Fé para crer que Deus não criou o mal
Notes
Transcript
I - O mal moral e físico (E metafísico-ontológico)
I - O mal moral e físico (E metafísico-ontológico)
Mas o que é o mal?
Agostinho defendeu que o mal é uma negação e privação do bem.
Negação -> “imoralidade” e “injustiça”
Privação -> falta de conformidade a um padrão (ao bem)
“Frio” e “Escuro” não existem, são ausência de calor e de luz.
Em ambos os casos, a própria definição do mal depende de um entendimento anterior do bem. Por isso, o mal é como um “parasita” pois se o hospedeiro morrer, o parasita morre com ele.
Mais detalhes com R. C. Sproul: https://ministeriofiel.com.br/artigos/o-misterio-da-iniquidade/ e “Deus Existe - Comercial da Macedônia (Albert Einstein) LEGENDADO”
No Livro de Apoio, o comentarista cita que Agostinho (possivelmente no livro “Confissões”) analisou o mal em três maneiras: moral, físico e metafísico
Mal Moral: Refere-se às ações e escolhas humanas que causam sofrimento e injustiça aos outros
Referências: ROM5:12-19 (Ler “A imputação do pecado de Adão” - John Murray)
Mal Físico: refere-se a doenças, desastres naturais, acidentes
Referências: GEN3:17-19 e ROM8:20-22
Mal Metafísico: Trata-se de uma discussão filosófica profunda e complexa que busca compreender como o mal pode coexistir num mundo criado por um Deus bom e perfeito. (nem Agostinho, Tomás de Aquino, Calvino, Lutero, Jonathan Edwards chegaram a uma conclusão satisfatória nessa Teodiceia)
No homem, todo o mal começou no Éden após comerem o fruto (conforme dito pela lição). Mas vale lembrar que o mal “Moral” começou com Satanás e terça parte dos anjos
LER O III - O cristão e o sofrimento ANTES DO II - Deus e o Mal
II - Deus e o Mal
II - Deus e o Mal
*BREVE COMENTÁRIO* “Ainda há os que têm exagerado o conceito da soberania de Deus até o ponto de negar o livre-arbítrio do homem. Segundo alguns sistemas de teologia, Deus decreta tudo, e o homem é impotente para resistir à vontade do Senhor. Pessoas com essas ideias afirmam que Deus predestinou cada pessoa para a salvação ou condenação e que Jesus morreu somente para salvar as pessoas eleitas pelo capricho de Deus.” (Comentarista da Lição. Aparentemente ele comentou sobre o Hiper-Calvinismo; é importante alertar que o Calvinismo não crê desta forma para não afastar os os jovens assembleianos dos escritores Reformados)
Teologia Básica: Um Guia Sistemático Popular para Entender a Verdade Bíblica (L. Soberania)
A soberania de Deus parece contradizer a liberdade ou a responsabilidade que o homem possui. Mesmo que possa ter essa aparência, a perfeição da soberania é claramente ensinada nas Escrituras. Então, não devemos negá-la apenas porque não conseguimos conciliá-la com a liberdade e a responsabilidade que possuímos.
E mais, se Deus é soberano, como a criação pode estar tão repleta de coisas malignas? O homem foi criado com genuína liberdade, mas o exercício dessa liberdade em rebelião contra Deus introduziu o pecado na raça humana. Embora tenha sido Deus quem estabeleceu o plano, ele não esteve, de modo algum, envolvido na introdução do mal, seja no caso de Satanás ou, posteriormente, no de Adão. Apesar de Deus odiar o pecado, por motivos não revelados a nós, o pecado existe por permissão do Senhor. De alguma maneira, o pecado deve fazer parte do plano eterno de Deus (caso contrário, Deus não seria soberano), mas o Senhor não o criou (caso contrário, ele não seria santo).
Soberania e liberdade formam uma antinomia, isto é, “uma contradição entre dois princípios aparentemente válidos ou entre inferências corretamente deduzidas desses princípios”. Contudo, as antinomias na Bíblia são apenas contradições aparentes, não definitivas. É possível aceitar as verdades de uma antinomia e viver com elas, aceitando pela fé o que não somos capazes de entender. Ou, então, podemos harmonizar as contradições aparentes em uma antinomia, mas isso acabará levando-nos a enfatizar demais uma verdade e a negligenciar ou até a negar a outra. A soberania não deve anular o livre-arbítrio, e o livre-arbítrio não deve enfraquecer a soberania.
Deus criou do mal? Tiago 1.13 “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta.”
Isa 45:7 Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.
Alguns significado do “mal” no original: calamidade, adversidade, dano, aflição
“Deus usaria Ciro para ‘abater as nações’” (Isa 45:1)
Provérbios 16.4 “O Senhor fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.” (ARA) ou “O SENHOR fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.” (ACF)
Obs: Lembrar do exemplo de Faraó, e de gentios usados por Deus para disciplinar o povo de Israel (Juízes e algum/alguns profeta/profetas)
Luc 13:1 E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
Luc 13:2 E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
Luc 13:3 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
Luc 13:4 E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
Luc 13:5 Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
“Você lida melhor com seus sofrimentos quando você entende que é pecador” - Pastor Rodrigo Mocellin
OBS:
Rom 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
No dilúvio só sobreviveu 8 pessoas. Será que não haviam crianças?
