Marcos 11:12-14
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Marcos 11:12-14
Marcos 11:12-14
A Figueira sem Fruto:
A Figueira sem Fruto:
Introdução
No dia seguinte, dia posterior a entrada triunfal em Jerusalém, já nos é informado que ele retornou a Betânia com os doze. Ele descansa ali com eles e no dia seguinte (neste momento) ele sai da cidade em direção à Jerusalém.
OBSERVAÇÕES DO TEXTO
Ao sair de Betânia, ele estava com fome. Fome que ele teve, depois dos quarenta dias e quarenta noites de jejum (Mt 4:2) e neste momento também. Alguém já perguntou: “será que ele teria saído muito cedo para orar, antes mesmo do desjejum?” (Mc 1:35), talvez. Mas algo ortodoxo nos é comunicado no escopo bíblico teológico, e este texto nos mostra o: “quão totalmente humano é esse Jesus, quão parecido conosco: chega a ter fome”, afirma Hendriksen.
Segundo o mesmo comentarista, “isso também era parte da humilhação de Cristo no lugar e por causa de seu povo” (2Co 8:9; Gl 3:13; Fp 2:8). Este é o sumo sacerdote que possuímos (Hb 4:15).
Faz sentido crer que, no trajeto: Betânia — Jerusalém, ele notou uma figueira com folhas. Notou a figueira e foi até ela para ver se acharia algo para comer. No versículo 12 e 13 há uma amostra da humanidade de Cristo. Perceba que as vezes, o Mestre, coletava informações da mesma maneira que nós.
Ele é cem por cento Deus (sendo onisciente) e cem por cento homem. Eis aí a Cristologia, doutrina de Cristo, onde temos a tese sobre a divindade e humanidade de Cristo.
Bom, Jesus chega até à figueira e não acha nada, a não ser folhas, pois não era estação de figos. Bom, não ser estação dos figos já era sabido por Jesus e os discípulos. Porque o Senhor foi até a árvore? Segundo comentaristas: “Não era a ‘estação de figos’.
Mas Jesus nota aquela árvore em particular, crescendo ao lado da estrada e, possivelmente, em um lugar com sombra, era algo especial. Tinha folhas, estava, provavelmente, em plena folhagem e, portanto, podia-se esperar que tivesse frutos. Porém, só havia folhas. Prometia muito, mas não fornecia nada” (segundo Mateus 21:19, ela estava “a beira do caminho”, talvez por isso ela estaria num lugar com sombra).
Ele foi até lá e testemunhou que a mesma não tinha figos. Não tinha frutos.
Ele a amaldiçoa: “Nunca mais alguém coma frutos seus!”.
Jesus amaldiçoou esta arvore por um ato de punição, como se ela fosse responsável por não ter frutos? A real explicação envolve a pretensiosa, mas estéril figueira chamada Israel. Esta arvore era um simbolo de Israel desde a antiga aliança.
Vide o cap. 5 de Isaías, nos primeiros versos onde ele conta a parábola de uma vinha má (aqui no caso vinha, não figueira) que seria desprezada por não dar frutos bons. Mas no novo testamento Jesus conta em Lucas 13:6-9 a parábola da figueira estéril. Essa figueira como estava Israel. Logo mais eles testemunhariam como estava o templo, cheio de “folhagem”, muito movimento para venda de animais e utensílios para a páscoa judaica. Mas nada para oferecer verdadeiramente ao Senhor.
Segundo comentaristas: “Ao amaldiçoar a figueira… Ele estava profetizando a queda de um Israel infrutífero. Não que ele estivesse se desligando definitivamente dos judeus, mas que, no lugar de Israel, um reino internacional e eterno seria estabelecido, uma nação que produziria não somente folhas, mas também frutos, e reunida de judeus e gentios”.
E os seus discípulos estavam ouvindo. Ouvindo, mas provavelmente não compreendendo. Eles que eram testemunhas da compaixão de Jesus com as multidões, aquele que desejava dar conforto e ânimo, cura, salvação; ele fora ouvido pronunciando uma maldição para que a figueira secasse.
Será que eles imaginaram o significado dessa maldição? Aquei eles testemunharam as palavras do profeta, em Jeremias 8:13 ecoando:
Eu os consumirei de todo, diz o Senhor; não haverá uvas na vide, nem figos na figueira, e a folha já está murcha; e já lhes designei os que passarão sobre eles.
