#58 A VERDADEIRA VIDEIRA E SEUS RAMOS (João 15,1-8)

João 15.1–2 (AVM)

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto.

O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.

Anúncio do Evangelho Segundo São João 15.1-8

GLÓRIA A VÓS SENHOR!

PALAVRA DA SALVAÇÃO. GLÓRIA A VÓS SENHOR.

Meu querido irmão e minha querida irmã, amados!

São Paulo faz a metáfora da Igreja como corpo de Cristo,

onde Nosso Senhor é a cabeça e nós os seus membros,

Jesus faz a metáfora da Igreja como a videira verdadeira,

Ele é a videira e nós os ramos.

Assim como o corpo não sobrevive sem a cabeça,

os ramos não sobrevivem se forem cortados da videira.

O comentário da Bíblia Ave Maria edição de estudos diz que:

“O adjetivo verdadeira lhe dá caráter de exclusividade.”

Ou seja, assim como Jesus tem apenas um corpo,

existe uma única videira, uma única Igreja.

Continua o comentário dizendo que:

“se contrapõe a outras videiras que, comparadas com Jesus,

não resultaram frutíferas nem eficazes.”

Quando recebemos o Sacramento do Batismo somos enxertados

na videira verdadeira, a Igreja Católica, corpo místico de Jesus.

Deixamos de ser criaturas para nos tornarmos filhos de Deus

em Seu Filho unigênito.

Assim como o ramo pertence à videira, o cristão pertence à Cristo.

Os frutos que o Agricultor, o Pai, quer de nós,

são frutos de santidade que só podem ser produzidos através do amor:

“Amor à Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.”

Porém, diz Jesus:

João 15.4 AVM

Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim.

Ou seja, sem o Sacramento do Batismo,

quando ainda não fomos enxertados na videira verdadeira,

não recebemos a seiva, portanto,

continuamos sendo criaturas e não filhos de Deus,

e por isso não produzimos os frutos de santidade que o Pai quer de nós.

A seiva é a graça de Deus, o Espírito Santo,

a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Amor.

Após sermos enxertados na videira verdadeira,

duas são as coisas que que nos farão produzir os frutos de santidade,

a seiva e a poda.

Diz o comentário da Bíblia Ave Maria edição de estudos que:

“A poda possui uma finalidade: que a videira dê fruto abundante.”

A poda significa as tribulações e tentações desta vida,

a nossa cruz do dia-a-dia que temos que tomar e seguir atrás de Jesus.

É nas dificuldades, na luta diária pela nossa conversão,

no combate espiritual que travamos contra o demônio,

o mundo e a carne que nós crescemos em virtudes e

damos frutos de santidade.

Saindo da metáfora e passando para a prática,

nós não seremos os santos que Deus quer que sejamos

por nossas próprias forças, nós precisamos do auxílio da graça.

Então, primeiramente precisamos nos tornar filhos de Deus no Filho Jesus,

isso se dá através do Sacramento do Batismo,

onde recebemos o Espírito Santo,

a partir daí estamos em estado de graça, portanto,

estamos em Cristo e Cristo em nós.

E precisamos lutar para permanecermos em estado de graça

e crescermos em santidade.

Para isso, temos o Sacramento do Crisma onde confirmamos

que queremos ser de Cristo e permanecer em Cristo e

recebemos um reforço do Espírito Santo para sermos

testemunhas de Jesus no mundo.

Temos o Diviníssimo Sacramento da Eucaristia que é o

nosso alimento espiritual enquanto estamos peregrinando neste mundo,

pois, nele Jesus une-se a nós com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

Assim como nosso organismo físico precisa se alimentar

todos os dias para sobreviver e crescer,

nosso organismo espiritual também precisa de alimento.

Daí a importância da comunhão diária em estado de graça

para sermos santos.

Temos também os Sacramentos de Cura,

para as nossas doenças físicas o Sacramento da Unção dos Enfermos,

pois, a enfermidade é também um combate espiritual.

E para nossas quedas e doenças espirituais

o Sacramento da Reconciliação e da Penitência, através do qual,

conseguimos retornar ao estado de graça caso

tenhamos caído em algum pecado mortal.

E temos os Sacramentos de serviço, que são o Matrimônio e a Ordem

que nos dão a graça necessária para nos mantermos fiéis à nossa

vocação e estado de vida,

buscando a santidade no serviço ao próximo (família e comunidade).

Os sacramentos nos dão a graça necessária para sermos santos,

porém, também temos que fazer a nossa parte, pois,

para permancermos em Cristo precisamos “perseverar no amor”,

quer dizer, precisamos nos esforçar com vida de oração,

formação (ninguem ama aquilo que não conhece),

penitência, sacrifício e serviço ao próximo para que

cresçamos na fé, esperança e amor.

No que depender da Santíssima Trindade nós seremos santos,

agora só precisamos fazer a nossa parte.

SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,

PARA SEMPRE SEJA LOUVADO! AMÉM.