Lamentações de Jeremias 3.22–23 “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”
III - O cristão e o sofrimento
III - O cristão e o sofrimento
1. O problema do sofrimento e 3. Deus é maior (no controle/soberano) sobre todo o sofrimento
1. O problema do sofrimento e 3. Deus é maior (no controle/soberano) sobre todo o sofrimento
“Vivemos numa era de autoajuda, da confissão positiva, dos coachs… Estes querem banir a dor e sofrimento.”
Romanos 8.28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
“Já mencionamos a metáfora bíblica do sofrimento como uma fornalha do refinador, e voltaremos a ela mais tarde. Outra imagem bíblica semelhante, porém menos conhecida, é a da “academia”. Tal como 1Pedro, o livro de Hebreus foi escrito a um grupo de cristãos que passava por adversidades e provações. no capítulo 12, o autor afirma que tal experiência é motivo de “tristeza”, mas, depois, “produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados” HB12:11
“O termo grego para “exercitado” é gymnazdo, do qual se origina a palavra “ginásio”, e seu significado literal é “despido”, “exercitar-se nu, treinar”. Significava submeter-se a uma série de exercícios com o objetivo determinado de fortalecer as partes fracas do corpo e melhorar as que são fortes.
O que acontece quando vamos a academia? Ao chegar, tiramos a roupa que estamos usando. Por que? Porque a roupa que usamos rotineiramente impede os movimentos dos exercícios mais vigorosos. Porém há outro motivo. Na academia, todas as deficiências do nosso corpo da perspectiva da força e da resistência ficam expostas, assim como sua aparência verdadeira. No dia a dia, podemos nos vestir de modo a esconder ou suavizar aspectos do corpo que não desejamos que os outros vejam. Mas, na academia, não dá para esconder nada. Ali, você e seu instrutor (e, infelizmente, o pessoal ao redor) enxergam todos os “pneuzinhos e saliências” indesejadas. Isso nos incentiva a “pegar firme na malhação”.
Essa metáfora mostra que, quando tudo vai bem na vida, nossas falhas de caráter podem ser disfarçadas, escondidas dos outros e de nós mesmos. Quando, porém, os problemas e dificuldades afloram, de repente nos encontramos na “academia de Deus”, onde ficamos expostos a todos os olhares. As ansiedades mais íntimas, o gênio forte, a avaliação irrealista de nossos talentos, a tendência de mentir ou esconder a verdade, a indisciplina, tudo isso vem a tona. Talvez o problema seja fruto dessas características negativas. Ou, quem sabe, a nova situação exija determinada reação e revele a ausência de qualidades positivas necessárias. Seja como for, ninguém escapa: a academia (de Deus) revela quem somos de verdade.” - “Caminhando com Deus em meio à dor e ao sofrimento Timothy Keller”
1Timóteo 4.8 “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.”
Lembrem-se de José e Jó:
Gênesis 50.20 “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.”
Jó desejava que suas palavras fossem escritas e gravadas em um livro, e realmente foi! (Jó 19:23), Os apóstolos também foram observados pelos anjos (1COR4:9)
Nós também somos observados! (EF 3:10)
IV - Conclusão (e Palavra Aberta aos alunos)
IV - Conclusão (e Palavra Aberta aos alunos)
Efésios 1.10 “de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra;”
“A glória de Deus se vê na demonstração da sua própria bondade, retidão, justiça, santidade e verdade; na manifestação que fez de si mesmo em Cristo e continuará fazendo para sempre. Todas as coisas terão de servir necessariamente a esta glória de Deus, inclusive os adversários, o mal e tudo mais. Ele assim ordenou; seu poder o garantirá; e, depois de removidas todas as nuvens e obstruções, então ele descansará — descansará no seu amor para sempre, embora somente a eternidade seja suficiente para se apreender toda a revelação. O inefável resultado é declarado em cinco palavras: ‘Deus será tudo em todos’”
W. Pink, Arthur. Deus é Soberano (Portuguese Edition) (p. 180). Fiel. Edição do Kindle.
EXTRA AULA (Conteúdo particular)
EXTRA AULA (Conteúdo particular)
Atos dos Apóstolos 2.23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”
“Poucos, por certo, serão aqueles que, ao ler este livro, virão a questionar a afirmação de que Deus sabe todas as coisas e delas tem presciência; mas talvez muitos hesitem quanto a ir além desse ponto. Mas é óbvio que se o Senhor Deus conhece de antemão todas as coisas, e que também as preordenou, não é mesmo? Não é evidente que Deus conhece de antemão o que virá a ser porque ele mesmo o decretou? A presciência de Deus não é a causa dos eventos; pelo contrário, os eventos são efeitos do seu eterno propósito. Quando Deus decretou que algo acontecesse, sabia que aconteceria. De acordo com a natureza das coisas, não se pode saber acerca do que há de ser, a não ser que seja algo que sucederá com certeza; e nada é certo que acontecerá, a não ser que Deus o tenha determinado.”
W. Pink, Arthur. Deus é Soberano (Portuguese Edition) (pp. 83-84). Fiel. Edição do Kindle.