Não era incomum, os profetas declararem condenação sobre o povo usando parábolas. Figuras como: vinha, figueira, botija, uma mulher adúltera etc. Esse ensinamento fazia parte da história deles. Eles compreendiam, mas é provável que se surpreenderam, por não imaginar que estavam diante de uma maldição/profecia assim.
O curioso é: há dezoito milagres registrados neste evangelho (não contabilizo aqui a ressurreição do Nosso Senhor). Destes dezoito, este é o último. Ouve um que fora parcialmente destrutivo: a cura do endemoniado geraseno (numa parte os porcos). Mas este da figueira foi totalmente destrutivo. Prefigurando o julgamento do Senhor para com Israel.
Hoje nós somos o Israel Espiritual, o povo santo do Senhor. Que tem uma Aliança com Ele, feita por graça. Mas lembre-se que nós não somos melhores do que eles que vieram antes.
TRANSIÇÃO: .
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Hoje nós somos o Israel Espiritual, o povo santo do Senhor. Que tem uma Aliança com Ele, feita por graça. Mas lembre-se que nós não somos melhores do que eles que vieram antes.
Lembrando o que já fora citado: o Senhor Jesus estabeleceu aqui “no lugar de Israel, um reino internacional e eterno, uma nação que produziria não somente folhas, mas também frutos, e reunida de judeus e gentios”.
Não é sobre eles, nem sobre nós, é sobre Jesus Cristo.
Feitas estas observações, chamo os meus irmãos amados a considerarem verdades sobre nós, o povo de Deus. Observando a tríade que nos guiará dentro da premissa:
“fomos plantados”:
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1. CRIAÇÃO
PARA PRODUZIR FRUTOS:
Você observa a criação, tanto flora como fauna e sabe a função que cada ser vivo possui.
Não é diferente no meio do Povo de Deus. Daqueles que foram regenerados. A Escritura Sagrada nos mostra claramente como devemos viver, sendo discípulos de Jesus Cristo, em João 15:1-2:
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
Jesus ensina no evangelho de João que, o ramo estando n’Ele deve dar fruto. O que não dá fruto é cortado. O que dá fruto, é limpo para que produza mais fruto ainda.
Você tem dado fruto? Qual seria o fruto ao qual Jesus se refere aqui?
Em João 15:8-10
Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.
Guardar os mandamentos do Senhor, segundo Jesus Cristo, é dar frutos. E frutos do amor que declaramos ter para com Ele.
TRANSIÇÃO:
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2. A QUEDA
NÃO PRODUZIR FOLHAS:
Como Israel fazia, preparando tudo para o pasch (a páscoa), mas sem amor, envolvidos com algo que redundaria em glória para si mesmos.
Glória financeira. Pois tornaram a casa do pai, como veremos semana que vem, um covil de gananciosos. Ganancia essa que é prefigurada na imagem da Figueira na estrada.
Figueira cheia de folhas, que a primeira vista poderia levantar a suspeita de que tinha frutos, mesmo que não estivesse na estação de figos. Não fomos criados para performar e sim para viver.
Folhas não revelam nada, nem mesmo piedade. Pois não há frutos ali, somente folhas. Em João 15:5-6, Jesus diz:
Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
Estes que não dão frutos, porém tem folhas, não tem Cristo. Tem qualquer outra coisa, mas não Cristo. Não tem frutos, pois sem Cristo nada podem ter. Somente folhas.
TRANSIÇÃO:
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3. A REDENÇÃO
POR JESUS CRISTO:
Em João 15:16a
Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça;
Não fomos nós que “nos plantamos”, foi o Senhor que fez isso.
Fomos plantados por Jesus Cristo, e entenda o ser plantado aqui como um sinônimo para ser escolhido por Ele, como registra João, o Evangelista.
Ele fez isso, não nós. Em todo o cap. 15 do Evangelho Segundo João, não há espaço para a nossa contribuição para a redenção, para a escolha, para o ser plantado. Ele o fez.
TRANSIÇÃO:
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CONCLUSÃO:
Assim como Israel foi alvo desta “profecia”, e nós sabemos que não foi todo o Israel étnico, pois entre os discípulos tinham judeus, a primeira pregação registrada em Atos levou milhares de judeus ao arrependimento. Então, não era sobre etnia, mas sobre algo que está acima dessa característica.
Era sobre a redenção dos Eleitos de Deus. Fato hoje que pode aplicar-se as denominações. Ex.: ...