não devo desonrar, odiar, ofender ou matar meu próximo, por mim mesmo ou através de outros. Isto não posso fazer, nem por pensamentos, palavras, ou gestos e muito menos por atos”.
CH 106: “Proibindo o homicídio, Deus nos ensina que ele detesta a raiz do homicídio, a saber: a inveja, o ódio, a ira e o desejo de vingança. Ele considera tudo isso homicídio”.
1João 3.15 “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.”
Levítico 19.17 “Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado.”
AW Pink: “A inveja já foi bem descrita como “a ferrugem de uma alma cancerosa, o vício nojento que transforma a felicidade alheia em miséria nossa”. Caim primeiro invejosamente se lamentou do sucesso do sacrifício do seu irmão, e isso rapidamente o induziu a matar. Assim, também, a ira injustificada e desordenada, se for abrigada no coração, se transformará no veneno de um ódio implacável.”
“Deveria ser salientado que a ira não é, como a inveja, simplesmente, e em si mesma, ilegal. Existe uma ira virtuosa que, longe de ser pecado, é uma graça nobre e digna de louvor (cf. Mc 3.5). Ser movido com indignação pela causa de Deus quando sua glória é degradada, seu nome desonrado, seu santuário poluído e seu povo caluniado, é uma ira santa. Existe também uma ira inocente e permitida quando somos injustamente provocados por ofensas contra nós, mas aqui temos que estar muito em guarda para “não pecar” (Ef 4.26). […] A ira é imoderada quando é violenta e excessiva ou quando continua a ferver. “Não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26); se isso acontecer, a escória da malícia estará no seu coração na manhã seguinte!”
Usos, por AW Pink:
“(1) Trabalhe e ore por um espírito manso e humilde. Pense com humidade sobre você mesmo e você não ficará irado se outros o menosprezarem. Toda contenda procede do orgulho. Quanto menos orgulho você tiver, mais fácil será suportar o desprezo dos outros. (2) Pense sempre na infinita paciência e indulgência de Deus. Quantas afrontas ele leva de nós. Quão seguidamente damos a ele ocasião de estar irado conosco; todavia, ele “não nos trata segundo os nossos pecados”. Que esse grande exemplo seja nosso. (3) Cuidado com o preconceito contra alguém, pois isso, certamente, fará que você interprete incorretamente as suas ações. Lute contra os primeiros despontar da inveja e da ira; quando insultado, debite à ignorância ou à não intencionalidade. (4) Afaste-se das pessoas cheias de ira (Pv 22.24, 25); o fogo se espalha rapidamente.”
Salmo 37.1–2 “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde.” Salmo 37.7–8 “Descansa no Senhor e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios. Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal.”
O Senhor Jesus foi manso e humilde de coração (Mt 11:28); quando ultrajado, não abriu a boca. Esse mesmo Jesus virá com sua espada para o dia da vingança. Mas até lá, descansamos naquele que morreu em nosso lugar, e levou sobre si a nossa ira, nossa inveja, nosso orgulho!
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